Watermelon escrita por Dormant Moon
Notas iniciais do capítulo
Lá estava eu, no silêncio da noite, surrupiando um pedaço de melancia antes do meu banho. Quando inusitadamente um pouco escorre pelo meu pescoço e BAM! Tá aí a inspiração, tenho que escrever uma fanfic!
A manhã começava animada para os moradores da mansão de Ayakashi, num domingo que prometia um calor agradável para a tarde, o jovem Watanuki planejava um possível encontro com a moça de cabelos róseos, e a única coisa que ele tinha certeza de que não falharia para convencê-la era comida.
Ele podia ver em sua mente, os dois sentados na grama, num romântico encontro ao entardecer.
– Isso mesmo! Hoje é o dia! – falou animado, desejando sorte a si mesmo.
Os demais moradores já se punham distribuídos pela mansão. Nobara prendia Karuta em seus momentos maníacos desde que havia surtado com a visão da menor tomando sorvete de casquinha, acompanhadas pelo Sorinozuka que comia despreocupadamente.
A Shirakiin e seu agente, que agora mantinham um relacionamento sério e assumido diante dos amigos da mansão, compartilhavam um silêncio constrangedor no jardim, sentados na elegante mesa de chá. A moça de cabelos arroxeados se lembrava dos momentos que passou naquele jardim ao lado do Miketsukami. E por mais que já houvessem passado há tempos da fase de namorados inocentes, ela ainda se envergonhava.
– Hn, com liçenca... – Watanuki chamou desconcertado diante do casal – viram aquele coelho idiota hoje?
Miketsukami observou Ririchiyo negar curiosa.
– Creio que não, Watanuki-san. – respondeu-lhe o de cabelos alvos. – aconteceu algo?
– Tsc. Não. – Banri murmurou contrariado – Obrigada mesmo assim.
E sumiu tão rapidamente quanto tinha aparecido.
– Sabe de algo, Miketsukami-kun? – A Shirakiin perguntou curiosa.
– Não, Ririchiyo-sama. – disse simplesmente – Vamos entrar?
– Ah, sim. – ela concordou levantando-se – Vamos a algum lugar hoje?
– Se desejar. – ele sugeriu.
Ririchiyo imaginava como seria passear um pouco naquele domingo, mas o calor iminente descartava várias possibilidades para o dia. Como mal passavam das dez da manhã, ela decidiu que teria tempo suficiente para pensar até o horário de almoço e se juntou silenciosamente aos vizinhos que estavam no grande salão.
Cumprimentou a todos e sentou-se numa das mesas, sendo ainda seguida pelo seu fiel cão.
Ela observou o rapaz de cabelos loiros sentado ao lado de Roromiya-san e buscou com os olhos Natsume-san, que aparentava ainda estar desaparecido.
– K-karuta-san, eu... – Watanuki murmurava baixo e envergonhado – é que... hoje o dia está tão... é... bom... gostaria de... hum, passear? Comigo? E... talvez, um piquenique.
– Yo Karuta-chan! Isso mesmo, isso mesmo! Vamos todos nos divertir num piquenique! – o homem surgira como um faísca, pulando do chão e gritando animado com suas habituais orelhas felpudas e um dos olhos enfaixados.
Antes que o Watanuki pudesse protestar, todos já confirmavam sua presença, animados.
– Podemos ir, Miketsukami-kun? – Ririchiyo perguntou levemente animada.
– Claro, Ririchiyo-sama. – a resposta imediata fazia a garota se perguntar se haveria alguma coisa que ele negaria a ela.
– Podemos comer melancia como fazem as famílias japonesas. – Sorinozuka sugeriu.
– Melancia... – a menina de cabelos rosados imaginava a si mesma se deliciando com a fruta.
– Ahh, eu quero ver a Karuta-chan comendo melancia! – Nobara dizia, contendo-se para não agarrar a outra agente.
...
A cena de uma quente tarde de verão era incomum onde estavam.
Os habituais chás da tarde ao estilo inglês foram substituídos por um leve e refrescante piquenique a sombra de uma árvore. A conveniente proposta de Watanuki à Karuta de uma volta nos arredores da mansão, pela parte arborizada do jardim e um lanche sentados num tradicional pano quadriculado, romanticamente planejado, que foi rapidamente frustrado pelo coelho intrometido e quando dera por si, Banri estava escolhido entre o coelho e a irritante raposa que tanto odiava.
O Miketsukami, por sua vez, permanecia imerso na cena inocentemente erótica que presenciava. O calor reduzia o cardápio a frutas frescas, onde uma grande melancia fora cortada para refrescar a todos os moradores da mansão.
Os olhos observavam o leve escorregar que uma gota do suco avermelhado na pele pálida, acompanhando silenciosamente seu percurso tentador sobre o colo e desmanchando-se na borda da regata branca.
Ririchiyo permanecia ocupada na tarefa de comer a melancia e simultaneamente lamber os grossos fios de suco que escorria pelas mãos e braços. Mal notara o quão tentador a cena parecia aos olhos heterocromáticos.
– Ririchiyo-sama, me deixe ajuda-la. – Soushi levou as mãos ao cotovelo segurando-o com firmeza e passando a língua pelo líquido adocicado.
A reação quase instantânea e o rosto subitamente corado ao extremo fizeram-no soltar um sorriso discreto.
– Precisamos trocar sua blusa, Ririchiyo-sama – o maior sugeriu maliciosamente, deslizando o indicador da cintura até apontar uma leve mancha vermelha no tecido branco.
Há algum tempo, a moça aprendera o que ficar sozinha com Soushi significava.
– Vamos, Soushi – ela sussurrou envergonhada.
Cada um ali estava submerso em distintas conversas que variavam entre a inclinação para yuri de Nobara-san ou o melhor macarrão, e o casal saiu furtivamente.
Nenhum dos moradores distraídos notou a falta do agente e da menina, que um pouco distante dali, trocavam longos e provocantes beijos com sabor de melancia.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
*Sei ler hentai, mas pra escrever sou um lixo, portanto esse final aí*
Espero que não tenham odiado, fiquei muito tempo sem escrever ;-;