PEV - Pokémon Estilo de Vida escrita por Kevin


Capítulo 45
Capítulo 44 – Decisão


Notas iniciais do capítulo

Galera!!!
Esse é o FIM!



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Pokémon Estilo de Vida
Saga 03 – Guerra
Etapa 08 – Tempo



"O tempo muda tudo, acalma tudo, melhora tudo!
Mas o tempo não apaga nada, não resolve nada, não facilita nada!
E já que ele não se decide entre nos ajudar ou nos atrapalhar,
por que é que ninguém consegue dar um tempo no tempo?"



Capítulo 44 – Decisão



– O-Obrigada! -



A respiração era difícil e o tremor na voz era tão nítido que qualquer pessoa diria que o perigo ainda não havia passado. Se um Arcanine preso a uma corrente fosse um perigo a ser levado em conta.

O jardim do palácio era um local gigante para uma criança explorar por dias, até aprender sobre os segredos de cada pedaço de lugar que existia ali. Mas, pessoas como Riley não eram exatamente aventureira para desbravar lugares desconhecidos, mesmo que fosse o próprio quintal.



– Você realmente não estava em perigo para me agradecer. -



Os cabelos loiros estavam preto em um rabo de cavalo. Maya abaixou-se junto a amiga que estava caída a poucos metros de distancia. O Arcanine que avançou contra a morena, fazendo-a cair, não conseguia chegar perto dela, já que a corrente não deixou ele se aproximar. E após receber um bronca da menina loira que surgiu de repente, simplesmente afastou-se.



– Você está sempre me salvando! - Disse Riley em voz alta, negando o que a prima havia acabado de dizer. - Eu ... eu… -

A menina começou a chorar. Enquanto Maya segurou uma pequena risada. Realmente ela realmente estava sempre salvando Riley de encrencas ou situações complicadas. As vezes ela mesma colocava a pria e melhor amiga nas situações problemáticas, mas de alguma forma nunca pensou naquilo até aquele momento.



– Somos amigas! É o que as amigas fazem, não é? Foi o que seu pai nos ensinou, não foi? -



– Mas… Eu não consigo fazer a mesma coisa por você. - A morena choramingou. - Nunca vou conseguir fazer nada para te proteger. -



Maya caminhou em volta da amiga, analisando-a, como se pensasse na possibilidade dela algum dia salvá-la. De fato, Riley era tão frágil e inocente que se ela precisa-se ser salva de algo não saberia o que fazer.



– Você vai! - Ela sorriu para a amiga. - Não posso dizer como isso acontecerá, mas sei que se puder fazer algo por mim em algum momento irá. - Ela riu. -Apesar que duvido que você vá se lembrar de mim quando ficar apaixonada. -



Riley levantou-se sacudindo a cabeça em uma negativa forte. Maya estranhou aquele súbito levantar dela. Era a primeira vez que presenciava-a daquela forma.



– Esquecer você por causa de um garoto? Nunca! - Riley foi até a prima zangada. - Eu vou algum dia ser capaz de salvá-la! -



– Você é uma fofa! - Sorriu Maya. - Mas, espero que não tenhamos que correr perigo de verdade para me salvar.! -



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Eu sempre vivi com medo! Via e escutava tantas coisas estranhas e horríveis naquele palácio em que vivi mais da metade da minha vida que eu não tinha certeza se o mundo tinha algo de diferente, algo de bom. Meus pais tentavam me convencer de que o mundo era um lugar belo e eu fingia que acreditava neles, pois além deles tinha Maya.

Não sabia qual seria o meu destino vivendo com pessoas tão violentas e me perguntava porque eu não era como eles. Era estranho que eu agisse diferente da maioria das pessoas em minha volta, pensasse o contrário do que eles pensavam. Por diversas vezes eu acreditei que fosse a influencia e determinação de maus pais que superava a influencia de todo o império, mas também havia a influencia de Maya.

Quando ganhei o mundo e descobri que a vida era mais do que os Países Livres queriam impor a sua população, Maya esteve lá para me ajudar a viver cada minuto. Quando encontrei o amor da minha vida e pensei que teria que abrir mão dele por ela, ela me deu total apoio para ser feliz com ele o pequeno tempo que nos restasse.

Ela sempre foi meu porto seguro e agora está morta. A ficha que ela morreu não caiu com o mesmo tempo que a do Kevin. Apesar de vê-la morrer pela bala da arma do irmão, acho que me recusei a acreditar nisso por muito tempo. Pensava somente em Kevin porque… Eu não queria parar para pensar que minha irmã havia morrido. Era mais fácil evitar pensar nisso porque Kevin morrendo era uma dor muito grande, mas era apenas uma pessoa que eu perdia. Agora, Maya morrendo da forma que morreu, eu perdia ela, eu perdia a imagem que ainda tinha de Roger, porque jamais poderia pensar nele da mesma forma de novo. Perdia qualquer chance de aceitar voltar aos Países Livres.

Aquele vídeo me deixou alarmada. Eu poderia salvar Kevin e Maya. Pensei em Kevin primeiro, foi instinto. Eu não parava de pensar nele, como ainda não consegui parar. Mas, o nome dela cresceu na minha boca me fazendo perceber que eu estava simplesmente tentando ignorar que ela morreu.

Eu nunca pude fazer nada de importante para ela, realmente. Tudo o que vivi, cada momentinho de felicidade que tive ela estava comigo, fazendo parte dele, as vezes até sendo o momento. Mas, eu nunca pude igualar as ações delas por mim. Proteção, carinho, zelo, companheirismo e sacrifício. Sim, ela estava sempre se sacrificando por mim. E agora, eu posso me sacrificar por ela.



Se salvar a Maya, você morre! Eram essas as palavras proferidas pela boca de Celebi para Riley no meio daquela madrugada. Ela havia ficado muda por algum tempo, bem como o pokémon lendário que flutuava em meio ao quarto, esperando que a menina reagisse ao que havia sido dito.



– Eu aceito. -



Celebi que a todo o momento havia permanecido sério pareceu se assustar com a fala da menina. Dobrou a cabeça de lado demonstrando estar confuso com aquela resposta da jovem Mevoj. Ela parecia tão serena que não parecia estar ciente do que estava falando.



– Sempre achei interessante os seres humanos, apesar de conseguirem enlouquecer com muita facilidade. - A voz de Celebi voltou a ser emitida. - Por isso, nunca falo com os seres humanos com palavras. Quando preciso falar com eles, mostro tudo telepaticamente. - Ele abaixou-se até a altura da menina, para poder encará-la de frente. - Nem mesmo com Kevin, com quem tenho contato de longas datas, ouso me comunicar com falas. Ele é um dos mais loucos que já vi. Mas… - De repente Celebi sorriu. - … Você é diferente. -



Riley escutou tudo aquilo calada. Estava cansada de chorar, exausta para tentar entender o que ele estava dizendo e se não podia ter Kevin, ao menos traria Maya de volta. Se sua vida era necessária para trazer a amiga de volta, ela faria. Amava a amiga e seria a primeira vez que poderia fazer algo que realmente era importante por ela.



– Acabei de dizer que você é a primeira pessoa com quem realmente converso e não tem nada a dizer? Nada a perguntar? - Celebi pareceu surpreso. - Não vai nem perguntar se não existe jeito de salvar Maya sem que você tenha que morrer? -



– Eu… - Ela não queria mais chorar. Mas, sabia que as lagrimas estavam ali, prontas para rolarem quantas vezes fosse permitido. - Desculpe não conseguir ser atenciosa com você. Talvez eu esteja sendo rude pedindo para salvar alguém para mim, sem que ao menos eu te escute direito. - Riley suspirou. - Amo a Maya. Ela morreu tentando proteger a mim e a Kevin e… Vai ser a primeira vez que poderei fazer algo pela minha amiga. Algo que realmente importa. -



Riley sabia porque não havia chances dela sobreviver se Maya fosse salva. Lembrava-se perfeitamente de sentir o calor do corpo de Kevin enquanto ele a carregava e a arma que Roger apontou para eles. Maya foi para a frente da arma enquanto ela disparava e isso criou o ferimento fatal. Se Maya não entrasse na frente da bala ela seria atingida. Ou seja, Maya mais uma vez salvara Riley.

Salvar Maya significava, de alguma forma impedir que Maya salvasse Riley. Então a morena compreendia perfeitamente a situação. Celebi atenderia um pedido e era interferir para que Maya não morresse, não poderia esperar que o pokémon criasse uma segunda interferência para salvá-la em seguida.



– Sempre soube que você era a melhor parte dessa equação. -



Celebi levitou um pou para o alto, enquanto Riley franzia o cenho sem entender o que ele havia querido dizer.



– Kevin te explicou três teorias sobre a viagem no tempo, onde todas são verdadeiras dependendo de onde e como você interfere no passado. - Celebi observou se ela o olhava. - Também te falou sobre poder salvar quem quisesse e quantas pessoas quisesse dependendo de onde se interfere no passado. Logo, você não precisaria morrer para salvar sua amiga, mas… -



– Mas? - Riley lembrou-se cada palavra de Kevin.



– Mas, ele não falou sobre uma regra máxima, uma quarta teoria. Mas, é compreensível. Ele estava para morrer, cansado e queria aproveitar sua chance de se despedir. - Viu que Riley abraçou os próprios joelhos. - Existe uma entidade chamada Morte que coleta as almas daqueles que morreram. A ela não se engana e não se trapaceia. Com ela não se brinca, não se barganha e não se escapa. -



Celebi falava com calma, sua voz parecia penetrar no ambiente, preenchendo todo o ambiente e causando um certo arrepio em Riley.



– Então é preciso que naquele momento que Maya morreu, a morte veio e levou uma alma. Salvando-a, outra alma terá que ser levada no lugar da dela. Ela veio para pegar a de Maya, mas pode levar outra e neste momento ser enganada. -



– Então ela seria enganada. Você disse que não se pode enganá-la. -



Riley pareceu confusa.



– Eu disse que a ela não se engana. Eu não disse que ela não pode ser enganada. - Comentou Celebi. - Se você vislumbra o futuro e sabe que alguém vai morrer e a salva, não foi engano. Ela veio para pegar uma alma que ainda não sabia qual era. Levará outra por um motivo semelhante, ou qualquer outro. Mas, no nosso caso, não vislumbramos o futuro, mudaremos o passado e ela levará alma de outra pessoa no lugar de Maya e em seguida, quando perceber que o passado foi alterado virá atrás dos responsáveis. -



– E o que acontecera? - Questionou Riley.



– Comigo nada, mas tudo depende do tipo de consequências que nossa interferência fizer. Ela pode ir atrás de Maya, pode ir atrás de milhares de pessoas, pode simplesmente aceitar que a alma que levou no lugar de Maya como uma alma valorosa. - Celebi parou. - Por isso, você tem que me dizer quando, onde e como salvar Maya. -



Ela respirou fundo sentindo o peso de tudo aquilo. Não era tão simples assim salvar Maya, não era apenas sacrificar-se por ela. Tinha que sacrificar-se, mas tinha que garantir que o momento de interferência fosse perfeito.



– A interferência precisa ser o mais sútil e imperceptível possível. - Comentou Celebi.



Fechou os olhos e deixou algumas lágrimas rolarem, não acreditando naquela situação. Não tinha ideia do que fazer. Pensava em a cena de Roger empunhando uma arma e apontando para ela e Kevin. Ela sem nenhuma defesa, ficando tudo surpresa com o que acabara de presenciar. Kevin sem muita ação diante a tudo e ainda a carregando e Maya ali sendo a única parecendo ser a que poderia tomar uma ação. Que tipo de interferência poderia tomar? Fazer uma pessoa aparecer? Terminar com as balas da arma de Roger?



A bala. Talvez aquela bala fosse a solução. Se ela atingisse outra pessoa… Mas, nesse caso… Eu teria que pedir que a bala fosse gasta antes? Mas, será que… espera… O que ele disse de eu ser a melhor parte da equação? Riley abriu os olhos encarou Celebi por alguns instantes.



– O que você quis dizer com eu ser a melhor parte da equação? - A morena perguntou esperançosa. - Se eu me concentrar eu posso sonhar com o momento que eu devo interferir como tenho sonhado com situações estranhas que nunca vivi com Kevin, mas parecem tão reais? -



Celebi pela primeira vez ele sorriu desde que aparecera após a viagem no tempo.



– Kevin saiu de uma competição internacional chamada Quest Liga, certo de que queria ser Médico Pokémon. Foi aprovado no vestibular da Universidade Pokémon de Khubar, mas teria que esperar um ano para fazer o curso. Neste um ano ele se preparou para casar. -



– O que? - Riley exclamou sem entender. Kevin nunca havia dito aquilo para ele.



– O casamento de Kevin Maerd Júnior com uma enfermeira Joy foi anunciado por muitas regiões e chegou aos ouvidos dos Países Livres. No dia do casamento, no meio da cerimônia, Lord Empalador invadiu o local com seus guardas e revelou toda a história de Lúcia Kirian e a promessa de que seu filho se casaria com a filha de uma amiga dela nos Países com a pena deles morrerem caso tudo isso não ocorresse. O casamento foi interrompido e a família Maerd soube que eles não morreriam, já que nunca souberam da promessa da mãe, mas que outra família sim. Então Kevin aceitou se casar para salvar a família amiga da mãe. Fez o curso de medicina, nunca mais viu Joy e então casou-se com você. -



Celebi não parou de falar e Riley percebeu que nunca ficara sabendo nada daquilo pois aquilo parecia nunca ter acontecido.



– Mas, dois anos se passaram e vocês continuaram como estranhos. Nunca foram um casal ou mesmo consumaram o casamento. Kevin casou por obrigação e não conseguia vê-la como alguém que poderia sequer ter um afeto e a mesma coisa acontecia com você, especialmente porque você não estava querendo que seu filho viesse a ser cuidado por uma louca como a imperatriz. Kevin passou a estudar um jeito de interferir no passado sem causar problemas e acabar com aquele casamento arranjado e o mundo seguia, com os dois ignorando um ao outro. - Celebi parou e viu Riley estava perplexa com as falas de Celebi. - Em um momento em que Julia Maerd foi se casar e receberam permissão do imperador para irem até o casamento, você adoeceu no caminho e Kevin cuidou de você. Foi então que todo o gelo entre vocês quebrou e começaram realmente a ser um casal. Mas, o casamento de Julia Maerd nunca aconteceu já que criaturas demoníacas tentaram dominar o mundo, metade da população foi exterminada e uma batalha pela defender o que restava foi travada com quem ainda estava vivo, o que incluía Kevin. Mas, eles perderam e Kevin antes de morrer resolveu usar o desejo que eu dei e eu voltei o tempo. -



Riley levantou da cama com o silêncio feito pelo Celebi. Ela tentava processar o que havia sido dito. Parecia compreender que Celebi voltou o tempo a pedido de Kevin para salvar o mundo, mas o fato de saber que já haviam se casado, que não conseguiram se entender, que a felicidade deles, quando se entenderam, durou pouquíssimo tempo, atrapalhava os pensamentos. O pior era saber que Kevin havia pensado em voltar o tempo para que eles jamais tivessem que se conhecer, sequer se casar.



– Kevin voltou o tempo para que não tivéssemos que nos casar… - Parecia que aquela informação havia ficado muito mais gravada em Riley do que qualquer outra.



– Não. - Disse Celebi. - Ele começou a estudar viagem no tempo por causa disso. Mas, quando fez o desejo após perder a batalha contra os demônios, ele não o fez para impedir que virasse seu prometido, e sim para estar preparado para aquela batalha para poder te salvar. -



–Ahn? - Riley parou de andar pelo quarto ficando confusa. - Mas, você disse que… -



– Veja bem! Ele começou a estudar a viagem no tempo para não ser seu prometido. Mas, se apaixonaram e ele desistiu. E ai os demônios vieram e quando perderam a batalha decisiva ele vou o tempo, sabendo que você morreria depois que ele morresse. -



Riley respirou fundo deixando que sua mente processasse tudo aquilo. Por um minuto havia pensado que Kevin se matou para não ficar com ela naquela nova realidade. Mas, preferiu confiar no que sentia por ele, não que sentia que ele sentiu por ela e nas palavras de Celebi.



– Agora veja… -



De repente diversas bolhas de sabão iluminadas surgiram em pleno ar. Riley assustou-se e segurou um grito e ficou olhando o que estava ao seu redor, tentando compreender o que estava acontecendo. Observou que imagens passavam nas bolhas, imagens de Kevin e outras pessoas como Maya, Livia e Julia. Eram batalhas, momentos românticos e coisas que ela não compreendia.



– Essas são as realidades que eu alterei. - Disse Celebi. - Por vinte seis vezes o pedido para que o tempo voltasse para evitar alguma coisa catastrófica. A primeira foi a que te contei e ele descobriu que ele precisava ser mais forte e estar mais preparado para impedir que o mundo acabasse com a invasão de demônios, que na verdade são pokémon que surtaram e resolveram dominar o mundo. - Celebi percebeu que Riley observava as imagens de uma bolha outra. - Todas vezes que Kevin interferiu nas realidades foi no mesmo ponto, após Kevin passar no vestibular. A primeira interferência fez com que Kevin em vez de se casar fosse a uma jornada pokémon nova antes da faculdade, mas ai você morreu. A segunda vez Amanda e Juliana foram viver com ele e Joy e Julia morreram. -



– Eu tive um filho? - Riley olhava algumas bolhas que ela e Kevin estava próximo a um bebe. - Por que essas realidades foram alteradas? -



– Vocês tiveram um filho em duas realidades. Em um era menina parecida com você e em outra um rapazinho que lembrava muito o pai de Kevin, consequentemente ele. - Celebi comentou. - Em todas os demônios atacaram cedo demais. -



– Não pode simplesmente fazer eles não nascerem? Você já voltou o tempo vinte e seis vezes! - Riley parecia encantada com a ideia de ter tido um filho de Kevin.



– Lembre-se das regras sobre viagem no tempo. Eles nasceram milhões de anos antes de mim. Eu não posso interferir no nascimento dele, posso apenas ajudar a derrotá-los. Existe um grupo que monitora e tenta vencer esses demônios a muito tempo e Kevin faz parte dele. Mas, num futuro não muito distante eles vão tentar dominar, ou destruir, o mundo. Por isso voltei o tempo quando foi pedido, pois o mundo estava para acabar todas aquelas vezes. - Celebi parou. - Apesar que… a verdade é que eu tentei ir para o futuro, além do momento em que Kevin morre, mas não há futuro. Não consigo ver o que tem além. Kevin não é um herói que salvará o mundo sozinho, mas ele será o responsável por encontrar pessoas que salvarão o mundo. Ele morrendo antes de encontrar essas pessoas significava que o mundo não sobreviverá. Como nenhuma das vezes ele conseguiu todas as pessoas… - Celebi suspirou. - Seus sonhos tão reais são lembranças que você tem dessas vinte e sete realidades em que viveu e que conseguimos voltar o tempo de forma precisa para que elas se alterassem sem causar problemas. No entanto, algumas pessoas como você e Kevin são sensíveis a alterações temporais e acabam armazenando lembranças dessas realidades. Lembranças que só são ativadas quando entram em contato com as principais fontes das lembranças. -



Riley se lembrou que só quando beijou Kevin começou a sonhar com ele e a mesma coisa parecia ter acontecido com Kevin. Quando foi para Khubar começou a sonhar com o tiro que parecia á ter acontecido em outra realidade.

A verdade é que em outra realidade a situação já havia acontecido. Acontecido com ela, com Kevin e Livia. Por isso quando os três ficaram tão próximos em Khubar as visões da realidade do tiro começaram a surgir em forma de pesadelos. Quando a guerra começou Kevin e seu Luxray lembraram-se das batalhas que tiveram contra aquelas pessoas que tentavam matá-los.



– Por isso eu acredito que você é a melhor parte da equação e por isso resolvi conversar com você abertamente. - Comentou Celebi. - Aqueles que são sensíveis a alteração da realidade tendem a pirar com as imagens das lembranças. Roger finalmente pirou de vez, nessa realidade, se tornando um assassino. Na primeira realidade que ele surgiu eu nunca poderia dizer que ele viria a pirar e virar um assassino. Mas, você parece a única que fica intacta. Suporta, sem alteração do humor e personalidade, independente do que viva, e olha que você viveu coisas terríveis. -



– Eu… -



Riley olhou para ele durante alguns instantes pensando em falar sobre essa questão da sensibilidade a alteração temporal. Ele parecia querer confiar nela para alterar mais uma vez o tempo. Mas, havia algo que a perturbava e ele havia aumentado ainda mais o desconforto.



– Estou olhando as bolhas e não vejo Maya, Roger, Livia e outros em algumas delas. Achei que fosse apenas pelas bolhas exibirem cenas onde eles não estavam, mas você falou que Roger não parecia que viraria um assassino na primeira realidade que ele surgiu. Está dizendo que ele não existe em algumas realidades? -



Celebi apenas balançou a cabeça afirmando. O pokémon percebeu que Riley não entendia como aquilo era possível.



– Pense em um lago tranquilo. - Disse Celebi. - Se você joga uma pedra, ou mesmo toca suavemente com um dedo, você acha que as ondulações vão para qual lado? -



– Para todos. - Disse Riley sem entender.



– Assim acontece com a linha do tempo. Uma das coisas que as pessoas não compreendem é que se você interfere no passado, não é apenas o futuro que é alterado. Se a intensidade com o que você altera o passado é forte demais, um passado mais atrás ainda é alterado, por causa das pessoas sensíveis que sentem essa alteração. - Celebi parou percebendo que Riley nada entendia. - Funciona assim, uma pessoa sensível sente a alteração do tempo e fica com memórias de um tempo alterado, mas pela vida toda. Se algo desencadeia essas memórias ele toma decisões diferentes das últimas tomadas. Então se alteramos o passado de uma forma muito forte, essas pessoas com sensibilidade sentem essa alteração e lá atrás, antes do ponto onde alteramos, ele começa a ter lembranças de algo que ainda pode vir acontecer e toma decisões diferentes lá também. -



– Acho que entendi que alterar o passado faz ter problemas no futuro e num passado mais passado ainda. - Comentou Riley. - Mas, não entendi a relação sobre isso e Roger não existir em algumas realidades. -



– Todas vezes que o Kevin desejou voltar o tempo, ele voltou para a época em que ele passou no vestibular, pois ele soube que era ali que precisava interferir e ali não se gerava muita consequência. Mas, as outras pessoas fizeram em pontos diferentes. Com isso anomalias temporais aconteceram. Pessoas sensíveis as alterações sentiram as alterações bem mais cedo, influenciadas tomaram decisões diferentes das que normalmente tomariam o que resultou na geração de filhos. Teve situações que a influencia foi a não geração de filhos, ou pessoas boas que se tornaram más. Pessoas que deveriam estar vivas em determinadas épocas que morreram muito antes do tempo correto. - Celebi pareceu pegar folego. - Lívia, Roger e Maya são anomalias temporais. Interferências fortes na linha e tempo fizeram com que eles surgissem. -



Riley levantou uma mão pedindo alguns instantes. Era informação demais para a cabeça dela. Que uma alteração no passado poderia desencadear uma bagunça no futuro parecia normal, afinal se algo acontecer a mais, ou ao menos, as coisas mudariam de forma. Mas, pensar que alterar o passado fazia um passado ainda mais distante ser afetado parecia irreal.

Mas, ela pareceu compreender que Maya, Roger e Livia surgiram porque as alterações foram fortes demais. Já estava compreendendo que não poderia fazer o pedido naquele momento ou faria alguém deixar de existir, traria uma nova pessoa para a equação, ou até mesmo causaria a morte de alguém, sem contar as demais situações.



– Você disse duas realidades com filhos, aqui tem três realidades com crianças. -



– Bem… - Celebi sorriu sem graça. - Essa foi a última realidade. - O pokémon pareceu hesitar. - Uma antes dessa realidade que questiona a guerra eclodiu e Maya estava sendo treinada por Kevin. Ela foi obrigada a ficar e proteger as pessoas que não conseguiam lutar ao invés de ir para a batalha final. Kevin deu a ela um vídeo pedindo para que entregasse a você caso algo acontecesse com a ele. Kevin morreu e ela para te proteger preferiu ver o vídeo antes. Descobriu sobre o desejo e me chamou suplicando para atender o dela, que ela tinha uma ideia de como salvar o mundo daquilo tudo. A escutei e pareceu razoável. -



– O que ela pediu? - Perguntou Riley.



– O que ela tinha certeza que você pediria. - Disse Celebi. - Que ninguém morresse! -



Riley mordeu os lábios admitindo que ela desejaria algo parecido.



– Então o que ocorreu foi a última realidade. Ninguém morreu! E ninguém morreu mesmo! Joy que amava Kevin não morreu e foi com ele para Khubar. Lá Kevin namorava a enfermeira abertamente. Mas, como sabe, Kevin desperta admiração e ódio por onde passa. Despertou raiva de alguns veteranos e em uma festa ele foi embebedado junto a Livia, sua melhor amiga na faculdade e acabaram tendo uma noite. Um mês depois Lord Empalador chegou o levou para os países Livres e ele aceitou o casamento, como sempre aceita. Mas, assim como você ele ficou preso nos Países Livres por causa da existência da Joy. O azar foi que Lívia apareceu gravida. -



– Ah. - Ele fez uma expressão meio pensativa tentando não pensar naquilo como uma traição. Era uma vida que ela não viveu. - Mas, ninguém morreu mesmo ali? Nesse caso… porque essa realidade foi jogada fora? Quem desejou isso? -



– Bom… Ninguém morreria até os demônios enlouquecerem, mas observe a bolha. Ninguém está feliz. Vocês todos estavam sofrendo. Kevin tendo que lidar com os sentimentos por Joy, Livia e você. Você tendo que lidar com um filho que não era seu, Lívia ali numa situação ainda pior. Nem quero citar como Maya e Roger se sentiam. Por vezes os dois atacaram Kevin. - Riley arregalou os olhos, não conseguia imaginar Maya querendo mal a Kevin. - No final, a Morte veio até mim. A entidade queria as almas e prometi que voltaria o tempo uma última vez para que as coisas seguissem o curso que deveria. Mas, aconteceu o que viveu agora. Kevin se tornou tão letal e preparado para um combate demoníaco, mas… Gente demais morreu. Eu acho que foi coisa da morte, nunca havia morrido tanta gente. -



Riley se arrepiou toda com a ideia de que a entidade sobrenatural veio questionar onde suas almas estavam. Olhou para as bolhas e viu em que todas elas aparecia uma imagem dela e de Kevin se beijando, até mesmo naquela última em que eles não estavam realmente juntos.



Sempre ficamos juntos! Não importa o que aconteciam o destino sempre nos juntava. Talvez, não deveria salvar apenas Maya, mas voltar o tempo e trazer todos de volta, assim como ela desejou no passado. Eu posso fazer isso. Posso descobrir o ponto exato… Posso descobrir o que é preciso para… Riley olhou para Celebi que percebeu o olhar dela.



– Sei o que está se perguntando. - O pokémon suspirou. - Eu alterava o tempo a pedido de vocês porque o futuro sem vocês estava condenado, mas quando ninguém morreu eu alterei por não aguentar vê-los sofrendo. - Celebi deu uma risada . - A Morte veio e me lembrou que eu poderia ser lendário, mas ela era uma entidade e que as entidades não ligavam para os pokémon lendários. Mas, se vocês estivessem felizes eu teria enfrentado-a. Gosto de vocês! Gosto de pensar que somos amigos, mesmo que eu só tenha contato com Kevin, afinal olha quantas realidades vivi com vocês. -



Riley sorriu e esticou o braço para abraçar o pokémon, mas ele não pareceu muito disposto ao abraço. Riley revirou os olhos suspirando.



– Então, não era sobre isso que eu estava pensando, mas fico feliz de saber sobre isso. - Comentou Riley. - Se você prometeu a Morte não interferir mais no tempo, como pretende atender o meu pedido? -



Celebi perdeu o sorriso e ganhou um tom melancólico. Riley sentiu aquele olhar e estremeceu. Havia sim algo de ruim que aconteceria se ele atendesse ao pedido dela.



– Então você não deve! Não vou pedir! -



– Não há outro jeito. - Disse Celebi. - Os demônios já estão agindo. Aquela guerra que Kevin fez em Khubar fez as coisas começarem mais cedo. Eu sequer consigo ir ao futuro ver que vai acontecer daqui seis meses. Você tem uma semana para saber o que pedir. Achar o ponto certo do tempo para interferir de maneira sutil, mas eficaz o suficiente para que Kevin esteja vivo e prepare as pessoas que certas para salvarem o mundo. -



Riley arregalou os olhos. Kevin levou anos para saber como mudar o tempo, mas ela teria que fazer isso em apenas uma semana. Não sabia nem por onde começar. Olhou para Celebi e viu que ele sorria.



– O que foi? - Questionou Riley.



– Você é o melhor ponto da equação porque Kevin não vive sem você. Consegue manter a calma, mesmo diante de milhares de lembranças atormentando sua cabeça. Eu acredito que uma das pessoas que Kevin precisa para salvar o mundo é você. Não sei se para lutar ou salvar alguém da morte, mas é a pessoa que fez o Kevin sonhar. Ele até antes de você não sonhava e enfrentava pessoas terríveis e vencia, mas lutar para sobreviver não o faz um herói. Com você ele luta por algo mais que ele ou vingança. Ele luta por um sonho. - Celebi começou a desaparecer. - Eu acredito que você é uma das pessoas que Kevin precisa perto dele para que o mundo possa ser salvo, porque ele desperta o melhor e o pior das pessoas, mas só você desperta o melhor nele. -



O quarto voltou a escuridão enquanto ela processava as palavras finais de Celebi. Kevin era melhor quando estava com ela, ele sonhava quando estava com ela. Ela se lembrava dele ter dito a mesma coisa no vídeo. Kevin parecia ser o tipo de pessoa que inspirava e ajudava as pessoas a todo o momento e com isso as pessoas o admiravam, era realmente o tipo de herói que as pessoas seguiam e queriam.



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Pressão! O quanto uma pessoa pode aguentar de pressão em uma vida? Qual o tipo de responsabilidade pode ser colocado nas costas de uma adolescente? Quanto tempo até uma jovem inocente e cheia de esperanças descobrir que a responsabilidade de salvar o mundo enlouquece qualquer um?

Talvez a resposta varie de acordo com cada pessoa, mas Riley estava a beira do surto em menos de uma hora. Sem conseguir dormir após conversa com Celebi desceu até a cozinha para comer algo, mas acabou por sentar a mesa de jantar com um copo de água, que parecia ser a única coisa que conseguia colocar para dentro do estomago sem ficar enjoada.



Sou grata ao Celebi por me achar especial e me dar a oportunidade de mais uma vez voltar ao tempo, mas é tanta coisa com o que me preocupar que talvez eu não tenha a capacidade para fazer isso. Como posso por em risco a todos? A primeira fala sobre eu morrer me pareceu ruim, mas aceitável. Agora, além de eu morrer, não da mesma forma, ainda posso matar mais um monte de pessoas junto ou fazer surgir uma quarta pessoa nesse triangulo amoroso com a.... Riley levantou o olhar ao escutar passos no andar de cima. Ficou a encarar as escadas por algum tempo, ela não havia acendido todas as luzes da casa, apenas as luzes da cozinha estavam acesas e elas iluminavam o local onde a menina estava sentada.



Aos poucos a pessoa acabou de descer as escadas e chegou ao primeiro andar. A pessoa pareceu encará-la durante alguns instantes e após a ignorou. Riley suspirou, a atitude indicava que era Lívia e a moça não costumava falar com ela durante o dia, não falaria durante a madrugada.

Livia não era um problema para a equação nas contas de Riley. Lembrava-se do vídeo e das diversas imagens das bolhas que representavam diversas realidades, Kevin e ela sempre se afeiçoavam, mesmo que outras pessoas existissem. Confiaria nesse sentimento dos dois.



Sei que tenho que interferir no momento em que Kevin recebe a carta de aprovação do vestibular. Pois é onde ele normalmente interfere e conforme Celebi as consequências ali são minimas. Mas, e daí? Só sei isso. Não sei como interferir e o que interferir. A morena fechou os olhos e encostou-a na mesa.



– A falta de sono pegou você também? -



Riley levantou a cabeça e viu Lívia parada junto as escadas, ela parecia ter voltado mais silenciosa do que desceu. Riley estava um pouco iluminada, mas Livia estava nas sombras da noite e assim o encarar das duas não podia ser realmente percebido.



– Deitada estou tendo pesadelos. -



Não era exatamente a verdade, mas realmente ficar deitada estava fazendo Riley ficar tendo lembranças de outras realidades que ela não queria ter. Eram praticamente pesadelos.

A resposta, no entanto, fez com que Lívia desse alguns passos em direção a mesa, a claridade ali permitiu que Riley visualiza-se os olhos vermelhos de choro de Lívia. Por um segundo as duas pareceram até ter muito incomum e nenhuma diferença no tipo de dor que estavam sentindo, mas Riley sentia uma dor a mais, a pressão que Celebi colocou em seus ombros.



– Por acaso sonha com um quarto cheio de nomes e gravuras, datas de acontecimentos e barbantes pendurados indo e vindo por todos os lugares com você no meio tentando encontrar um certo momento certo no tempo em que uma pequena sugestão feita a uma única pessoa possa mudar o futuro? -



Riley franziu o cenho e Livia soltou uma risada nervosa, um tanto quanto aliviada. Puxando uma cadeira sentou-se na ponta oposta em que Riley estava.



– Eu tenho tido esse sonho esquisito desde que Kevin morreu. - A loira pareceu confessar. - Eu não disse a ninguém porque parece loucura. Não é como se alguém pudesse viajar no tempo, né? -



Riley apenas concordou com a cabeça. Estava claro que Lívia sentia as alterações do tempo e em uma outra realidade teve a oportunidade de realizar o desejo da volta do tempo. Pensou uma ou duas vezes em revelar a Landsteiner a sua frente sobre o desejo de Celebi para que ela pudesse ajudá-la com a tarefa, mas via nos olhos dela o quanto ela parecia transtornada com aquilo.

Para a Mevoj estava claro que ela já sofria demais com toda aquela realidade e as lembranças das realidades antigas. Dar a ela a oportunidade de buscar um ponto no tempo para voltarem e consertarem tudo até parecia algo bom, mas na realidade era muito mais cruel, afinal ela ganharia a pressão de correr contra o tempo para desejar algo que poderia fazê-la deixar de existir ou acabar de vez com as chances dela com Kevin na próxima realidade.



– E se fosse possível? - Perguntou Riley. - Você alteraria o que? -



A pergunta saiu meio sem querer. O silêncio da morena parecia constrangedor, já que a loira parecia querer realmente tentar se preocupar, ou aproximar-se. Estavam em uma convivência hostil a dias e aquela parecia ser a primeira vez que conseguiam, sozinhas, estabelecer uma aproximação não conflituosa.

A loira sentiu que também era uma questão de pergunta para manter a conversa. Imaginou se a morena tinha os mesmos sonhos, já que visivelmente ela não quis responder a pergunta. Para Lívia saber se aquilo tudo era verdade ou não não tinha muito sentido, mas lembrava-se de Kevin dizer que também estar tendo pesadelos e pela forma que ele disse na época, parecia serem os mesmos. Ela achava que talvez, não fossem apenas pesadelos.

Ela queria que mais alguém estivesse tendo aqueles sonhos para poder conversar com a pessoa. A última pessoa com quem queria falar era a escolhida e prometida de Kevin, mas se fosse a única alternativa para entender todos aqueles sonhos, o faria.



– Que ele odiasse pokémon tanto quanto eu os odeio no momento. -



Riley estremeceu no seu lugar ao escutar aquilo. Havia esquecido que a loira estava realmente traumatizada com tudo aquilo. Talvez, novo fosse a pequena risada que deu, como de quem estivesse levando a pergunta na brincadeira, acreditaria realmente que Livia seria capaz de pedir aquilo.



– E você? -



– Bem... -



E foi então que Riley percebeu o que Livia havia falado até aquele momento. Que em seus sonhos ela visualizava ela planejando para inserir uma pequena ideia na cabeça de alguém, para não ter que interferir no passado. E isso fazia todo o sentido com as ideias do Kevin, se ela inserisse uma ideia na cabeça de Kevin na época que ele foi aprovado no vestibular nada de mal tenderia acontecer de imediato, pois era a época em que ele ficou procurando algo para fazer. Então qualquer ideia que surgisse na cabeça dele poderia ser válida.

Era por isso que Kevin sempre escolhia aquele momento para alterar o futuro, pois ele sabia que naquele dia ele estava em busca de uma ideia nova, uma jornada, uma direção nova para sua vida, mesmo que fosse algo temporário. Riley sorriu diante o entendimento. Talvez nunca tivesse percebido isso se Lívia não culpasse os pokémon e achasse que Kevin nunca deveria ter saído para Sinnoh com eles, decisão tomada após aprovação do vestibular.



– Que ele estivesse vivo? - Questionou Lívia. - Confesso que me pego desejando isso de vez em quando, mesmo que eu saiba que ele vá ficar com você. -



– Ele gostava de você. - Disse Riley suspirando. - Se essa confusão toda não tivesse acontecido eu e ele só nos conheceríamos nos meus 21 anos. Não sei se vocês ficariam juntos até meus 21 anos ou não, mas tenho certeza que estariam juntos não fosse o império e os fantas.... -



– Talvez. -



Lívia ficou pensando naquela possibilidade e pouco percebeu que Riley havia parado de falar no meio de sua frase. Ela havia percebido algo em meio aquela conversa.



– Você acha que é possível que os Fantasmas não existam? - Os Olhos de Riley pareciam ver algo que estava além daquela pergunta e Lívia percebeu aquilo.



– Depende do Kevin. - Comentou Lívia. - Ele é admirável. Ele parece querer inspirar as pessoas, mas algumas acabam sendo desmotivadas por existir alguém como ele no caminho. Se eu entendi os Fantasmas são pessoas que o Kevin atrapalhou, tem como o Kevin não atrapalhá-los? -



As duas riram pensando naquilo. O Kevin que elas conheciam era uma pessoa prestativa, mas sabiam que ele atraia confusão por onde passava. Mesmo que ele não estivesse afim de briga, sempre aparecia alguém para não ir com a cara dele, simplesmente assim.



– Vou tentar dormir. -



Riley levantou-se da cadeira e olhou para Livia que indicou que também iria. A morena foi até a cozinha apagando a luz e voltou encontrando a loira parada nas escadas, esperando por ela. As duas começaram a subir lado a lado as escadas.

Livia pensando se realmente era possível que Kevin, em alguma outra vida, não tivesse tantos problemas para ficar com ela. Se pergunta se realmente valia a pena ficar amargurada com Riley por causa de um garoto e se conseguiria superar tudo aquilo sem muitas sequelas. Inclusive imaginou o que Riley estava pensando naquele momento que subia a escada sorrindo e aparentemente concentrada.



Celebi! Celebi! Venha até mim! Você pode me ouvir? Você acredita que Kevin é a chave para impedir a destruição do mundo e que ele precisa encontrar pessoas que irão salvar o mundo. Então.. Se após recebe o resultado do Vestibular ele for inspirado a inspirar as pessoas, talvez essas pessoas que precisam dele possam surgir! Sei que parece bobo e inocente da minha parte, mas acho que ele pode encontrar formas de não ser caçado por Fantasmas e qualquer outros, se ele estiver inspirado a não fazer e ao mesmo tempo ainda ser tão forte quanto era! Eu desejo que Kevin Maerd Júnior continue se preparando para o fim do mundo, mas que inspire as pessoas nesse processo! E, se por ventura, alguém se incomodar com isso, que ele possa encontrar uma forma de não ter que virar inimigo delas! Você pode me escutar Celebi?

<><><> FIM <><><>

É isso ai galera acabou!

Quero agradecer a todos vocês, leitores que a Pokémon Estilo de Vida! A todos que leram, comentaram, curtiram, deram dicas, criticaram e recomendaram o meu muito obrigado!

A fic foi difícil de finalizar, pois ela tinha um rumo no inicio e ela se perdeu um pouco quando resolvi inserir os personagens que voc~es pediam! Vou falar a verdade, foi dificil... mas consegui retomar o rumo e criar um final que me permite futuramente fazer a fic novamente!

SIM! Um dia teremos PEV Versão 2. hauhauhaua O final permite isso, né?

Por favor! Deixem aquele comentário sobre o que acharam, não só do capítulo, mas da fic toda!!!


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Notas finais do capítulo

UMA SURPRESINHA PARA VCS!!!

Dia 11/01/2016 lançarei uma nova fanfic! Ela terá uma abordagem diferente da PET e PEV, ao invés de acompanharmos um TREINADOR, teremos uma COORDENADORA. Se você curtiu o momento Juliana brincando de coordenadora em Arton, garanto que vai gostar da nossa protagonista que aprendera tudo do zero (assim como Kevin aprendeu). Ou Seja, vamos explorar o mundo da coordenação juntos! ^^

E, se por ventura, você acha que não da para fazer uma fic legal sobre coordenação pokémon... Peço que leiam 3 episódios (por consideração) e depois deixem aquele comentpario falando o que acharam (um por episódio de preferência)!!

Então eu peço que fiquem ligados e me acompanhem nessa nova aventura!!!



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