Things we lost in the ice escrita por FAR


Capítulo 20
Things we lost in the battle - Parte 2




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Eles não vão deixá-la ir. Fuja.

Você os verá novamente.

O lugar não é seguro.

Fuja.

As vozes em minha cabeça soavam como sussurros, uma por cima da outra, como várias vozes, todas tentando falar comigo mas sem esperar por sua própria vez, como se tentassem me dizer o que estavam acontecendo.

Está segura agora, um amigo está à espera.

Ainda há perigo.

Uma moça fora de seu tempo... tome cuidado.

As frases mudavam de sentido, contradizendo a si mesmas, em questões de segundos. Deixando minha cabeça uma bola de informações que não consegui absorver, mas todas as vozes cessaram quando abri meus olhos.

O teto branco acima de minha cabeça era branco, com dificuldade meus olhos se acostumaram com a luz. Levei a mão à barriga ao lembrar da última coisa que havia acontecido comigo, não havia nenhum curativo aparente, nada doía, eu estava fisicamente bem.

Olhei ao redor e vi janelas com vista para os novos prédios de Nova Iorque, estava claro e logo uma brisa entrava pela janela... eu estava em Nova Iorque?

Rapidamente me sentei na cama e uma mulher entrou no quarto. Eu estava com as roupas habituais de uma paciente, ela usava uniforme de enfermeira e carregava o símbolo da S.S.R em um broche no peito.

–Bom dia, Senhorita Strongbird, sou a Agente Kass.

–S.S.R? -eu perguntei, minha voz estava baixa e rouca, como se não falasse á anos. Ela confirmou com um aceno com a cabeça.

–Bem vinda de volta à Nova Iorque. -disse ela. Algo na mão dela pitou, ela pediu licença e saiu da sala. Eu podia estar em Nova Iorque, mas aquele não era um quarto de hospital verdadeiro. Sei o bastante sobre simulações para descobrir quando se trata de uma.

Você sabe que isso não é real, disse a voz de uma mulher na minha cabeça, com um tom de quem quisesse confirmar que eu estava certa. Por que haviam tantas vozes em minha cabeça? Vozes na qual eu não conhecia, vozes na qual eu...

Meus pensamentos foram interrompidos com uma batida na porta e logo a enfermeira voltou ao quarto com um grande sorriso no rosto.

–Você tem visitas. -disse ela, abrindo a porta atrás de si, dando espaço para alguém entrar. Com o cabelo penteado, usando um casaco de couro marrom, uma calça jeans e tênis na qual pareciam ser extremamente caros, um homem entrou na sala. Um homem na qual eu conhecia bem.

Ele é real. A mesma mulher falou em minha cabeça e por alguma razão, confiei no julgamento dela.

O homem na minha frente era Steve.


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