Of Worst Hate, The Best Love escrita por Srta J


Capítulo 12
Five Days With Harry




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POV. Gina

Eu demorei para pegar no sono aquela noite, não por pesadelos nem nada assim, mas pelo beijo que Harry havia me dado. Lembrando da cena percebi realmente o efeito que ele tinha sobre mim, me fazia perder os sentidos, as palavras ou me fazia procurar palavras por longos minutos e quase sempre não as achava. Fiquei pensando nisso até cair no sono, Harry há tempos rondava tudo em minha vida, desde o beijo no trem... Rondava a mim, a meus pensamentos e tudo mais que fosse possível.

Os raios solares invadiram meu quarto já pela manha, batiam diretamente em meus olhos o que não me permitiu dormir mais do que que eu realmente queria e precisava dormir. Olhei em um relógio que havia em me quarto e marcava 6:45.

— O que diabos eu to fazendo acordada? – bati com a cabeça no travesseiro e sabia que mesmo que eu quisesse não dormiria mais.

Caminhei até a janela e a abri, papai devia estar tomando, terminando na verdade o café para ir ao ministério, Percy devia estar fazendo o mesmo já que estava agora trabalhando com meu pai. Andei até o guarda roupa e peguei um shorts vermelho e uma regata preta, após vesti-los escovei o cabelo e desci para tomar café. Consegui um beijo de meu pai segundo antes de ele e Percy usarem a rede de flú. Mamãe me questionou por star acordada tão cedo, apenas disse a ela que não fui abençoada com um sono longo no dia de hoje e ela aceitou sem mais perguntas. Passei margarina em uma metade de pão, quando dei a primeira mordida ouvi um bocejo na escada, de quem também não havia sido abençoado com um sono longo: Harry.

— Bom dia Sra. Weasley – disse o mesmo recebendo um beijo na bochecha de minha mãe – Bom dia Gin.. dormiu bem? – ele disse e piscou com o olho direito para mim.

Engoli o pão em seco, e aquilo pareceu arranhar dolorosamente minha garganta, coloquei rapidamente um pouco de suco em meu copo e sorri para Harry.

— Extremamente bem... Acabei - Deixei o pão inacabado em cima da mesa e me levantei com olhares de protesto de minha mãe. Aquele era apenas o primeiro dia dos cinco que Dumbledore deu a mim e a Harry, e ele já me provocara sem eu nem ter acordado direito, fico imaginando em como será o resto do dias e os quatro seguintes. Sentei na sala, na poltrona que ficava para a janela.

— Tenho uma ideia para fazermos hoje – disse Harry aparecendo na minha frente, rompendo meu olhar fixo para a grama lá fora. – Tenho que passar no gringotes e no cabeça de javali antes.. e já falei com sua mãe, não tem como escapar. – ele deu o seu melhor sorriso – Ou melhor.. isso deixamos para o ultimo dia, hoje faremos algo que meu tio Valter fazia bastante com meu primo – eu realmente fiquei curiosa para saber o que era – vamos pescar Gina, a moda trouxa.

— QUE? – levantei num pulo – Você acha que eu tenho cara de quem pega naquele bicho nojento que usam pra chamar os peixes e que eu tenho paciência para ficar horas esperando um raio de peixe? – ele ficou espantado com minha reação – Eu não vou pescar Harry Potter, nem hoje, nem amanha nem nunca!

Harry e minha mãe passaram o resto da manhã tentando me convencer a ir pescar mas eu estava decidida a não ir. Até a hora do almoço eles ainda falavam sobre aquele assunto, e eu fingia que nem escutava e aquilo fez aparentemente Harry desistir da ideia mas minha mãe continuou a falar.

— Mãe, eu j disse que não. E acredito que Harry tenha desistido da ideia... – olhei para Harry que olhou para minha mãe e não disse nada – Não é mesmo Harry? – continuei encarando-o e ele assentiu com a cabeça. – Ótimo – digo com um sorriso no rosto e olho pra minha mãe que me olha com desaprovação. Me levanto da mesa e vou em direção a porta que dá para o quintal da casa.

Assim que atravesso a porta vários gnomos de jardim saem correndo para se esconder. Está na hora de mamãe mandar caça-los. Harry sem duvidas veio atrás de mim e me puxou para fora do campo de visão de minha mãe, que insistira em por uma janela na cozinha.

— Já que não quer pescar como eu propus para fazermos hoje, vamos passar a tarde fazendo uma lista do que faremos nos próximos 3 dias e no ultimo dia eu já sei o que iremos fazer e você vai querendo ou não. – revirei os olhos.

— Tem pergaminho no meu quarto vou pegar.

— Vou com você – eu estremeci com aquela afirmação, ao lembrar de ontem, e como eu demorei para dormir pensando no beijo que ele me dera. Passamos pela cozinha e subimos as escadas e eu passei pela porta deixando a aberta enquanto eu seguia para a escrivaninha para pegar o pergaminho, pena e tinta. E ouvi a porta bater, da última vez isso não deu certo.

— Você escreve – entreguei para ele o que tinha em minhas mãos, tentando não demonstrar que eu estava completamente nervosa pela porta estar fechada.

Ele pegou as coisas e sorriu. Parecia estar bem tranquilo, e aquilo me assustou mais do que eu queria. Sentei no meio da cama e ele ao meu lado depois de pegar um livro para apoiar o pergaminho.

— Amanha poderíamos... – eu dei uma pausa para pensar e nada legal me veio a cabeça – você já caçou gnomos de jardim? – ele me olhou e negou com a cabeça e riu em seguida – não é a melhor coisa de se fazer, mas eu, Rony, Fred e Jorge sempre nos divertimos bastante caçando-os pelo jardim – contei a ele sobre uma das vezes que eu e meus irmos estávamos atrás desses pequenos insolentes e quanto terminei de contar ele riu tão espontaneamente que me fizera rir também.

— Seria bem divertido... quer fazer isso amanhã? – assenti com a cabeça – tudo bem.. “caçar gnomos” – ele disse enquanto escrevia. – E depois de amanhã?

— Eu não sei.. qualquer coisa menos pescar – disse lembrando-o que aquilo estava total e completamente fora de cogitação, ele riu e concordou.

— Então sei lá, podemos fazer um piquenique no Hyde Park, compramos as coisas num mercado ali perto e d tardinha voltamos para cá... no outro dia podemos assistir alguma coisa no cinema trouxa.. aposto que você nunca foi.

— O que é um cinema Harry? – eu perguntei sem fazer ideia do que significava.

— É o lugar onde os trouxas assistem filmes produzidos aqui em Londres ou nos Estados Unidos ou em qualquer outra parte do mundo. Enfim.. e no nosso ultimo dia será uma surpresa. – ele disse e eu semicerrei os olhos olhando-o.

— Tudo bem, parece ser bem legal os nossos próximos dias.. apesar de eu não se muito fã de surpresas posso...

— Você é difícil de agradar – ele diz olhando para mim, vejo pelo canto do olho que ele permanece me olhando e então dirijo meu olhar ao dele.

Queria muito desviar meu olhar do seu, mas não conseguia. Era como se algo nos olhos de Harry prendessem o meu ali. Já tinha passado a sensação de vergonha, a de arrependimento por ter olhado para ele no exato momento em que ele me olhava, agora só conseguia olha-lo e imaginar no que ele estaria pensando.

— No que esta pensando? – as palavras saíram de minha boca sem eu nem pensar novamente se iria ou não perguntar aquilo a ela. Fora só um pensamento, não queria saber... talvez no fundo eu queira saber.

Ele não respondeu. Tocou com uma mão meu cabelo, colocando para trás do ombro. Eu imaginava o que ele iria fazer, já não tinha certeza se queria ou não. Ele se ajeitou na cama, sua mão já em minha nuca, seus olhos em meus lábios e os meus olhos nos dele. Eu não aguentava mais de tanta ansiedade, eu realmente estava esperando por aquilo? Sim eu estava. Aproximei nossos rostos e o beijei. Calmamente, como se ao tocar em seus lábio o mundo tivesse parado simplesmente para que então aproveitássemos aquele momento. Eu queria beija-lo, eu queria tê-lo, eu o queria mais que tudo. Torcia para que ele sentisse todo meu sentimento nesse beijo. Ele pôr fim nos separou, mas ficamos próximos, o suficiente para sentirmos a respiração ofegante um do outro, e que foi se normalizando ao passar dos minutos.

— Tava pensando em nós dois Gina – ele disse respondendo a minha pergunta – Acho melhor nós dois irmos dar uma volta pelo campo fora da sua casa... despistar sua mãe, não acha? – assenti com a cabeça enquanto dele saia da cama e entendia sua mão para me ajudar.

Assim que passamos pela porta da sala Harry me pegou no colo e me jogou no ombro e saiu correndo pelo campo perdeu o equilíbrio e caiu comigo no colo. Aquilo realmente doeu, mas comecei a rir e ele me acompanhou, afinal o que passou na cabeça dele? Era obvio que iria tropeçar, o capim estava meio alto e visivelmente enroscaria em seu pé mas não quis dizer nada. Estava sendo um ótimo dia agora. Harry decidiu que estava com dor de mais para andar e ficou deitado do mesmo jeito que caiu, deitei ao seu lado e ficamos encarando o céu que ora ficava nublado, ora tinha um sol fraco aquele tempo começou a me dar sono, e Harry pareceu perceber e começou a mexer em meu cabelo depois que ficou mais perto de mim e eu me deixei levar e adormeci. Levantei num pulo ao ouvir minha mãe me chamando. Harry também tinha dormido e acordou tão assustado quanto eu, o sol agora estava se pondo, as nuvens cinza se misturavam com as brancas, que agora estavam em tons de vermelho e laranja.

— GINEVRA! – mais uma vez ouvi meu nome, não era a voz da minha mãe, mas a voz do meu pai. Olhei para Harry que permaneceu deitado rindo, ri com ele e sai correndo.

— TO INDO – gritei de volta correndo em direção a casa. Passei como um jato pela sala mas meu nome foi chamado naquele mesmo comodo.

— Onde você estava? – Apontei para fora da casa, ofegante. Apoiei as mãos no joelho para recuperar o fôlego.

— No campo, deitada com o Harry... estávamos vendo as nuvens... dizendo com o que elas se pareciam – eles se entre olharam.

— Você não odiava o Harry querida? – a pergunta de meu pai me pegara de surpresa.

— Ficamos amigos... quero dizer somos os capitães do time de quadribol tínhamos de algum jeito dar uma trégua né? – meu pai assentiu com a cabeça e sorriu olhando para a porta vendo Harry ali.

— Boa Noite senhor Weasley.

— Vou tomar banho... desço pro jantar – subi as escadas.

No meu quarto peguei a toalha e uma roupa para ficar em casa e me dirigi para o banheiro. Tranquei a porta e encarei meu reflexo no espelho e me perguntei se eles por acaso tinham visto eu e Harry dormindo no campo e por isso meu pai me fez aquela pergunta. Por Merlin que eles não tenham visto nada.


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