Just One More Life Is Gone escrita por hipyao


Capítulo 20
Capítulo 20- JUST ONE MORE LIFE IS GONE.




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Voltamos para NY e assim que cheguei lá resolvi fazer um teste... Um teste de gravidez, eu comprei aqueles testes de farmácia, eu o fiz quase morrendo de medo e pra minha infeliz surpresa... O TESTE DEU POSITIVO, POSITIVO EU ESTAVA G.R.A.V.I.D. A DO TOM! –Claro eu não iria contar aquilo pra ninguém, não ainda. Eu estava com medo e assustada e chorando e eu não conseguia parar de pensar no que faria e que tinha um pequeno ser ali dentro de mim. Pensei em todas as opções na verdade as duas únicas opções ou eu abortava ou eu tinha aquele filho, mas eu tinha medo de prejudicar o Tom com isso e de que ele não me quisesse mais por causa daquilo. Eu fui me despedir do Tom que já estava indo para a turnê.

-Amor, você anda tão de longe... –Disse Tom.

-É que você ta indo embora e eu odeio isso. –Menti, era horrível mentir para ele.

-Mais eu prometo que volto ta? –Eu assenti e ele me beijou.

-Tom eu vou pra casa desculpa não querer ficar contigo essas ultimas horas é só que é ruim pra mim. –Ele me olhou e levantou meu rosto.

-Tudo bem eu entendo... Mas olha... Eu quero que você saiba que eu te amo muito ta bom? –Eu assenti.

-Eu também te amo muito, muito, muito! –Pra cada “muito” lhe dei um beijo, fui para casa e passei a tarde inteira trancada em meu quarto até que quase no fim da tarde o telefone tocou. O telefonema que mudou a minha vida!

-Alô?

-Boa tarde é da Universal Music Group gostaria de falar com a Srta. Sanders. –Eu me animei na hora, mas nem tanto já que agora tinha um bebê dentro de mim.

-Sim? É ela.

-Os produtores pediram tua presença amanha às oito da manhã para uma proposta de contrato. –Eu fiquei assustada.

-Claro, amanha as oito, obrigado! –Desliguei o telefone, tudo na minha vida estava acontecendo rápido de mais eu queria simplesmente morrer, pensei e repensei na teoria do aborto e finalmente decidi que por, mas que fosse difícil eu iria adotar as clausulas do contrato e se nelas contassem que não poderia ter um bebe eu abortaria, mal consegui dormir. Fui de metro para a UMG só para ter que sair de casa mais cedo, cheguei lá e conversei com os produtores como se minha vida estivesse normal e não o caus, que esta.

-Olá. –Disse apertando a mão do produtor.

-Olá, querida sua demo agradou e temos uma oferta.

-Sim? –Ele revirou uns papéis e finalmente pegou um formulário, ele explicou todo o contrato e continha que até que eu tivesse três anos de contrato eu não poderia engravidar eu assinei o contrato, apenas o assinei sem pensar nas conseqüências... Meu show de estréia iria ser num bar daqui a quinze dias então eu tinha uns três para abortar, visando que eu ia ter sangramentos e tudo mais eu precisaria de alguém e a única pessoa que vinha na minha cabeça era a Jennifer ela com certeza deveria saber a onde eu poderia fazer aquilo e ela me ajudaria. Peguei meu telefone e liguei para ela sem hesitar.

-Alô Jen? –Perguntei.

-Alô? Quem é? –Eu ri.

-Não ta nem me reconhecendo mais é louquinha? –Ela riu.

-Ah sim Sra. Kaulitz! –Nós soltamos gargalhadas.

-Eu preciso muito falar com você. –Disse tensa.

-Sou toda a ouvida. –Disse ela

-Amiga é que tem que ser pessoalmente. –Ela suspirou.

-Ai meu deus o que você fez?

-Eu vou te contar tudo, mas então posso ir te buscar na escola pra gente almoçar juntas? –A resposta dela me surpreendeu.

-Claro que não! –Eu gelei. –Vem agora que eu não agüento mais esse inferno sacou? –Soltei um suspiro de alivio.

-Tudo bem to indo já faz seu esquema ai e me espera na esquina ok?

-Ta vem logo! –Eu fui pra casa pegar o carro, peguei a pick-up que meu pai tinha comprado enquanto eu viajava fui pra escola e lá estava a minha Jen mais não mais de cabelo rosa! O cabelo dela tava normal agora! Ela entrou no carro, afobada e me abraçou.

-Ai sua sumida! Eu senti sua falta. –Eu revirei os olhos.

-Para de mentir ok? –Nós rimos.

-Mas, fala, fala logo o que é que tu tem pra falar comigo? –O clima de reencontro já era.

-Tem certeza que não quer ouvir isso tomando um suco ou alguma coisa assim? –Ela percebeu que o clima tava tenso.

-Mas você paga. –O senso de humor dela nunca morria.

-LOUCA! –Ela riu, fomos pra uma lanchonete qual quer nos sentamos e o garçom veio nos atender.

-Um suco de uva e... –Disse Jen.

-Um café. –O garçom assentiu e anotou o pedido.

-Já trago. –Disse o homem que por sinal era um gato.

-Garçom gato né? –Disse Jen, revirei os olhos.

-Muito! –Ela riu.

-Então agora vai me contar? –Eu suspirei.

-Eu vou ser rápida e clara... Eu to grávida e quero abortar. –Ela ficou pasma.

-Donna Sanders quem é você? E o que você fez com a minha D? –Eu não contive as lagrimas.

-Olha foi sem querer sabe? Eu me perdi pelo prazer e eu não quero perder o Tom! –Ela deu uma risada irônica.

-Você acha que o Tom vai te deixar por causa disso? Ah me poupe né? –Eu abaixei a cabeça.

-Ele não quer filhos ele já disse isso e eu recebi uma proposta de contrato com a UMG eu tenho que fazer isso! –Ela levantou minha cabeça e me fez olhar nos olhos dela.

-Donna é um ser humano que você vai matar você tem certeza disso? –Eu não agüentava toda aquela pressão!

-Olha, eu não quero mais eu preciso ta? Eu só quero saber se você sabe onde posso fazer isso! –Ela me olhou decepcionada.

-Sei e olha você vai ter uma semana que vai ter que ficar se recuperando então não pode ficar em casa e nem vem pedir pra mim que lá você não pode mesmo ficar minha mãe é um cu você sabe! –Eu abaixei a cabeça de novo.

-Então a onde eu vou ficar? –Perguntei e ela deu a risada irônica de novo.

-Ta que isso não é problema meu mais eu gosto muito de você... Eu conheço umas meninas que moram numa republica acho que se você liberar uma verba elas te deixam ficar lá. –O suco chegou mais nem ligamos pra ele.

-O quanto for preciso... E esse lugar como é? Na onde é e tem que marcar?

-Eu vou ser sincera com você é um moquifo na periferia da cidade e claro que não tem que marcar vai chegando e abortando! –Eu precisava que fosse o mais rápido possível.

-Tem como você ligar agora pra suas amigas? –Ela assentiu e pegou o telefone.

-Alô Monstro? –Disse Jen.

-Vou simplificar, minha amiga engravidou vai abortar e precisa de um lugar pra ficar! –Ela colocou a mão na nuca.

-Calma pensa bem, rola grana!  -Aquilo era assustador.

-Quanto você quer? –Eu não tinha muito dinheiro mais faria o que fosse preciso.

-U$ 300,00? Fechado, hoje mesmo estamos ai. –Ta, eu só tinha U$500,00 por causa de Miami.

-Tchau.

 

Jennifer –

Estava assustada com a decisão da Donna, ela corria riscos e eu sabia que apesar do Tom ser o Tom ele não iria aceitar isso jamais.

Mas como tinha dado minha palavra de que a ajudaria, encontrei ela as 15h00min como combinado. Seguimos para o local onde ela faria o aborto, chegamos lá ela estava chorando muito então falei com a atendente.

-Olá. –Ela riu.

-Mais uma riquinha, quem vai abortar? –Apontei pra a D.

-Ficam 50,00 dólares. –Eu fiquei boquiaberta.

-Só? –Ela riu.

-Isso mermo, mas posso cobrar mais caro se quiser. –Falou a mossa mal encarada, peguei o dinheiro com a D. e paguei, ficamos lá mais um tempinho até Donna ter que entrar na sala.

 

Donna –

O coração de Donna batia forte, talvez estivesse parecendo que estava sendo fácil pra ela fazer aquilo, mas ninguém podia sentira o que estava acontecendo em seu coração, à sensação de ser uma assassina, de estar matando o próprio filho. Ela chegou na sala e uma mulher que parecia nem estar ai para o que iria fazer...

-Vamos logo que eu não tenho o dia todo vadia? –Donna desatou no choro ao ouvir aquelas palavras já que era o que ela estava se tornando ela se reconheceu... Uma vadia! Pensou no Tom, pensou que tudo ia acabar o que aconteceria, até com ela mesma.

-Deita ai! –Ordenou à mulher, Donna obedeceu e fechou os olhos não sentiu nada só ficou ali pensando em tudo, nas férias com o Tom, nas noitadas, quando ele conheceu a família dela, como aquele ano tinha sido perfeito, como poderia ter sido melhor, as lagrimas escorriam incessantemente por seu rosto delicado, ela estava sentindo muitas dores físicas, mas nada era comparada com a dor do coração, ela queria voltar no tempo, mas ela sabia que estava no mundo real agora onde o tempo é incontrolável, seu conto de fadas havia acabado ela saiu do seu transe por alguns cutucões.

-Vadia, levanta! Você já matou seu filho! –Donna olhou pra baixo e só viu muito sangue, se assustou ainda mais. Pegou seu vestido e com dificuldade foi até o banheiro, com muita dor se vestiu. Saiu passou por Jennifer chorando e não falou simplesmente nada apenas saiu, abordou um taxi e pediu pra levá-la para um lugar afastado da cidade, pagou a corrida desceu e seguiu para um prédio abandonado sentou sujando seu vestido com a poeira, avistando apenas o breu, sentindo apenas a solidão, querendo apenas a morte... Passou a mão pelo chão procurando algo, algo pra fazer uma coisa insana, finalmente achou, pegou o caco afiado tirou o vestido e começou a se torturar escrevendo em sua barriga ‘Me desculpe, me desculpe!’ finalmente cansada com sua mente em outro lugar movida pelo torpor que tomou conta de seu corpo cortou os pulsos e cravou o caco afiado em seu coração, sabendo que jamais descansaria em paz.

 

Jennifer-

Ela havia sumido, não falou comigo, parecia perturbada como um animal faminto, como um ser sem alma, apenas foi, mas naquele momento eu não imaginava que seria pra sempre. Decidi ir até o pai dela, contar o que tinha acontecido... Cheguei na porta do apartamento tremendo.

-Olá, é o Senhor É o Pai da Donna não é? –Ele apertou os olhos, como se já soubesse que tinha acontecido alguma coisa.

-Sim o que te traz aqui? –Respirei fundo e contei para ele o que realmente me levava até ali, ele desabou em lagrimas e chamou a policia, eu tentei consolá-lo, mas ele estava muito triste, não podia imaginar o quanto ele a amava, e o mesmo com o Tom que largou tudo para vir participar da procura.

-Como? Como assim? Um filho? Meu filho? Nosso filho! Como ela pode? Como ela pensou isso? Como ela está? Minha Donna, minha garotinha, minha razão de respirar. –Eu estava vendo coisas que estavam me deixando desesperada, o Tom desabando em lagrimas. Aquilo não estava certo, exato dois dias depois do sumiço estranho dela, o telefone tocou e o Tom que finalmente tinha parado pra descansar acordou assustado, porém eu atendi.

-Olá?

-Olá, é o Delegado Winisses. –Meu corpo tremeu pelo tom de voz dele não era coisa boa. –Achamos a Donna. –Eu ainda não estava tranqüila.

-Sério? Como ela esta? Ela estava a onde? –Ele suspirou e eu perdi as esperanças.

-Ela esta morta. –O telefone caiu da minha mão, eu corri e abracei o Tom, falei baixinho quase sem forças.

-Ela, ela, ela esta morta! –O Tom chorou e me soltou, pegou um vaso e jogou na parede com muita força.

- NÃÃO! A MINHA DONNA NÃO! –Gritou o pai de Donna ficou sabendo e quis logo ir para a delegacia tentando esconder a tristeza.  

 

Tom-

Eu nunca tinha sentido algo parecido, era uma dor que ardia como fogo, era a pior dor, era a dor de um coração partido. Eu sabia que eu amava Donna, sei que a amo, mas só depois de, perde-la compreendi que ela era e é o amor da minha vida, é a única pessoa que eu desejei viver pro resto da vida, a única pessoa que me fez realmente feliz, que mudou meu jeito de agir e pensar, e queria tanto que ela soubesse que ela era a única com quem eu queria uma família.  Chegamos até a delegacia e o delegado nos deu o relatório da morte, o pai dela providenciou o enterro, foram os dias mais doloridos da minha, os mais tristes e sinistros.

O que mais me doía é que foi por causa de mim que ela estava ali agora, enterrada aquela menina cheia de vida e graça, ela morreu, se foi. Matando parte de mim também.


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