Doce Fruto de um Passado Amargo escrita por XxLininhaxX


Capítulo 10
POV Hyoga/ POV Milo


Notas iniciais do capítulo

Yoooo ^^/

Baum pessoas? Então... lá vai mais um cap XD!!
Eu dei um spoiler pra Sarinha e até agora não aconteceu... huahuahauhauhauahau XD!! Eu qria colocar nesse cap, mas até chegar na parte do spoiler ia ficar mto longo XD!!
Agora eu vou escrever a nossa fic Batalha dos Doze Mestres... se non ficar mto tarde eu faço o próximo cap dessa daqui e posto ainda hj XD!!

Sorry pessoas... eu só funciono de madrugada XD!!
E eu acho q esse cap saiu mais dramático do q o normal ^^"
Ouvindo evanescence, minha veia dramática aflora ainda mais XD

Bom, espero q tenham uma boa leitura XD
Deixem coments, please...
Gente, eu sou mto lerda pra responder XD!! Uma pessoa normal demora alguns minutos para responder um review... eu costumo demorar meia hora, uma hora... huahauhauahauahuhau XD!!
Eu sou mto lerda XD!! Enton, please, tenham paciência XD!! Eu vou responder assim q der um tempo nos caps XD

=**
^^v



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Milo era mais esperto do que eu pensava. Quanto tempo será que ele tinha usado para pensar sobre aquilo? Pelo visto eu estava dando muitos sinais para ele. Eu tinha que encontrar outra estratégia ou acabaria caindo na conversa dele. Por outro lado, eu estava vulnerável. Não sabia se por conta desse período do ano ou se foi pelo que aconteceu no parque ou se foi pela lembrança que me veio ao ouvir Milo dizendo aquilo. Eu pensava que ninguém nunca fosse aparecer com uma hipótese como aquela. E por algo tão bobo. A única coisa que fiz foi fumar um cigarro. Um ato simples e bobo. Maldito hábito que fui criar! Eu sabia que era errado e não me considerava um viciado. Até porque eu só fumava quando estava em total estado de estresse e depressão, que era normalmente só naquela época do ano. De qualquer forma, eu não o fizera para provocar meu pai. Eu não estava fazendo nada daquilo para provocar meu pai. Eu apenas... não queria criar laços tão fortes. Não seria bom para meu pai e nem para mim. E pelo visto, minha estratégia estava indo por água abaixo por um motivo; Milo. Eu não esperava que o marido de meu pai fosse alguém tão carismático e envolvente assim. Eu devia ter imaginado, já que meu pai tinha se apaixonado por minha mãe, que se ele tivesse um relacionamento com alguém, esse alguém seria uma pessoa bem oposta a ele. E, de alguma forma, Milo estava conseguindo me perturbar. Não de uma forma ruim, mas estava me tirando do eixo, desconstruindo minha racionalidade. Afinal, eu tinha tantas questões não resolvidas dentro de mim, tanta carência, tanto sentimento de solidão e incompreensão. Não era fácil não ceder a alguém que se demonstrasse carinhoso e atencioso para comigo. Era como tocar na ferida, ir exatamente onde eu mais precisava. Aquela carência que eu sentia era meu ponto mais fraco. Eu sabia que meu pai não era o ser mais carinhoso da face da Terra, por isso não teria tanta dificuldade de me manter longe. Mas Milo era. Cara, ele me abraçou para me consolar! Eu tinha praticamente acabado de conhecê-lo e ele já me tratava como alguém próximo. Nem mesmo com minha avó eu tinha momentos próximos e íntimos daquele jeito. Foi raro as vezes que minha avó me viu chorar. Eu não estava acostumado com aquilo, apesar de ser algo que eu sabia que precisava muito.

Eu estava cabisbaixo até então. Eu não queria olhar para Milo. Eu não sei se conseguiria me segurar. Minha vontade era de despejar toda carga sentimental que existia dentro de mim. Eu me segurava tanto. Era uma dor que não passava, mesmo que eu chorasse todas as noites antes de dormir. Aquela dor era insuportável. Não ia embora, não deixava as feridas se curarem. Anos carregando aquilo. O peso parecia aumentar cada dia mais. Tanto que, quando meu pai perguntara e eu o odiava, não consegui segurar a vontade de chorar. Eu queria gritar que não! Não! Eu o amava! Amava muito! Desde pequeno meu sonho era me encontrar com ele! Eu fantasiei esse encontro em minha cabeça várias vezes. Mas parecia uma realidade tão distante. Parecia algo que eu jamais alcançaria. E o preço que paguei fora muito alto. Minha mãe morrera para que esse encontro fosse possível. Minha avó teve seu estado de saúde piorado para que esse encontro fosse possível. Eu tive que... Não gostava nem de lembrar o que tive que fazer. Foi tudo tão doloroso que só de ver o cuidado que ele estava tendo comigo já me deixava feliz. O problema foi exatamente o processo todo até que esse dia chegasse. Era como se eu tivesse vivido no inferno todo esse tempo e, agora que eu estava no céu, não me achava digno e merecedor de tamanha honra. Eu não queria corromper meu pai com toda aquela carga negativa. Todo aquele passado doloroso, sujo, amargo. Não queria que ele tivesse contato com nada daquilo.

O silêncio reinava naquele quarto. Eu queria que Milo fosse embora para que eu pudesse chorar em paz. Eu queria descarregar aquilo tudo, colocar pra fora. Mesmo que fosse apenas um pouco, eu precisava desabafar para voltar a, pelo menos, me controlar e me acalmar. Mas ele parecia irredutível.

— Hyoga, quanto tempo mais você vai guardar isso pra você? Olha seu estado. É nítido que você está fazendo um esforço absurdo para se segurar. – ele segurou em minha mão e eu rapidamente me afastei.

— Eu não posso! Você não entende. – eu apenas queria que ele fosse embora.

— Por quê? O que tem de errado com seu passado? O que foi que aconteceu de tão grave que ainda não sabemos? Tem a ver com essa pessoa de quem eu falei? Ela fez algo ruim com você? Por favor, Hyoga, me diga. Eu quero muito te ajudar. Deixe-me te ajudar.

Ele tentou se aproximar de novo, mas eu me encolhi ainda mais na cama. Eu não queria! Não! Não! Eu não queria repassar todas aquelas coisas! Eu ia surtar!

 

POV Milo

 

Eu tentava me aproximar de Hyoga, mas ele parecia irredutível. O que será que aconteceu para deixá-lo naquele estado? Aquele garoto já tinha sofrido um trauma absurdo. O que mais poderia ter acontecido? Eu precisava ajudá-lo. Eu precisava fazer alguma coisa. Não só por Camus, mas pelo próprio bem de Hyoga. Era muita coisa para um adolescente de 14 anos carregar. Eu não entendia a relutância que ele tinha em não querer ajuda. Era claro que ele precisava disso. Ele já não estava conseguindo suportar aquilo sozinho. Ele precisava de alguém. Ele precisava tirar aquilo do peito, seja lá o que fosse.

Ele estava encolhido no canto da cama, com as mãos na cabeça, balançando em sinal de negativa. Como se imagens estivessem se passando em sua mente e ele não quisesse vê-las. Aquilo estava me deixando aflito. Eu queria que ele me contasse, mas naquele estado estava difícil. Eu não queria fazê-lo sofrer. Aproximei-me dele e segurei seu rosto entre minhas mãos, para que ele olhasse para mim. Ele estava chorando. Aquela cena partiu o meu coração. Senti meus olhos também marejados.

— Por favor, para! Esquece! Esquece o que eu te perguntei! Pelo menos por agora, foque em mim. Olhe para mim e se acalme. Seja lá o que você tenha passado, acabou. Já passou! Você está seguro agora. Você está com seu pai! Você está comigo! Não vamos deixar nada de ruim acontecer com você! Eu prometo! – eu tentei ser o mais cuidadoso e carinhoso possível em minhas palavras.

Ele agora me olhava com olhos vazios. Eu não sabia o que fazer agora. Parecia que ele tinha entrado em estado de choque, transe, qualquer coisa assim. A única coisa que pude fazer foi pegá-lo e colocá-lo em meu colo, onde eu poderia abraçá-lo e passar certa segurança de que estava tudo bem. Eu o balançava em meu colo, como uma criança. Ele estava simplesmente imóvel. Eu estava começando a ficar muito preocupado. O que eu tinha feito? Eu não podia imaginar que aquilo fosse acontecer. Eu não sabia que poderia ser algo tão sério, tão traumático ao ponto de deixá-lo naquele estado. Pelos céus, o que aconteceria com Camus se ele visse Hyoga daquele jeito? Meu marido, apesar de ser extremamente racional, tinha sérios problemas para lidar com aquele tipo de situação. Não que ele não soubesse o que fazer, mas ele não tinha forças para aguentar situações de emoção extrema. Ele não fora treinado para aquilo. Tanto que ele demorou anos para superar a perda de Natássia. Eu tinha que dar um jeito naquilo. Eu tinha que ajudar de alguma forma!

Senti que Hyoga tentou se afastar de mim. Eu não queria. Não antes de me certificar que ele ficaria bem, que ele estava bem. Porém, ele forçou sair do meu colo. Ele se levantou cabisbaixo.

— Por favor, me deixa em paz. – ele falou bem baixo, mas parecia mais controlado.

— Hyoga, eu...

Me deixa em paz. – agora ele falou firme, me interrompendo.

— Não! Eu não irei lhe deixar em paz! Entenda, eu...

Ouvi batidas na porta e logo em seguida meu marido apareceu.

— Eu vim perguntar o que vocês vão querer... – ele parou de falar, como se tivesse percebido o clima tenso no ar. - ...para o almoço. – completou.

Hyoga não olhava para ele e eu alternava o olhar entre Camus e Hyoga. Após alguns segundos de silêncio, Camus resolveu se manifestar.

— O que está acontecendo aqui? – ele levantou a sobrancelha e cruzou os braços, como sempre.

— Você poderia, por favor, tirar o seu marido daqui? – Hyoga falou.

— Milo, o que foi que você fez? – meu marido me questionou.

— Eu não fiz nada. Apenas perguntei algumas coisas e...

— Está me tirando do sério.

Hyoga levantou o olhar. Eu me assustei. Seus olhos pareciam pegar fogo, como se estivesse com ódio mortal. Eu ficava impressionado com o quanto ele era instável. Da tristeza profunda ele passara para o ódio. Não tinha como ser normal. Ele precisava de ajuda o quando antes.

Vi meu marido suspirando pesadamente.

— Milo, vamos.

— Mas, Camus, eu...

— Milo, não discuta, por favor. Eu disse que não queria forçar Hyoga a dizer nada e pedi para que você fizesse o mesmo. Por favor, entenda.

Eu não tinha outra saída, senão me retirar por hora. Eu não ia desistir em hipótese alguma! Olhei para Hyoga uma última vez e saí do quarto. Camus fechou a porta assim que eu passei por ela. Olhei para ele, ressentido. Saí em direção ao meu quarto. Eu precisava pensar. Precisava colocar aquelas informações em ordem. Talvez eu conseguisse imaginar alguma coisa sem ter que perguntar para Hyoga.

Entrei no quarto e me sentei na cama. Eu sabia que Camus viera atrás de mim, mas não estava com cabeça para conversar. Eu precisava me concentrar em alguma forma de poder ajudar tanto Hyoga quanto Camus.

— Mon ange, por favor, entenda. Eu sei que é difícil, mas vamos ter que ir com calma. – ele sentou-se ao meu lado e segurou minha mão.

— Camus, seu filho precisa de ajuda. Você não tem ideia do quanto ele está sofrendo. Eu não sei se esperar que conquistemos sua confiança é a melhor ideia.

— Milo, eu entendo o que você quer dizer. Eu não sei o que aconteceu com vocês dois naquele quarto, mas coloque-se no meu lugar. Mesmo que Hyoga não me odeie tanto quanto demonstra, eu não posso simplesmente começar esse relacionamento exigindo que ele me conte coisas tão pessoais. Se ele não quer falar é porque tem um motivo, que mesmo que seja um motivo bobo, eu tenho que respeitar.

— Mas...

— Milo, nós não sabemos o que ele está pensando agora. Eu sei que tem alguma coisa errada, sei que ele está escondendo alguma coisa e sei que ele está se forçando a ser rebelde. Mas eu não posso arriscar as coisas dessa forma. Um passo errado e eu posso jogar fora todas as possibilidades do nosso relacionamento dar certo. Entende?

Droga! Eu entendia o que Camus queria dizer e ele estava certo. Não sabíamos o que se passava na cabeça daquele jovem. Ele estava muito instável, agia de maneira contraditória. Teríamos que ser cautelosos ou tudo poderia ir por água abaixo. Talvez não comigo, mas Camus estava em uma posição mais delicada que eu. E qualquer coisa que eu fizesse poderia afetar Camus também. Droga! Aquela situação não estava nem um pouco favorável! Suspirei de forma cansada.

— Tudo bem, meu amor. Eu vou me segurar.

— Obrigado, mon ange. Eu preciso de você nesse momento, mais do que nunca. Você sabe que sou péssimo lidando com essas coisas. Eu preciso que você esteja do meu lado para que tudo possa caminhar perfeitamente.

— Eu estou do seu lado, Camye. Sempre estarei.

Abracei meu marido e nos beijamos. Eu precisava manter a calma se quisesse ajudar aqueles dois.

Continua...


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