Para toda eternidade escrita por Palégia


Capítulo 6
A missão de Elza


Notas iniciais do capítulo

Okey, capítulo novo! Depois de muito tempo, tá aí. Bem, sem querer colocar expectativa, mas já colocando, esse capítulo é o início do fim, sacaram? Tipo, é a partir desse capítulo que as coisas começam a esquentar. Okey, dito isso... Gostaria de mandar um agradecimento especial para Johnny Blaze, o leitor mais assíduo da fic! Agradeço por estar sempre acompanhando. Que a força esteja com você! o/



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“Não... Não me peça para fazer isso, por favor...”

Dias haviam passado desde que Rin morreu. Com a morte da melhor amiga e com ideia de que estava sendo perseguida, Mono acabou ficando mais retraída e só saía da casa de saúde para encontra-se com Wander – dessa vez ela preferia que os encontros ocorressem durante o dia. Nos treinamentos, Wander percebeu a constante ausência de Zaad logo depois da morte de Rin, ele achou que o amigo deveria está bastante abalado, afinal, perdeu a mulher que amava. Sem esperança de que ele fosse voltar cedo, Wander só desejava que o amigo se recuperasse logo. Porém, para a surpresa de Wander, Zaad volta logo após uma semana de luto. Do mesmo jeito de sempre, Zaad estava quieto e apático.

– Zaad. Como está, amigo?

– Melhor.

– Bom. – para Wander sempre foi difícil manter uma conversa com Zaad, pois ele nunca deixava com que ela fluísse, mas dessa vez parecia que ele queria falar.

– Eu soube que a amiga dela, Mono, ficou muito abalada com a morte.

– Verdade. Mono e Rin tinham um passado semelhante pelo o que ela me contou, por esse motivo as duas se apoiavam, entende? Elas realmente se gostavam.

– Como ela está?

– Está melhor. Claro que ela ficou muito triste por Rin, mas o que realmente deixou ela assustada foi o que ela disse antes de morrer.

– O que ela disse?

– Disse que Mono estava sendo perseguida, que eles finalmente haviam encontrado.

Eles?

– É, ela também não faz a mínima ideia de quem possa ser. O fato mais preocupante é que, há um tempo atrás, os pais dela morreram, e nos seus últimos momentos de vida também falaram que alguém estava procurando por ela. Ela está assustada. Está acreditando que todas as pessoas que ela ama estão sendo mortas por causa de alguma coisa relacionada a ela. Ela teme que o mesmo possa acontecer comigo.

– Entendo. Não deve ser fácil pra ela.

– É por isso que eu vou casar com ela o mais rápido possível, para viver perto dela e protege-la pra sempre! – nesse momento Zaad baixou a cabeça e a sua expressão fechada se intensificou, ele pareceu se incomodar com o que Wander disse, e ele percebeu. – Zaad, me desculpe... eu não tive a intenção de fazer você lembrar dela...

– Não, tudo bem. Rin está em um lugar bom agora. Eu desejo o melhor para você e Mono.

– Obrigado, meu amigo. – Zaad afirmou com a cabeça, levantou-se e foi embora com uma expressão de derrota.

Depois daquela manhã intensa de treinamento, Wander foi ao comércio da aldeia comprar um presente para sua amada Mono. Logo a tarde encontrou-se com ela às margens do lago. A atenção de Mono estava voltada para uma caixa que Wander carregava.

– O que é isso?

– Isso? Uma coisinha que eu comprei pra você!

– Pra mim?! O que é?!

– Toma. – Wander entregou a caixa nos braços de Mono. – Eu não sou muito bom com essas coisas, mas eu espero que goste!

– Wander... – ao abrir a caixa, Mono vê um vestido branco com detalhes em roxo. Mono tira o vestido da caixa e fica encantada com sua beleza. – É lindo!

– É? Gostou?

– Eu adorei!

– Bom, bom. Esse vai ser o vestido que você vai usar amanhã, no nosso casamento. – o sorriso mais belo tomou conta do rosto de Mono. Ela pulou nos braços de Wander e o abraçou forte, nunca estivera tão feliz na vida.

– Amanhã?!

– Amanhã! Só você e eu, aqui no lago. Você aceita casar comigo?

– Aceito! – naquele momento, os sorrisos mais alegres tomavam conta do rosto dos dois.

Na casa de saúde, vizinha ao lago, Elza via e ouvia toda a cena. Aquilo estava deixando ela ainda mais preocupada e confusa. Elza estava extremamente desconfiada sobre todos esses problemas envolvendo Mono, ela temia que a garota tivesse um problema espiritual grave que prejudicasse todas as pessoas a sua volta, e isso incluía Wander. Para acabar de vez com aquela dúvida cruel, que fazia com que ela desconfiasse de sua própria aprendiz de quem cuidou como sua própria filha, Elza foi ao único lugar onde ela poderia descobrir a verdade sobre um assunto como este, o templo de Dohan.

Situado no centro da aldeia, o templo de Dohan era onde o sacerdote, e líder da aldeia, Lorde Emon, ficava. Lá, além de tomar as decisões políticas da aldeia, Lorde Emon fazia o contato espiritual nas crianças recém nascidas da aldeia, uma espécie de batismo onde Emon poderia prever o destino daquela pessoa. Elza chegou ao templo e solicitou a presença do Lorde a um dos guardas do templo. Emon mandou a senhora entrar em sua sala.

– Lorde Emon. – Elza fez uma reverência, sinal obrigatório para todas as pessoas que se dirigissem ao Lorde.

– O que quer?

– Corrija-me se eu estiver errada, Lorde. – essa fala já deixou Lorde Emon curioso. – Qualquer assunto espiritual e político, por mais que seja apenas uma suspeita, deve ser tratado diretamente com o senhor, estou correta?

– Claro. Qualquer cidadão que omitir tais assuntos, mesmo que se tratem de meras suspeitas, deve sofrer a fúria dos espíritos. Mas onde quer chegar?

– Recentemente eu ouvi boatos que se encaixam no perfil de outra atividade suspeita. A minha aprendiz, Mono, recebeu avisos de que estava sendo procurada por um grupo de pessoas. Ambos os avisos foram ditos por pessoas próximas a ela que morreram, aparentemente, por ocultar sua identidade. – Lorde Emon ficou abismado com o que ouviu de Elza. Tudo se encaixava, era Mono a pessoa que eles estavam procurando.

– Eu compreendo! Só pode ser ela! Lembro-me dos horrores que vi no dia em que proferi o destino dessa moça... A existência desta jovem significa a morte de todas as pessoas que estão ao seu redor... E o seu destino é libertar uma criatura que dará início ao caos no mundo...

O corpo de Elza estremeceu. A ideia do caos global nem passou pela sua cabeça quando Lorde Emon disse que a existência dela poderia significar a morte de todas as pessoas que estivessem ao seu redor, Elza só pensava em uma pessoa naquele momento: Wander. Emon levantou o rosto assombrado de Elza e começou a falar com seriedade.

– Escute bem o que eu vou lhe falar agora. Há uns anos atrás tudo isso poderia ser evitado se os pais dessa criança tivessem matado ela quando tiveram a oportunidade. Nos cabe agora fazer essa tarefa. Eu não sei o tipo de vínculo que você estabeleceu com essa moça, mas você deve fazer o que já deveria ter sido feito a muito tempo.

– Não... Não me peça para fazer isso, por favor...

– Tem que ser assim. Pelo bem das pessoas que estão envolvidas nesse destino. – Elza lembrou-se de Wander e sua mente entra em conflito, sua querida aprendiz ou o seu filho amado? – Se você não fizer nada, nós faremos. Você entendeu? É assim que deve ser.

Elza estava chocada demais para pensar em alguma coisa, mas mesmo assim teria que dar uma resposta para o Lorde. Não havia outro jeito, Mono teria que morrer.

– Eu aceito... – Elza murmurou. Por um instante ela não acreditou que aquelas palavras saíram de sua boca.

– Bom. Faremos isso amanhã. Eu terei que está presente no momento em que você for matá-la, por isso quero que me informe, onde e de que maneira fará isso. Compreendeu?

– Sim, Lorde Emon...

Nem passava pela cabeça de Wander o que sua mãe estava fazendo naquele momento em que ele estava em casa. Estava comendo na mesa, junto com seu pai. Aquele era um dos raros momentos em que Nito e Wander estavam juntos num mesmo lugar que não fosse o campo de treinamento ou o de batalha.

– Eu pedi Mono em casamento, pai!

– Sério? – Nito mostrou-se surpreso. – E então, o que ela disse?

– Ela aceitou! Mal posso esperar! – Nito assistia a felicidade do filho, mas achou que ele pudesse estar um pouco precipitado. – Você vem, não é?

– Receio que não.

– Por que não?

– Lorde Emon nos deu a missão de escoltar uma carga importante até a aldeia vizinha, e eu, como general, não posso faltar.

– Entendo.

– Inclusive, eu ia escalar você para outra missão, mas já que amanhã você estará ocupado... Bem, quando eu voltar, com certeza saudarei a sua nova esposa. – Wander alegrou-se. – Onde será a cerimônia?

– No lago, ao lado da casa de saúde. Lá é um lugar importante pra nós dois.

– Não vai ser no templo de Dohan? Ao menos Lorde Emon estará lá?

– O quê? E por que ele estaria?

– Ora, porque ele é o sacerdote da aldeia.

– E daí?

– Wander, – Nito ficou com uma expressão mais séria. – sem querer parecer sua mãe, mas você sabe que um casamento fora do templo e sem a benção do sacerdote não é valido perante os deuses, não sabe?

– Sei, mas isso não importa. Eu quero apenas consolidar nossa união e formar uma família com ela.

– Filho... – Nito parou, olhou nos olhos de Wander e continuou. – tem certeza que quer dessa forma?

– Sim, meu pai.

– Pois bem... Vocês têm a minha benção.

Nito sabia que, perante os deuses, aquele casamento não significaria nada, mas Wander dava àquela regra a mesma atenção que ele dava para as demais tradições espirituais da aldeia, nenhuma. Nito, diferente de Elza, não movera um dedo para tentar impedir o filho, se era isso que ele queria, era nisso que ele iria apoia-lo.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo vai ser o casamento de Wander e Mono. O que será que vai acontecer?!



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