Fallen Gods escrita por Fernanda Dixon


Capítulo 8
Capítulo VII – Captivity Part. 1


Notas iniciais do capítulo

E Queen of Ice está de volta para a felicidade de vocês! ~desvia das pedras~ Calma! Não me matem!

Eu não vou dá desculpas novamente, acredito que todos estejam cansados delas. Mas, seriamente, estou tão atolada que nem tempo para escrever eu tenho. Minha mãe está viajando á trabalho faz alguns meses, então tenho que ir de casa em casa dos meus parentes, porque minha mãe não quer que eu fique sozinha - acreditando que eu poderia desligar o despertador quando quisesse e.e - E eu não posso ficar levando o PC por causa do peso das minhas costas. Incluindo também que estou com uns problemas de saúde que me fizeram tomar quatro remédios por dois meses. Então a coisa tá feia ashuashua.

Mas serio mesmo, desculpe-me por demorar tanto. Ainda estou esperando tudo ficar regular, provavelmente nesse feriado devo voltar o/ Estarei levando meu PC para casa da minha vó, então poderei escrever e terminar a p@#$ do capítulo que esta... vish, até esqueci quanto tempo empoeirado nas minhas pasta.

Mas, eu voltei e trouxe o capítulo ^^ Não gente, eu não matei os dois e nem pretendo tão cedo - ainda.

Agora bora pro capítulo que tanto esperavam!

Boa leitura!



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Capítulo VII – Captivity Part. 1 | Base da H.Y.D.R.A. |

Os pingos d’água caíram em seu rosto, lhe despertando. Lottie gemeu pela dor que sentia e mexeu seus ombros doloridos, antes de abrir os olhos. Sua visão estava turva e embaçada, mas conseguia enxergar o teto do antigo cativeiro. Conseguiu ver o cano de água quebrado que sempre usava para beber; estava de volta no passado.

Piscou algumas vezes, enquanto as gotas caiam em sua testa. Lottie virou a cabeça, vendo Loki sentado em frente à grade da cela, pensativo, com as mesmas roupas, porém sem a armadura dourada.

Sentou-se, apoiando suas mãos no chão. Tudo rodava. Sua cabeça, seu corpo, o cômodo; parecia que tinha levado uma pancada forte na cabeça. Lottie fitou Loki, que continuava pensativo. O mesmo olhava para o corredor deserto, que para ela era basicamente o inferno.

— O quê aconteceu? — perguntou Lottie em voz baixa. Estava fraca demais para falar mais alto que isso, sua voz estava rouca, quase inaudível.

Loki virou-se para ela. A aparência do deus estava acabada, com alguns arranhões no rosto e no lábio inferior, nada muito grave, porém.

— Quando íamos fugir, o teto desabou. Um dos pedaços caiu em sua cabeça e você desmaiou, iria te pegar para saímos daquele lugar, mas tive que continuar com o plano — respondeu Loki, calmamente, o que fez a morena ficar tensa.

— Você deixou-se ser pego? – indagou Lottie preocupada, achando estranho aquilo. Afinal, Loki não se deixaria ser pego tão fácil, mesmo sendo por uma missão.

O deus deu de ombros, como se o questionamento da mortal não importasse.

— Quanto mais rápido esta missão acabar, mais rápido poderei voltar para Asgard — Loki virou-se, voltando a fitar o corredor. — Só aceitei fazer essa missão contigo, humana, para me livrar dessa sentença — disse o moreno, sem tirar os olhos verdes do corredor.

Lottie não se surpreendeu ao ouvir essas palavras de Loki. Bem no fundo imaginava isso, por ele ter aceitado tão facilmente essa missão. Não reclamou, apenas deu de ombros. Esse fato era muito óbvio para a agente. Porém, Loki escondia outro motivo; ele queria ler os relatórios da H.Y.D.R.A. Saber sobre a Experiência XX-19/Projeto Fênix, descobrir quem era Charlotte Stark e como ela fora encontrada. Se batesse com o ele imaginava, significaria que ela é mesmo Sigyn.

Apenas aceitou essa missão por investigação e sentença. Se ajudasse a S.H.I.E.L.D. seria libertado, e é isso que faria; mas levaria a garota junto.

Ela suspirou, tirando os saltos que usava; jogou-os num canto da cela, olhando envolta. Era o mesmo de sempre. O espaço pequeno e cinza, frio, sem direito a um cobertor, alguns buracos na parede feitos por ela com uma faca e umas linhas que pareciam desenhos. No teto era o acesso aos canos, um estava dobrado deixando gotas caírem bem lentamente, quando sentia sede bebia a água que saia dali. Lottie viveu naquele inferno por tanto tempo, apenas para voltar.

Levantou do chão, ajeitando o vestido vermelho, que estava manchado de cinza pela fumaça do fogo. Caminhou até o canto onde sempre dormia e sentou-se, tirando a pulseira e os brincos, depois a presilha. Colocou a presilha de borboleta no chão duro e despenteou seus cabelos castanhos. Loki a encarou, vendo o objeto de prata quase que surpreso, mesmo não demonstrando, seus olhos o entregavam.

— Onde conseguiu? — questionou Loki, a encarando suspeitosamente. Lottie parou de tirar os nós dos cabelos, o fitando. Ela suspirou.

— A presilha foi o único objeto que estava comigo — respondeu, virando a cabeça, continuando a passar os dedos nos cabelos. — Quando acordei aqui sem memórias, me explicaram que fui achada jogada na neve. Ao me deixarem inconsciente na base, eles foram procurar alguma coisa e apenas encontraram essa presilha. Ela é a única coisa que me acompanhou nos quatro anos vivendo aqui.

Loki apenas parou de se mover, fitando um canto qualquer, enquanto Lottie arrumava os cabelos sem tirar os olhos do deus. Ele não queria acreditar que Lottie fosse Sigyn, pois sabia que ela sempre se lembraria dele, aquela noite depois do julgamento mostrava tudo, mas seria ela mesmo?

— Você acredita que eles estejam falando a verdade? — perguntou Loki, voltando a encará-la. Afinal, pelo que ficou sabendo, a H.Y.D.R.A. é uma organização mentirosa que mentia para as pessoas para o próprio bem do grupo.

Charlotte suspirou, porém assentiu. Abraçou suas pernas, fitando-o, apoiando a bochecha nos joelhos.

— Não. Quando acordei, eles me disseram coisas diferentes sobre mim, só para conseguirem minha confiança, até que as experiências começaram e contaram a verdade — respondeu Lottie, rindo cinicamente, sem humor. — Eu sabia que estavam mentindo, mas como estava assustada e não sabia sobre meu passado, acreditei neles — ela fitou o teto, quase como se ele a interessasse. — Eu era ingênua.

— Na verdade, você ainda é — comentou Loki, recebendo um olhar feio vindo da Stark. Ele sorriu debochadamente. — Não me olhe assim, humana. És ingênua a ponto de acreditar no vilão mais temido do mundo — ele ergueu o queixo, exibindo-se. Lottie riu de lado.

— Sou ingênua a ponto de acreditar nas pessoas, mas não a ponto de acreditar nas pessoas que merecem — disse Lottie, o encarando; como se ele fosse uma pessoa normal, que não demonstrava perigo algum. Porém, era mentira.

Loki respirou fundo, voltando a fitar o corredor, ignorando a existência de Lottie completamente.

— Tem sorte de estamos numa missão, Srta. Stark. Porque senão, eu a mataria aqui mesmo — falou Loki, irritado pelas palavras ingênuas e idiotas da mortal. Ele não merecia pena de ninguém, não merecia nada que lhe oferecesse, pois nunca aceitaria.

Ainda mais o fato dela acreditar nele. Confiar nele. Ninguém confiou nele, além de Sigyn, Thor e Frigga. Naquele momento, duas estavam mortas e um quase perdia as esperanças para o irmão. Loki não acredita que mudaria ou que alguém confiara nele, ainda mais Lottie, mesmo ela podendo ser Sigyn.

Charlotte deu de ombros, sem nenhuma vontade de rebater. Queria acabar com aquilo o mais rápido que podia, Fury tinha dito que precisariam ficar uma semana até eles tiverem total confiança neles, mas sem chance que isso aconteceria, pois começariam os experimentos naquele momento.

O silêncio continuou dominando o local, até que o corpo de Loki ficou tenso. Ele sentou-se de joelhos, segurando a barra de ferro com a mão direita, ainda encarando o corredor. Lottie franziu o cenho no momento em que viu uma muda de roupas nas mãos dele. Loki jogou-as em sua direção, sem tirar os olhos do corredor cinza.

— Vista-se — disse Loki, sem olha-la. Lottie franziu o cenho, mas ignorou-o, tirando o vestido rapidamente; não queria que o deus a visse nua.

Colocou a camisa preta que mostrava uma boa parte do peito, calça jeans e uma jaqueta escura. Ela se abraçou ao calor que a jaqueta lhe deu, pois o lugar frio que tanto se acostumou, voltou a lhe incomodar. Não ficou preocupada com Loki, porque sabia que ele não sentia muito frio pelo fato de ser Jotun.

Depois de alguns minutos, Jackie e Bucky apareceram diante de sua cela. Lottie se levantou apressada, colocando as mãos na parede atrás da suas costas. Sabia o que significava a vinda deles, mas ela não queria ir. Loki, por outro lado, apenas ficou em seu lugar, fitando ambos. Jackie sorria debochadamente, irritando os dois prisioneiros.

— Veja só quem acabou de acordar — comentou Jackie, ainda sorridente. — Dormiu bem, flor do dia?

— Preferia estar morta — respondeu Lottie friamente, os fitando com raiva. Ou melhor, Jackie. Para ela, Bucky era melhor do que o moreno ao lado.

Bucky bufou, pegando um molho de chaves no bolso da calça. As pernas de Lottie tremeram lhe trazendo lembranças do tempo em cativeiro que passou nessa cela, e na base.

— Se vocês não calarem a boca, eu os matarei aqui mesmo antes que pudessem dar o último suspiro — ameaçou Bucky, pegando uma chave pequena do molho, provavelmente da cela. — Fênix, está na hora. Caveira Vermelha quer vê-la. Alegou que se tentar fugir… — ele levantou a arma na outra mão. — Já sabe.

— E quem disse que quero vê-lo? — retrucou Lottie, cruzando os braços como se fosse uma criança.

Loki riu e sorriu de lado. Teimosa, pensou sem ao menos olhar para os três humanos que tentavam se matar com apenas um olhar naquele momento.

Ao contrário de Loki, que achou tola a defesa de Charlotte, Jackie se irritou, desaparecendo de perto de Bucky e aparecendo na frente da garota. Sem ao menos se defender, Jackie deu um tapa em seu rosto tão forte que a fez cair no chão.

O deus levantou-se rapidamente, mas foi segurado pelo pescoço por Bucky. Loki teria lutado usando magia, porém tinha que seguir com o plano; então respirou fundo, controlando sua raiva naquele momento. Maldito seja Odin, praguejou sentindo ódio do pai adotivo por tê-lo mandado para Midgard.

Jackie pegou Lottie pelos cabelos, erguendo-a. Sua bochecha estava vermelha, mas seus olhos mostravam raiva; compostos pela cor lilás. O moreno agarrou o ante-braço esquerdo dela e empurrou-a para fora da cela, que Bucky já tinha aberto. Os dois seguraram os braços de Lottie, impedindo-a de fugir. Mesmo se debatendo, sentia-se fraca nas mãos dos dois soldados. A garota encarou Loki por cima do ombro, com um olhar como se tivesse pedindo ajuda, num tom mudo.

Loki a viu ser levada, sentindo mais raiva do que antes. Aquela cena, dela ser levada por duas pessoas e o olhar, lhe lembrava muito ao caos que se tornou quando ela foi acusada. Mas naquele momento ele não estava sendo impedido, apenas estava preso. O deus sentia-se um tolo por obedecer ordens do homem que ele tentou matar, mas quanto mais rápido fosse para Asgard, mais rápido estaria atrás de respostas sobre Sigyn.

~oOoOo~

Lottie tentou mais uma vez fugir para voltar à cela, mas a tentativa foi falha. Jackie e Bucky a seguravam com mais força a cada tentativa fraca de fugir, ambos sabiam que ela sempre fazia isso. Na primeira vez não aconteceu, até ela realmente saber o que era, então eles tinham que usar a força contra a própria garota. Jackie não se importava; ele gostava de torturá-la.

Chegaram ao final do corredor, onde tinha uma porta de metal. Ela se abriu, mostrando a sala que Lottie tanto odiava. Eles entraram ouvindo a porta se fechar. A sala estava com quatro cientistas e um médico; o local era fechado e pequeno, sem janelas, com apenas uma cama e materiais científicos, o que desesperava mais Lottie. Ela apenas não gritou por causa de Schmidt, ou como era chamado… Caveira Vermelha.

Caveira estava com os braços atrás das costas com aquela pose de alemão antigo. Os dois soldados a levaram até o homem a soltando bruscamente uns três metros diante dele. Schmidt já sorria radiante pela presença de sua obra prima.

— Bem vinda de volta, XX-19 — saldou Caveira Vermelha, virando-se diante de Lottie. Seu sorriso era maligno, puxando para o deboche. Charlotte fechou a cara.

— Para você é Srta. Stark — pronunciou Lottie friamente, sem fitá-lo direito. Schmidt riu.

— Então nossa pequena experiência aprendeu a responder — comentou o alemão, irônico, dando voltas pelo corpo da garota; analisando-a com extrema calma. — É, eu a vi nas noticias quando fugiu. A nova herdeira de Tony Stark. Quem diria, hein? Eles sabem do que você é capaz? — ele questionou, ficando ao lado dela, colocando a mão no queixo e o braço apoiando o cotovelo.

— Da minha família não tenho nada que esconder — respondeu Lottie, o fitando de canto, ainda fria como gelo. — Eu confiei meus poderes para eles, não tenho o que esconder deles — declarou a morena, ameaçadora, o que aumentou o sorriso dele.

— Ah, então contou para eles sobre seu lado sombrio? O lado obscuro da doce e corajosa Charlotte Stark? — Schmidt pegou uma mexa no cabelo de Lottie passando no dedo, escorregando como fosse gota d’água. A morena ficou tensa. — Sua verdadeira família somos nós. Fênix. Ninguém foge da H.Y.D.R.A.

— O que você quer comigo, Schmidt? Depois quatro anos de experimentos ainda me quer e por algum motivo — ela foi direta, irritada com toda aquela enrolação idiota.

Schmidt deu outro sorriso e estalou os dedos, fazendo com que dois cientistas a pegarem e levassem-a para maca. Lottie tentou lutar mais uma vez enquanto era amarrada na cama, mas a tentativa foi falha. O cansaço era grande e sabia que daqui algumas horas entraria em pleno escuro.

O inimigo se aproximou da maca enquanto Lottie se debatia nela. Ele juntou as mãos, como se fosse um cientista louco, sorrindo.

— Criada e bem recebida pela S.H.I.E.L.D., com certeza saberia de alguma coisa. Seria uma pena, se usássemos a maior arma deles contra eles mesmos — respondeu Caveira Vermelha, gargalhando diabolicamente. Lottie arregalou os olhos enquanto via-o se afastar indo em direção a porta, sabia que eles a queriam como arma novamente, mas contra a S.H.I.E.L.D.? — Façam os testes nela, quero voltar ao que começamos há muito tempo. Sem enrolação.

Então as dores e o sofrimento voltaram novamente. Charlotte voltara a sentir os choques e as agulhas de sempre, gritava a cada dor que sentia pelos experimentos. Ela queria que todo aquele sofrimento acabasse de uma vez, e que Loki não escutasse seus gritos. Sua tortura pela traição.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado de mais um capítulo pessoal ^^ Espero que me perdoem pela minha demora, que fiquem sabendo que faço de tudo para escrever e ficar aqui, postando para vocês.

Sabem que, mesmo demorando, sempre voltarei para mais um capítulo o/

Isso é tudo pessoal. Espero que tenham gostado, daqui a pouco vou responder todos os comentários do capítulo anterior. Agradeço muito por eles!

Já né!



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