É tarde? escrita por B Carter


Capítulo 1
O começo de tudo


Notas iniciais do capítulo

Como eu já disse, essa sonfic surgiu de um pedido da minha sobrinha, mas como gostei resolvi postar. Espero que os shippers Steggy, mas outras pessoas também apreciem o capítulo. Por ser uma sonfic, me baseei em uma música. Vou deixar a musica linkado a uma palavra na fic, espero que vocês escutem para ampliar a sensação. Enfim, enjoy!



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O mundo estava em festa. Há um ano, os aliados ganharam a guerra e uma grande parcela disso se deve ao garoto franzino do Brooklyn, mais conhecido com Capitão América. Steve Rogers sacrificara sua vida de uma maneira totalmente altruísta. Todos seriam eternamente gratos a ele, menos uma pessoa.

Peggy Carter.

Peggy perdeu o amor da sua vida e ela se lamentava todas as noites por não ter tido uma oportunidade maior de demonstrar isso. Lamentava-se mais, por não ter encontrado uma maneira de deixar o Capitão vivo. Mesmo sabendo que havia sido uma escolha dele, mesmo sabendo que tudo tinha sido por um bem maior, Peggy ainda não se conformava.

E mesmo inconformada, sabia que não poderia viver um luto eterno. Por isso, Agente Carter, prometera para si mesmo que continuaria de alguma forma o legado de Steve. Com esse pensamento, seguiu seu emprego na SSR, mesmo sendo marginalizada pelos homens que lá trabalhavam.

— Hoje teremos mais um dia cheio, homens. Venham um a um em minha sala para que eu possa distribuir suas tarefas — Rogers Dooley, chefe de Carter, anunciou da porta da sua sala.

— Algo urgente? — perguntou Peggy.

— A única coisa urgente que você terá, senhorita Carter, será fazer o pedido do nosso almoço. — Dooley encostou na soleira da porta e deu uma risada irônica a Peggy.

A agente Carter deu um suspiro longo e soltou os ombros. Aquele seria um longo dia.

(...)

Carter estava concentrada em suas tarefas quando o telefone tocou, e Sousa, um agente e veterano da Guerra, atendeu ao telefone.

— O quê? — ele demonstrou surpresa — Mas depois de tanto tempo? — ele escutou a explicação da outra pessoa — Certo... comunicarei ao Dooley e iremos investigar isso.

Desligou o telefone.

— Hey Sousa — Peggy o chamou —, o que aconteceu?

— Uma coisa que deixará toda a América de queixo caído. — Ele virou as costas e foi em direção à sala do chefe.

A agente percorreu os olhos por todos e notou que eles pareciam saber do que se tratava, menos ela. O que não era de se surpreender, já a tratavam como uma garçonete. Se ela quisesse saber do que se tratava, teria que investigar por conta própria. Talvez, se conseguisse solucionar o caso, teria mais prestígio em meio aos homens machistas que a cercavam.

Através de um dispositivo que Howard Stark tinha a presenteado, Carter rastreou de onde vinha a ligação. Descobriu se tratar do bar onde Steve e o Comando Selvagem se reuniram pela ultima vez.

Ela sentiu um aperto no peito, pois se lembrar de Steve era doloroso. Principalmente as lembranças sobre aquele bar. Se ela tivesse dançado com Steve naquele dia... Mas ela perdera a oportunidade, perdera aquele que era o parceiro certo e sabia que ele seria insubstituível.

Uma lagrima caiu e Peggy apoiou as duas mãos na mesa, pendendo a cabeça para baixo. Não poderia evitar pensar em Steve, mas seu foco deveria permanecer no caso, e assim seria.

(...)

Peggy chegou ao bar caminhando a passos lentos chamando a atenção de todos, exatamente como da ultima vez que estivera ali. Trajava um vestido vermelho, em sua boca um batom do mesmo tom do vestido fazendo uma harmoniosa combinação. Dirigiu-se em direção ao balcão e pediu um copo de uísque, algo que era bem incomum a uma mulher naquele tempo.

— Quando cheguei ao bar, escutei vários homens comentando sobre algo que devolveria a alegria a América. — Começou a questionar o homem que estava no balcão. — Você sabe do que falavam?

— Não sei mais do que você sabe, senhorita. — o homem respondeu.

Peggy não satisfeita com a resposta, fez mais uma pergunta.

— Mas o que você imagina que seja?

— Não faço a mínima ideia, senhorita. — O homem caminhou ao lado oposto ao que Carter estava.

Quando Carter pensou em fazer um novo questionamento, uma musica começou a tocar. A melodia era tão suave que a fez começar a prestar atenção na letra.

All I do is dream of you
(Eu só sonho com você)

The whole night through

(A noite inteira sem interrupção)

With the dawn I still go on

Ao amanhecer eu ainda vou estar)

Dreamin' of you

(Sonhando com você)

Seus pensamentos novamente foram para Steve. Só Carter sabia o quanto sonhava com ele, todas as noites. Sonhava que estava nos braços de Rogers, protegida. Mesmo que nunca tenha passado essa imagem frágil a ele, ansiava no fundo do seu ser, que seu porto seguro estivesse lá para apara-la.

You're every thought, you're everything
(Você é todos os pensamentos, você é todas as coisas)

You're every song I ever sing

(Você é toda música que eu sempre canto)

Summer, winter, autumn and spring

(Verão, inverno, outono e primavera)

Peggy permanecia perdida em seus pensamentos enquanto acompanhava a melodia da musica, até que alguém toca seu ombro.

— Creio que estou um pouco atrasado, me desculpe. É tarde para nossa dança?

Carter se virou lentamente, e quando viu de quem se tratava, arregalou os olhos.

— Steve? — perguntou.

Steve mantinha um sorriso de canto. Aproximou-se mais um pouco de Peggy e disse:

— Sim, Peggy.

— Eu achei que você estivesse morto, Steve. — Peggy o abraçou. — Eu sonhei tanto com esse momento. — Ela afundou a cabeça no peito de Rogers. — Eu preciso de você.

— Peggy, meu amor — Steve a envolveu mais forte em seus braços —, eu também preciso de você. Você foi um dos motivos que me deram força para continuar.

O coração de Peggy batia forte, enquanto ela também ouvia os batimentos acelerados do coração de Rogers.

— Eu não quero te perder, Peggy. — Steve emendou.

— E não vai. — Ela levantou a cabeça, olhando fixamente nos olhos de Rogers.

Steve se desvencilhou dos braços de Peggy, e a conduziu ao centro da pista de dança. Ajoelhou-se no chão e fazendo reverencia perguntou a sua amada:

— Me de a honra dessa dança?

Carter fez um aceno positivo com a cabeça, então Steve se levantou, juntando uma de suas mãos com as mãos dela e outra, puxou a para mais perto de si.

Ambos se deixaram conduzir pela melodia da musica.

All I do is dream of you
(Eu só sonho com você)

The whole night through

(A noite inteira sem interrupção)

With the dawn I still go on

Ao amanhecer eu ainda vou estar)

Dreamin' of you

(Sonhando com você)

Steve se aproximou seu rosto com o de Peggy, ambas as respirações se misturaram. O coração do capitão estava cada vez mais acelerado. Então ele se inclinou, e pousou seus lábios contra o da agente lentamente. Eles saboreavam aquele momento, como se fossem os únicos no bar. Peggy deu passagem para que a língua de Steve e da dela se encaixassem. Eles iniciaram um beijo doce, mas ao mesmo tempo urgente. Rogers segurou a cintura de Peggy mais forte, colando os seus corpos ainda mais.

Ela tentou prolongar mais o beijo, porém quando o ar se fez necessário, ela se afastou de Rogers, e ao mesmo momento a musica terminou.

Depois de terminada a dança, eles voltaram para o balcão.

— Onde você esteve o tempo todo? — indagou Peggy.

— Eu voltei não faz muito tempo. ­­— Steve começou a se explicar. — Estive congelado. Howard Stark me achou. Segundo o que ele me disse, não teve um dia sequer que não tentou pensar em uma maneira de me localizar...

— Porque Stark não me disse nada?

Peggy havia feito uma pergunta retórica, mas Steve fez questão de responder.

— Ele não queria que você mantivesse uma falsa esperança. Todos sabiam que a probabilidade de eu estar vivo era mínima, Peggy. — Steve soltou um suspiro.

— Tem sido tão doloroso... — Peggy se lamentou.

Steve colocou a sua mão por cima de uma das mãos de Peggy, que se encontrava em cima do balcão.

— Me desculpe. O avião ia destruir Nova York e eu não podia...

— Shiiiii ­— Carter colocou seu dedo indicador sobre a boca de Rogers. —, foi a sua escolha, Steve. E mesmo sofrendo eu a respeitei. Eu encontrei uma maneira de continuar. Mesmo que não tenha sido da maneira como eu gostaria, eu me mantive firme por você. Por tudo que você representa pra mim.

Os olhos do capitão estavam marejados. E agora ele tinha certeza. Ele amava Peggy Carter como numa imaginou amar mulher alguma.

Capitão forçou os olhos para afastar as lagrimas, quando se recuperou, chamou Peggy.

— Peggy, soube que o mundo ainda continua um caos mesmo após a guerra.

— Sim, as coisas parecem mais complicadas agora. Algumas das tecnologias de Stark caíram em mãos erradas e o governo teme que isso possa ser usado contra os Estados Unidos. Mas, nós da SSR estamos trabalhando para investigar quem a pegou. Era isso que eu estava fazendo aqui quando você chegou. Recebemos uma ligação de algo que ia deixar a América de queixo caído e...

Peggy é interrompida pela risada de Rogers.

— Capitão Rogers! — Peggy o repreendeu. — Porque está rindo?

— Fui eu. — Steve falou.

— Foi você, o quê?

— Fui eu quem ligou. Stark me disse que você estava trabalhando lá, eu achei que você atenderia ao telefone. — Steve ainda estava sorrindo, mas continuou falando — Quando eu vi que não era você, bolei todo esse plano porque eu sabia que você ia querer saber sobre o que se tratava.

— Steve, eu pensei que isso tinha a ver com a tecnologia Stark. Por Deus, se isso cair em mãos erradas pode não ter um bom fim.

— Eu sei. — Rogers concordou. — Peggy, Howard também me contou de um projeto de vocês.

— A organização de espionagem. — Peggy disse.

— Exatamente. Quero dizer que eu vou ajudar vocês no que for preciso. E nós iremos descobrir onde estão as invenções de Stark. Isso vai ser o começo de tudo.

Peggy parou, ficando pensativa por alguns instantes. Talvez estivesse mesmo na hora de colocar o projeto deles em prática. E com a volta de Steve, eles tinham mais um aliado.

— SHIELD — ela falou por fim.

— O quê? — Rogers não estava entendendo.

— A organização de espionagem se chamará SHIELD. — Peggy afirmou convicção.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado. Qualquer critica ou sugestões, não deixem de comentar. Principalmente se gostarem. Vou ficar muito feliz em receber um feedback. Até a proxima! :)