Parei na ponta da escada observando as pessoas ali presentes, avia um senhor de no máximo 50 anos que deveria ser o Sr. Thompson, ele tinha cabelos castanhos escuros com alguns fios brancos, olhos verdes cinzentos, usava uma blusa social azul clara e por cima um blazer preto, usava também uma calça social de cor creme e um sapato social preto bem engraxado. Ao lado dele estava uma mulher de no máximo 40 anos que tinha cabelos castanhos claros quase loiros, seus olhos eram castanhos quase pretos pela falta de iluminação, ela usava um vestido branco com grandes flores vermelhas e um cinto dourado, em suas mãos estava uma bolsa/carteira branca com detalhes dourados e calçava um scarpin schutz branco, era possível ver também a aliança e os pequenos brincos de ouro.

Perto deles avia dois garotos, um devia ter 20 anos, tinha cabelos castanhos escuros e olhos azuis, usava uma polo vermelha, um jeans skinny masculino preto e um tênis branco e vermelho, o garoto ao seu lado devia ter minha idade, tinha cabelos castanhos e olhos castanhos esverdeados, pele bronzeada, usava uma blusa cinza com uma jaqueta de couro por cima, usava também uma calça jeans preta só que mais largada e botas pretas.

— Maribel, esse é o Dr. Andrew Thompson e sua mulher Daisy Thompson e seus dois filhos Adriel e Nicholas. E essa é minha filha mais nova Maribel. — Apresentou meu pai. Me fazendo notar a sua presença.

Meu pai usava roupas semelhantes ao do Dr. Thompson às diferenças era que sua blusa social era verde clara e sua calça era de uma cor caramelo. Minha mãe estava igualmente linda usava um vestido todo preto, com sandálias de salto pretas e colar e brincos de perola.

— Ela é linda. Assim como a mãe. — Falou Daisy.

Escutei passos na escada, me virei vendo minha irmã descendo as escadas e parando ao meu lado. Ela usava um macacão jeans claro e uma blusa vermelha escura de mangas compridas que estavam dobradas ate o cotovelo e ainda deixava um pouco de sua barriga a mostra, usava também botas marrons sem salto e colar e brinco de margarida, seus cabelos estavam soltos e com ondulações nas pontas e ainda usava uma tiara branca.

Parece que ela também teve a ideia de usar roupas mais confortáveis.

— E essa é minha filha mais velha Amy. — Apresentou meu pai e Amy deu um sorriso, que eu sabia que era falso. Ela odiava quando ele a chamava de filha.

— Suas filhas são lindas, Anthony, puxaram a beleza de Deanna. — Elogiou dessa vez Dr. Thompson, dei um sorriso tímido como agradecimento.

Olhei na direção dos garotos ambos me encaravam, não só a mim como minha irmã também. Sentia-me desconfortável. Afinal não é todo dia que dois garotos bonitos iam a sua casa e ficavam te secando.

— Bem vamos jantar. Tenho certeza que os garotos estão com fome. — Falou minha mãe. A agradeci mentalmente, por me tirar desse momento constrangedor – pelo menos pra mim.

No sentamos todos na mesa, ao meu lado esquerdo estava Amy e a direita Nicholas, nas pontas estavam meus pais e a minha frente estava Daisy e seu marido e Adriel.

— Então Maribel. — Chamou Daisy. — Em qual colégio esta estudando?

— No Collegiate School. — Respondi sorrindo.

Olhei para mesa por breves segundos e vi que minha mãe avia posto a mesa. Ela era composta por strogonoff de camarão, peixe assado, arroz e salada que tinha tomate, alface, palmito e azeitona preta. Também tinha uma garrafa de vinho que conhecia muito bem, era um dos melhores vinhos que tinha em casa, papai só usava em ocasiões especiais.

— Que bom. — Falou Daisy feliz. — Nicholas também estuda lá. Vai ser ótimo se vocês estiverem às mesmas aulas.

Olhei para Nicholas e o mesmo me fitava lhe dei um sorriso e o mesmo retribuiu.

Em questão de segundos estávamos comendo o jantar e falando de assuntos aleatórios, todos ali degustavam o strogonoff de camarão enquanto bebericava o vinho tinto, já eu preferi ficar com um simples suco de uva e o peixe assado.

Ao longo da conversa descobri que Adriel – que parecia bem interessado em Amy –, esta estudando direito na universidade de Yale e pude ver que seu pai estava muito orgulhoso, após conversar um pouco com Nicholas descobri também que ele estava se esforçando para entrar na universidade de Yale e agradar ao seu pai, ele pretendia fazer arquitetura e gostava de desenhar e era possível que tivéssemos aula de artes juntos, pois estávamos no 3° ano. Ele também me contou que não avia ido ao primeiro dia de aula – hoje – e pra minha sorte ele não viu a minha “pequena conversa” com Eloise no recreio.

Quando todos acabaram os jantares, mamãe trouxe sorridente da cozinha uma torta de Marshmallow com chocolate.

Após o Jantar os adultos se sentaram na sala pra conversar e minha irmã e Adriel foram para parte de trás da casa “conversar”, eu e Nicholas nos sentamos nas escadas da varanda e começamos a conversar sobre assuntos aleatórios.

Ele me falou de sua BMW X1 azul que avia ganhado de presente de aniversario no ano passado e sobre sua casa que ficava perto do colégio mais ele insistia em ir de carro, ele também me contou que fazia parte do clube de basquete e sobre a rixa – que ate então eu desconhecia – entre os jogadores de basquete e os quarterbacks do time de futebol. Era uma rixa idiota pra ver quem era melhor os jogadores de futebol ou basquete e que sempre que um time batia de frente com o outro alguém ia parar no hospital com pelo menos o nariz quebrado.

Perto das 22hrs o Senhor e Sra. Thompson chamaram Nicholas e Adriel para irem embora. Foi então que percebi que os lábios não só de Adriel como os de Amy também, estavam inchados e vermelhos. Olhei para Nicholas e ele também tinha visto e acabamos rindo dos dois.

Despedimo-nos e Nicholas não só falou como prometeu que me procuraria amanha no colégio e me apresentaria a alguns amigos e amigas dele, afinal ele sabia como era péssima os primeiros dias de aula e também como era chato não conhecer ninguém.

Logo após a saída da família Thompson, subi para meu quarto onde peguei o meu pijama e me dirigi ao banheiro, tomei um demorado. Quando sai do banheiro todos já aviam ido dormi. Dirigi-me ao meu quarto onde deitei na cama e apaguei.

✖✖✖

No dia seguinte acordei com o maldito barulho de meu celular. Levantei com muito custo e fui ate meu guarda roupa, donde tirei um conjunto de lingerie preto. Fui ate o banheiro onde tomei um banho morno e rápido, sai do banheiro enrolada numa toalha e fui em direção ao meu quarto. Fui novamente ate meu guarda roupa para procurar algo para vestir.

Não estava um dia nem muito quente nem muito frio, então optei por uma regata cinza e uma calça jeans simples, puis por cima da regata uma blusa de manga xadrez, calcei meu all star vermelho e puis um colar. Passei um de meus perfumes preferidos, gloss e mascara de cílios e estava pronta. Peguei minha mochila e desci as escadas.

Encontrei na cozinha Amy que comia uma torrada enquanto lia um livro de álgebra e minha mãe que tomava um chá enquanto lia o jornal.

Deanna, minha mãe, tinha um jeito simples que a fazia ser confundida com uma simples dona de casa e que dependia do salario do marido para manter a casa, mas era totalmente ao contrario. Ela era secretaria de uma psiquiatra, que mesmo não ganhando muito comparado ao meu pai, ganhava o suficiente para ajudar nas despesas da casa.

— Bom dia. —Disse me sentando na cadeira ao lado de Amy.

— Bom dia. — Responderam em uníssono sem desviar a atenção do que faziam.

Peguei uma tigela onde puis cereal e um pouco de leite e comecei a comer, dando intervalos para beber o suco de laranja em meu copo.

Quando acabei de comer, levei a tigela ate a pia. Foi quando escutei o barulho de uma buzina.

— Minha carona chegou. Tchau mãe, tchau Maribel. — Falou Amy, pegando o livro e a mochila indo em direção à porta. Eu e minha mãe nos entre olhamos e fomos em direção à porta.

Chegamos a tempo de ver minha irmã entrando em um Dodge RAM preto, onde Adriel era o motorista. A coisa mais chocante veio a seguir. Foi quando ela se inclinou e o beijou. Olhei de soslaio para minha mãe e a mesma tinha uma cara de surpresa como a minha. Olhei novamente para a direção do carro onde os dois estavam praticamente se engolindo.

Minha irmã é rápida, pensei.

Depois de 2 minutos quase se engolindo, Adriel ligou o carro e seguiu em direção ao cursinho onde Amy estudava.

Voltei para dentro ainda meio chocada por minha irmã esta pegando o garoto que ela conheceu não faz nem 24hrs, e peguei minha mochila. Hoje iria andando para o colégio, queria andar um pouco e pensar na vida.

Sai de casa e puis meus fones de ouvido e selecionei uma musica do Green Day, e caminhei ao som de kill the DJ.

Ontem avia sido o meu primeiro dia de aula e avia acontecida tanta coisa. Conheci Christopher e Judy, que avia sido bem legais comigo, avia conhecido também Eloise e seus clones Teri e Tabatha, Eloise me odiava isso era fato, tudo por que seu namorado Mike ficou a aula toda olhando pra mim. Carne nova no pedaço, baby. Mike pelo visto devia ser bem babaca mesmo, como Chris e Judy aviam me avisado. Também conheci Alisson que parece ser uma garota bem legal e simpática, e também teve o jantar lá em casa onde conheci o Nicholas que é um gato e seus pais e irmão. Se meus dias continuassem assim, ate o meio do ano já teria conhecido metade da cidade.

Quando dei por mim já estava na frente do colégio.

Entrei dentro do mesmo e fui ate meu armário, que era o numero 125. O abri e peguei alguns materiais e guardei outros. Quando fechei a porta dei de cara com um Nicholas sorridente.

— Que susto Nicholas! — Falei pondo a mão no peito o fazendo dar um sorriso divertido.

Ele usava uma blusa cinza escura gola V, uma calça jeans escura, all star preto e em seus ombros tinha uma mochila marrom, seu perfume forte invadia minhas narinas e mexiam com algo dentro de mim. Depois de um tempo que percebi mais quatro figuras atrás de Nicholas. Uma garota de cabelos castanhos que usava um gorro verde agua claro que era da mesma cor de sua blusa, uma garota loira que usava somente vermelho e preto por todas as suas vestes, e dois garotos gêmeos que tinham cara de durões.

— Desculpa te assustar. Eu vim cumprir minha promessa de ontem e te apresentar uns amigos. Essa aqui é a Lara. — Ele falou apontando para a garota de gorro. — Ela tem aula educação física com a gente. Essa é Evangeline, mas pode chama-la só de Eva — Disse dessa vez apontando para a loira. — Acho que vocês vão se dar bem, tem estilos semelhantes. — Falou me analisando dos pés à cabeça. — E esses são os gêmeos Max. — Apontou para o garoto da direita. — E Alexander. — Apontou para o da esquerda. — Eles às vezes são irritantes, mas a maior parte do tempo são legais. — Os dois lhe mostraram o dedo do meio.

— Oi. — Falei tímida.

Lara falou um “olá” com um sotaque britânico muito fofo e me deu um sorriso, Evangeline me deu apenas um sorriso e os dois gêmeos me mandaram sorriso tortos e maliciosos tentando-me “conquistar”.

Conversei um pouco com eles, que foram legais comigo. Os quatro eram do clube de basquete assim como Nicholas. Max, Alexander e Eva jogavam basquete como Nicholas já Lara era ajudante.

Quando bateu o sinal, vi Chris e Judy no final do corredor. Despedi-me de Nicholas e seus amigos e andei na direção dos dois, mais algo me acertou.

Um par de mãos me empurrou e acabei batendo meu ombro esquerdo no armário e caindo no chão devido à falta de equilíbrio. Olhei para cima e vi Eloise e seus clones sorrindo vitoriosas.

— Desculpe garota do Thompson. Mais você estava na minha frente. — Falou com um falso tom de pena. E saiu andando em cima de seus saltos Anabela.

Olhei para frente e vi Chris e Judy correndo em minha direção. Olhei para os lados e vi que as poucas pessoas que passavam naquele corredor me olhavam, alguns com divertimento, outros com pena, mais a maioria só olhava e voltava a fazer coisas que eram mais interessantes do que “a menina que fora derrubada por Eloise”.

Chris e Judy chegaram ate mim e me ajudaram a levantar, me ombro estava doendo um pouco, com certeza iria ficar um roxo no local.

— Maby, você esta bem? — Perguntou Judy preocupada. Ela e Chris me encaravam.

— Mais ou menos. — Falei com raiva. — Porque essa garota metida a Barbie me empurrou? Porque ela me chamou de Garota do Thompson? — Falei sentindo meus olhos lagrimejarem, mas não de dor. De raiva. De ódio. Nunca avia sida tão humilhada, como fui naquele dia.

— Devíamos contar pra ela. — Falou Judy a Chris.

— Contar o que? — Perguntei.

Os dois se entre olharam e viraram em minha direção, Judy abriu a boca para falar, só que Chris foi mais rápido e falou de uma vez.

— Nicholas Thompson é o ex-namorado da Eloise.