Em Busca de um Futuro Melhor escrita por Lyttaly


Capítulo 14
13


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas o/
Sinto informar que o próximo capitulo vai demorar a sair. Eu to com serios problemas pra conseguir escrever. O motivo é o frio. Eu passo muito mal no frio geralmente (minha saude não é muito boa) e ficar no computador escrevendo eu nao consigo. Esse capitulo de hoje já estava pronto e eu so estava esperando a beta me entregar pra postar. Por isso hoje tem capitulo, mas o proximo nao sei quando sai...
Senti falta de vocês no ultimo capitulo t.t. Mas na real em nem posso pedir nada a vocês ja que eu mesma nao entrego os capitulos como deveria neh?
Enfim, vou deixar o link do meu twitter no final que por la vou avisar quando eu tiver escrevendo ou quando for postar ok?
Boa leitura gente o/



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(As pessoas podem ser assustadoras às vezes)

O silêncio em que estavam foi quebrado pelo som estridente do sinal da escola indicando o fim das aulas daquele dia. Não tinham percebido o tempo passar. Depois de Felipe contar sua história, ambos ficaram imersos em seus próprios pensamentos e o tempo passou mais rápido do que pensavam. Nem o sinal do fim do quarto horário os despertou de seus devaneios.

Kali se levantou limpando as folhas de grama presas em sua calça e saiu em direção à sua sala. Antes de perder Felipe de vista, se virou para ele e disse:

— Obrigada pela confiança.

Felipe apenas meneou a cabeça e viu Kali ir embora. Ele ainda pensava por que contara tudo aquilo para ela. Não a conhecia, não tinham intimidade suficiente para que ele contasse algo tão grave, algo que ninguém além do seu psicólogo sabia, pelo menos até aquele momento. Ele sabia que queria a confiança dela, ou melhor, ele precisava que ela confiasse nele, mas ele não era obrigado a contar algo assim. Havia outras formas de conseguir a confiança de alguém, ele sabia bem disso. Então por que ele simplesmente contou algo tão íntimo?

“Estou entrando em algo perigoso e, agora, não sei como sair… Nem sei se quero sair…” – Pensou enquanto andava para a sala da direção.

***

Kali e Rafael esperavam Isabella no portão da escola como haviam combinado. Kali ainda planejava fazer Isabella mudar de ideia quanto a ajudá-la em casa e pensava em como faria isso. Ela ainda estava sentindo que algo estava errado, que aquele seria um dia ruim. Não que ela tivesse algum dia bom, mas esse seria fora do normal.

— Ela está demorando de novo – Rafael comentou. Achava muito estranho que, de repente, Isabella não estivesse mais mantendo sua pontualidade, que era uma marca registrada dela.

Alguns minutos mais tarde, Isabella parou o carro em frente aos dois, que rapidamente entraram.

— Desculpa o atraso. – Isabella se desculpou, dando a partida no carro. – O diretor me prendeu hoje por causa de alguns alunos.

Depois disso ninguém falou mais nada. Kali olhava o céu nublado pensando que se lavasse novamente as roupas elas não secariam sem sol, Rafael calculava quanto tempo levaria para ter a quantia necessária para que ele e Kali saíssem de casa e Isabela olhava tristemente de vez em quando para os meninos pelo retrovisor.

Quando chegaram à loja do Sr. Luiz, Rafael desceu rapidamente do carro pegando a mochila de Kali e levou para dentro da loja, parando para cumprimentar o senhor que os esperava na porta do estabelecimento sorrindo. Kali o seguiu em silêncio.

— Como eles estão hoje? – Sr. Luiz perguntou a Isabela quando ela se aproximou.

— Kali tá com dores, mas tá fingindo que tá bem e o Rafael tá preocupado com ela porque acha que não tá fazendo nada pra ajudar.

— E como estão as coisas lá na escola?

— Shiu! – Isabella colocou o dedo indicador sobre os lábios pedindo silêncio e falou num tom de voz baixo – Se eles descobrirem alguma coisa, pode ir tudo por água a baixo.

— Okay, okay, me desculpa. Depois falamos sobre isso. Vamos fechar a loja pra almoçar antes que fique mais tarde.

Depois de almoçarem Kali tomou um comprimido para dor e pegou sua mochila para ir para casa.

— Eu te levo. – Isabella falou pegando a chave do carro.

— Não precisa, Srta. Tally… Eu estou bem. – Kali tentou parecer confiante, mas não conseguiu.

— Sei. Primeiro: me chame de Isabella, nem estamos na escola pra toda essa formalidade. Segundo: você não me engana. Eu vou te levar e vou te ajudar hoje também.

Kali abriu a boca querendo falar alguma coisa, mas não conseguiu dizer nada.

— Vamos antes que fique tarde.

Kali olhou para Rafael que deu de ombros indo abrir a loja e depois seguiu Isabella para o carro.

Quando chegaram à casa, Kali abriu a porta com cuidado verificando se estava vazia. Não tinha ninguém ali, mas a casa estava mais uma vez bagunçada como se um furacão houvesse passado por ali. Isabella decidiu ajudar com as roupas mais uma vez percebendo que o trabalho feito no dia anterior não ajudou em nada, pois as roupas que tinha lavado haviam molhado na chuva. Respirou fundo e começou a recolher as roupas jogadas pelos cômodos da casa. Enquanto isso Kali trocou de roupa e depois recolheu as vasilhas espalhadas na sala e na copa, começando a arrumação pela cozinha. Depois arrumou a copa, a sala, o quarto de Célia e por último o banheiro, que não estava alagado desta vez, mas fedia como se algo estivesse se decompondo ali.

Quando terminou viu pela janela que Isabella estava colocando as roupas no varal. O sol começou a aparecer o que a deixou mais tranquila quanto às roupas. Decidiu tomar um banho rápido para dormir um pouco antes que Célia chegasse lhe dando mais tarefas. Quando terminou o banho e secou o banheiro, viu que Isabella já havia terminado com as roupas e estava sentada na escada descansando.

— Obrigada pela ajuda, – Kali disse se aproximando – mas é melhor você ir embora agora. Daqui a pouco minha madrasta chega e se ela te encontrar aqui vai ser ruim.

— Você não vai lanchar? – Isabella se levantou sentindo o estômago roncar de fome.

— Eu… não costumo lanchar… – Kali se sentiu desconfortável. Ela não podia oferecer nada para Isabella comer já que não tinha nem para ela mesmo.

— E se a gente sair pra comer alguma coisa?

— Não. – Kali respondeu rápido. – Já está tarde e eu não posso sair sem autorização.

— Que hora eles chegam?

— Umas 17 horas…

— Então temos uma hora e meia antes deles chegarem. – Isabella sorriu mostrando a hora para Kali no celular.

— Mesmo assim… não é uma boa ideia…

— Ah vamos, vai ser diverti-

Isabella se interrompeu quando ouviu que alguém mexia na porta de entrada da casa.

— Rafael? – Isabella perguntou para Kali com a voz baixa.

— E-ele não chega a essa hora. – Kali respondeu sentindo o sangue gelar.

— Ka-li – A voz de Victor ecoou pela casa fazendo Kali e Isabella tremerem.

Kali correu para seu quarto puxando Isabella pelo braço e trancou a porta pedindo que Isabella fizesse silêncio.

— Kalizinha, eu sei que está aí. – Victor começou a subir as escadas em direção ao quarto de Kali. – Não adianta se esconder. Você não pode fugir de mim pra sempre, sabia?

Isabella começou a procurar uma rota de fuga, mas a janela do quarto era muito alta. Pensou em ligar para pedir ajuda, mas a bateria do celular acabou na hora em que ela destravou a tela. Victor girou a maçaneta e depois bateu forte na porta assustando Isabela que colocou a mão na boca contendo um grito.

— Abre essa porta antes que eu fique irritado. – A voz de Victor era arrastada. Estava bêbado. – Abre logo! – Ele se irritou batendo mais forte na porta.

Kali estava parada, olhando para a porta, pensando quanto tempo levaria para Victor arrombar e a matar ou coisa pior. Os segundos pareciam uma eternidade fazendo com que o medo delas aumentasse cada vez mais.

— Vai ser pior se você não abrir essa porta agora! – Victor gritava ainda mais alto. – Você deve tá querendo outra sessão de cintadas né, Kali? Você deve gostar disso pra me deixar irritado assim. Já que você gosta disso eu vou te dar assim que essa porta sair do meu caminho!

O barulho na porta se tornou mais forte. Victor começou a jogar seu corpo contra a porta tentando derrubá-la. Até que um barulho agudo o fez parar. A campainha da casa tocou, algo que não era comum e que deixou até mesmo Victor surpreso. Isabella olhou para Kali como se perguntasse quem estava chamando e Kali sinalizou que não sabia. Eles não recebiam visitas há muito tempo então não sabia dizer quem era àquela hora.

Mais uma vez a campainha tocou quebrando o silêncio que de repente se fez presente na casa.


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Notas finais do capítulo

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Se você leu até aqui #obrigada^^