Fogo! escrita por Kika Honeycutt
Notas iniciais do capítulo
A P"Saiko é uma banda fictícia criada por Aislyn, Kaline, Litha, Nii e eu (Kika), logo, eles nos pertencem.
Takeo se levantou cedo. Estava empolgado com a casa onde estavam e naquela manhã tinha decidido fazer algo especial para todos. Saiu do quarto que dividia com o vocalista, Hayato e já pode ouvir o som do baixo de Shibuya e a bateria de Jack no andar superior. Mas não se demorou no corredor, sabia que logo aqueles dois sentiriam fome e Hayato e Teruo acordariam famintos.
Desceu as escadas pulando alguns degraus e deu um “bom dia” animado para a governanta/empregada.
-May san! Ta linda hoje com essas... olheiras roxas … -O elogio foi morrendo conforme a mulher o encarava feio. - Dormiu não?
-Dormir? Dormir pra quê Shiroyama-san? -Ela perguntou irônica. -O trabalho nessa casa nunca acaba! Tantas roupas pra catar pela casa! Uma pilha pra lavar e passar! Louça suja que parece que um exército vive nessa casa! Dormir pra quê se vocês não dormem! Até as três da manhã com Asamura-san batendo naquele tambor!
Takeo evitou rir na frente da mulher tampando a boca com a mão. Havia imaginado Jack vestido de branco com vários colares de miçanga pendurado no pescoço e um turbante na cabeça batucando um par de tambores. Se afastando de mansinho deixou que a mulher continuasse reclamando sozinha na sala e chegou à cozinha.
Aquela cozinha era o máximo! Espaçosa com um fogão semi-profissional e as bancadas largas, conseguiria trabalhar nela sem problemas. Abriu a porta dupla da geladeira e encarou o interior retirando os ingredientes que precisaria para a surpresa que faria. Takeo queria fazer algo gostoso e também testar uma nova receita que tinha visto num programa de culinária e da forma como viu, parecia muito fácil. Seria um doce flambado.
***
Estava quase na hora de flambar a sobremesa quando notou que a cozinha começava a ficar mais agitada. Teruo foi o primeiro a pedir licença para pegar um prato no armário do canto. Depois Hayato passou estalando um beijo no rosto de Takeo e um “Ohayo” animado e quase esbarrando com Teruo, abriu a porta da geladeira para pegar seu suco. Já Shibuya esperava que um dos amigos saísse daquele canto para se servir de cereal. E Jack, bom, o Jack pedia para que Teruo trouxesse seu cereal o que fez o guitarrista voltar para o canto, empurrando Shibuya para um canto do espaço apertado e fazendo com que Takeo se afastasse um pouco do fogão.
-Ei Takeo, chega pra lá que não quero roçar em você. -Dizia Teruo.
-Ei ei ninguém vai roçar no Takeo aqui além de mim. -Hayato brincou beliscando o ruivo.
-Ei! -Takeo protestou se virando rapidamente e sem prestar atenção que uma gota do doce havia pulado pra fora da panela.
Foi o bastante para o fogo subir e se espalhar pelo conteúdo da frigideira.
Teruo e Hayato ficaram apreensivos observando e mesmo Takeo já esperando por aquilo, não evitou a surpresa. Jack ficou atento, mas Shibuya…
-Fogo!! -Gritou e pegou a garrafa com líquido mais próxima da sua mão.
-Jin, não! -Takeo falou, mas era tarde demais. O fogo subiu mais alto e espalhou pelo fogão. -Isso é cachaça! Álcool puro!
Jack ficou encarando o fogo que começava a subir alto. Teruo correu para pegar um pano e começou a bater no fogão tentando espantar o fogo e Hayato colocou as mãos sobre a cabeça sem saber o que fazer.
-Usa água!! -Jin disse enchendo um copo e jogando na direção do fogão, mas acabou acertando em cheio a cara do guitarrista moreno. Teruo parou de bater no fogão com o pano para encarar o baixista. -Gomen ne, Teruo chii.
-Jack! o extintor! -Takeo pediu e o baterista se levantou indo até o fogão. -Jack?
-Precisamos de um bombeiro!! -Hayato teve a ideia óbvia, mas o que fez a seguir foi olhar ao redor como se procurasse pelo bombeiro.
Jack encarava o fogo subindo com um brilho estranho nos olhos. Teruo deixou de ameaçar Jin quando percebeu que estavam perdendo um pano de prato para o fogo e Hayato parecia andar pra lá e pra cá da cozinha ansioso e resmungando que estavam colocando fogo na casa e que seriam todos queimados vivos. Takeo suspirou e tomou a atitude de correr até a área de serviço e voltar com um extintor de incêndio na mão. A mangueira apontada para o fogão e quando chegou perto largou o dedo na válvula enchendo a cozinha com a fumaça branca.
Quando o pó baixou os cinco músicos encaravam o fogão mudos, brancos e atentos ao menor sinal de fogo. Um estalo e Takeo largava um novo jato do extintor.
Uns cinco minutos se passaram até terem certeza de que não haveria mais fogo e de que o doce flambado estava arruinado.
-Bom… Ainda temos cereal… -Shibuya comentou.
Todos encararam o baixista que teve a leve sensação de que sua vida corria um sério risco se não fosse a campainha tocar antes que qualquer ameaça fosse dita contra o rapaz. Hayato atendeu a porta e lá estava um homem vestido de amarelo com um extintor na mão.
-Onde é o incêndio?! -ele perguntou.
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