Despertar escrita por Melaine_, Cassia Cardoso


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Decidimos cortar esse capítulo para ele não ficar tão grande e cansativo. Por isso ele é curtinho mesmo.
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/598993/chapter/5

A tarde em Hogwarts passou sem grandes acontecimentos, os alunos depois do conturbado café da manhã se dirigiram para suas aulas, durante o torneio as aulas transcorriam normalmente tanto em Hogwarts quanto para as escolas visitantes.

As escolas convidadas usavam suas próprias instalações ou algumas salas de aula cedidas por Dumbledore para ministrar suas aulas. Naquele dia, durante as ultimas aulas, todos os alunos foram informados que os campeões das escolas seriam escolhidos a noite, portanto, todos deveriam se dirigir ao salão principal as 20hrs.

Quando a hora da aula com Dumbledore se aproximou Desiré e Freya se dirigiram para o castelo de Hogwarts para irem juntas ao encontro do diretor.

– Hey, aqui! - Chamou Freya.

– Ah, olá! Espero não estar atrasada, minha professora de poções ficou realmente irritada com minha inabilidade na matéria, você sabe, eu prefiro formas alternativas de cura ou encantamentos!

– Eu sou louca por poções! Talvez eu possa te ajudar com essa matéria!

– Muito obrigada, eu adoraria alguma ajuda!

– Agora vamos porque senão chegaremos realmente atrasadas. – Freya começou a andar em direção a escada quando Desiré disse:

– Mas espere um minuto, você por acaso sabe chegar ao escritório de Dumbledore?

– Não, e agora?

– Bem que essa escola podia ter algum sistema de buscas como um google maps, por exemplo. – Disse Desiré relembrando de seus aparatos tecnológicos deixados em casa.

Antes que as garotas pudessem entrar em pânico ou algo do gênero o zelador apareceu no alto da escada.

– Vamos, o diretor mandou que eu as buscasse. - Disse carrancudo.

As garotas subiram as escadas correndo e foram acompanhando os passos rápidos de Filch que resmungava para que elas pudessem ouvir…

– Como se eu fosse babá dessas garotas agora, essa escola não é mais a mesma!

Eles chegaram rapidamente ao escritório do diretor, as garotas reconheceram a gárgula que marcava a escada para o escritório.

–Entrem, por favor. Deixe-me apresentar o professor de poções daqui de Hogwarts... Severo Snape. - Disse Dumbledore assim que as garotas chegaram na porta.

Freya lembrou do professor que Draco havia definido como o melhor desse colégio. Tanto ela como Desiré o acharam muito interessante e se olharam guardando em suas mentes comentário para depois.

–“Ual, gostei!” – pensou Desiré.

Na mesma hora como se o professor tivesse lido a sua mente, ele fechou a cara e as cumprimentou com um pouco menos de cordialidade do que era normal e olhou para Freya como se esperasse algo também.

–Essas são Desiré Thierry e Freya Ivanitch. Por favor, sentem-se, meninas.

Dumbledore se sentou também e olhou rapidamente para Snape.

–Então, vocês tiveram outra visão, certo? – perguntou Dumbledore.

–Sim, senhor. – responderam as duas juntas.

–Duas visões mostram Harry Potter como o segundo campeão de Hogwarts? – perguntou o diretor ainda descrente.

–Sim, senhor. – responderam juntas novamente.

–Agora, quem vai me contar exatamente como foi essa visão? Porque as duas falando junto é realmente estranho.

Freya decidiu contar dessa vez detalhadamente e deu especial atenção ao lugar onde estava o cálice e a mão que depositou o nome.

–Você viu exatamente a mesma coisa, senhorita Thierry? – perguntou Dumbledore.

– Sim, senhor.

Freya reparou que Snape olhava fixamente para Desiré, com um olhar que ela já tinha visto antes, um olhar de quem usava Legilimência. E assim que seu contato visual acabou Snape olhou para Dumbledore balançando a cabeça positivamente, gesto que Desiré também reparou.

–Vocês duas se encontram para ter essa ultima visão? – perguntou Dumbledore.

–Não senhor. Eu estava no meu quarto, acordada. – respondeu Freya sentindo o olhar do professor nas suas costas e sua mente tentando ser invadida.

–E eu estava dormindo. – disse Desiré.

Dumbledore olhou para Snape e se ele já tinha cara de poucos amigos, agora parecia abandonado no mundo.

–Professore Snape, o que acha de pegar uma xícara de chá para nossas garotas?

Snape foi até uma mesinha que estava perto da porta pegou as xícaras de chá e levou para elas. As garotas beberam sem questionar.

– Então senhorita Thierry, você tem certeza de que viu Harry Potter como o segundo campeão de Hogwarts?

–Sim senhor... Eu vi. Não só o Potter como também o super hot Cedrico Digory – disse Desiré com a sensação de que se Dumbledore perguntasse qualquer coisa ela responderia, mesmo se fosse um grande segredo. Ela não pode evitar o reflexo de tampar a boca com as mãos para tentar impedir que mais barbaridades fossem ditas.

Freya reagiu instantaneamente com uma palmada na testa, em um gesto de indignação a resposta da amiga, que estava sendo claramente influenciada pela poção Veritasserum.

–E você senhorita Ivanitch, está falando a verdade?

–Sim, senhor.

Dumbledore estava olhando fixamente de Freya para Snape e então perguntou:

–A senhorita poderia, por favor?!

Entendendo o que o diretor queria dizer ela atendeu ao seu pedido.

Snape olhou para Freya e também fez um sinal de afirmação para Dumbledore.

–Muito bem! Desculpe meninas, mas eu tive que fazer todas essas perguntas. Eu não as conheço direito e peço desculpas por duvidar de um dom que lhes deve ser muito útil. – disse Dumbledore bondosamente.

Desiré olhava para a amiga ainda sem entender o pedido de Dumbledore.

–Eu acredito em vocês mesmo que esta visão pareça praticamente impossível. Creio que agora seja tarde demais para fazer algo. Eu tirei o cálice da sala a muito tempo e agora ele já está preparado para anunciar os nossos 4 campeões.

As garotas se olharam sem saber o que dizer, uma vez que tudo aqui era realmente verdade.

– Antes de vocês irem para as suas instalações e se arrumarem para a grande noite, quero pedir uma coisa a senhorita Desiré... Por favor, controle seus nervos, senhorita.

– Sim, senhor. –Desiré concordou constrangida por saber que o diretor notara seus poderes usados durante o café

As duas se levantaram e foram em direção à porta que parecia guardada por Snape. Desiré e Freya o cumprimentaram e saíram. Ao passar pela gárgula Desiré disse:

–Peraí! Eu não estou entendendo nada.

Freya viu que havia algumas pessoas por perto e puxou Desiré para o canto.

–O professor Snape estava usando Legilimência em nós.

– Ele o quê? – perguntou Desiré atordoada.

– Ele leu a sua mente para saber se era verdade ou não. E depois ainda serviu o chá com Veritasserum, a poção da verdade.

–Por isso eu senti vontade de dizer absolutamente tudo! Mas como você sabe de tudo isso, espertinha?

–Lá em Durmstrang, nós temos aulas de Legilimência e Oclumência. Quando Snape começou o contato visual eu deduzi isso e bloqueei a minha mente, então ele nós deu a poção para confirmar se eu realmente usava Oclumência.

–O que tem a ver a poção com a Oclumência? – perguntou Desiré.

–Quem é oclumente consegue repelir o efeito da Veritasserum.

–Incrível! Você sabe entrar na mente das pessoas também?

–Não, ainda não. Eles primeiro ensinam Oclumência. – disse Freya meio decepcionada. - E o que Dumbledore quis dizer com “ Controle os seus nervos”?

–Ah... O seu amigo Krum, me irritou falando sobre o jogo das veelas que eu perdi e então eu usei os meus poderes nele. – Desiré riu alto.

–Coitado do Viktor.

Mesmo sem ter a noção exata de quanto tempo estiveram com Dumbledore as garotas seguiram para o jardim para irem até suas instalações e passando pelos corredores vazios elas imaginaram que haviam passado um longo tempo sendo interrogadas. Com pressa as duas começaram a andar mais depressa, afinal aquela noite seria a festa das bruxas e elas deviriam estar prontas a tempo para evitar outra bronca de seus diretores. Ao passarem praticamente correndo porta a fora, Freya trombou em Draco que estava entrando para se arrumar e quase o derrubou.

–Vê se olha por onde anda. - Advertiu Draco.

–Opa! Desculpa. – falou Freya.

– Acho que vocês estão um pouco atrasadas.

–Que horas são?

–São 19hrs.

Desiré soltou palavrão e saiu correndo em direção a carruagem dizendo para Freya:

–Te vejo já já!

–Não quero perder essa festa por nada! – disse Draco.

–Hum...Muito menos eu. - Respondeu Freya.

Se despediu de Draco com apenas um aceno de cabeça e saiu correndo sem olhar para trás cortando o jardim em direção ao navio.


Todos os alunos já estavam reunidos no salão principal as oito horas e aguardavam ansiosos pela escolha do cálice. O diretor de Hogwarts começou seu discurso sobre as regras do torneio e as mudanças enfrentadas pelos alunos com relação a horários de aulas e atividades esportivas, logo após esses avisos Dumbledore dirigiu-se ao cálice, sussurrou algum tipo de feitiço e disse:

— O Cálice de Fogo está quase pronto para decidir — disse Dumbledore. — Estimo que só precise de mais um minuto. Agora, quando os nomes dos campeões forem chamados, eu pediria que eles viessem até este lado do salão, passassem diante da mesa dos professores e entrassem na câmara ao lado — ele indicou a porta atrás da mesa —, onde receberão as primeiras instruções.

Ele puxou, então, a varinha e fez um gesto amplo, na mesma hora todas as velas, exceto as que estavam dentro das abóboras recortadas, se apagaram, mergulhando o salão na penumbra. O Cálice de Fogo agora brilhava com mais intensidade do que qualquer outra coisa ali, as chamas branco-azuladas que faiscavam vivamente quase faziam os olhos doerem. Todos observavam atentamente à espera do veredito...

– Já não se passou um minuto? – Kayo parecia impaciente com a demora

As chamas dentro do Cálice de repente tornaram- se avermelhadas e começaram a soltar faíscas. No momento seguinte, uma língua de fogo se ergueu no ar, e expeliu um pedaço de pergaminho chamuscado — o salão inteiro prendeu a respiração.

Dumbledore apanhou o pergaminho e segurou-o à distância para poder lê-lo à luz das chamas, que voltaram a ficar branco-azuladas. No pergaminho estava o nome do primeiro campeão escolhido: Viktor Krum do Instituto Durmstrang. A escolha foi amplamente festejada por todos do salão uma vez que Viktor era venerado por ser uma estrela do quadribol.

Desiré que estava por perto não pode deixar de notar o estardalhaço feito pelo garoto acertado mais cedo por seu muffin gigante, ela começou a cogitar a possibilidade de que talvez ela tivesse atirado muito forte o bolinho e isso tivesse afetado o cérebro do garoto ruivo.

O ritual de escolha se repetiu para todos os campeões: Fleur Delacour foi escolhida como campeã da Beauxbatons e Cedrico Digory como campeão de Hogwarts. As escolhas eram sempre muito aplaudidas, exceto pelo choro das veelas derrotadas e gritinhos afetados das garotas por Cedrico ter sido escolhido. Freya permitiu-se comentar a escolha de Hogwarts.

– Agora sim que eu não vou perder esse torneio…

– O que? – Draco não conseguiu conter sua exclamação diante da fala da garota.

– Eu? Nada! Só estava ressaltando as qualidades de Cedrico como concorrente no torneio – Freya tentou disfarçar.

– Ah – Disse Draco.

Como se um balaço tivesse acertado seu estômago, Malfoy fechou a cara e voltou a ser aquele garoto antipático e grosseiro de sempre.

Após alguns minutos de festa Dumbledore tomou a frente e ergueu a mão em um sinal que pedia que os alunos se acalmassem

— Excelente! — exclamou Dumbledore feliz, quando finalmente o tumulto serenou. — Muito bem, agora temos os nossos três campeões. Estou certo de que posso contar com todos, inclusive com os demais alunos de Beauxbatons e Durmstrang, para oferecer aos nossos campeões todo o apoio que puderem. Torcendo pelo seus campeões, vocês contribuirão de maneira muito real…

Mas Dumbledore parou inesperadamente de falar, e tornou-se óbvio para todos o que o distraíra. O fogo no Cálice acabara de se avermelhar outra vez, expeliu faíscas por alguns segundos e uma longa chama elevou-se subitamente no ar erguendo mais um pedaço de pergaminho. Com um gesto aparentemente automático, Dumbledore estendeu a mão e apanhou o pergaminho.

Ergueu-o e seus olhos se arregalaram para o nome que viu escrito. Houve uma longa pausa, durante a qual o bruxo mirou o pergaminho em suas mãos e todos no salão fixaram o olhar no diretor. Ele pigarreou e leu…

— Harry Potter!

Todos pareciam perplexos com o acontecido exceto duas garotas que se entreolhavam....


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Despertar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.