Lá estava ele.

Eu deveria de dizer que não sei como chegamos a esse ponto. Mas eu sei exatamente como tudo isso aconteceu.

Os olhos que eu tanto conhecia, estavam lá. Mas tão vazios.

Era como outro homem totalmente desconhecido. Mas era ele.

Depois de tanto tempo ele estava ali. Na minha frente.

Eu ainda me lembro da nossa história. De cada detalhe dela.

Como nos conhecemos, o dia em ele conquistou minha confiança e eu a dele, nosso primeiro encontro, o primeiro beijo. Lembro-me de que o que nos tornamos era, talvez não único, mas forte.

Eramos fortes um para o outro.

Sempre lá, um ao lado do outro, até mesmo nos momentos de obscuridades.

Logo ali. Eu poderia toca-lo. Poderia dizer seu nome. Poderia dizer que estava tudo bem, porque eu o amava.

Mas o homem que estava na minha frente, o homem no qual eu carregaria o mundo nas costas, enfrentaria todos os tipos de guerreiros, o homem na qual eu dei todo o amor que restava em meu coração. Ele estava ali.

Com um arma apontada para minha cabeça.

Por que ele simplesmente não se lembrava de mim.