Anjo De Cristal escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 20
Shattered Crystal


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao capitulo 20 e eu tenho uma noticia para vocês.
A fanfic irá entrar em hiatus enquanto eu estiver de férias.



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‘‘Não preciso da confiança ou desconfiança de dementes para viver. Preciso de oxigênio. Aceite meu silencio agora. Por que muito em breve nem isso você terá. ‘’—Maria Fernanda Barbosa

Ouvir : Maite Perroni – Todo Lo Que Soy (https://www.youtube.com/watch?v=se_oNLAdlow )

POV Maria

Uma angústia tomou conta de mim enquanto eu observava a tempestade. Primeiramente pensei que fosse um sinal. Um sinal me avisando que algo de errado acontece com meus filhos. Pensei em falar para Estevão, mas evitei incomoda-lo. Seja lá o que estiver acontecendo eu preciso me manter calma. Será que algo de ruim está acontecendo com Amara? Não aguento mais viver pensando que algo de ruim está acontecendo com ela.

POV Fernando

Estou inquieto esta noite. Sinto uma necessidade enorme de ligar o computador e checar se recebi algum e-mail me revelando sobre o paradeiro de Amara San Román e Leandro Santisteban. Chega! Eu vou agora ver se tenho novas informações sobre eles.

—Com licença. —Lúcia fala ao entrar no meu quarto. Ela tinha um envelope em suas mãos e parecia estar nervosa. —Fernando! Acharam a Amara e o Leandro. —Fala com os olhos centrados em mim.

—Tão rápido?—Pergunto perplexo e começo ler o papel. Logo vejo a foto de Amara San Román e Leandro Santisteban juntos em frente a uma casa. Não pode ser...

—Esses são os pais adotivos deles. —Lúcia fala me mostrando outra foto. —Francisco e Ana Rita Gutiérrez. —Fala e vejo o quanto ela esta preocupada. —Ana Rita e Francisco estão morando no México, Fernando. E eles trouxeram a herdeira San Román e o herdeiro Santisteban. Eles foram levados para a Itália... —Fala e eu fico perplexo ao ver Regina na foto. —Por muita coincidência Leandro permaneceu com o mesmo nome. Já Amara...

—Se chama Regina. —Falo e ela me olha sem entender. —Eu conheci essa garota hoje. Ela estava com a irmã mais nova.

—Certamente não é irmã... —Lúcia fala e retira o envelope da minha mão. —Onde ela mora?

—Não muito longe. —Falo. —Temos provas contra Fabiana?

—Não... —Lúcia fala desanimada. —Mas temos provas contra Rodrigo Vidal. —Fala e sorri.

—Ele e Fabiana se conhecem... Quase ninguém sabe do relacionamento deles. —Falo olhando a foto onde Amara está com Leandro. —Eles cresceram como irmãos...

—Mas não são. —Lúcia fala triste. —Eu sinto muito por Ana Rita e Francisco... Mas teremos que falar a verdade para Regina e Leandro.

—Não... Só falaremos quando Fabiana estiver detida, Lúcia. —Falo. —Ela pode fazer algo contra nós.

—Também pensei nisso. —Lúcia fala e me lança um olhar doce. —Mas eu soube que Maria San Román pede todos os dias à volta da filha.

—Não podemos arriscar. —Falo firme e Lúcia bate o pé. —Fabiana pode fazer algo com Amara e Leandro. Ou contra Ana Rita e Francisco. —Falo. —Soube muito pouco da vida falsa de Amara. Ela mudou de nome, família e país... —Falo angustiado. Meu coração pertence á ela. —Mande prender Rodrigo. Com ele iremos derrubar Fabiana e muitas outras pessoas.

—Ele não vai dar nenhuma informação tão fácil. —Lúcia fala e olha para o meu computador. —Agora vá dormir. Isso não é hora de ficar em frente ao computador.

—Eu ia checar meu e-mail, senhora Lúcia. —Falo irônico e ela sorri com cinismo. —E Rafael?—Pergunto espontaneamente e ela fica pensativa.

—Eu não o vi hoje. —Lúcia fala de uma maneira estranha.

—Espera que ele nos ajude?—Pergunto percebendo que minha irmã estava nervosa.

—Terá que ajudar... —Fala. Ainda faltavam algumas horas para o dia amanhecer, e com ele eu preciso planejar o meu plano de contar a verdade para a minha Regina.

Sim... Para mim ela se chama Regina, e não Amara. Para mim ela sempre será a espontânea e intrigante Regina. O nome "Amara” já não tem mais nada em comum com ela.

POV Fabiana

Maite certamente escutou as minhas confissões sobre o sequestrado de Amara e Leandro, Francisco me ameaça, Lúcia e Fernando precisam de mim como proteção e Rafael estão na cidade outra vez. Também preciso fazer algo para Letícia não saber de Rafael. Rafael não deve saber que tem um filho com Letícia. Vou proteger Henrique do pai dele, mas nem que eu tenha que mata-lo.

—Você por aqui... —Maite fala entrando na sala. Ela estava com algo em suas mãos, mas eu não conseguia ver o que é.

—Vim para te ver. —Falo falsamente. Sento-me no sofá e Maite permanece calada. Olhamos-nos por frações de segundos enquanto apenas se escutava o tic tac do relógio. Ela fica com uma expressão séria e eu fecho a minha mão demonstrando nervosismo.

—Eu sei Fabiana. —Maite fala e caminha até a lareira. —O que achou dos Gutiérrez?

—Gostei deles. São pessoas encantadoras. —Falo sendo simpática. —E você? O que achou deles?—Pergunto enquanto sinto meu celular vibrar. Ele estava no modo silencioso, por isso vibra tanto.

—Simpatizei com todos. Mas teve um que me chamou muito a atenção. —Maite fala ainda me observando. —Leandro.

—Justo com ele... —Falo surpresa com a revelação de Maite. —O que achou dele?—Pergunto voltando as minhas atenções para Maite.

—É um rapaz simpático e educado. Eles têm algo que eu desejo muito. Algo que meu lar precisa. —Maite fala ao esboçar um belo sorriso. —Juventude. Preciso de uma imagem como a dele do meu
lado. —Fala me deixando confusa. —Leandro é como o meu filho perdido, Fabiana. É o meu sonho...

—Maite, você não está confundindo esse rapaz com seu filho está?—Pergunto seria para a minha cunhada. —Você está confusa, minha querida.

—Sei que é impossível Fabiana. Mas às vezes eu quero acreditar que Leandro Gutiérrez é o meu filho perdido. —Fala com esperança. —Eu daria tudo o que tenho para fazer com que esse rapaz fosse meu filho. —Maite fala e eu sinto pena dela. Fico confusa com este meu sentimento de pena por ela. Eu sendo sentimental? Impossível.

Não sei o porquê sinto pena de Maite agora. Eu acabei com a vida dela desde sempre. Fiz com que ela perdesse um filho naquele atropelamento, sequestrei Leandro e... E me aproveite da morte de um outro filho. Sim. O filho que nasceu na mesma época que eu estava grávida e consegui esconder a minha gravidez.

A criança que crescia em meu ventre não me deu muito trabalho. Com muitas desculpas e roupas perfeitamente usadas para esconder o volume de meu ventre ajudaram na época a esconder a minha barriga. Vivi nove meses de medo e angustia. Medo do pai de minha filha fazer algo contra mim. Medo de Lorenzo se envergonhar de mim por ser mãe solteira. Tive medo... Mas agradeço pela filha morta de Maite. Ela morreu dando lugar a minha filha.

Nasceram no mesmo dia. No mesmo hospital sem que ninguém soubesse. Eu menti falando para todos que havia viajado, mas na verdade continuei na cidade. Escondida e sozinha... Eu planejei um futuro para a minha alegria.

Flash Back On.

—Quer que eu coloque sua filha no lugar da filha de Maite Santisteban?—O médico pergunta enquanto choro ao ver-me filha.

—O senhor vai me ajudar. Ninguém sabe que eu esperava um filho, e preciso que diga a todos que minha filha é filha de Maite. —Falo chorando. —A filha dela morreu, não foi?

—Sim. Não dei a noticia de que a filha dela morreu de complicações no coração. —O médico fala se aproximando de mim. —Tem certeza?—Pergunta olhando para a pequena criança em meus braços.

—Esse pequeno ser não é mais meu, doutor. Esta menina agora é filha de Maite e Lorenzo Santisteban. — Falo entregando a minha filha. —Leve-a logo daqui!—Exclamo com a voz tremula.

Flash Back Off.

Minha filha usurpou o lugar da filha morta de Maite e Lorenzo. Minha filha... Letícia é a minha filha. Minha filha com Rodrigo. Mas eu não posso chama-la assim! Não posso coloca-la na vergonha que foi destinada. A tirei da vergonha por amor, por que ela não merece viver na vergonha. Eu menti, matei e fiz coisas piores para que ela fosse a grande Letícia Santisteban. Por isso não esperei Henrique nascer para poder vendê-lo. Ele é meu neto...

—Fabiana?—Maite me chama e eu volto para a realidade. —Você estava tão pensativa...

—Estou pensando em várias coisas. Mas não é nada grave. —Falo.

POV Regina (Amara)

Eu acordei ao sentir a luz do sol bater em meu rosto. Sinto-me atordoada e sem paciência para sair do meu quarto. Hoje eu vou passar o dia todo trancada por que não me sinto nada bem. Uma terrível dor de cabeça toma conta do meu bem-estar. Preciso ir para um médico com urgência, não me sinto nada bem.

—Onde estão os cigarros?—Pergunto para mim mesma e vou até a minha cômoda.

—Regina?—Meu pai me chama ao entrar no meu quarto. —Podemos conversar?—Ele pergunta. E eu escondo os cigarros rapidamente.

—Pode falar papai. —Falo e ele se aproxima de mim. Percebo que um sorriso amarelo estava tomando conta dele.

—Filha, eu quero te pedir para trabalhar comigo na empresa. —Ele fala de supetão. —Você e Leandro, claro. —Fala segurando as minhas mãos delicadamente. —Sabe bem que sua mãe não tem paciência para os negócios da família. —Fala e sorrimos.

—Claro que eu irei papai. —Falo e o sorriso dele fica maior. —Se isso te faz bem então eu irei.

—Você é um anjo. —Meu pai me elogia e eu sorrio. Ele segura o meu queixo com seus dedos e me olha com atenção. —Quando vai começar?

—Amanhã mesmo. —Falo. —Leandro já aceitou trabalhar na empresa?

—Claro, minha filha. Ele vai comigo hoje. —Meu pai fala e eu sorrio orgulhosa de Leandro.

—Estevão já sabe que eu e Leandro iremos trabalhar na empresa?—Pergunto curiosa. Não sei o por que me sinto bem em saber que irei ficar bem próxima de Estevão.

—Ainda não.—Meu pai fala e beija a minha bochecha.—Já vou.—Se despede e eu aceno para ele.

Estevão San Román...

—Porque eu sinto que já vi Estevão em outra ocasião?—Pergunto para mim mesma. —Eu preciso me controlar. As pessoas vão entender o meu comportamento estranho e duvidoso.

Maria... A pobre e sofrida Maria San Román. Quando o martírio dela irá acabar? Ela nunca tem uma paz permanente. Se eu pudesse ajuda-la a esquecer da dor da filha perdida. Se eu pudesse distraí-la e salvar ela da solidão...

POV Rodrigo

Eu ligava para Fabiana, mas ela não atendia o celular por nada. Ela com certeza já sabe que fui descoberto, as autoridades já estão me procurando por toda a Itália! Maldição!

—Atende Fabiana... —Suplico para ela atender enquanto dirijo em alta velocidade para escapar da polícia. Apenas cai na caixa postal...

Sou surpreendido por quatro viaturas da polícia fechando o meu carro bem na minha frente. Agora entendo tudo! Estavam de tocaia e me trouxeram para a cilada deles. Pegaram-me, me arruinaram...

—Rodrigo Vidal, desça do carro com as mãos para cima!—Uma mulher grita enquanto alguns policias se aproximam de mim. Saio do carro derrotado enquanto todos sorriam diabolicamente para mim. —Perdeu garotão. —A mulher de cabelos castanhos fala com deboche. Ela estava com o colete, todos estavam. Eu reconheci a maldita mulher. Era a temível Dalila Durán. Não vai demorar muito para que ela pegue Fabiana...

Dalila Durán tem as feições de uma mulher da realeza. Parece ser doce... Mas tem uma aparência de mulher fria e determinada. Com fama de mulher persistente e sem escrúpulos, que não teme nem mesmo a morte. Ela é culpada por vários colegas meus estarem presos. E muito em breve será Fabiana a próxima ‘’vitima’’ de Dalila.


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