"See how I leave with every piece of you

Don't underestimate the things that I will do

There's a fire starting in my heart

Reaching a fever pitch

And it's bringing me out the dark

The scars of your love remind me of us

They keep me thinking that we almost had it all

The scars of your love they leave me breathless

I can't help feeling."
Rolling In The Deep - Adele.

Acordei com o som da minha porta se abrindo.
– O que você está fazendo aqui, pirou? – Eu falei sem reação para o parecendo agora gigante de olhos azuis.
Ele não me respondeu apenas me beijou e eu correspondi com toda paixão que estava aqui dentro guardada, logo ele estava deitado do meu lado enquanto deslizava sua calça para baixo.
– Oh Tom... – Eu murmurei, mas quando abri os olhos quase cai da cama.
– Nossa Jane, que viagem! – Lilly falou sorrindo mostrando toda a sua fileira de dentes perfeitamente alinhados.
– Isso foi... – Eu comecei mas logo fui interrompida.
– É um sonho, você precisa beijar na boca urgentemente sabia? – Lilly falou e eu fiz careta.
– Em que dia estamos? – Perguntei confusa
– Hoje é Segunda Feira, e se você quiser chegar pelo menos na terceira aula, você tem que começar a se arrumar, tipo... agora. – Ela respondeu e eu fui tratar de me arrumar.
Em pouco tempo eu estava triunfante em cima de saltos altos, depois de alguns metros ouvindo o novo CD da Ariana Grande (My Everything) nós finalmente chegamos ao colégio.
– Mas é mesmo poderosa hein... – Lilly falou sorrindo
– A Ari é mesmo, mas sabe que eu prefiro o Yours Truly. – Eu respondi e Lilly caiu na gargalhada.
– Eu estou falando de você, terminou com o namorado tem pouco tempo, já fisgou o mais gostoso da escola, e ainda tem o mais novo ex londrino correndo atrás, merece palmas, você amiga é o terror das invejosas e o sonho dos garotos! – Lilly falou e eu não consegui conter o riso.
Talvez eu fosse mesmo poderosa, e se eu não fosse? Quem iria saber além de mim?
– Agora faz aquela cara de megera que só você sabe fazer e vamos agitar essa escola. – Ela falou e eu assenti.
– Com toda certeza! – Eu falei descendo do carro e já indo ao encontro de Katy que sorria pra mim.
– Para de sorrir pra mim como se estivesse com pena ok? Eu sou Jane e Jane não se abala fofa. – Eu falei para Katy que arregalou os olhos.
– Olha só quem está vindo pra cá... – Katy falou mostrando Sarah que sorria triunfante.
– Eu não preciso disso, quando se tem Brad Gelby é tudo mais fácil. – Eu respondi indo em direção ao representante de turma que pareceu feliz com a surpresa.
– Mas como você está bonita. – Brad disse me dando um selinho que eu logo tratei de transformar em um beijo de cinema, quando eu abri os olhos todos do colégio nos olhavam.
– Eu sou bonita, amorzinho. – Eu disse me soltando do abraço de Brad.
– Almoçamos juntos hoje? – Ele me perguntou confuso e eu balancei a cabeça em aprovação.
Caminhei de volta para as minhas amigas.
– Ai amiga, você é um arrazo! – Lilly falou e eu sorri vitoriosa.
– Jane. – Emilly falou me olhando fixamente, ela vestia uma calça jeans, uma camiseta branca com um casaco rosa por cima.
– Oi Emilly, tudo bem com você? – Eu perguntei amistosa.
– Não tão bem quanto você pelo visto. – Emilly disse e saiu andando.
Lilly e Katy olharam para mim e disseram em uníssono:
– Crianças!
Eu apenas sorri e concordei.
“Crianças.”
É a velha chama está finalmente acesa de novo.
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A aula foi entediante, mas quando eu finalmente pensei que iria ter sossego, fui arrastada para o banheiro por nada mais, nada menos que Kitty.
– Oi cabecinha de borboleta. – Ela falou
– E ai cadelinha, ops quer dizer, vice outra vez! – Eu falei dando ênfase na última parte.
– Então, você pode me dizer qual é a sensação de ser corna, quer dizer, corna outra vez! – Kitty disse fazendo o mesmo que eu fiz.
– Não sei, mas porque você não me conta da sua primera experiência? – Eu respondi dando um meio sorriso.
– Do que você está falando? – Ela perguntou incrédula.
– Pergunte ao John o quão bonitas são as minhas pernas. – Eu disse saindo do banheiro
– Vadia. – Sussurrei para mim mesma.
– Quem é vadia minha princesa? – Uma voz falou e quando eu olhei era nada mais nada menos que Fred bem na minha frente.
– Não é da sua conta. – Eu respondi ríspida.
– Então é assim, eu te consolo e você me trata dessa forma? – Fred falou se mostrando ofendido.
– Sério? Dá um tempo! – Eu falei e caminhei e direção a Brad que sorria pra mim.
– Demorei muito? – Eu perguntei ao representante de turma.
– Não me importaria em esperar uma década. – Ele me respondeu.