A Nova Uchiha escrita por Mrs Fox


Capítulo 3
Three


Notas iniciais do capítulo

Amanhã posto o quarto capítulo.
Já vou pedindo desculpas pelos erros :D

Será que nesse capítulo teremos um encontro do Sasuke com a Sakura.???

Boa leitura!



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A viagem estava no fim, e como ele agradecia por isso, andar naquele frio doente como estava não era nada agradável. As dores no peito tinham aumentado, e as pernas pesavam mais, sem contar com as constante dor de cabeça. Se o dono da estalagem estiver certo, ao menos poderá passar em um curandeiro e conseguir algum remédio. Continuou caminhando durante algumas horas até chegar na aldeia, o local parecia ter sido próspero um dia, havia várias lojas fechadas, algumas crianças pareciam desnutridas, e a variedade de alimentos vendidos era pouca, sem contar que o número de mendigos era relativamente alto para o da população. Continuou andando até que resolveu parar para comer, sentou-se perto de dois homens e disfarçadamente começou a ouvir a conversa tentando descobrir algo.

– Tá cada vez mais difícil pegar peixe, ontem eu peguei alguma coisa na área boa. - disse o que parecia ser o mais novo.

– Não reclame, pelo menos você está vivo. Semana passada um viajante comeu um peixe do rio e agora tá lá na casa da curandeira ardendo em febre. - disse o mais velho.

– Eu não entendo, como nosso rio foi ficar assim de repente...

Depois de comer, Sasuke perguntou pro balconista aonde morava alguma curandeira e resolveu ir em sua casa. Rapidamente ele chegou ao endereço indicado, uma casa estreita de dois andares, feita toda em madeira. Ele bateu na porta e foi atendido por uma menina de olhos azuis e cabelo castanho que devia ter uns 10 anos.

– Aqui é a casa da curandeira? - perguntou para a garotinha.

– OBAA-CHAN TEM UM MOÇO BONITO PROCURANDO A SENHORA! - gritou a menina com o rosto vira pra dentro da casa.

Logo em seguida uma senhora de aparentes 75 anos apareceu nos fundos da casa.

– Kin não grite uma coisa dessas, você pode deixar o homem constrangido. Gomen pela minha neta. O que o senhor deseja?

Assim que a senhora terminou de falar ele sentiu uma mãozinha em sua testa, instintivamente ele segurou o pulso da menina, que tinha subido em um banco e agora o olhava com uma expressão preocupada no rosto enquanto o analisava, ele a olhou surpreso por não ter sentido ela se aproximar.

– Ele está com febre Obaa-chan. - disse enquanto descia do banco.

– Ah... você quer uma consulta. Kin ele pra um quarto, eu vou dar uma olhada nos outros e já levo as ervas, pode começar sem mim.

– Hai obaa-chan! - disse sorridente.

A garotinha segurou o seu casaco e começou a puxa-lo pela casa enquanto ele tinha uma careta no rosto, Sasuke não era acostumado com aproximação, foram anos viajando sempre sozinho e em geral sempre assustava crianças, menos aquela menina que parecia estranhamente confortável perto dele. Ela o guiou até um pequeno quarto no primeiro andar, chegando lá ele tirou o sapato e colocou a bolsa em um canto.

– Senta aí. - falou apontando para o colchão.

Ele ficou desconfiado, mas preferiu obedecer.

– Agora abre a boca.

Ele nada fez.

– Você é surdo? - ele nada fez. - Abre a boca vai, tenho que te examinar.

– Você? Me examinar? - olhou desconfiado para a menina.

– É, eu. Agora abre a boca e coloca a língua pra fora.

No fim ele fez o que ela pediu, apesar dele considerar está numa situação vergonhosa pra alguém da sua idade.

– Você tá com a garganta inflamada. Deixa ei ver o seus olhos... - nesse momento ele gelou.

– Só examine o direito. - disse arrumando as mechas do cabelo na frente de seu olho esquerdo,

– Por que? - perguntou enquanto inclinava a cabeça para o lado.

– Não importa.

– Ah ... tá bom... Você tem comido mal, tá com um pouco de anemia. Agora tira a blusa para eu poder continuar.

Ele fez enquanto a menina o rodeou e colocou o ouvido nas suas costas, fazendo-o com que se assustasse com o toque, agindo como se nem tivesse percebido a falta de um braço.

– Agora respire fundo. - e assim o fez. - de novo. Você tem alguma coisa no pulmão, mas eu não sei dizer o que é. Minha obaa-chan vai saber dizer o que é. Vou chamar ela.

Ele estava realmente surpreso com a menininha, que apesar de jovem já era muito habilidosa e inteligente. O jeito concentrado de olhar enquanto o examinava lhe fez lembrar como ela ficou enquanto cuidava dele e de Naruto logo depois da última briga deles.

– Minha neta foi preparar um chá pra você tomar, vou continuar a te examinar.

Depois de alguns minutos ela lhe deu o diagnóstico.

– Você está com pneumonia. Uns dias aqui sob os meus cuidados e estará melhor.

Ah que ótimo...

Nesse momento ele pode ouvir passos apressados subindo as escadas.

– Obaa- chan Keiko-sama está passando mal, Akira-kun desapareceu. - disse Kin assutada.

– Mais um! Cuide dele Kin, faça uma mistura com as ervas da terceira prateleira, venho já. - e saiu o mais rápido que podia.

A menina saiu e depois voltou com chá e algumas ervas misturadas em forma de pasta.

– Deite que eu vou passar isso no seu peito.

Sasuke viu que o rosto da menina parecia meio triste enquanto passava o remédio, sabia que isso tinha haver com o sumiço do garoto, ele também não deixou de observar o que a senhora tinha dito, e resolveu conversar com Kin.

– Sua obaa-chan disse "mais um" , esse não é o primeiro sumiço né verdade?

Ela acentiu com a cabeça.

– Já faz tempo que isso vem acontecendo?

– Faz alguns anos, minha obaa-chan acha que eu não percebo. Mas foi no mesmo tempo que o nosso rio começou a ficar ruim. Muita gente tem ficado doente.

– Teve algo em comum nos desaparecimentos? - ela pensou um pouco antes de falar.

– Todos sumiram quando estavam perto do rio.

– Hm.

Ela continuou seu trabalho em silêncio e ele não perguntou mais nada, sabia que depois teria de ir no rio investigar, apesar de não ver como esses sumiços podiam estarem ligados com o homem dos pergaminhos. Mas não teve muito pra ficar pensando pois depois de tomar o chá caiu no sono

~#~

– De acordo com o mapa tem uma aldeia aqui próximo e um rio também. - disse Sai enquanto pulávamos no meio das árvores.

– Água limpa seria bom, nossos cantis estão praticamente vazios.

– Concordo, acho melhor não irmos pra aldeia, se alguém que tiver envolvido com os pergaminhos nos ver lá isso pode atrapalhar a missão.

– Então contornemos a aldeia e vamos pro rio, montamos acampamento e começamos a verificar a área.

A dupla continuou a pular no meio das árvores, já estava no fim da tarde e com o sol de pondo o frio iria aumentar. Depois de uns minutos eles chegaram perto do rio, Sai foi procurar uma área para montar o acampamento e Sakura pegar água. Ela se abaixou pegando um pouco da água com a mão com o intuito de molhar os rosto, mas parou ai. Deixou a água escorrer entre os dedos e aproximou nariz da margem e cheiro. Se levantou e repetiu o processo em diferentes pontos, pegou uma amostra da água e foi ou encontro do seu amigo, com as garrafas vazias.

– Sai a água do está envenenada. - disse quando o encontrou pegando galhos pra uma fogueira.

– Como assim envenenada?

– Ela tem uma mistura de ervas e tenho certeza que algumas dela são venenosas. Eu verifiquei vários pontos e estavam do mesmo jeito, aqui uma amostra. - e passou o vidrinho com a amostra.

– O rio deve estar sendo envenenado perto da nascente, isso explica ele estar assim. - falou enquanto guardava a amostra.

– Pensei na mesma coisa. A mistura estava realmente muito fraca se não fosse pelo treinamento da Tsunade nem mesmo eu teria percebido.

Ela se lembrou do verão passado quando sua mestra diluíu diversas ervas na água e a ensinou diferencia-las pelo olfato. Sai e Sakura ouviram alguma voz ao longe e rapidamente subiram nas árvores. Esperaram até o grupo se aproximar, era três homens e um menino, estavam com lanternas e procuravam por alguém.

– AKIRA!!!! AKIRA!!! CADÊ VOCÊ? - gritava um homem te estatura média. sendo acompanhado pelo resto do grupo.

– São só aldeões. Perece que alguém se perdeu. - sussurrou Sakura para Sai.

– Vamos segui-los. - respondeu indo atrás do grupo.

Já fazia quase uma hora que estavam a espreita do grupo e nada de estranho tinha acontecido, a noite já estava chegando e quando iam desistir de seguir o grupo viram algo que chamou a atenção. O garoto tinha perguntado para aquele que parecia ser seu pai qual direção iam seguir, este respondeu que iriam seguir em linha reta, mas não tinham andado mais dez metros e viraram subitamente a esquerda, como nada tivesse acontecido.

– Genjutsu… - falou para Sai que concordou com a cabeça.

Eles esperaram o grupo ficar fora de vista e foram até o ponto em que tinham mudado o percurso. Fizeram o selo necessário e ao dizerem “Kai” viram a floresta mudar na frente de seus olhos, continuaram caminhando em linha reta até avistarem um grande prédio cinza protegido por diversos ninjas, enquanto outros carregavam caixas com ervas e galões d’água, no fundo do prédio eles puderam ver o rio e alguns homens despejando restos de planta.

– Achamos nossos envenenadores. - disse Sakura apontando para o grupo.

– Está no final no inicio da noite, daqui a pouco deve haver uma troca de turno. Quando ela começar entramos.

Os dois se encostaram e decidiram comer enquanto esperavam a hora de atacar.

~#~

Quando Sasuke foi acordar o Sol tinha acabado de se pôr, olhou para o lado e viu a garotinha ajoelhada tirando uma pasta diferente da que ele tinha visto antes de adormecer de cima do seu peito. Ele se sentou sentido sua cabeça um pouco nebulada, mas pelo menos as dores no corpo tinham diminuído.

– Ah, você acordou, se quiser tomar um banho é a ultima porta do corredor. - disse lhe estendendo uma toalha. - Aqui a gente dorme cedo, obaa-chan diz que o sono é curativo, então daqui a pouco vou trazer sua comida. - e dizendo isso saiu

Sasuke observou que a menina aparentava estar preocupada, e constatou que devia estar preocupada com a pessoa desaparecida, ela era com certeza precoce pra idade. Ele tomou um rápido banho tirando o resto da pasta que grudava no seu corpo. Quando voltou para o quarto viu que ela tinha trazido uma tigela de sopa e uma outra com uma nova pasta, além de uma xícara de chá. Ele entrou no quarto observando a menina bocejar enquanto arrumava tudo em cima de uma pequena mesinha.

– Aqui a sua comida, vou esperar você comer pra poder passar o remédio, e esse chá aqui é pra você dormir.

– Pode ir dormir, eu posso fazer isso sozinho. - disse pegando a tigela de sopa e começando a comer.

– Tem certeza? Não acho que você é do tipo que sabe se cuidar sozinho.

Ele somente a encarou, aquela garotinha era realmente corajosa em dizer aquela para ele, ou realmente ignorante de quem ele era.

– Tá, já entendi, tô saindo. - foi em direção a porta onde parou e se virou. - Posso perguntar uma coisa? Como você perdeu o seu braço? - emendou sem nem ao menos ouvir o “sim”.

Sasuke parou de comer e ficou olhando para a comida, conseguia sentir o olhar penetrante da menina sobre si, até que decidiu responder.

– Foi quando meu amigo estava tentando me salvar. - disse simplesmente.

– Eu acho que ele devia ter feito isso direito.

– Ele fez isso muito bem. - voltou a comer, enquanto Kin simplesmente deu de ombros.

– Bom, boa noite moço bonito. - e dando um bocejo fechou a porta.

– Boa noite Kin. - disse pra sorrindo mesmo, aquela garotinha, em um dia tinha feito ele pensar em duas pessoas que vinha evitando a anos.

Comeu rapidamente, e quando viu que não se tinha mais barulho na casa, pegou a katana, a capa e saiu pela janela do corredor, andou um pouco até achar o rio e começou a correr com direção a nascente.

~#~

Eles esperaram por cerca de meia hora até a troca de turno iniciar, quando Sai deu o sinal Sakura se aproximou de dois ninja que estavam numa área mais vazi e os nocauteu, depois os prenderam e amordaçaram usando jutsus de transformação para assumir suas identidades, passaram sem problema pela segurança,entrando em uma das passagens que davam para o subsolo, e então começaram a explorar os corredores.

~#~

– Aonde será que estão Ume e Koji, eles já deviam terem chegados pra pegar o turno. - disse um dos guardas para o colega.

– Eles nunca se atrasam. - respondeu o outro. - Fique aqui, eu vou ir verificar.

~#~

Sasuke estava correndo a beira do rio, o ar frio o fazia tossir. Até aquele momento ele não tinha dectado nada com o seu Sharingan. Em algum ponto do caminho ouviu o barulho de algumas pessoas que estavam indo em direção a aldeia, então se escondeu no meio das árvores até o grupo sumir, continuou correndo por 200 metros até ver uma barreira na sua frente, e atravessou o Genjutsu.

~#~

– Sakura me ajude com essa tranca.

A mulher concentrou chakra na mão e forçou a tranca que deveria abrir somente quando o código fosse digitado. Seguiram pelo corredor, o local era muito escuro e frio, até chegarem numa escada que dava para uma segunda porta que possuía uma tranca semelhante a primeira, quando entraram no comodo se surpreenderem, o lugar parecia uma espécie de farmácia, com prateleiras cheia de remédios.

– Quantas ervas e misturas, nem no Hospital de Konoha tem tanta variedade. - comentou Sakura maravilhada. - São tantas que elas estão enumeradas ao invés de receber nomes.

Sai olhava as estantes até que acho que achou uma porta, quando a abriu não sabia o que dizer.

– Sakura você que tem que ver isso.

Ela foi até onde seu amigo entrava e se assustou com o que tinha naquela lugar, era um grande laboratório humano, era uma versão macabra de uma hospital. Tinha certa de 40 macas, e os pacientes dormiam em um sono profundo, todos tinham intra-venenosas com subtâncias estranhas. Caminhando entre os leitos Sakura viu pessoas com músculos atrofiados, outros a pele tinha ganhado uma coloração não natural, mas todos tinha pés, pernas, dedos ou até o braço completo amputados, ela se aproximou de uma maca e pegou a ficha médica que tinha no pé da cama, na prancheta tinha escrito o primeiro nome, peso, idade e sexo do “paciente”, e data e hora de entrada, logo abaixo vinha uma sequência de códigos, que Sakura presumiu ser medicamentos, e das reações que ocorreram no corpo.

– Sai eles são experimentos. - lhe disse entregando a prancheta.

Ele deu uma olhada e foi até o único paciente que não tinha membros arrancados e pegou a prancheta.

– Eles tão pegando pessoas da aldeia, olhe o nome dele.

Quando Sakura olhou sentiu seu coração se apertar, ele era a pessoa que aqueles homens estavam procurando, tinha sido pego naquele mesmo dia de manhã e já estava tendo seu corpo violado.

– Sai, temos que tirar essas pessoas daqui.

E ao dizer isso, o alarme tocou.


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Notas finais do capítulo

"Ah Mariana por quê você disse aquilo nas notas inicias, jurava que ia ter Sasusaku!" Falei porque sou do tipo que adora trollar os outros! Gomenasai! Mas não se preocupem, o encontro tá próximo, tipo próximo capítulo.

"Mas Mariana, tinha que terminar o capítulo numa hora dessas" Eu sei, toda vez que eu leio um capítulo de uma fic que termina num momento tenso fico morreeendo de curiosidade pra saber o que vai acontecer, mas como autora acabei de descobrir que isso é uma espécie de prazer sádico. :P

Até o próximo capítulo! :D



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