Nothing Is How Looks Like escrita por BabyMurphy


Capítulo 2
Um pouco verde.


Notas iniciais do capítulo

Hello, honeys. Como estão?

Enjoy.



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2

Kurt morava sozinho no Upper West Side, um apartamento grande demais para ele viver sozinho, então decidiu dividi-lo com outro estudante de NYU, que acabou sendo Rachel. A garota estava passando por grandes mudanças quando decidiu morar com Kurt, ela estava decidida a não depender mais dos pais. Rachel cursava artes cenicas, pois sonhava em ser uma grande atriz.

Mon dieu, esse corte está mais feio do que eu imaginei. – Disse Kurt olhando no espelho. – Não acredito que flertei com um cara assim.

– Flertou com quem? – Rachel virou o amigo para ela, limpando o corte.

– Um garoto, Blaine, me ajudou quando fui atingido pelo carro, então me convidou para tomar café, e eu queria fugir do encontro, então eu aceitei e ai eu vi as pupilas dele dilatadas, vi que estava interessado. – Rachel riu. – Então comecei a flertar com ele, mas e se ele estava com as pupilas dilatadas por estar assustado?

– Eu sabia que não devia ter deixado você ler aquele livro sobre os sinais do corpo humano. – A garota ainda ria. – Você ficou parainoico depois disso.

– É fundamental para um estudante de artes visuais saber a linguagem do corpo humano, pois só assim saberemos expressar o verdadeiro sentido da nossa obra. – O castanho disse sério.

– Deveria fazer filosofia. – Rachel riu. – Pronto, curativo feito.

– Obrigado. – Kurt passou a mão sobre o curativo.

– Agora me conte sobre esse garoto. – Eles haviam ido até a sala e sentado no sofá.

– Ele é bonito, porém baixo, pareceu ser divertido. – Kurt suspirou.

– Já está suspirando? – Rachel olhou assustada para Kurt.

– Se você tivesse lido aquele livro sobre a linguagem do corpo humano saberia que esse suspiro não é o que está pensando. – Kurt disse sério.

– Você é insuportável. – A garota revirou os olhos.

– Sabe quando você fala com alguém e a conversa simplesmente flui? Blaine é esse tipo de pessoa. – Kurt olhou para Rachel. – Esse é o tipo que se apaixona fácil, e eu não quero machucar ele.

– Kurt, você conheceu ele hoje e está falando em se apaixonar. – Rachel riu.

– É que eu sou muito apaixonante, Rachel, e não quero que ele caia no meu feitiço. – Kurt apontou para seu corpo.

– Kurt Hummel, o garoto que usa outros garotos não quer machucar alguém. – A garota o olhou assutada e sorrindo. – Isso é novidade.

– Agora falando sério, ele é uma ótima pessoa. Fiquei pasmo com o jeito que nossa conversa seguiu, não foi nada como antes. – Ele olhou para Rachel. – Não estou falando em me apaixonar por ele, mas seria bom manter ele como um amigo.

– Amigos sem benefícios, certo? – Rachel arqueou uma sobrancelha.

– Boa noite, Rachel. – Ele sorriu e foi para o seu quarto.

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Blaine morava no West Village, pois ficava próximo a faculdade. Ele morava sozinho, porém seu melhor amigo vivia em sua casa, e muitas vezes passava uma semana inteira dormindo lá. Blaine chegou a convidar ele para morar junto, assim seria mais fácil manter a residência, já que o aluguel não era muito barato. O amigo recusou, pois precisava ter um apartamento para levar as suas namoradas.

– Blaine, você está atrasado. – Assim que Blaine entrou no apartamento encontrou Wes.

– Boa noite, Wes. – Blaine sorriu.

– Por que demorou tanto? – Ele estava sentado no sofá, olhando para a TV.

– Um garoto foi atropelado e eu resolvi ajudar. – Blaine largou sua bolsa no sofá e sentou-se.

– Ele está bem? – O garoto olhou para Blaine.

– Sim, não quis ir ao hospital, só tinha um corte na testa... bem feio, por sinal. – O mais baixo deu de ombros.

– Se ele não foi aos hospital, porque se atrasou em uma hora? – Wes agora estava sentado de frente para Blaine.

– Fomos tomar café. – Blaine sorriu.

– Que tipo de pessoa sofre um acidente e vai tomar café com um estranho? – O garoto tinha as sobrancelhas arqueadas

– Kurt. – Blaine riu. – Ele disse que estava bem, e ele era bonito, e eu estava vendo ele conversar com o motorista que atropelou ele e quando eu me dei conta já tinha convidado. – Ele deu de ombros.

– Você me assusta, Anderson. – Wes levantou-se. – A comida já deve ter esfriado, vá tomar um banho enquanto eu esquento.

– É pra já. – O moreno levantou-se e correu até seu quarto.

– Quando eu disse que Nova York só tinha loucos, ninguém acreditou em mim. – Wes resmungou.

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Kurt acordou na manhã seguinte com uma dor ainda maior do que na noite passada. O corte em sua testa parecia estar aumentando e tomando conta de toda a sua cabeça. Ele levantou e foi até o banheiro tirando o curativo. O corte estava ainda pior, pois agora ele estava em um tom esverdeado.

– Ah, fala sério. – Ele resmungou e mudou de roupa.

O castanho caminhou até a cozinha, serviu um copo de água e passou pelo quarto de Rachel.

– Rachel, eu estou indo ao hospital dar um jeito neste corte. – Rachel resmungou alguma coisa e continuou dormindo.

Ele desceu até a garagem do condomínio e pegou seu carro, o hospital não era muito longe dali. Em cinco minutos ele já estava entrando no local com cheiro de remédios e álcool. A sala de espera estava lotada, aparentemente algum ônibus bateu e as vítimas foram transferidas para esse hospital.

– Bom dia, eu preciso de um atendimento para isso aqui. – Kurt apontou o corte.

– Bom dia, o senhor precisa preencher esse formulário. – A recepcionista lhe entregou uma prancheta.

Dentro de uns dez minutos ele preencheu as duas folhas, entregou para a mulher e ela o mandou para o quinto andar. Ele seguiu no corredor até as portas prateadas. Junto com ele no elevador estavam duas mulheres, conversando.

– Ah, hoje é dia de música. – Uma mulher loira disse.

– Deus abençoe aquele garoto por fazer isso. – A ruiva concordou.

– É o dia preferido da minha filha, ela passa a semana inteira esperando pelo sábado. – As duas sorriram.

Kurt franziu o cenho, e no instante se arrependeu, pois sentiu o corte arder mais uma vez. Achava que essa coisa de pessoas visitando pacientes estava apenas em filmes, ou em celebridades que queriam atenção. Uma das mulheres notou a sua curiosidade.

– Você devia passar no sétimo andar para ouvir, garanto que não irá se arrepender. – A porta abriu e Kurt saiu.

Uma mulher, do nada, disse para ele ir assistir um estranho tocar para um bando de pacientes, New York estava ainda mais louca. Ele chegou a sala que a recepcionista lhe informara e um médico, bonito, lhe atendeu.

– Bom dia, eu sou o Dr. Smythe. – Ele se aproximou de Kurt. – É um corte bem feio.

– É, eu acabei caindo, não dei muita bola para ele e acordei com ele verde. – Kurt deu de ombros.

– Pode sentar ali. – Ele apontou para uma maca no canto. – Tudo bem, isso vai doer um pouco.

– Ah! – Kurt involuntariamente colocou a mão no braço do médico. – Mon dieu.

– Francês? – O médico sorriu. – Tudo bem, prontinho.

– Já? – Kurt colocou a mão sobre o curativo e olhou em um espelho que tinha próximo.

– Sim. – O médico ainda sorria. – Troque o curativo três vezes ao dia e passe esse remédio, para não “ficar verde”. – Ele fez aspas com as mãos e Kurt riu.

– Obrigado. – Kurt levantou-se.

– Agora se você me der licença, preciso subir até o sétimo andar para o show semanal. – Ele tirou as luvas e as colocou no lixo.

– É a segunda vez que eu ouço falar desse show em menos de meia hora que estou aqui. – Kurt estava na frente do espelho, olhando o curativo.

– E não ficou curioso? – O Dr. saiu pela porta.

Ele então resolveu checar o tal show. O médico sorriu para ele quando ele entrou no elevador e não pressionou o botão do primeiro andar. Logo que as portas abriram ele ouviu o violão e uma voz rouca. E risadas.

– Essa é a ala infantil. – Kurt disse mais para si mesmo do que para alguém.

– Sim. – O médico passou por ele e foi em direção da música.

Quando Kurt entrou na sala de recreação, onde havia brinquedos para as crianças passarem o tempo entre um tratamento e outro, ele logo reconheceu os cachos negros e a barba rala. Ele encostou-se no batente da porta e observou Blaine tocar. As crianças dançavam, sorriam e cantavam junto. Assim que a música terminou, Blaine levantou-se e olhou para todos presentes na sala, e seus olhos pararam em Kurt.

– Oi. – O castanho disse sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Eu não sei quando o próximo vai vir, minhas aulas voltaram agora e já tenho trabalhos pra entregar. Enfim, espero que tenham gostado. Me digam o que acharam.

xoxo'