Things we lost in the ice escrita por FAR


Capítulo 11
Capítulo 10




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O Comando Selvagem estava de volta, mas não como eu esperava. Junto deles, vinha um homem com os pulsos presos por algemas, obviamente era um prisioneiro aliado à Hydra, ele era baixo e usava óculos redondos. Procurarei o olhar de Bucky e.... não o encontrei.

Meu peito congelou e senti que estava na beira de um abismo, me segurando, tentando não cair. Encontrei os olhos de Steve, que estavam carregados de tristeza, como se também estivesse junto de mim no abismo.

–Não. - eu disse balançando a cabeça. -Não.

–Emma...

–Onde o Bucky está, Steve? - eu sabia que já chorava, ele não respondeu mas seu olhar se tornou ainda mais triste. - ONDE ELE ESTÁ?

Ele me abraçou e mesmo sabendo que todos ao nosso redor nos encaravam, eu chorei.

Steve havia pedido seu melhor amigo.

Eu havia perdido meu futuro marido.

E não havia nada que poderíamos fazer.

Steve havia saído durante a noite, disse que precisava esfriar a cabeça. Eu precisava fazer o mesmo, mas não sabia como, tudo na qual eu conseguia pensar era nele, Bucky se fora. Não havia de quer um corpo para enterrar.

Ninguém havia me dito como aconteceu e eu também não sabia se estava pronta para ouvir.

Eu estava sentada em minha cama olhando para a porta, como se esperasse alguém entrar e dar alguma boa notícia, mas nada viria. Ainda estávamos em guerra, a única boa notícia que poderia vir era que a guerra havia sido vencida, poderíamos ir para casa rever a família e seguir com nossas vidas.

Mas não havia mais nada me esperando em casa, Lisa talvez. E Steve, que já estava comigo. Não havia vida lá fora me esperando.

Alguém bateu na porta e logo a abriu.

–Oi... -era Peggy. Limpei meu rosto com a mão para ter certeza que não havia lágrimas no meu rosto.

–Oi.

–Eu sei que essa pode ser a pior hora para conversar mas... -ela hesitou e eu olhei pra ela -Planejamos outro ataque à Hydra. Como disse Coronel Philips, simplesmente bateremos na porta deles. Precisamos de uma enfermeira presente cado algo aconteça com algum dos soldados.

Continuei calada, estão ela acrescentou:

–Judy é boa no que faz. Mas você é melhor.

–Você quer que eu atenda no campo de guerra? -minha voz estava mais rouca do que achei que estaria.

–Isso está quase no fim, precisamos de toda a ajuda possível. -eu encarei o chão, então ela falou a frase que eu temia ouvir -Faça isso por ele.

Eu olhei para ela e afirmei com a cabeça. Faria o que fosse preciso.

–Iremos esperar pelo seu comando Capitão Rogers. -disse Coronel Philips antes de Steve correr em direção ao campo da Hydra.

Eu estava atrás de todos os soldados, com alguns juntos de mim, questões de segurança. Na qual não fazia sentido sendo que eles provavelmente não protegeriam a si próprios.

Não demorou muito até que todos começassem a gritar "Avançar!" e corressem atirando no adversário. Quatro soldados deveriam ficar parados como um muro na minha frente até que uma nova ordem fosse dita.

Pude ver alguns soldados serem atingidos, eles eram atingidos por uma luz azul, e simplesmente desapareciam. Eram evaporators, sem corpo deixado para trás, apenas cinzas.

Aquilo me fez pensar se fora daquele jeito na qual Bucky havia morrido.

Vinte minutos haviam se passado e ainda podiamos ouvir inúmeros tiros, era como se não acabasse.

Então um pensamento invadiu minha mente. Steve esta em perigo. Tentei ignorar o pensamento, era obvio que ele estava em perigo. O Capitão América estava no meio da Hydra, em guerra, qual ponto disso era seguro?

Mas aquilo parecia mais um sentimento, era um aviso. Pude ouvir uma explosão vinda de não muito longe, que me despertou dos meus pensamentos.

–Assustada, Senhorita? -disse um dos soldados a minha frente. Olhei para meus sapatos, eram botas que me permitiam correr. Eu poderia ir atrás de Steve, mesmo sendo perigoso.

–Na verdade... nem um pouco. - Então eu corri. Ouvi os soldados gritarem para que eu voltasse, mas eu já estava longe demais, nunca havia corrido tão rápido em toda minha vida.

Um homem de uniforme preto e capacete, segurando uma arma, apareceu em meu caminho. Sem parar de correr, eu tirei a arma das mãos dele e dei-lhe uma pacada na parte de trás de sua cabeça com arma, o que o deixou no chão. E com a arma, atirei em todos que apareceram em meu caminho.

Corri adentro da base da Hydra, atirando em todas as portas que estavam fechadas e indo exatamente onde sentia que deveria ir. Cheguei até uma sala onde pude ver Coronel Philips e Jim Morita saindo de lá, ao entrar na sala, pude ouvir Peggy falando com alguém pelo comunicador.

–Por favor, não faço isso, nós temos tempo, nós podemos dar um jeito. -disse ela, tentando parecer calma.

–Eu agora estou no meio do nada, se eu esperar mais, muita gente vai morrer. -era a voz de Steve. - Peggy... é a minha escolha.

Ambos ficaram em silêncio durante eu tempo, então eu entendi. Steve estava em um avião. E não voltaria pra casa.

–Peggy. -ele chamou

–Estou aqui. -ela respondeu

–Eu vou ter que adiar aquela dança. -ela respirou, tentando não deixar o choro atrapalhar sua fala.

–Está bem. Uma semana, no próximo sábado, no Stork Club.

–Combinado. -ele disse.

–As oito horas em ponto, nem pense em se atrasar. Entendeu?

–Olha eu ainda não sei dançar. -respondeu ele.

–Eu vou te ensinar. Esteja lá.

–Vou pedir que toquem uma música lenta. -consegui ouvir o barulho de avião indo para o chão, aquilo prendeu minha respiração - Vou odiar pisar o seu...

A comunicação foi interrompida. Ele caiu. E foi como se tudo caisse junto.

–Steve? Steve?! -chamou Peggy. Mas ele não responderia. Ele nunca teria a dança com sua amada.

Olhei para minhas mão, lembrando do que eu havia feito com um soldado da Hydra minutos atrás. E me assustei, era possível ver minhas veias brilhando em um dourado vivo, levantei a manga do meu casaco para notar que isso acontecia por todo o meu braço.

Ouvi um pequeno suspiro de surpresa e me virei, apenas para notar que Coronel Philips olhava com a mesma expressão que a minha para os meus braços.

Mesmo depois da morte de Steve, ele salvou vidas. Acharam mais de 1.000 aliados que foram aprisionados pela Hydra, muitos estavam machucados, portanto meus serviços foram úteis.

Depois do que eu e Coronel Philips vimos, ele fez com que Stark fizesse todos os tipos de testes para ver o que havia causado aquilo, eu vivia entre a enfermaria e o laboratório de Stark.

Eu estava terminando os cuidados de um dos pacientes, quando Howard apareceu.

–Será que pode vir até meu laboratório, Senhorita Strongbird?

Eu assenti e fui com ele até onde ele pedira. Ao entrar no laboratório, ele parecia não saber por onde começar.

–O que foi, Howard? -ele se encontou na mesa dele, e falou:

–Descobri uma coisa com os testes que fizemos, mas não sei se existe algo a fazer sobre isso. -ele disse, continuei quieta, esperando ele falar. - O que quer tenham injetado em você na Hydra... está mudando o seu DNA.

–O que? M-mas... isso é possível? -ele balançou os braços como se também não entendesse.

–Claramente, usaram uma tecnologia na qual eu desconheço.

Ambos ficamos em silêncio, até que eu disse:

–Então é isso? Meu DNA está mudando e vamos apenas observar? -eu disse um tanto quanto brava, como poderia ficar parada, apenas esperando que alguma coisa nova acontecesse?

–Isso é a segunda coisa na qual eu queria falar com você. -ele se desencostou da mesa e disse vindo até mim - Assim que o Coronel Philips descobrir que tem alguma coisa diferente em você, ele fara testes, muitos deles, talvez com cientistas não confiáveis.

–E você é confiável? -eu disse interrompendo ele.

–Você sabe que sou. -ele deu uma pausa, mas logo continuou -Estou de partida amanhã, consegui duas novas enfermeiras para substituir você se por acaso resolver que quer vir comigo.

–E por que eu iria com você? -eu disse levantando a cabeça, ele suspirou e disse:

–Eu vou procurar pelo Rogers. - Finalmente, eu pensei. Desde do dia em que o avião dele caiu, tenho a sensação de que ele ainda está por ai, não apenas ele, mas Bucky também. Pensei ser algo normal, talvez todo mundo sentisse isso quando perdesse alguém. Mas aquilo era forte, como quando corri até a Hydra. Logo Stark me despertou de meus pensamentos e fez a pergunta na qual, naquele momento, eu quis ouvir.

–O que diz? Quer ir comigo a essa caçada ao Capitão América?

–Sim.


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