~Pov Hermione

Finalmente nossa espera acabou! Hoje vamos embarcar na plataforma 9¾! Estou ansiosa para ver como a escola vai ficar depois da reforma. Será que vai ser diferente? Que pela primeira vez teremos um ano repleto de tédio, sono e mesmice - coisa que desejo desde o primeiro ano quando vi aquele cão de três cabeças? Não, com certeza não. Voldemort foi derrotado e não corremos mais o risco de morte que corríamos sempre – principalmente quando se é amiga de Harry Potter -, mas uma coisa é certa: Hogwarts não é Hogwats se não há algo para tumultuar o ano escolar.

Havíamos nos separado, porque como disse a Luna: “Nosso bando está aumentando” então, junto a mim na cabine estavam Draco, Meg e Rony, e na outra Gina, Harry, Luna e Blás.

–Acha que vai pra Sonserina? –Rony perguntou a Meg, que deu de ombros.

–Já viu algum Malfoy fora da Sonserina? –Draco perguntou rindo. –É claro que ela vai pra Sonserina.

–Na verdade ela pode ir pra qualquer uma das casas. –Falei e todos, exceto Meg me olharam como se eu estivesse louca. –O que foi gente? Nenhum de vocês leu ‘Hogwarts: Uma história’?

–Não. –Os dois responderam e eu revirei os olhos.

–Tem uma parte que fala do chapéu seletor. Ela não escolhe por famílias, e sim por características. Se as características da Meg baterem mais com a de outra casa ela provavelmente vai pra lá.

–Obrigado morena, agora me deprimiu. –Draco disse rindo. –Por Merlin não vá pra Grifinória.

–Algum problema com a minha casa? –Cruzei os braços.

–Não, claro que não amor. –Nós rimos. –Eu só acho que ela ficaria melhor em qualquer casa, menos na Grifinória.

–Ela só não pode entrar pra Sonserina e começar a andar com vadias e piranhas estilo Lilá e Pansy.

–Por quê? –Meg perguntou.

–Não sabe? A maioria das Sonserinas são vadias e piranhas que vão pra cama com qualquer um que seja homem e principalmente que jogue Quadribol, não é Draco Black Malfoy? –O encarei e ele me puxou mais pra perto com um sorriso divertido.

–Esqueça o passado, morena. –Ele me deu um selinho.

–Eu conheci a Parkinson e a Lilá, se todas forem como elas eu prefiro ir pra outra casa.

–Tá bom, tá bom. Agora vamos nos vestir porque já estamos chegando. –Rony falou.

Nos vestimos e chegamos pouco depois. Fomos para as carruagens e uma imagem me chocou: O castelo é o mesmo! O mesmo que sempre foi. Nem parecia que a guerra aconteceu e muito menos que o castelo que estava diante de nós agora é o mesmo que vimos cair aos pedaços por causa da guerra.

Entramos e nos sentamos no salão principal. Percebi alguns olhares arregalados pra mim, provavelmente dos alunos que viram Draco entrar comigo nos braços no Salão, mas eu os ignorei. Depois de apresentar os novos professores, Minerva iniciou a seleção das casas.

–Samantha Smith. –A diretora chamou e uma menina que entraria para o primeiro ano sentou no banquinho.

–LUFA-LUFA! –Gritou o chapéu seletor.

–Giovanna Roberts.

–LUFA-LUFA!

–Luke Hunt. –O garoto subiu e eu notei que Meg ficou pálida e arregalou os olhos, há alguns dias ela havia me contado que o nome do ex-namorado dela é Luke, será que é o mesmo? A forma como Draco o encarava me dizia que sim, era exatamente o mesmo.

–SONSERINA. –Acho que Draco vai matá-lo no meio do ano. Vou ter que tomar a varinha desse loiro se não quiser vê-lo em Azkaban.

–Meg Malfoy. –Meg se sentou no banquinho e o chapéu seletor foi colocado em sua cabeça.

–Interessante, a maioria dos Malfoy que passaram por aqui tem a alma Sonserina, mas você foi a primeira a não fazer questão da casa das serpentes. Onde acha que ficará melhor se não na casa de vários de sua família? –Algo me diz que Meg está implorando ao chapéu para ir pra outra casa.

“Por que não Sonserina? Que tal Grifinória? Não, não, não, não, já sei exatamente o que fazer com você: CORVINAL!”

Luna se levantou aplaudindo-a, assim como Draco. A loira ficou feliz, pois agora não era a única de nós Corvina. Eu não sabia se Draco estava sorrindo por felicidade ou por alívio, talvez os dois. Quando a seleção das casas acabou, Minerva se levantou e tomou a palavra mais uma vez.

–Bem vindos à escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Não fazem ideia do quanto estamos felizes em tê-los conosco em mais um ano escolar. Eu gostaria de agradecer e parabenizar a todos vocês, que nos ajudaram e contribuíram para que nós não vivêssemos em trevas e escuridão. Todos tiveram um papel muito importante nessa guerra, e muitos dos que contribuíram para que esse dia chegasse não puderam estar aqui para ver e desfrutar de um mundo Bruxo em que não precisamos nos esconder, não precisamos temer pelas nossas famílias ou pelas escolhas que fazemos. –A emoção tomou conta de todos, inclusive dos alunos novos, muitos choravam, eu era uma que estava quase me afogando em lágrimas. –Muitos perderam familiares, amigos e apenas conhecidos. E é por isso que eu gostaria de fazer uma homenagem, a todos os que perdemos. –Com um aceno de varinha uma estátua de uma fênix em mármore apareceu e todos aplaudiram.

“Escolhemos a fênix porque a fênix renasce das próprias cinzas, e é isso que temos certeza que vai acontecer aqui. Por mais que perdemos entes queridos nessa guerra, ainda teremos conosco aqueles que amamos. O carinho, amor e gratidão por todos eles, e esse sentimento não morrerá, e sim renascerá a cada dia, cada vez mais forte, pois sem eles, muitos de nós nem estaria aqui.” Minerva também chorava.

“A estátua ficará no saguão de entrada para que possamos nos lembrar a cada dia de todos aqueles que, de certa forma, morreram para chegarmos aonde estamos. Os monitores-chefes continuarão sendo Hermione Granger e Draco Malfoy. Desejamos a vocês um excelente ano letivo e que se inicie o banquete.”

A comida apareceu nas mesas, e como sempre Rony foi o primeiro a atacar. Draco encarava o próprio prato, aquele discurso com certeza não o fez bem e ver aquele tal de Luke o deixou ainda pior. Meg estava quieta, evitava olhar para o irmão, já que o ex estava sentado de frente pra ele. Eu me levantei e fui até a mesa da Sonserina, conseguindo um espaço para me sentar ao lado do loiro.

–Está tudo bem?

–Está sim. –Ele disse ainda encarando o prato. –É só uma enorme vontade de dar um Crucio em alguém, mais nada.

–Não me venha com essa Malfoy, você me bateu, portanto quem merece o Crucio é você. –Luke disse sorrindo. Draco ia pegar a varinha nas vestes, mas eu fui mais rápida.

–Você não pode usar nenhuma magia que te mande para Azkaban, se lembra disso? –Falei guardando a varinha dele comigo. –Sua varinha será supervisionada por um ano pelo ministério, então eu agradeceria se você se controlasse para que eu não precise arranjar um jeito de te tirar de lá. Quando chegarmos ao apartamento eu a devolvo pra você.

–Olha só, quem é a morena? Não vai apresentar não? –Esse Luke só pode estar de brincadeira. Draco se levantou rápido, cerrando os punhos e logo em seguida Blás, que estava pronto para segurá-lo se fosse preciso. Luke também se levantou com um sorriso divertido no rosto.

–Draco, senta. Ignora o que esse idiota fala. –Pedi puxando seu braço.

–Idiota? Magoou. –Revirei os olhos. –Nem me conhece e já está me chamando assim?

–Amor, o que acha de sentar comigo? Pelo menos hoje.

–Não, eu quero ficar. –Ele disse vermelho de raiva.

–Amor? Arrumou uma namorada, Malfoy?

–E isso é da sua conta desde...? –Blás disse cruzando os braços.

–Algum problema com o Malfoy? –Agora isso ficou mais estranho do que poderia ficar. Harry disse de braços cruzados, assim como Rony, parando ao nosso lado.

–Colocaram alguma coisa no suco de abóbora de vocês? –Perguntei confusa e eles deram de ombros. Eu voltei minha atenção para o Sonserino revoltado que estava ao meu lado. -Loiro, por favor. Se não quiser se sentar com Grifinórios o que acha dos Corvinos? Eu me sento lá com você.

–Meg já o viu aqui?

–Já sim.

–É mesmo, a Meg veio. Ela está diferente, mais bonita. –Se Draco não vai dar um Crucio nesse maldito eu vou. –Vai ser bom relembrar o passado. –Luke mordeu o lábio.

Draco ia ir pra cima dele, mas ele foi segurado por Harry e Blás.

–Vamos embora daqui antes que eu mesmo o mate. –Rony disse e nós levamos Draco pra fora do Salão.