New Feelings escrita por Vtmars


Capítulo 15
Capítulo 14 - Grande Novidade


Notas iniciais do capítulo

Sem mais delongas, vamos para a tal revelação! Acho que a maioria já tinha adivinhado sobre o que se tratava, mas enfim, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/593313/chapter/15

E assim foi a semana toda, cada dia piorava. Teimosa como sou, não aceitei de jeito nenhum que estava mal e precisava de um médico, "Vai passar logo." eu dizia, tomava um chá e descansava. Anna, Hans, Kristoff e Olaf insistiam em chamar um médico, mas eu não aceitava. Foi quando, passada uma semana, eu acabei desmaiando e eles resolveram chamá-lo mesmo sem o meu consentimento.

Abri os olhos devagar, estava na minha cama, Gerda estava à beira do leito com uma bacia d'água quente e um pano, fazendo compressas e pondo em minha testa, parecia aflita. Do outro lado, o doutor, um senhor de meia idade, usando óculos redondos e com uma bolsa cheia de remédios e aparelhos médicos.

– Boa tarde, majestade. Como está se sentindo?

– Estonteada. - disse com a voz de quem acabara de acordar e ainda estava com sono.

– Fale logo, doutor, é grave? Vou perder minha garotinha? - perguntou Gerda ansiosa, os olhos já marejados.

– Não se preocupe, senhora. Apenas deixe-me conversar a sós com Elsa, por um minuto.

– O quê?! Ela vai receber a notícia sozinha?! Nunca!

– Senhora, afirmo que não há motivo para alarde. Por favor, deixe-me conversar com Elsa.

A contragosto, Gerda deu um beijo carinhoso na minha mão e retirou-se.

– Muito bem, ela já saiu, agora fale logo! Eu não aguento de ansiedade!

– Está tudo bem, majestade. Tudo ótimo, na verdade.

– O que tenho, então?!

– Para mim, não há dúvidas de que a senhora está grávida. - disse sorrindo.

– Grávida? Quer dizer, esperando um bebê?

– Com toda a certeza. Essas dores de cabeça e tonturas nada mais são do que sintomas normais na gravidez.

Não soube como reagir àquela notícia. Estava num misto de preocupação e felicidade, queria Hans ali naquele momento mais do que nunca.

– Agora, se a senhora me permite, vou dar as novidades as Suas Altezas. - concordei.

Ele saiu e eu fiquei olhando para o nada, dei um sorriso solto no ar. Ouvi alguns gritinhos - provavelmente pertencentes a Anna - virem do corredor e uma conversa rápida. Hans entrou depressa e ajoelhou-se ao lado da cama.

– Elsa...?

– Nós vamos ter um bebê! - disse num sussurro, ambos começando a lacrimejar.

Hans me deu um abraço apertado e beijou minha face várias vezes.

– Eu não consigo acreditar. Não acredito que alguém como eu... Possa ser tão feliz. Eu não me... - eu o interrompi.

– Você merece isso e muito mais, meu amor. Eu te amo, você me ama, nós amamos essa criança, merecemos ser felizes. - ele sorriu.

Eu beijei seus lábios. Anna entrou de repente, correndo até a cama.

– Elsa! - ela me abraçou com força - Eu devia saber! Devia!

– Como assim?

– Aquilo que o Vovô Pabbie disse, algo como: "Vocês terão mais respostas do que esperavam." É isso, claro! Só pode ser!

– Ah, Anna, você não existe. - abracei-a novamente.

A porta se abriu e Gerda entrou apressada.

– Meu Deus, eu não sei se desejo-lhes felicidades ou puxo-lhes as orelhas! - nós rimos.

– Ora, Gerda, nós já somos adultos, sabemos o que fizemos e estamos felizes por isso. - respondi.

– E como vamos fazer agora para cuidar de dois bebês? Na certa, vai sobrar pra mim cuidar, é claro!

– Não precisa se preocupar com essa parte, Gerda, nós teremos prazer em cuidar do nosso filho. - disse Hans.

– Ai, ai. Venham cá, quero dar um abraço em vocês. - nós quatro nos abraçamos.

Ouvimos batidas na porta, e Kristoff abriu-a timidamente.

– Posso entrar? - eu assenti e ele entrou, acompanhado de Olaf - Eu.. Não sei nem o que dizer. Espero que essa criança traga muita felicidade a vocês.

– Já trouxe, Kristoff. Sabe, eu vi como você e Anna ficaram felizes quando ela descobriu que estava grávida, fiquei feliz também, mas... Agora, a felicidade que eu sinto é totalmente diferente, muito mais do que eu imaginava. - Anna segurou minha mão.

– Vocês merecem.

– Feliz aniversário!

– Não, Olaf, é "parabéns, felicidades". - corrigiu Kristoff.

– Ah... Por quê?

– Elsa está esperando um bebê! - disse Anna.

– Oh, que bom...! De onde vêm os bebês?

– Olaf, já não está na hora de você ir?

– Mas eu...

– A gente conversa depois, tá? A Gerda vai até fazer um bolo de chocolate para você, não vai? - ela revirou os olhos.

– É, vou.

– Oba! - Olaf saiu do quarto aos pulos, ficamos em silêncio por um tempo, nos assegurando de que ele estava longe.

– Só não sei como eu vou conseguir aguentar nove meses para poder ver o rostinho dele, ou dela. - disse Hans.

– Nem eu, já estou ansiosa.

– Vão se acostumando, ainda faltam três meses para o nosso e eu já não aguento mais. - disse Anna.

Ouvimos batidas na porta novamente.

– Entre.

– Com licença.- disse o doutor, entrando - Altezas? Será que poderiam deixar-me a sós com os dois? - pediu gentilmente.

– Claro, claro. Já estávamos saindo, mesmo. - disse Anna, puxando Kristoff com ela. Não tenho dúvidas de que ela ouviu a conversa atrás da porta.

Os três saíram e fecharam-na. O doutor aproximou-se.

– Então, majestade... Como falar isso de uma forma delicada? A senhora está ciente de que a criança pode ter poderes também? - realmente, eu nunca havia parado para pensar nisso.

– Bem, eu... Não, mas... - Hans me interrompeu.

– Não fará diferença. Será amada do mesmo jeito.

– Sim, mas... Poderá controlar os poderes? Com todo o respeito, a última coisa que queremos é outro inverno eterno.

– Nós não vamos criá-la da mesma forma que eu fui. Ela terá toda a liberdade e amor necessários. - ele assentiu com a cabeça.

– Certo, se os senhores têm o controle da situação, então imagino que não há problemas. De qualquer forma, eu sugiro que procurem os trolls nas montanhas para cuidar que não haja nenhuma complicação na gravidez devido aos poderes. Uma boa noite. - ele fez uma reverência e saiu.

Devo admitir que fiquei um pouco preocupada com isso, mas Hans colocou a mão em meu ombro mostrando que não era necessário.

– Senta aqui. - eu pedi.

Hans sentou-se ao meu lado e me abraçou.

– Já pensou que isso fosse acontecer? - ele perguntou.

– Na verdade, já pensei sim. Mas não achei que fosse ser tão rápido.

– Isso é ruim?

– De forma alguma! É a melhor coisa que já me aconteceu! - ele sorriu.

– Nada nem ninguém pode estragar nossa felicidade agora.

– Agora e sempre.

Ele olhou para o relógio, era cedo ainda, mas ele achou melhor que eu descansasse.

– Você teve um dia cansativo, durma.

Eu até que gostaria de dizer que não estava com sono, mas não era verdade, estava mesmo cansada, encostei-me em Hans e fechei os olhos.

– Bons sonhos. - disse dando-me um beijo na testa.

_______________


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sou muito melosa mesmo, sei disso... Espero que não tenha ficado muito água-com-açúcar, se eu tivesse escrito este capítulo agora, provavelmente teria mudado quase tudo, mas vou respeitar a minha eu anterior que escreveu esse capítulo há... Uns dois meses atrás.
Mas o tempo custa a passar, não? Vamos acelerar um pouco as coisas... No próximo capítulo já vai ter se passado um tempinho e... Bem, vocês verão.