POV Harry

Eu acordei com a minha cabeça doendo, a parte de trás dela. Parecia que e tinha levando um golpe com algo pesado ali e que me fizera desmaiar, tinha certeza que havia acontecido assim que eu entrara na comunal depois de voltar de Hogsmeade sozinho, Rony e Hermione pareciam um casal, não se desgrudavam mais e nem se deram conta de que aquilo estava me enojando, apesar de saber que eles não tinham nada além de amizade. Levantei da cama indo fechar a cortina e com isso sem querer acordei Rony, e Simas.

– Desculpe – os dois assentiram e ambos sentaram na cama e ficaram me encarando – O que foi? – perguntei encarando eles.

– Você voltou de Hogsmeade antes de mim e Mione, e quando cheguei na comunal encontrei Simas que disse que você estava dormindo. Isso era umas seis da tarde – eu franzi a testa, nunca que eu dormiria as seis da tarde, e até saber o que tinha acontecido.

– Eu estava cansado, vou tomar uma ducha e tomar café...

– São uma da tarde Harry – olhei para Simas de imediato, chequei o relógio e na verdade passava da uma da tarde. - falamos com Dobby, ele disse que guardaria a comida do almoço para você na cozinha.

Assenti positivamente e andei em direção ao banheiro, realmente precisava de um banho e de preferência com a agua quase gelada, me despi e entrei debaixo do chuveiro que estava na temperatura exata que eu queria. Deixei a agua escorrer por todo meu corpo, enquanto eu pensava no ocorrido do dia anterior como eu havia agressivo com Malfoy, por ele e Gina estarem se divertindo e ela por acaso cair, e fazia mais de um ano que Gina rondava meus pensamentos. Antes era apenas ódio por ódio, a odiava por ela me odiar sem que eu soubesse o motivo, agora tinha certeza que não havia nenhum respingo de ódio nos meus pensamentos sobre a garota.

Desliguei o chuveiro ainda com a ruiva em meus pensamentos, será possível que eu esteja apaixonado pela irmã de Rony.. era incrível! Eu sempre que pensava em Gina, esquecia-me completamente de que ela é irmã de Rony.

Coloquei minhas vestes da Grifinoria, ignorando a capa e o frio que estava fora da comunal e segui para a cozinha.

POV. Gina

Eu havia cochilado apenas alguns minutos sentada no chão da sala precisa. Dino de alguma forma enfeitiçou a porta que me impediu de sair. Ele havia conseguido sair, entre tapas e chutes meus implorando para que ele me soltasse. Tudo ainda estava em minha cabeça, a conversa, os gritos que me fizeram temer meu ex, tudo ainda rondava minha cabeça.

Levantei com o corpo todo dolorido, aquele chão realmente havia acabado comigo, em apenas alguns cochilos na madrugada. Era inútil procurar uma outra saída, então eu esperaria Dino voltar e bateria nele, o socaria e o... atacaria com feitiços. Senti a varinha debaixo de minha calça, quase chegando na canela. Lembrei que havia prometido a Harry, ou quase prometido, que andaria sempre com a varinha caso justamente isso ou algo pior acontecesse.

Depois de pensar na quase promessa a Harry, ele não saiu da minha cabeça por um bom tempo. Lembrei do que ele disse quando me beijou no trem, o jeito que eu o tratava fazia ele ter mais desejo por mim, na época nem me liguei, mas depois de me ajudar com Dino sobre a briga, e demonstrar excesso de preocupação quando cai em Hogsmeade além de que nas semanas passadas ele não sairá do meu pé, querendo ir comigo a todos os lugares para que Thomas não se aproximassem, minhas lembranças foram interrompidas pelo barulho na porta.

Corri para ficar atrás dela, deixei que Dino entrasse e me procurasse pelo local, tirei a varinha calmamente da calça e o ataquei pelas costas com o feitiço estuporante. Dino nunca foi muito inteligente e acabou deixando a porta entreaberta, e aquela fresta permitiu minha saída. Agradeci a Merlin e sai correndo para as escadarias, queria ir para algum lugar que fosse o ultimo que ele iria me procurar. Algum lugar perto da comunal da Lufa-Lufa por exemplo. Quem realmente me conhecia, sabia que eu pegara certa antipatia pelas meninas lufanas, sem um motivo muito aparente.

Eu tinha descoberto onde era a comunal da Lufa-Lufa quando Fred e Jorge ainda possuíam o mapa do Maroto e me contaram já sabendo que eu não curtia muito aquela casa, aquele pessoal. Ao chegar na frente do salão principal procurei a escadaria que levava ao subsolo, e quando encontrei a primeira porta destrancada adentrei, a fechei rapidamente batendo a porta. Quando me virei me deparei com elfos para todos os lado e no fundo da cozinha Harry me olhava intrigado.

– Gina Weasley, não que seja da conta de Dobby mas porque a senhorita parece assustada? Quer um copo de agua, suco de abóbora, torta, pudim..

– Acho que aceito apenas a agua Dobby – ele correu desengonçado pela cozinha a procura de um copo.

Andei até Harry sentando-me ao seu lado porem no chão onde quem entrasse não poderia me ver. O mesmo achou estranho minha atitude e se sentou ao meu lado, me olhava curioso mas não perguntou nada, até eu tomar a agua que pedira a Dobby. Não tinha muita certeza se devia contar a ele sobre o que ocorreu na noite passada, do que eu ouvi de Dino, de como ele me tratou, não tinha ninguém para contar.

– Você quer conversar? – ele perguntou e eu assenti com a cabeça.

– Mas não aqui...

– podemos ir para a comunal, ou outro lugar do castelo que você queira...

– Não Harry, você não me entendeu... eu não quero conversar aqui em Hogwarts... tem que ser em algum lugar bem mais seguro onde não tenha bisbilhoteiros nem nada. Como minha casa por exemplo – eu disse e ele entendeu que não iria falar aqui mesmo que ele insistisse muito. – Preciso falar com Dumbledore, pedir que libere eu e você... Rony não vai conseguir me ajudar com isso mas eu vou contar uma hora para ele, Hermione ajudaria controlando Rony... e Draco... bom não seria bem-vindo em minha casa... só tenho você pra isso Harry, pra conversar.

Harry baixou a cabeça, pensativo enquanto eu disfarçadamente olhava para a porta para checar que não havia indícios de Dino por ali.

– Dobby – Harry chamou o elfo que se aproximou mais rápido que pode. – Você tem algum pergaminho e pena por aqui? – o elfo deu uma olhada e sorriu olhando para uma mesa adiante, olhou para Harry e balançou várias vezes a cabeça positivamente. – Traga para mim por fa... – antes que Harry concluísse Dobby já estava de volta com o pergaminho e a pena nas mãos. – quero que entregue isso a Dumbledore, faz isso para mim?

– Sim, claro que sim, Dobby faz qualquer coisa para o amigo Harry Potter. – assim que lhe foi entregue o pergaminho com algo que eu não consegui ler, Dobby desaparatou. Os elfos tinham esse poder mesmo dentro de Hogwarts.

Em poucos segundos Dobby estava de volta, e não estava sozinho. Dumbledore apareceu ali também. Perguntou ao elfo onde estava Harry, e então Dobby disse alto “Ali senhor, sentado no chão, atrás da bancada... Junto a menina Weasley”.

– Harry, Senhorita Weasley... o que fazem no chão? E o que seria tão urgente que não daria para saírem daqui e precisassem mandar um elfo para me chamar?

Olhei para Dumbledore, e em seguida para Harry que se levantou e pediu para conversar com o diretor em um canto mais afastado de mim. Harry por toda sua historia tinha mais influencia em Dumbledore do que eu, o que fazia eu ter mais chance de ser liberada e de ir para casa. Encarava os dois e Dumbledore com um aceno rápido com as mãos fez aparecer dois pergaminhos, que na minha opinião pareciam as liberações para deixarmos a escola. O professor desaparatou para sua sala depois de trocar algumas palavras com Dobby.

– Ele nos liberou por cinco dias, e vai falar aos professores que nós dois precisamos nos ausentar e voltaremos o mais breve possível. Dobby vai nos levar para sua casa.

– Dumbledore é um homem generoso – eu disse e então com ajuda de Harry me levantei, sorri para Dobby chamando-o, Harry pediu para que ele nos levasse A‘Toca