A aula da Sra. Madeline acabara. Thiago já estava com a capa da invisibilidade com ele, Alvo e Justine só estavam esperando pela Rose. Sua parte era distrair a Sra. Madeline para que Alvo, Thiago e Justine entrassem na sala usando a capa da invisibilidade.

— Professora? – Rose se aproximou de Madeline observando a porta da sala que estava entreaberta. — Tenho algumas dúvidas.

— Sim. Quais? – Madeline olhou para trás, na direção em que Rose olhara. Bom, ela notou que Rose estava um pouco nervosa.

— Me fale um pouco sobre a poção... Sabe, aquela poção lá...

— Qual poção, Rose?

— Aquela de sorte... Sorte alguma coisa. – Rose realmente estava enrolando. Ela conhece qualquer poção. Ela não esqueceria tão fácil.

— Ah sim. Você esta falando de Sorte Líquida.

—É... – Rose paralisou quando viu a porta se abrindo lentamente. E um ruído se fez nas velhas e enferrujadas dobradiças da porta fazendo com que Madeline olhasse para trás. — Professora! – Rose não pensou duas vezes, exclamou alta para desviar a atenção de Madeline. — Felix Felices, não é mesmo?

— Isso mesmo. Por que o interesse?

— Nada não. Eu... – Rose viu quando a porta foi se fechando lentamente. — Muito obrigado. Eu vou indo. Até mais Sra. Madeline.

Com uma cara desconfiadíssima, Madeline apenas se virou e caminhou para sua sala. Ela entrou, e como já era esperado, ela tomou seu chá de ervas do campo. O que não era esperado era que Thiago havia colocado Soro da Verdade em sua xícara de chá.

Thiago saiu debaixo da capa fazendo com que Madeline pulasse de sua poltrona de veludo.

— O que você está fazendo aqui?! – O grito de Madeline fez eco na imensa sala.

— Eai, Sra. Madeline. Desculpe por isso, ok? – Thiago rapidamente retirou a varinha do bolso. — Expelliarmus!

Justine e Alvo saíram debaixo da capa.

— Mas o que é isso?! Vocês se deram muito mal! Desarmar uma professora?! – Madeline estava aos berros.

Rose entrou na sala e trancou a porta.

— Sente-se professora. – Thiago pediu com educação.

— Não! Crianças insolentes!

— Vamos lá, Sra. Madeline. Estou pedindo com toda educação. – Disse Thiago.

— Não mesmo! Saiam já daqui!

Justine ficou sem paciência.

— Sente-se logo! – Justine apontou a varinha para a professora, tomando a frente de Thiago. — Anda!

— Você não...

— Você acha que eu não usaria? Já estamos ferrados mesmo. Sente-se! – Justine se aproximou.

— Agora me fale, onde estão os alunos que sumiram? – Justine perguntou.

— Como eu vou dizer onde eles estão se eu não sei! – Madeline parecia que estava prestes a explodir. — Não sei se eles estão no balcão do antigo Baba de Bruxa... Mas, o que?

— Muito obrigado. – Justine foi sarcástica pela primeira vez. — Aquele cara era seu parceiro?

— Que cara?

— O magrelo, alto?

— Gorgh? Sim, na verdade ele é um amigo da família. Eu só não sei o porquê estou falando isso.

— Ok. Já temos o que precisamos. Vamos terminar logo com isso. – Thiago parecia com medo.

— Espera... Tenho outra pergunta...

— Não. O efeito já vai acabar. – Disse Rose.

— O que é esse medalhão? – Justine perguntou curiosamente e cuidadosamente.

— O medalhão é... Espera, não vou dizer! Já chega!

— Acho que o efeito passou. – Disse Alvo.

— Alvo, apague a memória dela. - Disse Thiago.

— Ok. – Alvo apontou a varinha para Madeline. — Obliviati.

— Vamos embora. – Rose destrancou a porta. — Vamos!

Eles saíram. Foram caminhando até o jardim.

— Pronto. E agora, como iremos neste balcão? – Justine perguntou enquanto caminhava aceleradamente.

— Não sei onde fica. – Disse Rose.

— Nem eu. – Completou Alvo.

— Você sabe, Thiago? – Justine perguntou.

— Não... Mas, sei quem sabe. Escórpio Malfoy.

Os quatro foram até Escórpio. E os quatro sem vontade nenhuma.

Escórpio estava em uma rodinha de garotos da Sonserina. Eles se aproximaram.

— Escórpio. – Disse Thiago espontaneamente.

— O que vocês querem?

— Precisamos saber onde ficava o Baba de Bruxa. Era da sua avó, não era?

— Sim. Para que vocês querem saber?

— Não interessa! – Justine entrou no meio. — Fala logo!

— Fique calada. Sangue ruim!

— Nossa cara você ainda ta nessa... tenho pena de você. – Disse Rose.

— Malfoy, vai dizer ou não?- Perguntou Alvo.

— Fica em Godrics Hollow. Mas para que vocês querem saber?

— Valeu! Agora eu vou indo. — Disse Thiago.

Eles caminharam em direção á biblioteca.

— E agora? – Perguntou Justine. — Como chegaremos até lá?

— Não sei. – Rose coçava a cabeça sem parar.

— Vamos lá, Rose. Pense. - Disse Alvo. — Você deve conhecer um jeito.

—Estou pensando, ok? – Rose estava aflita.

Depois de 5 minutos silenciosos.

— Temos que falar com seu pai.

— Meu pai? – Alvo perguntou. — Por que ele ajudaria?

— Meu pai me contou tudo sobre a guerra. Ele me disse que havia uma passagem secreta que não aparecia em nenhum mapa do castelo.

— A passagem da casa do Sr. Ab. – Completou Thiago.

— Não sei se meu pai ajudaria...

— Alvo, não conheço seu pai, muito menos a fama dele, mas tenho certeza que ele ajudaria. Envie uma coruja, já que o tal do tio Jorge não responde. – Justine parou.

— Tudo bem. Enquanto isso nós fazemos o que? – Perguntou Thiago.

— Esperamos. – Respondeu Justine.

Uma semana se passou. Uma coruja gordinha veio de encontro á Alvo no café da manhã. Essa coruja se parecia com Edwiges, mas era mais gordinha e sua penugem não era totalmente branca. A coruja aterrissou com facilidade na mesa e colocou a carta na frente de Alvo.

Alvo á pegou e agradeceu à coruja. Logo em seguida a coruja se foi.

— Abra. – Disse Rose.

— Ok. – Alvo abriu a carta e começou a ler. — Olá filho. Não sei como vocês souberam dessas coisas a respeito da guerra, mas posso ajudá-los sim. Vocês terão que tomar cuidado, não será nada fácil. Ainda mais porque não sei se vocês sabem quem é Chrisse Pandora, ou quem é o jovem bruxo da história. Mas confio em cada um de vocês. A passagem secreta de Ab me ajudou muito na guerra, ela fica na sala precisa. Mas ela só aparece para quem realmente está necessitado e está com o coração puro á respeito disso.

Tomem cuidado.

Até mais, papai.

PS: Thiago, faça bom uso da capa. E não apronte mais!

— Na sala precisa. Vamos para lá hoje.