A Minha Conselheira Amorosa escrita por Lady Allen


Capítulo 1
A Ideia


Notas iniciais do capítulo

Heey amores, primeiro capítulo sempre dá aquele maldito friozinho na barriga, não é?! Escrevi esse capítulo com o maior carinho, espero que vocês curtam.



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As coisas não iam nada bem para Maxon. Filho único, sempre foi forçado a ouvir discussões terríveis entre seu pai intolerante e sua mãe submissa.

As férias haviam sido desastrosas, se houvesse um questionário de marcar que permitisse a Maxon escolher o pior momento seria exatamente o que lhe doía no peito.

(X) Fora da Kriss

Ele estava completamente apaixonado pela baixinha de sorriso terno, ele amava a maneira que seus cabelos caiam em seus olhos quando ela abaixava a cabeça e maneira que seus olhos se iluminavam quando ela sorria.

Tudo o que ele realmente desejava naquele momento era um beijo daqueles lindos lábios rosados.

Fechou a tela do notebook e se jogou de costas na cama, o teto branco de seu quarto nunca havia sido tão medonho.

Solidão.

Silêncio. Silêncio. Silêncio. E mais silêncio.

– Vamos lá, Marlee! – a voz insuportável da vizinha mais insuportável do mundo mais insuportável invadiu os ouvidos de Maxon.

– Para com isso Meri – Maxon revirou os olhos ao ouvir o tom meigo de Marlee.

– É só uma foto para o blog – America implorava.

America Singer na opinião de Maxon é a pessoa mais insuportável e metida a besta do mundo, sempre achando ser a rainha da razão e a dona da verdade.

Mas na verdade não passa de uma adolescente cheia de espinhas nojentas, sonhos de garotinha, sorriso falso, olhos astutos como olhos de uma gata, sempre usando as mesmas botas de combate desgastadas e blusas despojadas demais, e o cabelo... Ah! O cabelo, do cabelo Maxon nem gostava de lembrar, a ruiva prendia seus fios vermelhos em um rabo de cavalo mau feito e de lado preso com um pompom de criança.

– Meri eu vou te matar – Marlee ameaçava.

Maxon levantou e caminhou até a janela de seu quarto, e lá estavam as duas imbecis sentadas na grama do lado da casa de America, praticamente abaixo da janela de Maxon.

– Tem como as duas crianças pararem de gritar? – arqueou a sobrancelha.

America levantou. Ele riu. Mesmas botas de combate, o mesmo rabo de cavalo e mesmo tom superior.

– Faça o favor de voltar para dentro do seu quarto e nos deixe em paz – vociferou irada.

– Em paz? O que você sabe sobre paz? – apoiou-se na janela, seus músculos a mostra.

– Nós não estamos afetando a paz de ninguém, estamos apenas cuidando do nosso blog – defendeu-se.

– Ei! Espera ai – sorriu, America sabia que aquele sorriso dizia que ele estava tendo uma ideia idiota – O blog – sorriu de novo.

O loiro simplesmente saiu da janela e as meninas puderam ouvir o estrondo da porta do quarto sendo batida.

Alguns poucos minutos – talvez um ou dois – Maxon apareceu no quintal de America, ele estava usando uma calça jeans rasgada, descalço, vestindo a camisa de malha azul marinho, seu cabelo emaranhado refletia a luz do sol.

– Hey, America, querida – parou em frente a ruiva.

– Querida é a senhora sua avó – cruzou os braços.

– Bom dia – sorriu, seus dentes estavam tão brancos que pareciam que cegar a ruiva.

– O que você quer? – Marlee saiu de trás da amiga, seu vestido floral batia nos joelhos, o cabelo loiro estava solto e cacheado.

– Preciso da sua ajuda, Singer – disse prontamente.

– Oh! Meu! Deus! – para cada palavra Marlee deu um pulinho.

America abaixou o óculos de grau até a ponta do nariz o que deixou seus lindos olhos a mostra e isso Maxon não podia negar. America tinha lindos olhos, lindos e astutos, mas lindos. Os lábios encharcados de gloss se moviam sem som, ela não sabia o que falar, as mãos da garota passaram por sua camiseta e assim Maxon percebeu o que havia escrito “Something I Need” e logo abaixo “OneRepublic”, as mãos da ruiva pousaram em sua cintura.

– Repita bem devagar o que você disse – seu sorriso de criança dançava em seus lábios.

Hey, America, querida – encarou-a – Bom dia – colocou as mãos nos bolsos.

– Não! – repreendeu-o com o olhar – Quero que diga o que me pediu, mas diga vagarosamente e bem alto – exigiu.

Maxon fez careta e fechou os olhos se punindo por estar ali.

– Preciso. Da. Sua. Ajuda – pausadamente.

– Faltou a palavrinha mágica – Marlee arqueou a sobrancelha e Maxon cruzou os braços.

– Por favor – as duas palavras saíram de sua boca rasgando sua garganta.

– No que posso te ajudar? – America cruzou os braços magros.

– Você tem aquele blog idiota que você ajuda as pessoas dando conselhos amorosos melosos – revirou os olhos.

– Sou eu, eu dou os conselhos melosos, a Meri dá os conselhos mais realistas – Marlee interrompeu.

– Não importa – deu de ombros – Preciso da sua ajuda – os olhos do gatinho do Shrek se fizeram presentes naquele rosto lindo.

– O que eu ganho com isso? – America questionou enquanto destravava o celular.

– Compaixão – sorriu bobo – Você vai todos os finais de semana para igreja, deve haver um pouco de compaixão nesse coração de pedra – cruzou os dedos e os levou a frente dos lábios.

– Compaixão? Sério? Não tenho isso, quero saber o que eu ganho com isso – deu ênfase tirando os olhos do celular e os focando no loiro a sua frente.

– Quanto você quer? – revirou os olhos.

– 100 dólares, para começar – sorriu de lado.

– De onde eu vou tirar esse dinheiro? – parecia estar começando a ficar furioso.

– Você trabalha e seu pai tem dinheiro – respondeu como seu fosse óbvio.

– E você quer que eu chegue para o meu pai e diga que quero 100 dólares para dar a garota que ele odeia? – agitou os braços.

– Te vira, quero 100 dólares por mês – colocou o celular no bolso – E seu pai não gosta de ninguém – ela queria ter engolido as palavras.

– Obrigado por me lembrar disso – engoliu a seco.

– Eu topo – America levantou as mãos em rendição – Mas quero os 100 dólares – abaixou os braços.

– Certo, eu dou um jeito – concordou.

– Espera aí, se ela participa, eu também quero e ela não vai fazê-lo sem mim – Marlee colocou uma mecha loira atrás da orelha.

– É, eu não participo sem ela – America mordeu o lábio inferior.

– Você quer dinheiro também? Quanto? – bufou contrariado.

– Não é dinheiro – corou.

– Você quer um cara? Diga, qualquer um – sorriu satisfeito.

– Ficou feliz, não é pão duro? – America chiou.

– Seu amigo – o rosto de Marlee estava tão vermelho quanto os cabelos de America.

– Seja mais especifica – coçou a nuca.

– Carter – respondeu baixinho.

– E quanto a Celeste? Ela é namorada dele, se ela souber ela te mata – passou a mão na testa nervosamente.

– Ou é ele ou estamos fora – America ameaçou.

Maxon pegou o celular, digitou um número e praguejava baixinho.

– Quero te pedir uma coisa – virou de costas – Preciso que saia com uma garota – pediu – Eu sei, eu sei que ela vai te matar, mas faz isso pela nossa amizade – quase implorou – É a Marlee Tames – deu alguns passos – Exatamente a garota que trabalha na lanchonete, bem essa mesmo – virou-se de volta para as meninas – Valeu, cara – desligou.

– E aí? – America perguntou ansiosa.

– Hoje a noite, ele vai passar na sua casa – avisou.

– Ele sabe onde é a minha casa? – Marlee mordeu o lábio impedindo-se de sorrir.

– No dia em você quase se afogou na aula de educação física foi ele quem te levou desacordada para casa – Maxon virou-se para sair.

– E nós começamos que dia? – America perguntou.

– Amanhã, agora vá ajudar sua amiguinha a vestir uma coisa descente – saiu andando.

America começou a reconsiderar sua ideia sobre Maxon, talvez ele não fosse tão ruim assim.

"America! Pare com isso"

Sua mente advertiu.


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Notas finais do capítulo

Estou muito tensa, roendo as unhas. O que acharam do capítulo? & do banner? & da capa e da Fanfic? E da sinopse? E tudo mais? O que precisa melhorar? O que escrevi que não condiz? Sempre aceitarei sugestões, estejam a vontade. Preciso da opinião de vocês :3 Comentem & Favoritem. Amo vocês ♥