Alma Gêmea escrita por Yumenaya


Capítulo 4
Inquietação




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  FlashBack On    

 

 

- Aya pára de usar as minhas coisas, tá? - Mamãe me repreendeu por estar usando as maquiagens dela. Mas eu nem ligava, somente ignorava. 

Estava me arrumando para sair com uns amigos, pra balada. Daqui a pouco meu melhor amigo passaria para me pegar, Jacob Black, ou melhor Jake. 

Minha mãezinha tinha acabado de chegar, tinha falado com meu paizinho, depois da suspensão do ensaio fotográfico.
- Como foi com o velhinho? - Disse me referindo ao meu pai.
- Mais respeito mocinha, é o seu pai. - Ela tentava me repreender? 
- Hãm, se ele parece meu avô, querida, a culpa é sua, não minha. - Me levantei de frente da sua penteadeira, e fui para a sala. E ao contrário do normal, fui eu quem a censurei - O que ele quer agora?
Ela me seguiu, ficando em frente à adega. Peguei uma taça de vinho, e tomei um pequeno gole.
- Agora ele veio dizer que eu não sou uma boa mãe. - Ela dizia enquanto me observava bebericar o vinho. 
- Hãm. Bom, com isso ele tem razão. - Me sentei no sofá vermelho, e tomei mais um pouco para me refrescar.
- Como pode dizer uma coisa dessas, Aya? - Ela estava magoada, ótimo!
- Mãezinha, deixa de ser tão sensível. Olha, por sorte eu sei sobreviver à você. Então diz para aquele velho, que pode voltar sossegado para a Europa e parar de amolar.
- É isso que ele vai fazer, mas impôs certas condições - Ela enxugou uma lágrima que tinha acabado de escorrer.
- O que ele quer que você faça? - Falei só por perguntar, não estava nem aí.
- A coisa é com você, filha. - Ela falou angustiada, e se sentando ao meu lado. Em seguida tocou meu cabelo.
- Comigo? Esse homem quer o que comigo? - Me afastei dela, para ver sua expressão, e entender o que estava acontecendo na realidade.
- Ele tem certos direitos... - Ela falava pensativa e muito inquieta - É seu pai, não é? Apesar de ter sumido tantos anos, a lei o protege e... Ele pode reclamar sua guarda, Aya.
Ah, ela estava preocupada com isso? Fala sério! Meu pai largou minha mãe, quando soube que estava grávida, nunca mais me procurou. Só quando tinha 10 anos, ele falava que eu era uma pedra na sua vida. Iria atrapalhá-lo, pois desde pequena nunca fui uma menininha meiga, carinhosa, e principalmente educada. Ele queria uma princesa, com modos, e essa realmente não era eu.
- Mãezinha se é por isso não se preocupe. Mandamos os melhores advogados e num dia teremos o dinossauro fora de nossas vida. - Entenderam? Dinossauro, antigo, velho. HAHÁ, ri com a minha piada.
- Não, não quero problemas com advogados. Com essas fotos que vão sair na revista e... Com os juízos que temos, corro o risco de te perder, Aya. Não, prefiro fazer o que ele pede. É a coisa certa, filhinha.
- E o que ele pede? - Pense pelo lado bom, não deve ser nada demais.
- Quer que você tenha uma melhor educação, Aya.
- Diz para esse senhor que eu estou bem educadinha. E sei, muito mais sobre a vida, do que qualquer uma garotinha da minha idade. 
- Ele fala sobre outro tipo de educação. Ele quer que eu te matricule num internato.
- O quê? É brincadeira, não?
FlashBack Off        
Terminei de dançar, fazendo uma pose. Todos estavam dançando junto comigo, era ótimo! Se era para ficar nesse convento, é melhor aprontar e muito! Meu papizinho querido, irá se arrepender de ter imposto essa condição. Ah, se vai. 
O diretor Henrique Gandía, tentava numa atitude desesperada fazer com que as alunas parassem de dançar, gritar e tirar as roupas. É, com o meu streap tease, as outras garotas começaram a tirar a roupa. Mas, para a infelicidade delas, os garotos não tiravam os olhos de mim. Também né, ninguém conseguiria desviar os olhos de meu magnífico corpo escultural. Convencida eu? Magina. 
Até mesmo a Josy, minha mais nova "amiga" - detalhe: ela só andava comigo, porque queria aparecer, era uma falsa - pensava que me enganava com o seu jeitinho, mas ninguém engana Aya Colucci. Voltando ao assunto inicial, ela também estava tirando sua roupa, mas ao contrário de mim, ninguém olhava para ela - talvez seja por ela ser, digamos assim, que um pouco fofinha, porém no sentido contrário que minha mãe Alma diz. Saí do palco sobre aplausos de todos os alunos. "Parece que eles gostaram da minha dancinha sensual", pensei comigo mesma. "Não, eles são só um bando de tarados, isso sim" pensei enquanto fui me trocar, ainda bem que eu trouxe uma roupa reserva, pensei comigo mesma. Vesti a roupa e saí, à procura de algo para fazer. Todo mundo me cumprimentava alegremente. Vi meu adorável paizinho vindo em minha direção e bufei.
- O que você quer? - Falei de um modo grosso para que ele percebesse que eu não gostava nenhum pouco da sua companhia.
- Sou seu pai, filha. Não faça assim, tenha mais educação.
- Não tenho pai, ele morreu assim que nasci. - Falei curta e grossa. 
- Eu te sustento, sou seu pai, filha.
- Seu dinheiro ainda está na conta, se quiser eu te dou a senha e pode pegar todo o seu dinheiro. E aliás, não sei se lembra, os desconhecidos como você - Apontei para ele - me chamam de Aya.
- Ok, Aya, eu queria lhe pedir para que não aprontasse mais nada. Caso ao contrário correrá o risco de ser expulsa dessa escola. - Então se eu aprontar, vou ser expulsa. E sair dessa escola, uebá!
- Tá legal, era só isso? Então tchaau! - Acenei. 
ㅤEle se hesitou, como se fosse me abraçar ou algo do tipo.
- Ah, e nem tente vir me abraçar se não eu grito, ok? - Falei enquanto abria um sorriso maroto, e saí andando pela escola.
ㅤPela minha visão periférica, percebi que um garoto vinha em minha direção. Ignorei e continuei andando. Peguei alguma bebida qualquer. Quando ia tomar um gole, senti duas mãos se passando em minha cintura.
- Aai! - Gritei - Seu tarado, vai agarrar a vovozinha! - E me virei para ver quem era o abusado, e lhe dar um tapa na cara. 
Ele era moreno, tinha os olhos castanhos escuros. Reconhi era Diego Bustamante; o garoto mais popular da Elite Way School. Todas as garotas gostam dele, menos eu. À alguns dias atrás - quando cheguei nessa infeliz escola - ele tentou me xavecar, com um papo barato, mas não conseguiu e agora fica me perturbando.
- Calma gatinha, adorei o jeito que você dançou lá na palco. Era para mim? - Falava com um sorriso convencido na cara.
- Ah, vai sonhando Diego. Nunca que eu ia dançar para você, nunca! Entendeu? Agora tira essas patas imundas de cima de mim, antes que eu grite pedindo socorro.
- Calma, calma. Relaxa Aya. - Ele tirou as mãos da minha cintura, e quando eu ia continuar a andar. Ele me agarrou pelo punho. - Sabia que você fica ainda mais linda nervosinha?
Isso foi a gota da água, não aguentei. Juntei todas as minhas forças, e lhe dei um tapa em seu rosto. Pensei que aquilo iria irritá-lo, mas, ao contrário ele abriu um sorriso.
- Odeio você, Diego Bustamante! - Falei mais alto, talvez alguém escutasse.
- Aya, o ódio é um tipo de amor. Sinto que no fundo você me ama.
Era o que me faltava, resolvi aprontar algo, ele era filho de um político corrupto muito famoso, e está marcado para a vida política.
- SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDE, ESSE TARADO ESTÁ ME AGARRANDO! - Gritei feito uma louca, todos olharam para nós assustados. Léon, pai de Diego veio em nossa direção.
- Diego, largue essa garota, agora! Se não... - Ele falava rígido. Diego no mesmo momento me soltou, antes mesmo de Léon terminar a frase. O pai de Diego saiu de lá acompanhado por sua mulher Mabel, uma pirua.
Diego ficou parado. E lançou um olhar com fúria na direção que seu pai havia ido.
- Aya, você ainda será minha. Ou não me chamo Diego Bustamante.
- Então desista, eu nunca serei sua! - Falei irritada, e meu lado infantil venceu. Mostrei à lingua.
Ele riu, e saiu de lá indo em direção até um grupo de meninas oferecidas, entre elas estavam Sol de la Riva, Vick Paz, e várias outras.
- Oi, tudo bem? - Uma garota baixinha, de cabelos repicados e incrivelmente linda me cumprimentou com um sorriso enorme. - Sou Alice Cullen, prazer.
- Hey Alice, sou Aya Colucci, prazer - Abri um sorriso simpático. Não sei porque mas sentia que já conhecia ela.
- Hm, eu adorei a sua bota, aonde comprou? - Alice perguntava enquanto olhava para meu mais novo sapato com um sorriso. Ela gostava de moda.
- É da Versati. Uma coleção feita exclusiva para mim. - Falei orgulhosa, afinal essa marca era conhecida no mundo inteiro. E, admito tenho uma quedinha por roupas. A amiga da minha mãe, era estilista e dona da Versati, por isso ela fazia algumas coisas para mim.
- Nossa, sério? Depois deixa eu ver as suas roupas? - Alice fez uma carinha de cachorro sem dono, que não tinha como negar.
- Claro. Se quiser algumas roupas pode pegar. - Ela ficou muito animada ao escutar isso, e eu fiquei feliz por deixá-la feliz. Isso era estranho.
- Seremos grandes amigas, Aya! - Ela falava convicta enquanto pulava de alegria, fiquei inquieta, aquilo não me era desconhecido - Vem conhecer minha família.
Ela me puxava pelo salão, foi então que me deparei com...

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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo Aya conhecerá os Cullens, e reencontrará sua cara-metade. Mas para isso eu quero Reviews, combinado? E ah, o que estão achando dessa fic?



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