Growing back escrita por kelly pimentel


Capítulo 6
Capítulo 6




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Os dias passaram rápido enquanto estávamos nessa fase de lua de mel. Sem Peeta saber tomei algumas ervas para evitar que qualquer possível gravidez fosse adiante, tinha caso certeza que as chances eram mínimas, mas não quis arriscar. Ser mãe não estava nos meus planos. Peeta e eu providenciamos os preservativos no Capitol. A cara de Haymitch quando ele, com sua grande curiosidade, abriu uma de nossas entregas de camisinha foi impagável.

Tivemos dois meses de paz. A padaria começou a atender totalmente. Nossa praça estava sendo restaurada e eu resolvi me ocupar com isso. Além disso tínhamos o livro, as visitas de Haymitch e mesmo de Delly, com a qual aprendi a conviver. Foi só quando Gale voltou para o 12 que nossa bolha de felicidade começou a romper. Peeta não sentia ciúmes de Gale logo quando nosso representante político chegou ao distrito, mas a paz entre eles não durou muito.

Gale se instalou na minha casa enquanto fazia reparos na sua antiga casa. Sua família havia ficado no Capitol. Eu passava a maior tempo na casa de Peeta de qualquer forma, lá cheirava a comida. Cheirava a Peeta. Tinha tudo que eu precisava na maior parte do tempo.

O atrito entre eles começou em uma das poucas noites em que Peeta dormiu em minha casa durante a estadia de Gale. Após o jantar fiquei conversando com Gale enquanto Peeta subiu para tomar um banho, depois de falarmos sobre as políticas de saúde que estavam sendo discutidas para toda a Panem, eu me despedi de Gale e fui ao encontro de Peeta. Ele já estava na com uma regata azul marinho e seus olhos encantadores fixados na página de um livro.

– O que você está lendo? – Perguntei tirando as botas.

– Um dos livros sobre artes plásticas que Elffie me enviou. – ele responde fechando o livro e colocando-o na mesa de cabeceira.

– Gale te libertou? – ele pergunta sorrindo.

– Eu fugi! – respondo me deitando com a cabeça apoiada no ombro de Peeta. Ficamos conversando por alguns minutos até que adormecemos. Eu estava sonhado com Prim quando os gritos de Peeta me acordaram. Ele estava de pé olhando para mim. Gritando pra que eu corresse, mas ao invés disso eu tentei acalmá-lo. Peeta se afastou e socou a parede, mas ainda assim não sai. Continuamos gritando. Peeta implorando para que eu saísse, e eu implorando para que ele voltasse para mim. Eu sequer notei quando Gale invadiu meu quarto de uma vez, Peeta jogou a cadeira de minha penteadeira em nossa direção. Gale me protegeu e a cadeira bateu em seu braço. Ele voou para cima de Peeta e enquanto eles brigavam eu implorava pra que Peeta voltasse a si. Gale o acertou com um soco no rosto, Peeta caiu e bateu a cabeça desmaiando.

Fiquei aos prantos gritando para que Gale se afastasse de Peeta. Meu amigo veio em minha direção.

– Você está machucada? – ele perguntou sério. Eu ainda mantinha meus olhos em um Peeta desacordado no chão frio do outro lado do quarto. – Ele te machucou Katniss?! – Gale perguntou me balançado.

– Não! – respondo ainda em choque. Ele não me machucou. Ele não queria me machucar.

– Eu não acho que o que ele queria aqui de fato importa. O garoto te ama e tudo mais. Eu já ouvi essa história. O que importa é o risco que ele de fato oferece.

Eu fingi não ouvir. Caminhei em direção a Peeta e o chequei. Ele só havia desmaiado. Ouvir sua respiração me acalmou.

– Você me ajuda a colocá-lo na cama? – perguntei a Gale. Ele não se opôs, mas insistiu que eu fosse dormir em outro quarto.

Na manhã seguinte foi Gale quem me acordou. Levantei assustada procurando por Peeta, havia tido pesadelos e ele não estava lá pra me ajudar a espantá-los.

– Onde está Peeta? – pergunto me sentando na cama.

– Bom dia pra você também Catnip. – ele responde- Peeta foi pra casa. Achamos melhor que ele ficasse por lá. Ele te põe em risco.

Eu paro de ouvir. Levanto da cama e corro em direção a porta. Segundos depois estou batendo na casa de Peeta. É Haymitch que abre.

– Onde ele está?

– Lá em cima Katniss, mas ele realmente não quer te ver agora.

Ignoro. Corro pelas escadas até o quarto de Peeta. O encontro pitando um quadro. O mesmo Peeta que me deu o pão, o mesmo Peeta que me ajudou nos jogos, que me segurou enquanto eu tinha sonhos ruins. O meu Peeta, aquele que amo. Ele faz uma careta de dor quando me vê em seu quarto.

– Katniss.. eu sinto muito. – ele diz. – Eu sinto muito mesmo. Mas eu realmente preciso ficar sozinho agora.

– Não. – eu digo me aproximando. – Você não pode fugir. Você não pode me deixar sozinha.


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