No capitulo Anterior...

–Certo. –Jocelyn disse, coma voz roca, ela limpou a garganta. –Acredito que... Isso já basta para a Clave, eu informo qualquer outra coisa. –E ela falou para o mago que a esperava acompanha-lá, Clary abaixou a blusa e caminhou com os pés descalços para fora da sala, passando por Jonathan e por sua própria mãe.

Clary queria ficar sozinha, não para chorar, não... Clary apenas queria ficar sozinha.

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Para todos na sala, ver Fray, a Inquisidora era apavorante, mas mais apavorante foi ver Clary tentando avançar na inquisidora, isso surpreendeu a todos, Jocelyn parecia ser tão próxima da filha antes da mesma entrar na sala, falando com cuidado ao escolher as palavras para explicar segundo ela o “problema” de Clary. Ela pergunta coisas a Maryse e a Robert, como... O que Clary havia comido nos últimos dias e se eles perceberam que isso havia alterado seu humor, eles passaram tudo o que Clary fez desde que havia chegado ali, e então Jocelyn olhou diretamente para Max e ajoelhou para poder olha-lo cara a cara.

–Então, é Max, certo? –Jocelyn disse, Max concordou. –Max, me conte a verdade, Clary estava perto de você quando ela te salvou? –Max tremeu, ia falar que sim, mas então abaixou a cabeça e negou. –E onde ela estava Max?

–Onde Isabelle a deixou antes de ir para a luta.

–E quanto longe isso foi? –A inquisidora Fray perguntou para Isabelle.

–Ah, uns... Sei lá, talvez, uns... 20 Metros. –A expressão da inquisidora Fray ficou mais rígida do que estava.

–E ela... Parou o golpe do Oni com as mãos Max, ou ela utilizou uma lâmina serafim? –Max sabia que se falasse como tudo tinha acontecido, ele estaria colocando Clary em perigo e isso seria errado, mas ele tinha tanto medo da Inquisidora que se encolheu e sentiu que estava traindo Clary.

–Com as mãos.

–Ah... Com as mãos. –A inquisidora repetiu como se aquilo não a surpreendesse, apenas a decepcionasse. –Certo... Obrigado Max. –Ela disse sorrindo para Max de lado, Max não retribuiu o sorriso.

Inquisidora voltou a perguntar coisas, para Jace, para Isabelle, para Simon e para Alec. Mas principalmente para Jace, que é quem estava presente na aparição do anjo, Jace disse tudo o que tinha ouvido e o que viu. Então a inquisidora explicou para todos que Clary era completamente perigosa e que foi um erro, te-lá deixado sair de Alicante, mas que não podia pensar em ninguém, mas capacitado em cuidar de sua filha/aberração do que Maryse e Robert, e isso daria um crédito a eles na Clave. Jace ouviu o que aquela mulher falava e das experiências que havia tido com a filha, ela explodindo com 8, fazendo seu irmão flutuar com 10, conversando com passarinhos (no sentido das duas vias, até passarinhos que não chegavam perto de humanos conversavam com ela e falavam) com 11 e o depois com 15 pegando fogo enquanto dormia, Jace apenas achou que a mulher tinha ficado louca com tudo que havia acontecido com Clary, mas ouviu o medo, o terror e o anseio que Jocelyn tinha para com sua filha, como qualquer mãe teria, só que mais intenso.

Quando Clary e Jonathan entraram, Clary pirou, ela viu a mãe e se não fosse por Jonathan ela teria pulado em cima da mãe, Jace acho a atitude desnecessária, mas ouviu Clary falar para Jonathan:

–Jonathan, ela... Ela... –Clary disse olhando para a mãe, Jace viu raiva, viu dor e viu lembranças nos olhos de Clary.

–Sim, sim, é ela... E ela é a nossa mãe Clary. –Jonathan disse abraçando a irmã por trás a segurando. -Por favor não complique as coisas para o seu lado, vamos, conte tudo a eles do jeito que você prometeu. –Jace se assustou, Jonathan nunca havia sido mais delicado e educado do que Jace ouviu até hoje.

–Mas, Jonathan depois de tudo, você vai estar do lado dela? –Clary pareceu indignada.

–Eu não estou do lado de ninguém Clary! Estou apenas tentando te livrar de uma punição totalmente desnecessária, fale.

–Sim, Clarissa ouça seu irmão, ele é um pouco mais sábio que você. –Jocelyn disse olhando para a filha inexpressiva, mas Jace viu um traço de medo em sua face.

Depois que Jace ouviu toda a história do anjo, e de como, Maryse e Robert ficaram apavorados em ver as costas de Clary de perto, Jace tinha certeza que nelas tinham cicatrizes, como as dele. Clary foi embora passando pelo o irmão e pela a mãe sem falar nada, de cabeça baixa. Jace ainda estavam espantado em como o nome da inquisidora saia tão naturalmente e friamente nos lábios de Clary, Jocelyn. Jonathan a chamando de, mãe... Era tudo muito diferente no comportamento dos dois com a mãe.

Jonathan esta preparado para seguir sua irmã, quando Jocelyn o parou.

–Jonathan, deixe sua irmã.

–Mãe, ela pode...

–Ela está segura aqui dentro e tenho certeza que ela não será tola de sair quando sabe que agora todo o submundo está procurando por ela.

–Eles não sabem quem é ela. –Ele disse para mãe.

–Sim, sabem. –A mãe de Jonathan disse assentindo, o filho era um pouco maior que a mãe, apenas suspirou e assentiu. –Venha, preciso conversar com você em particular. -Ela disse tão suavemente que assustou Jace, a suavidade que ela tratava o filho e ao contrario da filha a rigidez. Jonathan e ela saíram do escritório, e Izzy foi a primeira a falar:

–Puxa... Eu nunca pensei que, Clary fosse... Metade anjo. –Ela disse praticamente com inveja. –Metade fada talvez, mas anjo... Chega a ser ridículo. –Ela disse bufando.

–Com inveja Izzy? –Jace perguntou sorrindo de lado. Izzy bufou, Jace sabia que havia um pouquinho, sim.

–Em ser uma aberração? Não obrigada.

–Ela não é uma aberração. –Foi Max que falou antes mesmo de Jace se pronunciar, ele se levantou e olhou para os 4, Jace, Alec, Simon e Izzy. –Se vocês não se lembram, ela salvou Jace de ter uma lamina serafim enfiada na mão, e me salvou de ser morto pelas as mãos de um Oni, ela pode ser qualquer coisa, perigosa, explosiva, mal humorada, mas não é uma aberração... Aberrações não salvam pessoas. –Max disse negando. –E vocês são uns estúpidos se acham que tudo que ela falou foi verdade, pode até ser todos os episódios que ela nos contou, mas tenho certeza que o medo dela fez com que a coisa seja mais assustadora do que parece. –Ele disse se referindo ao que a inquisidora falou para eles.

–Max, você ouviu a mãe dela... Ela é perigosa. –Simon disse se inclinando para a criança.

–Não, ela não é, ela pode ser perigosa para quem quer machuca-lá e odia-lá, mas não para quem quer protege-lá e ama-lá. –E com isso, Max saiu da sala.

Todos ficaram em silencio observando Max sair, até os pais de Max que ouviam a conversar ao longe observaram a atitude do filho a distancia... Pela a primeira vez na vida de Max, ele tinha sido mais adulto do que todos naquela sala, Jace sabia que ele tinha razão, Clary não era perigosa, ela não podia ser, cada vez que ele olhava para ela, principalmente nas ultimas horas, ele sentia que devia abraça-lá, protege-lá e mante-lá escondida, para que ninguém viesse a machuca-la. Clary parecia tão frágil e inocente que Jace suspirou e no fundo concordou com Max.