Fallen Gods escrita por Fernanda Dixon


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês gostem da minha segunda fanfic dos Vingadores e do shippe Loki e O.C :) Aproveitem!



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Prólogo | Rússia, Moscou – Inverno de 2014 |

~oOo~

O alarme soava alto e uma luz vermelha piscava na grande base, os soldados corriam pelos corredores, armados, todos vestidos de preto com um símbolo vermelho estranho nas costas. Em suas mãos, carregavam pistolas onde os cartuchos eram injeções e armas de choque, o fugitivo era um dos mais difíceis e complicados que essa base já passou, não era a primeira vez que o prisioneiro fugia, entretanto essa era diferente.

XX-19 era uma dos experimentos que a base da H.I.D.R.A. tentava desvendar sobre ela, desde que a encontraram, fizeram de tudo para descobrir sobre seus poderes, dias de pesquisas e nada. Até que eles decidiram transforma-lá num soldado perfeito, mesmo sendo errado. Schmidt já tinha dois incríveis soldados, porém aquele projeto era diferente, mais forte, mais resistente, mais... Perigoso.

Um dos corredores explodiu e vários homens foram lançados ao ar, caindo mortos no chão. Um vulto apareceu no meio do fogo e saiu dele correndo, sem se importar com as chamas ao redor de si. Ela correu, deixando os cabelos voarem com a velocidade que ia, seu corpo estava queimado, mas não machucava, as feridas cicatrizavam rapidamente, sem importância. A roupa branca – uma regata e um short curto – estavam sujas e rasgadas, quase que queimadas completamente, porém ela não se importava. Seu único pensamento era liberdade. Finalmente estava livre daquele cativeiro que estivera há mais de quatro anos.

Correu mais rápido e viu no final do corredor três homens armados, sem consciência do que faria, esticou os braços e todos os três foram jogados para longe. Ela acelerou o passo, ignorando as dores no corpo. Tinha cacos de vidro por todo canto do chão e ela pisava neles, fazendo seus pés sangrarem no chão, mas ignorava isso também. Os tiros aumentaram, atravessaram as paredes, tentando atingi-la. Mas nada a atingia, tudo passava de raspão, causando só leves ferimentos. Alguns soldados tentavam atacá-la e XX-19 desviava dos ataques, socando e fazendo-os cairem, eram fracos. Os feixes roxos estavam envolta da garota e após deixar eles inconscientes, ela correu. Continuou á correr, até que chegou a saída. Ela sorriu, mostrando os dentes brancos, e deu um suspirou aliviado, entretanto não foi por muito tempo.

O Soldado Invernal e o Soldado Sanguinário, ambos eram parceiros em assassinatos e ficaram encarregados de controlar a experiência XX-19 desde que chegará a base, o que, claro, deu muito errado nesse caso.

Ela parou rapidamente, encarando os dois, assustada. Em todos os treinamentos que era obrigada a fazer, já tinha lutado muito, vezes ou outra ganhava, outras eles venciam com muito esforço. Porém, naquele momento, ela sentia que não seria uma daquelas velhas lutas com esforço. O Soldado Invernal apontou sua metralhadora na direção da garota, esperando por algum movimento.

— Daqui você não passa XX-19 — avisou o soldado. — Desista de fugir e volte para sua cela, antes que eu atire.

— N-Nunca... — ela deu três passos para trás, recuando um pouco. — E-Eu nunca mais vou v-voltar para a-aquele lugar… Não para ele! — gritou, apontando o dedo todo queimado para o Soldado Sanguinário, que deu um sorriso de lado, acompanhado de um riso.

– Oh, minha querida! Não fique assim não, iremos nos divertir muito mais quando você desistir dessa loucura que está tentando há anos — o soldado armou sua pistola prata de cano longo. — Volte para o lado negro, Fênix, ninguém foge da H.I.D.R.A., e não será hoje que sobreviventes, ou experiências, iram conseguir — disse, apontando sua arma na direção do coração dela. Seu tom tinha mudado quando disse a palavra “experiências”, referindo-se uma pessoa como ela.

Fênix grunhiu em ódio, e do nada, seus olhos castanhos claros mudaram de cor; eles ficaram da cor roxa e intensa, estavam brilhantes. Ambos intensos. Ela rosnou, mostrando seus dentes rangeram contra eles. Sanguinário gostou da visão de sua bela “companheira”. Sua mutação ás vezes o surpreendia. Não só pela beleza como também pelo ar de assassina que ela dava.

Sanguinário riu de lado e ajeitou a postura, apontando a arma para ela. Bucky, vendo a animação do companheiro, colocou a mão biônica no ombro direito dele. Sabia que quanto mais ele fica animado, mais o caso piora. A mutação do seu parceiro era a fatal e muitas vezes foram difíceis controlá-lo.

— Jackie — advertiu, o encarando. — Não se descontrole, lembre-se do nosso trato — disse Bucky, lembrando-o.

— Não se preocupe meu companheiro... — ele sorriu mais. — Wild só quer brincar um pouco com ela.

Fênix estremeceu mais e rosnou; estava odiando Jackie mais do que o esperado. Sempre o odiou, na primeira vez que o conheceu, nem tanto, mas depois de tudo, sua opinião mudou. Aquele era o seu Anjo Negro.

— Então vem brincar, Jackie! Atire, seu desgraçado! — gritou Fênix. — Vamos ver se sabe divertir-se muito.

— Não sabe o quanto, Fênix — então, ele ajeitou a arma. — Agora soldado!

Os dois atiraram várias balas nela, XX-19 colocou seu antebraço direito na frente e do nada um campo de força roxo apareceu. A cor era intensa que nem as trevas. O campo continuou a ser atingido por vários tiros, que uma hora acabaria com ele. XX-19, sem alternativa, esticou a mão esquerda no escudo e depois o direito, respirou fundo, trazendo o escudou para perto do seu peito e concentrou todo o seu poder nele. E jogou-o nos dois soldados. Foram atingidos e jogados na porta da saída, que a derrubou. Ela correu em disparada e saiu da base, sentindo o vento frio e a neve cair nela. Ignorou os dois soldados caídos que tentavam se levantar, apenas continuou a correr naquela escuridão da noite fria; pela sua inteligência, a base era numa montanha bem alta, para ser tão frio e o vento ser intenso, só podia estar no topo dela.

Fênix sentiu suas energias irem embora ao momento em que ouviu Jackie gritar com Bucky. Apressou os passos, sem olhar para onde corria, até que recebeu um tiro que perfurou seu ombro direito. Gritou de dor, enquanto seu corpo era jogado, ele foi para frente, caindo, porém não caiu no chão cheio de neve e sim no abismo.

Escutou Jackie gritar junto com Bucky um sonoro “não”, seu corpo foi caindo e seus olhos estavam fechados, só sabia que os dois estavam vendo-a cair perto do abismo com as expressões assustadas. Os dois soldados não cumpriram a ordem.XX-19 sorriu de leve e se permitiu cair. Esperando pelo impacto. Esperando pela sua morte, sentindo o vento frio e a neve cair em seu rosto.

~oOo~

| Asgard |

O rei caminhou pela ponte, até chegar a Bifrost, onde o guardião permanecia; parado, vendo tudo com seus olhos dourados. Entrou no local e foi até Heimdall, que estava de costas para ele. Ficou ao lado dele, vendo as estrelas que o homem tanto via.

— Boa noite, meu rei — desejou Heimdall, sem encará-lo.

— Boa noite, Heimdall — retribuiu Odin, fitando as estrelas. — Alguma notícia de Thor ou de Midgard? — perguntou, encarando-o. Fazia no máximo alguns dias desde que seu primogênito foi para a Terra, resolver uma missão lado da Iniciativa Vingadores.

Há alguns meses todos descobriram que Loki estava vivo e que Odin estava preso numa cela, sobre seu sono eterno. Thor impediu, colocando-o de volta na prisão e o rei voltou ao seu trono. Ele ignorava os berros e os urros que o mais novo dava em sua cela, que conseguia ouvir, enquanto pensava num jeito de puni-lo das acusações. Em todos os castigos, nada o mudou, o Pai de Todos estava com esperanças em fazer Loki voltar ao que era, mas nada dava certo. O moreno não cooperava com suas ultimas chances.

Ele só estava dando algumas chances para Loki por causa de Thor, que insistia que conseguiria mudá-lo de alguma forma.

— Os Vingadores conseguiram cumprir a missão novamente, ao lado de seus novos companheiros, venceram a batalha. Creio eu, que Thor deva voltar em no máximo dois meses — respondeu o guardião, calmamente.

Odin suspirou. Ele abaixou a cabeça e balançou-a para os lados. Não aceitava que seu filho preferisse a Iniciativa do quê aceitar a responsabilidade de ser rei, afinal, é seu primogênito e digno do trono, não podia deixar Loki assumi-lo. Já não bastasse a mortal, agora a Iniciativa. Teria que ter uma conversa com Thor quando ele chega-se.

Por um momento os pensamentos de Odin pararam num ponto em sua mente, uma pequena lembrança. Ele levantou a cabeça e respirou ofegantemente, depois fechou os olhos. Só de pensar na pessoa, lhe dava cala frios. Afinal,aquela criatura foi treinada “mortalmente” e possui um dos piores demônios de todos.

— Heimdall — o chamou, respirando fundo e depois abriu seu único olho. — Onde estás? Ela estás apresentando algum perigo para os midgardianos?

O guardião não representou nenhuma expressão ao seu rei, sabia de quem Odin falava. Sempre a vigiava por ordem sua, desde que mandara aquela criatura para o mundos dos humanos, passara a vigiá-la, ainda mais nos meses em que marcava o dia do crime que cometeu.

Ele negou, com o cenho franzido.

— Não, meu rei. Diria eu que ela não representa nenhum perigo — respondeu Heimdall. Seus olhos dourados rodaram pelas estrelas, até ver o ponto queria, via o que nunca imaginou que aconteceria, mas ignorou pelo rei ao lado. — Nada.

Odin suspirou aliviado e assentiu, fechando o olho bateu, três vezes seu Gungnir no chão, caminhou envolta da grande Bifrost. Dava graças aos deuses por tudo está tranquilo.

— Isso... Ótimo... Isso é ótimo... — balbuciou o rei, pesadamente. — Obrigado Heimdall, continues o trabalho, agora irei me retirar — disse Odin, se virando e caminhando para ir embora.

— O príncipe sabe para onde a mandou? — indagou Heimdall, seriamente, sem encarar o rei, que estava de costas para ele.

Parou rapidamente e pensou, sabia de qual deles ele se referia e lhe dava um incomodo por causa da resposta. Não, ele não sabia para onde a mandou, porém tinha receio que um dia descobriria. E esse dia estava perto pelo que sentia.

Ele suspirou pesadamente e abaixou a cabeça, fechando o olho.

— Não... Ele não sabe, entretanto, eu receio que irá descobrir e da pior forma — respondeu, severamente.

— Aguarde meu rei, o dia está perto, mas não será da pior forma como pensas — comentou, fechando os olhos ao notar o olhar em cima dele.

— Do que escondes de mim, Heimdall? — questionou o rei.

— Nada, além das palavras sábias de minha senhora.

Foi nesse momento que Odin ficou calado, só de saber de Frigga, o magoava tristemente. Ele entrou em sono, pois não aguentava mais, tinha perdido sua amada e depois seu filho, foi tão forte que entrou no seu sono. Com o coração apertado, deu as costas e seguiu seu caminho em direção ao seu palácio de Asgard. Quando sentiu a presença de seu rei ao longe, Heimdall suspirou pesadamente. Ele nem acreditava que aquela garota e o príncipe estavam tão perto de se encontrarem. Só podia rezar aos deuses que nada dê errado nesse encontro e a verdade que surgirá.

Afinal: uma pupila não podia ficar sem seu mestre.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comenta, me digam o que acharam :)