Justine Delohti e o mistério de Pandora escrita por Polliana Nolasco


Capítulo 19
Capitulo 19 – Em que Justine é beijada




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— Nós podemos usar a passagem do Salgueiro Lutador. – Disse ele, sem rodeios.

— Como se essa fosse a tarefa mais fácil de todas. – Disse Rose. — E como, exatamente, você descobriu essa passagem?

— Meu pai me deu algo nas férias... Um mapa.

— O Mapa do Maroto? – Perguntou Thiago. — Não acredito! Ele era pra ser meu...

— Você já tem a capa... Ele me deu o mapa quando fiz 13 anos, assim como ele te deu a capa.

— Tá. Mas como esse Mapa do sei lá o que funciona? – Perguntou Justine.

— Eu irei pegá-lo.

Alvo foi ao dormitório. Dois minutos depois, voltou com um papel velho, dobrado.

— Funciona assim... Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom. – Em seguida, ele deu um toque com a varinha no mapa, que se abriu, e linhas de tinha se revelaram formando as seguintes palavras:

Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinha e Pontas,

fornecedores de recursos para feiticeiros malfeitores,

têm a honra de apresentar

O MAPA DO MAROTO”

— Nossa! Isso é incrível! – Disse Justine, que estava realmente impressionada.

— Aqui está... – Alvo abriu o mapa e com o dedo mostrou a passagem e o ponto onde ela dava.

— Que lugar é este... A casa dos gritos? – Perguntou Justine.

— Ela nem é mais chamada assim. Este mapa precisa ser atualizado... — Disse Rose, sorrindo. — Agora ela pertence a um casal de duendes... O que será um grande problema...

— Os duendes não são muito receptivos... – Disse Thiago.

— A capa... Thiago, preciso da sua capa.

— Tudo bem, nós iremos juntos...

— Não, eu irei sozinha.

— Nem pensar... Você não conhece nada em Hogsmeade...

— Eu não preciso de um guardião! – Na verdade, ela precisava. —Então vamos Alvo e eu, ok?

— Ine, Thiago está certo... – Alvo parecia apreensivo. — Ele conhece Hogsmeade melhor do que qualquer um aqui, é melhor que ele vá...

Justine ficou em silencio. Ela estava com raiva de Thiago, mas veio em sua cabeça que talvez fosse legal passar algum momento com ele, talvez assim a amizade deles volte ao normal.

— Vá pegar a capa. – Disse Justine com um tom desafiador e mandão.

Sem resmungar, mas com um sorriso malicioso, Thiago foi pegar sua capa. Não demorou muito e voltou com a capa.

— Tudo bem... Rose, você e Alvo irão ficar de olho, para que ninguém nos veja indo... Agora, vamos até o Salgueiro. – Disse Thiago, com certa autoridade na voz.

Eles caminharam em direção ao Salgueiro Lutador. A maioria dos alunos estava no pátio, mas inesperadamente, ninguém notou quando os quatro atravessaram o pátio em direção a ponte.

Chegaram.

— Ele é assustador... – Disse Justine. — Alvo, o mapa... — Ele á entregou. — Fiquem de olho, se alguém se aproximar inventem uma desculpa qualquer.

Justine caminhou em direção ao Salgueiro. Quando foi surpreendida por Thiago agarrando em seu braço:

— Calma aí! Você quer morrer antes de chegar a Hogsmeade? – Ele á soltou. — Tente se aproximar do Salgueiro e ele te mandará á quilômetros daqui.

— E como fazemos para chegar á passagem?

— Temos que usar algum feitiço, mas não sei o mais apropriado. – Disse Thiago. — Alguma sugestão?

— Só tenho o mapa... Sem sugestões de feitiços. – Disse Alvo.

— Rose? Você que conhece tudo... — Perguntou Justine.

— Preciso pensar... Não me lembro de nenhum no momento.

— Vamos lá, Rose. Pense...

— Tem um, mas não... Seria suicídio.

— Qual? – Perguntou Justine, mas Rose hesitou. — Diga Rose, nós daremos um jeito...

Aresto Momentum... Mas ele só deixará o Salgueiro imóvel por alguns segundos, vocês terão que ser rápidos.

— Espero que seja uma boa corredora... – Brincou Thiago.

Eles se aproximaram um pouco mais do Salgueiro.

— Quando quiser, Rose. – Disse Justine.

— Vocês tem certeza? – Rose falava com a voz tremula.

— Vai ficar tudo bem... Aliás, nós só voaríamos quilômetros. Nada demais. – Brincou Thiago, mais uma vez. — Estamos prontos, Rose.

— Não seria melhor falar com o Primeiro ministro amanhã?

— Rose?! – Exclamaram juntos, Justine e Thiago.

— Tá, tá... Prontos... – Rose levantou sua varinha. — Aresto Momentum!

O Salgueiro, que estava um pouco agitado com a presença deles, ficou imóvel. Thiago agarrou a mão de Justine e saiu em disparada para a pequena passagem que ficava ao pé da árvore. Tuc!

Eles estavam escorregando por uma passagem de barro. Era tão estreita que Justine ganhou alguns rasgos no bleiser que usava e por pouco não perdeu a touca no meio do caminho.

Depois de pelo menos 3 minutos escorregando, eles entraram dentro da casa. Era um porão. Sujo e cheio de tralhas.

Thiago se levantou rapidamente.

— Você está bem? – Ele estendeu a mão para Justine.

— To bem. – Justine ignorou a mão de Thiago. — Estamos dentro? Dentro da casa?

— Suponho que sim... E ao julgar pela bagunça, aqui é o porão. – Thiago apenas recolheu a mão e sorriu. — Vamos sair daqui.

Thiago abriu a longa capa e eles se cobriram com ela. Havia uma escada estreita para subir, o que dificultou a passagem dos dois. Mesmo com dificuldade, eles conseguiram subir.

Bem devagar, Thiago abriu a porta revelando uma sala de paredes altas e claras, duas poltronas pequenas, estantes de livros e uma lareira acesa. Havia um pequeno corredor com a entrada para cozinha, uma escada espira e no final uma porta. Era tudo muito limpo e polido.

Eles atravessaram a sala para chegar á porta e só assim puderam notar dois pequenos duendes sentados no sofá, um estava lendo jornal e a outra tricotando.

E agora?– Justine cochichou.

Shiii!– Thiago colocou a mãe sobre a boca de Justine. Em seguida apontou para porta no final do corredor.

Eles caminharam em direção á porta dos fundos, passaram com cautela pela poltrona do duende que lia seu jornal atentamente.

Assim que eles passaram pela poltrona, o duende pegou sua varinha e apontou para o nada – onde estavam Thiago e Justine – e a sacudiu. Na mesma hora a capa caiu aos pés de Thiago e Justine. Eles paralisaram.

— Ora, ora... O que temos aqui, querida? – O duende se levantou ajeitando o pequeno óculos. —Veja Magnólia, se não são mais adolescentes intrometidos?

— Sim querido, são sim. – Disse a outra duende sem parar de tricotar.

— Já dissemos que está propriedade não é mal assombrada!

Exclamou o duende, se aproximando de Thiago e Justine, que logo deram pequenos passinhos para trás. A outra duende também se levantou.

— Não seja tão bruto, querido... São só crianças curiosas.

Crianças? Pensou Justine indignada.

— Eles devem pagar por invadirem nossa propriedade! – O duende se abaixou e pegou a capa. — O que é isto?

— Não é nada... Devolva-me! – Exclamou Thiago.

Thiago! – Justine deu um soquinho nele.

— Ah... Eu sei o que é isto. Mas o que crianças como vocês fazem com elas? – Perguntou o duende enquanto olhava com desdém para a capa. — aposto que roubaram, não é mesmo?

— É simples. A capa e vocês podem ir embora sem problemas. O que acham? – Disse a duende.

— Não! Não roubamos essa capa, eu a ganhei... Eu tenho outra coisa que lhe será mais útil, está no meu bolso... – Thiago colocou a mão no bolso. — Posso pegar?

— Pegue logo!

Thiago olhou para Justine,e em seguida para a capa. Num gesto rápido e pegou a sua varinha á apontou para o casal de duendes e exclamou:

Imobilous! - Os duendes ficaram imóveis. — Vamos!

Thiago pegou a capa, em seguida agarrou a mão de Justine e correu para a porta. Eles tentaram abrir, mas estava trancada.

— E agora, Thiago?! – Exclamou Justine, com a voz falha.

— Um feitiço, rápido! Pense!

— Não sei... Alorromora! – A porta destrancou.

Eles correram sem parar até estarem bem longe do cercado da casa. Eles pararam. Estavam ofegantes.

— Feitiço bem pensado. – Disse Thiago enquanto eles caminhavam.

— E? – Justine dava passos largos e estava um pouco a frente de Thiago.

— Nada, só disse que foi uma boa idéia. – Thiago apertou os passos para alcançá-la

Justine ignorou Thiago e seguiu em direção á aldeia. Logo grandes propriedades foram reveladas. Loja e mais lojas. Dava para ver A Dedos de Mel, o Cabeça de Javali, a antiga Zonko’s, que há alguns anos foi transformada em uma franquia da Gemialidades Weasley. Logo mais á frente estava o Três Vassouras.

— Vamos colocar a capa. – Disse Thiago. — O Três Vassouras fica logo ali.

Justine entrou debaixo da capa e eles seguiram para o Três Vassouras. No caminho, Justine ficou impressionada com o que via. Era tudo bem iluminado, mesmo ainda sendo de tarde. As fachadas eram bem coloridas, principalmente a da Gemialidades Weasley. Eles chegaram a porta do Três Vassouras. Thiago á abriu e eles foram em direção á uma escada no fundo do bar.

Onde estamos indo? – Justine cochichou enquanto seguia Thiago.

Eles sempre se reúnem no segundo andar.

Eles? Eles quem?

Justine imaginava que apenas o primeiro Ministro e o professor Teddy estavam lá. Mas estava errada.

A maioria dos professores e algumas pessoas do ministério se reúnem aqui... Agora faça silencio antes que alguém nos note. – Respondeu Thiago, enquanto eles subiam a escada.

Logo defronte á escada havia uma porta entreaberta. Eles se aproximaram e ouviram uma voz masculina. Era o primeiro Ministro.

—... Ela fugiu. Simplesmente fugiu, mas sabe o que é pior? Isso foi bem debaixo do seu nariz, Sr. Ministro...

Eles se entreolharam. Em seguida entraram na sala. Havia 5 pessoas. Harry, o Ministro, Teddy, professora McGonnagal e Lucy Rosmerta. A quinta pessoa, eles só conseguiram ver quando entraram totalmente na sala. Era o Felipe, pai de Justine.

— Ela fugiu por causa dela! Tenho certeza disso! – Disse Felipe, parecendo frustrado.

— Não se precipite Felipe. Só porque ela fugiu não significa que a causa seja a garota... Justine. – Disse o Ministro, que mesmo com cautela também parecia preocupado. — O que você acha, Harry?

— Não podemos tirar conclusões precipitadas... Mas temos que ter o Maximo de cuidado.

— Vocês não percebem! Ela corre perigo... Madeline deixou bem claro que iria atrás dela e se ela já souber que é Justine? – Uma lágrima escorreu dos olhos de Felipe.

— Se acalme... Você realmente se apegou á garota, não foi? – Perguntou McGonnagal.

— Ela é minha filha. – Disse Felipe.

— Não, Lipe. Ela é filha de Madeline... Eu entendo que você e Carol á criaram, mas... – Lucy Rosmerta foi interrompida por Harry.

— Nós iremos achá-la. Agora é melhor nós irmos... Este assunto deve ser tratado com mais calma. Estou certo, Sr. Ministro?

— Sim, é claro. – Disse o Ministro enquanto pegava seu casaco. — Vamos embora.

Justine estava pasma com o que ouvira, mas principalmente com o porquê de seu pai estar em Hogsmeade. Ela estava assustada.

Thiago á puxou no memento em que Harry e o Ministro se aproximavam. Eles desceram a escada rapidamente e saíram do bar indo novamente em direção á casa dos gritos. Quando estavam perto, tiraram a capa.

— Precisamos ver outro caminho... – Disse Justine, enquanto pegava o mapa com as mãos um pouco trêmulas.

— Você está bem? – Perguntou Thiago.

— Estou... Olhe está, podemos...

— Justine, você está bem? – Insistiu Thiago.

— Já disse que estou, ta legal?!

— Pare com isso! Já chega de me ignorar... – Ele pegou o mapa da mãe dela. — Você pode falar comigo, igual nós falávamos nas férias, igual ao ano passado. Nós somos amigos, e amigos compartilham coisas.

Thiago olhava nos olhos de Justine. E Justine nem piscava. Depois de alguns segundos...

— Você não entende, não é?! Eu to cansada disso... Só amigos, amigos, amigos! Também to cansada da Coraline com você toda hora! Agora... Vamos sair desse lugar antes que alguém nos veja! Me de o mapa! – Ela puxou mapa da mão dele.

Thiago ficou meio assustado com os berros de Justine. Mas depois apenas sorriu.

— Porque não disse antes...

Thiago sorriu e agarrou Justine, beijando-a. Justine, desprevenida, deixou o mapa cair e se deixou levar pelo beijo.

"Thiago sorriu e agarrou Justine, beijando-a."


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Notas finais do capítulo

É galerinha... O romance está no ar, mas será que por muito tempo?



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