Red escrita por Kori Hime


Capítulo 8
Do you got to do it well


Notas iniciais do capítulo

Dia 8 - live and Let Die

Trabalhei apenas com uma frase da música, a do título.



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O trabalho fazia de Renji uma pessoa completa. Não é novidade que ele sempre foi esforçado e lutou para conquistar seu espaço. Na Academia, estava destinado a ser o melhor e provar para todos que sua origem não impediria ele de crescer e conquistar um posto importante no Gotei 13.

As coisas finalmente estavam se encaminhando bem. Era muita sorte ou apenas recompensa do trabalho duro? Não importa, o trabalho nunca acabava.

Estava nesse momento sentado no chão da sala, ledo um dos livros da Academia. O ponto fraco de Renji sempre foram os kidous, agora, como tenente da sexta divisão, ele precisava ser excelente se quisesse mostrar para o capitão que estava evoluindo.

Aquela noite, Byakuya prometera que visitaria Renji mais tarde para o jantar. Um peixe com batatas e rabanete estava no forno, a salada de agrião com rodelas e abacaxi já estava pronta e, é claro, arroz.

Renji preparou tudo com muito cuidado. Foi até o mercado e escolheu os melhores ingredientes com a ajuda de Matsumoto. Embora ela tenha se preocupado mais com o que Renji poderia comprar para beber, do que para comer.

— Você vai fazer um jantar especial para alguém? — ela perguntou e Renji desconversou, tentando não cair na conversa dela.

No fim das contas, Matsumoto escolher um saquê bom e nada muito caro.

Renji estava ciente de que Byakuya deveria ter uma reserva especial de saquês extremamente raros e deliciosos em sua mansão. Porém, se for para ficar pensando assim, jamais o convidaria para fazer nada.

O cheiro do peixe assado já dava para sentir muito longe dali. Renji fechou o livro de kidous e guardou na prateleira. Ele terminou de organizar a casa, acendendo um incenso relaxante. Assim que tudo estava pronto, Byakuya bateu a porta. Sua pontualidade era impressionante. Era exatamente nove horas da noite.

Jantar na companhia de Byakuya parecia ser um sonho. Renji se controlava para não parecer bobo na frente do capitão. E isso pareceu incomodar Byakuya.

— Por favor, seja você mesmo. — foi o que disse a fim de tranquilizar o rapaz.

— Sim, senhor. — Renji respondeu prontamente com uma leve reverência, fazendo Byakuya deixar para depois como eles poderiam se tratar na intimidade, talvez ainda fosse cedo para falar disso.

— Sua casa é muito confortável. — Byakuya comentou, terminando o jantar. Renji agradeceu e tentou servir mais um pouco de arroz, entretanto, o capitão já estava satisfeito.

— Quer conhecer minha plantação?

— Perdão?

— A minha plantação, tem hortelã, agrião, algumas flores. Eu estou querendo colocar uma fonte pequena. Na verdade eu queria um lago com carpas. Acho muito bonito.

— Eu costumo caminhar a noite pelo jardim, o lago é bastante acolhedor. Um dia eu posso convidá-lo para passear comigo.

— Jura? Seria incrível. — O sorriso de Renji fez seu rosto iluminar, ele se levantou e estendeu a mão para Byakuya. — Venha ver.

Kuchiki se levantou de forma tranquila, sem sequer deixar que seu traje amassasse. Para chegar até a plantação, eles precisavam atravessar o quarto de Renji. Não era grande, um espaço suficiente para um futon, prateleiras na parede com livros e um baú de madeira. O que chamou a atenção de Byakuya foi uma prateleira destinada para uma coleção de óculos.

— Espere, senhor, eu vou pegar um par de sandálias para o senhor não sujar suas meias. — Renji abriu o baú para pegar as sandálias. Estavam bem protegidas em um pano branco. Com cuidado, o ruivo desenrolou as sandálias e as calçou nos pés de Byakuya.

— Obrigado.

— Não deve ser nada muito atraente para alguém como o senhor que tem um jardim, mas eu cuido de tudo sozinho, as vezes a Rukia me ajuda, ela gosta de mexer com a terra, o senhor sabia?

— Hmm, não.

Renji segurou a mão de Byakuya por todo o trajeto. Ele explicava como cuidava das plantas e fazia perguntas que Byakuya respondia de maneira curta, fazendo o ruivo pensar que estava entediante o passeio.

— Sinto muito, meu jardim deve ser a coisa mais tediosa que o senhor já viu.

— Eu não disse isso.

— Não precisa dizer, eu sei.

Byakuya levou a mão até o queixo de Renji, foi um toque suave.

— Você faz tudo com tanto esmero. Eu jamais seria capaz de cuidar do meu jardim sozinho, nem se ele fosse desse tamanho. Você sempre me surpreende.

O coração de Renji dava piruetas e só não saiu pela boca porque ele estava ocupado demais tomando os lábios de Byakuya, num beijo esperado por ambos.

Como eu disse, o trabalho completava Renji. Mas agora ele sabia que Byakuya era um pedaço importante para que pudesse se sentir completo.


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Notas finais do capítulo

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