Quando o Amor Chega escrita por Miss Viegas


Capítulo 23
Finalmente


Notas iniciais do capítulo

Estive muito tempo fora, mas quero terminar esta fic. Ela já está completando muitos anos e definitivamente quero poder colocar todo potencial dela pra fora.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/59150/chapter/23

Wulcan e Kurt estavam parados no meio do quarto, perdidos em um beijo que foi inesperado, porém não totalmente não desejado. Kurt apertou a cintura de Wulcan, puxou-a para mais perto, sentia como o peito dela subia e descia levemente e quase conseguia ouvir como seu coração estava acelerado e sua respiração estava em um tom arfante. Ele também não ficava atrás, uma sensação inquietante em seu estômago que a cada toque dos lábios suaves de Wulcan fazia suas tripas meio que retorcerem e o deixarem sem ar.

Ele decidiu ser um pouco mais ousado e adentrou a língua na boca dela, uma de suas mãos antes apertando-a de encontro a seu corpo tocaram seu rosto e depois os cabelos, estavam presos em um rabo de cavalo, mas ele não quis ser atrevido de soltá-los, rapidamente pela sua cabeça passou que teria muito tempo para algo assim. Wulcan se antes tocava os cabelos de Kurt, rumou com elas para as costas dele, apertando-o levemente, ela sabia que estava gostando daquilo, não havia pensado em algo assim antes, tinha tanto na cabeça e sua história havia sido conturbada de muitas maneiras, não havia muito espaço para rolos e namoros, só que Kurt foi conquistando-a aos poucos, talvez no fundo não quisesse admitir nem para si mesma o quanto desejava aquele momento e o quanto Kurt tornara-se especial. Sentiu a língua dele invadir sua boca, timidamente usou a sua também para aprofundar aquele beijo, os olhos de ambos permaneciam fechados como se não quisessem parar. Todavia ouviram uma certa algazarra no corredor do lado de fora do quarto e se soltaram devagar, até para tomar certo fôlego, embora ainda permanecessem abraçados e respirando fundo.

— Wulcan... – começou Kurt abrindo os olhos – Eu não sei o que dizer... Desculpe-me.

— Por que? – ela se espantou.

— Não quero confundi-la... Afinal, somos... éramos... amigos. Você está me deixando confuso. – Kurt estava gaguejando, ele definitivamente não conseguiria ficar longe dela depois daquilo.

— Kurt, não precisa se desculpar. Eu não estou ofendida, como poderia? Bem, creio que talvez você queira se afastar depois disso. Eu não quero causar nenhuma situação, nem prejudicar você que foi muito bom pra mim. – Ela se solta do abraço dele. – Podemos esquecer que isso aconteceu e seguirmos como se nada tivesse acontecido.

Muito embora ela dissesse isso a ele, sentiu uma ponta de pesar, nunca havia se relacionado com ninguém. Alguns paqueras na escola, nada sério, na verdade nunca se imaginou com ninguém dada sua condição. Mas Kurt era alguém cuja companhia ela apreciava, sentiu pesar talvez porque gostara daquele beijo mais do que gostaria, despertara-lhe sensações além do que queria sentir, contudo sentia mais por imaginar que ele se afastaria e até a amizade deles ficaria comprometida depois daquilo.

— Eu só queria Kurt, não perder sua amizade, se se afastar seria muito chato porque eu... eu gosto de você. Da sua companhia, quer dizer.

Kurt pôde notar que Wulcan estava prezando por ele, mesmo nas palavras dela conseguiu perceber o quanto estava sendo difícil dizer aquilo, será que? Ele devia estar maluco, se por um lado não queria perder a amizade, por outro sentia que não conseguiria vê-la como amiga apenas a partir dali, foi como se tudo tivesse ficado claro de repente. Todos os momentos vieram a mente dele naquele momento, o cinema, as conversas, a sorveteria, mesmos os treinos exaustivos, como pôde ser tão cego? Como não percebeu? Tudo aquilo foi crescendo dentro dele e sob esse manto de amizade, algo mais brotou dentro dele.

— Tem razão, Wulcan. Não podemos mais ser amigos... – Ela olhou para ele com os olhos marejados, demonstrando certa tristeza e pesar.

— Tudo bem... – disse ela se virando.

Kurt caminhou até ela e a virou para ele, aproximando-se de seu rosto.

— Não podemos mais ser amigos porque estou apaixonado por você e se aceitar, queria que fosse minha namorada, você aceita? – os lábios dele disseram em um quase sussurro praticamente encostando nos dela.

— Kurt... – ela fechou os olhos até pousar um beijo tímido nos lábios de Kurt, que logo se aprofundou mais uma vez dando a certeza aos dois que aquele sentimento se fixava de vez em seus corações.

***

Charles estava em seu escritório quando Logan adentrou e sentou-se logo a sua frente.

— Hoje foi a primeira lição de voo da Espoletinha. Tivemos um pequeno problema, ela foi arremessada devido o cinto não estar bem atado, mas não houve nenhum dano maior.

— Ela se portou bem diante da situação de perigo com os colegas?

— Sim, o Duende foi rápido em seu auxílio. Eles têm estado muito próximos nos últimos treinos, acredito que ela ajudou muito ele a sair de seu estado depressivo. Por isso tem feito uma boa dupla.

— Isso é muito bom Logan, mas não esquecemos do que combinamos. Vamos manter um olho nela, para que suas emoções não aflorem e causem algum dano aos outros e a ela mesma.

— Pode contar comigo, Capitão. – disse Logan se retirando da sala.

***

— Ah! Eu não acredito! Então aconteceu mesmo? Vocês se beijaram? – Kitty estava eufórica.

— É, nós meio que nos acertamos depois da aula de voo. Ele foi até o meu quarto ver se eu estava bem e acabou se declarando – Wulcan sentiu as bochechas vermelhas de falar, mesmo que fossem amigas, ainda sentia um pouco de vergonha, não estava acostumada a se abrir assim a ninguém.

— Eu tinha minhas dúvidas no início, quer dizer, sempre achei vocês muito mais amigos, não percebia nada além do normal. – Vampira se adiantou.

— É, eu também pensava assim, mas fui percebendo que foi tudo de forma natural, eu acho. Os nossos passeios, os treinos em dupla, eu notava o carinho de Kurt, porém acreditava que era o mesmo que ele dispensava com qualquer um daqui. Quer dizer, ele sempre foi um amigo muito leal e próximo de todos.

— É, mas eu notava uma alegria a mais nele um tempo depois que você chegou. Ele estava muito pra baixo e em pouco tempo você conseguiu colocar ele pra cima. – disse Kitty.

— Bem, o ponto agora é que estamos namorando e espero que tudo fique ainda melhor. Confesso que me sinto bem feliz.

— Então se vocês estão bem, nós também estamos, gostamos de ambos e vamos sempre dar apoio, afinal, sendo muito sincera com você, sou muito mais você que aquela sebosa da Amanda. Por mais que Kurt gostasse dela, eu notava de vez em quando uns olhares tortos pra nós depois que tudo veio à tona.

— Nisso Vampira está certa, ela meio que nos evitava, não se aproximava muito quando Kurt estava conosco e sempre queria ficar com ele a sós, nunca no meio dos outros.

— Isso era vergonha, com certeza. – Mencionou Wulcan se lembrando da sorveteria. – Kurt não merecia, mas agora ficou no passado.

Logo foram chamar os alunos para jantar. Ao se reunir na mesa, além de Kitty e Vampira, outros puderam notar que Kurt e Wulcan estavam mais próximos, tocavam as mãos de vez em quando e lançavam-se olhares carinhosos. Os professores também notaram e interiormente aprovaram a ideia, eram jovens e já tinham passado por muito. Talvez as coisas ficassem mais interessantes dali para frente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada, sem mais



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando o Amor Chega" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.