Possibilidades Impossíveis escrita por CrazyDave


Capítulo 2
Você pode encontrar de tudo no Walmart...


Notas iniciais do capítulo

E, gente! Olha o que tenho aqui: uma bandejinha do primeiro capitulo!
E eu gostaria de agradecer a AnnieMikaelson pelo seu comentário. Obrigada, sério.



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Música:

Like I Can

EDDIE POV

Edward não conseguia acreditar no que estava acontecendo. O que diabos ele estava fazendo em um Walmart há essa hora? Ah, sim, ele estava ali para comprar uma nova TV para a casa dos Cullens pois Emmett havia quebrado a outra. E por que ele teria feito isso?

Sinceramente, Edward desejou também ter quebrado alguma coisa. De frustração, realmente.

Como ele poderia não ter sabido – durante todo esse tempo maldito – que ele tinha alguém para ele? Que ele tinha alguém perfeito, de todas as medidas, para ele? Que, apesar dele ser um vampiro – um ser sem alma, segundo ele – ele tinha a possibilidade de ter um amor?

Um companheiro.

Ele queria jogar as mãos para o céu quando ele finalmente chegou ao mercado.

Ele manteve o rosto neutro e educado quando uma mulher parou, corou e gaguejou quando o olhou. Ele quase riu da cara assustada de uma senhora.

Nossa, que homem.

Meu Deus, quanto chocolate. Será que mamãe me deixa levar um?

Aquela menina é gostosa. Ela com certeza é nova na cidade. Mas espera... É a filha do chefe?

Edward sacudiu os pensamentos dos humanos do mercado e seguiu para as televisões no outro lado do corredor.

Emmett havia quebrado a TV quando lhe contaram que ele ainda tinha que encontrar sua companheira – que não era, obviamente, Tanya – e que ele se prenderia a ela pelo resto da eternidade. O pensamento de que ele se amarraria a alguém era revoltante – para ele.

Para Edward, era diferente.

É claro que fora um choque. Ele havia ficado sozinho por mais de noventa anos. Quando Alice e Jasper se juntaram a família, ele sentiu uma leve inveja em como eles combinavam e desejou que ele encontrasse sua outra metade também.

E quando Carlisle o disse... Ele não achou que era exatamente uma maldição. Ele queria se “amarrar” a alguém. Ele queria cortejá-la, dar-lhe flores, dizer “eu te amo”.

E o momento que eles se encontrariam seria tão perfeito que...

– Mas que porra... Charlie me paga!

Edward fez uma careta na linguagem chula e suspirou assustado quando um cheiro especialmente delicioso agrediu seu sentido sensível.

Ele era quente, mas não queimava sua garganta. Era floral, mas não enjoativo. Ele olhou estupefato para o corredor frente, mas o cheiro não vinha de lá. Olhou em volta e era como se um caminho – e mais tarde ele jurou que era um caminho roxo, uma luz que o enviou ao corredor seis – se abrisse para ele.

Edward endureceu e forçou-se a caminhar na lentidão humana – que parecia uma tortura – para seguir o cheiro. Passou pelas senhorinhas do corredor das camas e seus pensamentos sequer o fizeram pestanejar em seu caminho. Ele tinha uma enorme prática, mas nunca, nunca, ele conseguira ignorar tanto os pensamentos de fora e se concentrar em uma só coisa. Em um só objetivo.

Chegou no corredor do cheiro – no fundo de sua mente ele registrou que era o corredor dos alimentos – e olhou em volta ansiosamente.

E de repente o cheiro estava mais forte e ele caminhou e caminhou e olhou e era o seu companheiro, um...

– Homem?

Edward fez uma careta para o homem que estava tranquilamente olhando para as verduras e quando este percebeu – um homem de trinta e poucos anos – fitou Edward com uma carranca e saiu mais rápido do que ele achava que um humano poderia se mover.

Espere, Edward era gay? O que?

– Ei, cara, tá olhando o que? Perdeu o traseiro na minha cara?

Edward pulou assustado.

– O que?

Uma pequena mulher – talvez da sua idade – estava o encarando, brava. Ela era morena,baixa, com profundos olhos castanhos e uma boca rosa e cheia que atualmente estava comprimida em aborrecimento.

Edward nem percebeu que ele a estava olhando,mas quando ele deu uma pequena fungada...

Era ela! A sua companheira estava ali, na sua frente. O motivo de sua existência era linda e de tirar o fôlego.

(E Edward nunca admitiria que ficou aliviado ao saber que seu companheiro não era um homem e dar mais motivos para Emmett zoa-lo)

– Eu... Você precisa de ajuda?

– Estou com cara de que precisa de ajuda, senhor? – ela retrucou com as mãos nos quadris.

Edward abriu a boca e depois desejou nunca o ter feito – Você é uma senhora, não há necessidade de carregar peso.

Pronto. Foi o suficiente.

A mulher respirou de forma afiada, o peito arfando. O ar ao redor dela parecia elétrico com o seu aborrecimento e seus olhos brilhavam como se fossem queima-lo a qualquer momento

– Olha aqui, filho da puta, eu sou mulher suficiente para carregar o meu peso, ouviu? E saia da minha frente antes que eu quebre o seu nariz!

Edward bufou de surpresa na boca suja de seu companheiro – Você... É real?

Ele só teve tempo de piscar antes que uma alface foi de encontro a o seu rosto e seu companheiro já estava se movendo para fora, pisando duro.

A mulher era baixinha e invocada!

– Espere! – Edward tentou se lembrar de todos os ensinamentos de sua mãe em como tratar uma jovem mulher – o que ele quase nunca esquecia – e saiu atrás da morena.

– Você é uma joia rara! Uma pérola! A luz da...

A mulher se virou de repente e o espetou no peito – Você está bêbado, cara?! Perdeu a noção do perigo, imbecil?!

– Case-se comigo!

A morena soltou um grito fino – SOCORRO! ESTUPRADOR! AHHH!

E antes que Edward percebesse, ele estava cercado por seguranças e outros humanos.

– Senhor, levante suas mãos!

– Ave Maria – uma mulher caiu.

– Ai, que horror!

– Bem que eu não fui com a cara dele! Um psicopata! Mike, vamos embora!

– E você, menina? Você está bem?

Seu companheiro arregalou os olhos, empurrando o lábio para fora, na melhor atuação de vitima e se Edward não tivesse sido atacado por uma alface, juraria que era verdadeiro.

– Esse homem! Um devasso! Ele tentou me atacar!

– O que! Não, eu juro!

Mas de nada adiantou, ele fora “arrastado” pelos seguranças do mercado sob protesto e quando Edward se virou para olhar para o seu companheiro, viu-a sorrindo inocentemente para ele e acenando com a mão numa forma de despedida.

E por mais que dissesse para si mesmo que aquele não era um comportamento adequado para uma senhora, não podia deixar de sentir uma coceira no interior, um sentimento de que sua companheira era perfeita para ele.

XXXXXX

– Você foi o que?!

Edward resistiu ao impulso de afastar o telefone do ouvido no grito fino de seu pai.

– Sim, pai, eu fui preso.

Houve um baque no fundo e Edward rezou para que não fosse sua mãe desmaiando - se bem que vampiros não podem desmaiar.

De repente Emmett gritava ao fundo – Oh meu Deus! Edward Virgem Cullen foi preso! Jasper ,traga seu traseiro aqui!

Edward suspirou, beliscando o nariz.

Mas bem, ele poderia acabar com isso agora... – Ah, e eu conheci meu companheiro. E ah, foi ela quem me colocou aqui.

E agora ele tinha certeza que sua mãe desmaiara.

XXXXX

– Ei, Rosie, você não adivinha!

– O que, criatura?

– Coloquei um cara na cadeia!

– Essa é a minha menina!

Bella riu da cara de orgulho que Rosalie estava ostentando e nem precisava se virar para ver que seu pai também estava estampando uma na sala de estar.

– Mas o que aconteceu, Bells?

– Ele veio com uma conversa estranha. Ele me pediu em casamento!

Charlie xingou da sala e Rose riu quando viu sua mão indo pra cintura, onde normalmente estava a sua arma.

– Não se preocupe com isso, papai, eu resolvi – e Rose se empinou de orgulho.

Bella e Rosalie se conheciam desde pequenas quando ela ainda morava com a sua mãe. Elas praticamente se criaram e passaram por poucas e boas na vida e quando Bella se viu traída pelo seu namorado, não fora sua mãe que a consolara – fora Rose, que depois de dar um sermão de que ela estava se fazendo de vitima, a ajudou a dar um soco nas bolas do imbecil.

E por essa amizade – e por saber que os pais de Rose não ligavam muito para ela – Bella a levou de mala para morar com o seu pai. Depois do susto de perceber que ele não teria uma, mas duas na sua casa, Charlie a recebeu de braços abertos, como um pai.

E desde que fora enganada por Peter, Bella não se curvava para ninguém e se um imbecil decidira brincar com ela no Walmart... Bem, ele não fora preso?

E Bella nem queria pensar na sensação que o estranho a fizera sentir. Ele era lindo – para a sua tortura eterna. Tinha os cabelos ruivos para todos os lados, uma estrutura nem muito muscular, nem muito magra. Perfeito para passar a mão e...

Cale a boca, Bella.

É, ninguém mexia com a porra da Bella Swan. Mesmo que fosse lindo e sentisse tão certo como o Sol é para a Lua.


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Notas finais do capítulo

Desculpe os erros, sem beta.
Espero que gostem,comentem!



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