Quando o Amor Chega escrita por Miss Viegas


Capítulo 5
Novos desafios


Notas iniciais do capítulo

É, faz um tempão que não dou continuação mas ela vai sair ^^ Palavra de escoteira



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Tabitha chegou na Irmandade e encontrou a rotina de sempre: Fred largado na poltrona comendo um sanduíche de três andares, Pietro brincando com seus poderes, Groxo paquerando Wanda e Lance distante do mundo.

-Gente, eu tenho novidades pra vocês sobre os X-Men. – começou ela.

-Que novidades? O que eles podem ter de novo que seja assim tão extraordinário que não possamos derrotar? – falou Groxo desinteressado e mais preocupado em paquerar Wanda.

-Oh, sapo, dessa vez é diferente. Apareceu uma nova mutante lá no Instituto e parece diferente, não sei mas sinto que ela tem mais poder do que aparenta.

-Como assim, Tabitha? – perguntou Lance como que despertando de seu “transe”.

-Ela me disse que tinha o poder de controlar a flora e também tinha o poder do fogo, se vocês já viram uma mutante com bipoderes eu nunca vi.

-Acho que o Pyro ia gostar de conhecer essa menina. – disse Fred gozador dando uma mordida no sanduíche e sujando sua camisa de pasta de amendoim.

-Se querem saber o que eu acho, talvez devêssemos contar á Mística sobre essa nova mutante. Daí quando ela contar ao Magneto ele saberá o que fazer. – falou Lance.

-Espera aí, - começou Wanda – Talvez primeiro nós devêssemos ver direito quem essa mutante é, que poderes tem para não fazermos papel de bobos, vai que ela não é tão poderosa assim como a Tabitha diz.

-É muita mulher pra uma casa só. – disse Tabitha subindo as escadas.

No quarto de Wulcan, as meninas conversaram tanto que mal se deram conta que já estava escurecendo, a conversa tinha tomado um rumo em que elas estavam falando de namoros e rolos.

-E você, Wulcan? Já se interessou por alguém? – perguntouVampira.

-Bem, o meu primeiro beijo foi numa brincadeira de verdade ou desafio e o garoto que eu gostava ficou com outra menina. Eu tive um namorado mas ele não era muito sincero comigo. Bem, apesar de tudo eu ainda espero que apareça alguém legal. E você, Vampira? Eu sei que você não pode tocar em ninguém mas isso não impede que você goste de alguém.

-Ah, eu não gosto de ninguém não. – disse ela envergonhada de expor os sentimentos que queria esconder.

-Mentira! – falou Kitty – Ela gosta daquele francês da turma do Magneto, como é mesmo o nome dele... Gambit!

-Não é verdade! – disse Vampira se exaltando – Kitty, não devia falar essas coisas! Eu não gosto de ninguém!

Wulcan percebeu que ela falava daquele jeito porque provavelmente nunca havia sentido como é tocar em alguém, sentir o beijo de alguém, um abraço sem medo.

-Calma, Vampira, não precisa se exaltar e... – ela havia sido interrompida por uma batida na porta. Era Ororo.

-Meninas, desculpem a interrupção mas o jantar está quase na mesa, já são quase sete horas e é melhor vocês descerem. – disse ela saindo.

-Bem, a gente continua outro dia, Wulcan, vamos jantar porque essa conversa me deu fome. – disse Jean se levantando e saindo, seguida das outras. Vampira já ia embora também mas Wulcan a segurou antes que fosse.

-Vampira, espere. Quero falar com você. Ficou triste e exaltada porque não pode tocar em ninguém, não é?

-Na verdade, além disso eu... Promete que não conta pra ninguém. – Wulcan acenou afirmativamente com a cabeça – Eu tenho, bem... uma quedinha pelo Scott. Mas ele só tem olhos pra Jean.

-E esse francês que elas falaram?

-Ele é..., nem sei o que dizer dele, mas eu gosto do jeito dele. Ah, Wulcan, eu ás vezes fico tão confusa! Me sinto triste por não poder tocar em ninguém sem ter medo.

Daí Wulcan abriu sua mão na frente de Vampira e esta testemunhou a primeira mostra dos poderes da amiga, foi como ver uma flor nascer da terra na palma da mão de Wulcan. Primeiro a parte de cima com as pétalas, depois o caule com folhas, por fim Wulcan fez a flor desabrochar e retirou da sua mão com a mesma facilidade com que se corta flores para pôs em um vaso.

-Isso foi incrível, você pode fazer plantas nascerem do seu corpo! – exclamou Vampira ainda surpresa.

-Essa flor é pra você, o girassol só se abre quando há sol e quando é noite, ele se fecha. É assim que você deve ser, só olhe para a luz, a escuridão você deve ignorar. Aproveite as alegrias e esqueça as tristezas. Aceite esse girassol como um presente de gratidão pelo CD e pelo modo como você me trata.

-Mas, Wulcan, eu não sei cuidar de plantas, posso colocar em um vasinho, mas não sei cuidar e talvez ela murche.

-Não vai murchar, eu garanto. Eu percebi isso no início quando descobri meus poderes, toda planta que saí de mim ou que eu cuido com eles nunca morre a não ser que eu morra, mas elas conseguem viver independente de estar no sol, na chuva em terra seca ou fértil. É claro, se a pessoa souber cuidar elas ficam mais bonitas ainda.

-Obrigada, talvez você possa me ensinar.

-Tudo bem, eu ensino. Agora vamos descer antes que venham chamar a gente.

Então as duas desceram depois de Vampira deixar o seu presente no seu quarto. O jantar transcorreu normalmente, o Professor falou para Wulcan sobre os testes que fariam no dia seguinte.

-Além de fazermos exames físicos, veremos até que ponto você pode dominar os seus poderes.

-Eu acabei de ver uma demonstração impressionante agora a pouco. – disse Vampira dando um sorriso de relance para Wulcan. – Vocês deviam ter visto. Foi incrível e... Kitty, cadê o Kurt? – perguntou ela notando a ausência do irmão.

-Ele disse que não estava com fome e foi lá pra fora dizendo que queria ficar um pouco sozinho.

-Ele não pode continuar assim, tem vezes em que ele fica distante do mundo e o pior, ás vezes finge não estar, dizendo que está tudo bem.

-Desculpe me intrometer, Vampira porque parece um problema pessoal mas será que não é por causa da hostilidade das outras pessoas que o Kurt está assim? – perguntou Wulcan.

-Mais ou menos, Wulcan. O Kurt tinha uma namorada e ela terminou tudo por medo do que os outros pensariam. E o Kurt, você já viu a forma dele, isso gera medo por parte dos outros que não o conhecem.

-Bem, se quiser eu falo com ele. Sei lá, eu sei bem como é já que fui marginalizada pela minha própria mãe e acho que uma palavra vinda de alguém de fora tem mais impacto do que uma palavra vinda de algum parente.

-Você faria isso, Wulcan? Eu já conversei com ele mas não adiantou, você acha que daria certo falar com ele?

-Eu sei causar impacto. Eu já terminei de jantar posso ir lá falar com ele mas não sei onde ele está.

-Ele deve estar no coreto de vista para o mar, ele gosta de ir lá quando quer ficar sozinho. Quer que eu vá com você?

-Não, obrigada. Eu acho sozinha. – disse Wulcan se levantando e indo em direção á porta.

Uma vez lá fora analisou para que lado ficaria o tal coreto e se decidiu por um caminho entre várias árvores. “Espero estar indo pelo caminho certo”, pensou. Andou alguns metros e avistou de longe o lugar e a silhueta de Kurt ao longe, de costas para ela e de frente para o mar. “Lá está ele.”, pensou. Ela foi se aproximando e quando ia chamar o nome dele, ele se virou assustado e acabou assustando-a também.

-Que susto! É você! – disse ele se recuperando.

-Desculpa se eu o assustei! Mas você também me assustou!

-Não foi minha intenção. – disse ele se virando para o mar novamente.

Wulcan se aproximou da beira do coreto e se apoiou nela. A lua estava cheia e refletia no mar á frente dos dois.

-Sei como se sente. – começou ela fazendo Kurt virar seu rosto para olhá-la.

-O que você quer dizer com isso? – perguntou ele disfarçando.

-Eu sei o que aconteceu com você e a sua namorada, a Vampira me contou. Acho que não deve ficar assim, a hostilidade é natural e um dia os humanos vão se conscientizar que não somos as aberrações que eles pensam sermos. E aí vão nos pedir perdão pelas humilhações que nos fazem passar.

-A Amanda gostava de mim, ela terminou comigo mais pela mãe dela, que dizia que não era certo uma humana ficar com um mutante, principalmente um tão óbvio como eu. Nenhuma mãe gostaria de ver a filha com um cara azul parecendo um duende! Cheguei a odiar ser um mutante por causa disso!

-Se alguém tem que ter vergonha ou algum outro sentimento mau com relação á isso é ela, não você. Os mutantes são pessoas com um gene mais avançado, só isso. Eu pessoalmente considero um dom, não uma maldição, como o mundo denomina. Nada aconteça que não seja para o nosso bem e se ela deixou você é porque não merecia o seu carinho.

-Você chegou agora no instituto, nem me conhece direito, por que está me dizendo tudo isso pra me levantar?

-Porque eu fiquei muito amiga da Vampira e das outras meninas e vejo o quanto elas estão preocupadas com você por estar se consumindo com um sentimento ruim que não era para você ter.

Kurt olhou aquela menina á sua frente como se estivesse vendo-a pela primeira vez, ela falara tudo aquilo com tanta segurança que o tocara. Reparou em seu rosto, ela parecia mais bonita agora do que quando a vira no corredor na noite em que ela chegara.

-Acho que você tem razão. Ás vezes tento não ficar triste mas acabo me lembrando de tudo o que houve.

-E se esquece de que aqui há pessoas que gostam de você e se preocupam. Você deve estar com fome, mas a esta hora todos já devem ter acabado de jantar e não deve ter mais nada na mesa. Vamos que eu faço um sanduíche pra você. – disse ela se virando e começando a andar em direção á mansão.

-Tenho um jeito mais rápido pra chegar na cozinha. – disse Kurt pegando na mão de Wulcan e se teleportando para a cozinha.

-Isso foi incrível! – exclamou ela. – Senta que eu preparo um sanduíche rapidinho pra você. – e Wulcan começou a pegar os ingredientes para o sanduíche. Enquanto que Kurt a olhava pensando que aquela menina era muito especial. Mais tarde ele descobriria o quanto.

O dia amanheceu nublado, o sol se escondia entre as nuvens mas o clima estava ameno e agradável. Wulcan dormira muito bem durante a noite, sabia que teria um dia difícil por causa do treinamento para que os professores vissem seus poderes e habilidades. Ela se levantou, se vestiu e desceu as escadas, ao chegar na cozinha viu Kitty e Jean tomando café.

-Bom dia! Pelo menos eu não cheguei por última dessa vez! – disse ela alegre se sentando em uma cadeira e pegando pão para fazer um sanduíche.

-Você parece muito alegre pra alguém que vai ter um dia de treinamento. – comentou Vampira pegando uma torrada.

-Pra falar a verdade eu estou muito empolgada. Sei lá, acho que vai ser legal poder mostrar os meus poderes sem medo como era com a minha mãe na minha antiga cidade. Vou poder evoluir e eu acho isso muito bom pra mim.

-Bem, o problema nem é o fato de você evoluir, isso é ótimo. Mas é que você vai treinar com o Logan e ele é meio duro com os alunos. – disse Jean.

-Duro?! – exclamou Vampira. – Ele suga os alunos! Depois de um treinamento com ele você nem consegue ficar em pé!

-Nossa. Ele não pode ser tão duro assim e se for não tenho medo de desafios.

-Tudo bem, então. Mas eu vou avisando, você vai suar. – falou Vampira tomando um gole do seu suco.

Wulcan ficou pensativa, não que tivesse medo do que enfrentaria mas ela tivera pouco contato com os professores do instituto. Eles sempre foram muito amáveis mas faltava um pouco mais de intimidade e ela tinha certeza de que nesse treinamento os conheceria melhor, principalmente Logan que parecia ser o terror dos alunos. Apesar de tudo estava ansiosa para o seu treinamento. Finalmente mostraria o que poderia fazer.


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Notas finais do capítulo

Tá bom? Gostaram? O cap. 6 logo, logo saindo do forno
Beijos e obrigada pelo prestígio!



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