The Days escrita por Anne P


Capítulo 10
Capítulo X ✖ Saturday


Notas iniciais do capítulo

Hey galera
Iria postar ontem mais estava morrendo de sono me desculpem, mas enfim.
Fiquei mt triste por só ter ganhado 1 comentario no cap passado.
espero que gostem mais desse do do outro.
gmdefc obrigado por comentar flor, cap dedicado a vc ;)



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Finalmente era sábado, mas minha alegria durara pouco, teria que acordar cedo e ir à biblioteca, estudar para um teste de Química. Espreguicei-me em minha cama e peguei meu celular que carregava ao meu lado. Eram 08h13min da manha. Levantei-me com muito custo indo em direção ao banheiro onde escovei os dentes e desci as escadas logo em seguida de pijama mesmo andando ate a cozinha onde minha mãe fazia alguma coisa em uma panela, e tinha um cheiro muito bom.

— Bom dia, mãe. — Falei pegando um copo e indo em direção à geladeira para pegar suco.

Minha mãe que até então estava de costas para mim, virou em minha direção.

— Bom dia, Maribel. — Falou cantarolando meu nome com um sorriso, em seguida voltando a mexer na panela.

Peguei o cereal que estava no armário e enchi uma vasilha com o mesmo e puis um pouco de leite e mel, Amy sempre disse que eu era estranha por misturar aquilo no meu cereal, já que para ela parecia uma gororoba só. Mas até que era bom, o mel deixava o cereal doce, e minha mãe com seu “ótimo” abito alimentar sempre comprava aqueles cereais com gosto de maçã e que não era doce nem salgado, tecnicamente não tinha gosto de nada nem de maçã.

Observava minha mãe mexendo na panela enquanto comia meu cereal, quando a comida chegou ao ponto ela colocou dentro de uma marmita, e foi ai que vi que o que ela mexia parecia carne refogada com batata e dentro da marmita avia uma pequena porção de arroz e salada de alface. Minha mãe fechou a marmita e, pois em cima da mesa logo a minha frente, olhei da marmita para ela.

— Mari. — Chamou minha mãe pelo apelido que só ela e alguns parentes meus me chamavam, e ela só me chamava assim quando queria algo. — Antes de ir para a biblioteca, poderia passar no hospital e deixar a marmita de seu pai, tenho que resolver alguns assuntos no trabalho.

— Claro. — Falei sorrindo, a mesma retribuiu o sorriso mostrando suas covinhas e beijou minha testa. Poderia levar sem problemas a marmita para meu pai já que o hospital ficava a caminho do colégio, quase em frente o parque.

Eu não estava indo somente para a biblioteca, estava indo para a biblioteca do colégio. O colégio era aberto aos finais de semana, mas só apareciam lá os alunos e alunas que participavam do time de futebol para treinar e as cheerleaders para ficar rebolando que nem putas.

Minha mãe subiu as escadas e eu continuei a comer meu café da manha, alguns minutos depois desceu e avisou que estava saindo. Ao acabar de comer meu cereal ponho a vasilha na pia e subo as escadas em direção ao meu quarto, peguei uma troca de roupa leve e vesti, me olhei no espelho arrumando minha blusa do Rolling Stones, junto com a blusa usava um short preto desfiado na barra, passei a mão pelos meus cabelos desembaraçando-os e calcei meus tênis All Star, puis meus óculos com preguiça de por as lentes e peguei uma de minhas mochilas, onde puis meu caderno de química junto com meu estojo, puis uma pulseira de couro sintético e um pequeno colar, peguei meu celular que ainda carregava e desci as escadas.

Peguei a marmita térmica e pus com muito cuidado na bolsa para não derramar em meu caderno. Peguei minhas chaves e sai de casa indo em direção ao parque que avia ido passear com Belga. Por falar na cadela, lembro-me de não tela visto esta manha, devia estar dormindo perto da piscina.

Fui andando rapidamente ate o parque, minha mente estava em um lugar distante onde eu ainda morava na Austrália, minha irmã não me odiava e eu ainda namorava Mark. Nem sei por que pensava nele ainda, certamente agora ele estaria com alguma garota e eu aqui parecendo Eloise, sem conseguir tirar o ex-namorado da cabeça.

Cheguei ao hospital, e fui direto ao balcão falar com a recepcionista, ela me informou onde era o consultório e segui em direção ao mesmo, bati duas vezes na porta ate meu pai abrir e a me ver deu um daqueles grandes sorrisos que só o mesmo conseguia dar, seus cabelos continuavam castanhos com aqueles lindos cachos, sua pele em tom bronzeado e seus 1,90 de altura.

— O que minha princesa faz aqui? — Falou ele me abraçando e eu retribuo.

— Pai, eu já falei pra parar de me chamar assim esse ano já faço 17. E mamãe pediu pra trazer sua marmita. — falei me afastando e abrindo a bolsa para pegar a marmita e entrega-la ao meu pai.

Thank you, pelo visto você vai para outro lugar depois que sair daqui. Vai se encontrar com meu futuro genro. — Falou meu pai brincando e senti minhas bochechas esquentarem.

— Pai! — Adverti envergonhada e ele começou a gargalhar. — Estou indo na biblioteca da escola, estudar para o teste da semana que vem. — Falei, mas o mesmo estava tão concentrado em sua gargalhada que nem deu muito atenção, ate que seu telefone de mesa começou a tocar.

Ele atendeu e começou a trocar algumas palavras com que estavam do outro lado, alguns minutos depois ele, pois o telefone no gancho e se levantou.

— É o trabalho me chama. — Falou vindo em minha direção. — Te acompanho ate a porta. — Falou saindo pela porta e eu o segui, ele pegou uma chave dentro do jaleco branco habitual de médicos e a trancou.

— Não preciso, eu sei o caminho vai fazer o seu trabalho. — Falei sorrindo.

— Tudo bem, vá para o colégio depois direto pra casa escutou mocinha. — Falou e revirei os olhos. — Te amo. — Falou.

— Também te amo. — Falei e logo depois meu pai me deu as costas indo em direção ao que lhe aguardava. Meu pai era cirurgião, e um muito bom.

Comecei a andar ao lado oposto ao que meu pai avia ido. Odiava hospitais, pra mim aquele lugar cheirava a morte, me dava mais medo do que cemitérios, mas tinha que conviver muito com eles afinal meu pai é cirurgião. Andei distraída ate que percebi que avia virado um corredor antes, estava prestes a voltar quando uma cabeleira loira me chamou atenção pelo vidro de uma porta qualquer.

Eu como uma boa curiosa, andei cuidadosamente ate a porta e olhei ao redor, não avia nenhuma enfermeira por perto pra minha sorte. Emburrei levemente porta ate que ficasse uma brecha para que eu pudesse ver o que acontecia lá dentro.

Mike estava meio de lado para porta, só conseguia ver o perfil de seu rosto, e no mesmo tinha um semblante que era uma mistura de tristeza, desanimo e parecia que no fundo de seus olhos tinha ate raiva. Ele olhava fixamente para o homem deitado na maca, ele aparentava já ser mais velho que meu pai, tinha fios brancos misturados com os fios loiros escuros, a barba estava por fazer e ele respirava através de maquinas assim como também tinha uma bolsa de sangue e soro ao seu lado.

Foi quando me lembrei da mensagem “...Sei que vai visitar seu pai. Melhoras para o velho”, será que aquele seria o pai de Mike? O suposto cara que tinha fugido pra New York com uma prostituta? Era meio impossível imaginar aquele senhor deitado ali fazendo algo do tipo.

Olhando bem para aquele homem ali deitado, ele realmente lembrava Mike, não sei se era pelo rosto ou pelos cabelos, mas Mike parecia uma versão mais nova do homem a sua frente.

Quando uma enfermeira apareceu no corredor e me viu espiando, me olhou com cara feia e ameaçou vir em minha direção, levei um susto e acabei batendo na porta fazendo-a fazer barulho, com medo de Mike ter me visto só sai dali o mais rápido possível sem olhar para trás.

Andei rapidamente ate chegar à recepção, quando sai do hospital, parei e passei a mão e meus cabelos nervosamente, meu coração batia descontroladamente. É só gora pensara no que avia feito.

My God, eu não podia invadir a vida de Mike assim. Eu não podia, eu não posso! Como vou explicar isso a ele se ele tiver me visto? Eu não devia ter feito isso. Eu devia ter ignorado e ido embora, mas não! Sou tão curiosa ao ponto de xeretar na vida de uma pessoa que eu nem conheço. E agora?! Lendo as mensagens dele, observando ele escondida em um momento tão intimo, estou parecendo uma maníaca.

Sai dali rapidamente, e quando dei por mim estava correndo no meio da parte que nem uma doida estava fugindo. De novo. Estava cansada e minha boca estava seca. Foi quando vi a barraquinha perto da pista de skate do outro dia, e quando me lembrei daquele dia, sorri involuntariamente. Balancei a cabeça afastando essas memorias.

Fui ate a barraquinha e comprei uma garrafinha d’agua, agora mais calma, andava de vagar ate o colégio, enquanto bebia a minha agua.

Quando cheguei a frente ao colégio, a agua já avia acabado. Andei ate a biblioteca onde procurei os dois livros de química que precisava para estudar ao encontra-los fui ate uma das mesas do fundo, onde me sentei em uma das ultimas.

Fiquei um bom tempo olhando pela janela, prestava atenção em tudo, no vento, no céu, no time de futebol, menos no livro. Ate que um movimento a minha frente me vez olhar naquela direção. E lá estava Nicholas, com um sorriso debochado.

— Olha quem eu encontro aqui justo em um sábado. — Falou, e retribui seu sorriso.

— O que faz aqui. — Perguntei com a voz calma, tentando não ser grossa.

— Vim pegar um livro para um trabalho, junto com uns amigos. — Falou mostrando o livro de capa azul escura que estava em suas mãos. — Justo na primeira semana de aula os professores já passam trabalhos escolares, isso é mal. — Falou desanimadamente.

Hey Nick, você vai ficar ai paquerando ou vai fazer o trabalho. — Falou um garoto atrás de mim, me dando um susto.

Nicholas deu um sorriso amarelo e eu fiquei meio envergonhada pelo “paquerando”.

— Tenho que ir Maby. — Falou se levantando e dando uma piscadela. — Nos vemos segunda. — Falou e saiu com o garoto, pra sabe se lá onde.

Depois daquilo vi que não prestaria atenção em nada, não depois de hoje no hospital. Peguei os livros e registrei eles em minha conta da biblioteca e fui para casa, na esperança de pelo menos lá conseguir estudar.


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Notas finais do capítulo

Roupa Maby: http://www.polyvore.com/maby_days/set?id=175323762
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Então?
Mereço reviews?
Bjs Da Laurinha:.