Pokémon Estilo de Vida
Saga 03 – Guerra
Etapa 07 – Kevin

"Nunca vi nada selvagem sentir pena de si mesmo.
Um pássaro vai morrer de tanto gritar antes de sentir pena de si mesmo."

Capítulo 41 – Lord Empalador Versus Kevin Maerd Júnior

– Kevin é o filho da coordenadora estrangeira! Ele é o prometido de Riley! -

Aquelas eram as últimas palavras de Roger, sendo gritadas. Se tinham alguma intenção, ninguém no final poderia afirmar. Mas, todos tiveram que tomar uma decisão diante daquela informação. Riley escolheu acreditar, pois não era a primeira pessoa que tentava dizer isso a ela. Lívia não se importava muito com aquilo tudo, só queria que o pesadelo acabasse e tudo terminasse.

Lord Empalador escutou aquilo sabendo da possibilidade de ser verdade e ponderou, mesmo que rapidamente, o que deveria fazer. Se fosse verdade ele não poderia matar Kevin, pois era a ordem do Imperador. Se fosse verdade, o próprio Roger não poderia ser morto ali, afinal ele teria impedido que o desejo do Imperador não acontecesse e assim era necessário levá-lo a sua presença. Mas, por isso mesmo Lord Empalador resolveu pagar para ver, parecia ser mais um grito desesperado de alguém prestes a morrer e poderia até poupar o sobrinho traidor para que ele sofresse nas mãos do Imperador mais tarde, mas jamais pouparia o assassino do filho.

– Vou desconsiderar suas últimas palavras! - Lord Empalador se ergueu e fez o mesmo com o corpo de Roger, jogando-o para cima. - Empale-o! -

Kevin não sabia se aquilo era verdade ou o que poderia ser. Sabia que sua mãe realmente viajou por várias regiões quando viva e Países Livres poderia ser uma delas. Mas, o importante naquela fala de Roger, para ele, não era o conteúdo, mas o efeito que causara em Lord Empalador. A distração que ele precisava.

O loiro fez um sinal que todos puderam ver, mas talvez Lord Empalador não tenha dado importância, pois acompanhava cacturne dar dois passos a frente e um espinho gigante surgir em seu braço. Fincou-o rapidamente ao chão deixando o corpo de Roger cair sobre o gigante espinho, perfurando o coração e fazendo o sangue começar a gotejar pelo chão.

Lord Empalador sentiu um vento e quando ergueu os olhos Pidgeot já havia alçado voo e estava a pelo menos um quilômetro de distancia, totalmente fora de alcance.

– Sua ave é magnifica! -

Tinha certeza que foram menos de dez segundos de distração. Por isso precisava elogiar a ave que havia se distanciado tanto, carregando tantos, em tão pouco tempo. Aquele era um pokémon digno de ser enfrentado, suas cores diferentes já mostravam que ela era especial, mas agora tinha tido a prova das habilidades.

– Todos os meus pokémon são! - Disse Kevin. - Este por exemplo é o que matou seu filho, por acidente. -

Lord Empalador o encarou enquanto Cacturne se posicionou para combater Luxray. Os dois pokémon já teriam se engalfinhado, desde a partida da gigante ave, não fosse a falta de comando de seus treinadores. Os olhos faiscavam em vontade de atacar o adversário, como se houvesse um ódio entre os dois que acabaram de se encontrar.

– Eu estava começando a enfrentar os Fantasmas e vi Razor pronto para matar Maya e o senhor Mevoj. - Kevin fez uma pausa. - Riley estava caída, ferida, e eu ainda não sabia sobre vocês. O que pensar se você está tendo pessoas caçando a você e a seus conhecidos? Que nada tinha haver comigo? Deveria simplesmente deixá-lo matar os três? -

A chuva começou a cair de uma forma suave, mas o suficiente para começar a molhar o quarteto que se enfrentaria. Lord Empalador conhecia a história pelo que havia conseguido extrair da mente de Coddy Mevoj e não negava que seu filho fora o culpado da própria morte. Na verdade, era necessário agradecer a Kevin por ter salvado ao trio que certamente teria morrido, ou ao menos um deles. Mas, não significava que deixaria a vingança de lado.

– Sabe que isso não importa realmente, não é? - Lord Empalador encarou-o com olhos frios. - Deveria se sentir lisonjeado por um general de guerra dos Países Livres reconhecê-lo como um adversário valoroso. -

Era complicado para Kevin entender o tamanho do valor de um general de guerra dos Países Livres, mas eles eram considerados mais fortes e habilidosos que os Mestres Pokémon. Mas, talvez faltasse a Lord empalador o conhecimento que Kevin pouco ligava para as questões de títulos e não fazia diferença para ele se alguém reconhecesse suas habilidades ou não, ele não queria o mundo pokémon e o das batalhas.

– Nesse caso… -

Kevin respirou fundo e seus olhos se tornaram frios e sem vida. A chuva engroçou e Lord Empalador pode sentir uma estranha sensação que chegou do nada. Era uma sensação pequena e incômoda, mas, de repente, ele pode perceber que algo em volta de Kevin estava se formando de modo invisivel. Era uma intenção assassina.

– Luxray mostre como o filho dele morreu, Garras do Trovão! -

O pokémon elétricou uivou forte e seu corpo foi envolto por diversas correntes elétricas que iam concentrando-se na pata direita dianteira do quadrúpede. A noite se tornou dia com a quantidade de energia que era concentrada ali e então o pokémon avançou usando sua para energizada que ganhava o formato de três grandes garras.

– Proteção! -

Foi um berro com um salto de lado. Lord Empalador viu apenas o clarão crescendo em sua direção, muito mais rápido do que esperava. Caiu no chão e quando foi olhar, tudo sacudiu, com muito barulho e tremor.

Ele realmente é o melhor que já vi. Ele impos a intenção assassina deixando-nos apreensivo e por conta disso pode tomar a iniciativa do primeiro movimento. Anunciou que era o mesmo golpe que matou meu filho para garantir que minha concentração permaneceria quebrada. O Luxray começou com um uivo assustador, mas não mais para assustar-nos, mas sim para dissipar a água em volta. O poder da voz criou um rápido vácuo que garintiu que a eletricidade que concentrou não entrasse em contato com a água naquele momento estragando tudo. O Golpe veio em linha reta, com tato poder, em meio a escuridão que o clarão provocado funcionou como se fosse o movimento Clarão, detonando nossa visão do que viria a seguir. A intenção dele é realmente assassina!

Lord Empalador levantava-se recuperando parte da visão, após o clarão. A primeira coisa que ele viu foi o talho que o golpe provocou no chão. Três grandes linhas, fundas e grossas que arranharam o chão como se uma máquina tivesse feito-os. Ele seguiu o talho, com o olhar, para a direção que o golpe havia ido e desistiu de seguir pois o talho sumia na escuridão.

– Cac! -

Foi um berro de ódio vindo de Cacturne. Mas, Lord Empalador conhecia seu pokémon e junto ao ódio sentiu que ali também tinha dor. Tentou encontrá-lo, mas a batalha era num ambiente de escuridão e muita água que agora caia.

O Garra do Trovão certamente era devastador. O golpe não passou pela barreira de Proteção, ou Cacturne teria sido retalhado e o pokémon planta sabia. Apesar do movimento de Cacturne ter segurado o golpe, ele sentiu todo o abalo e ficou completamente desorientado. Cego pelo clarão, não viu que Luxray avançou jogando-o para longe daquela área, evitando usar sua eletricidade deixando-os em total escuridão.

Golpes rápidos, buscando ferir e incapacitar. Até mesmo uma Mordida de Congelante Luxray arriscou usar. Cacturne ia ficando revoltado com aquilo, estava apanhando com tanta força e velocidade que não conseguia se recuperar para revidar. Já havia tentado expandir seus espinhos para criar uma defesa natural e até mesmo tentar usar o Absorção, mas precisava se concentrar.

– Acho que agora é minha vez! - Diz Lord Empalador.

Lord Empalador estava surpreso, mas não preocupado. Cacturne era seu pokémon guia e já havia enfrentado situações mais perigosas que aquelas. Poderia ter levado a pior naqueles poucos minutos, mas era resistente aos movimentos elétricos de Luxray, também poderia aguentar tranquilamente os golpes da escuridão que poderiam vir, mesmo intensificado pela noite. Tudo porque Cacturne também possuía o tipo escuridão com ele.

Mas, mesmo que Cacturne pudesse ser surpreendido, a chuva forte estava recuperando-o. Afinal, Cacturne possuia a habilidade absorção de água e aquela chuva até poderia servir para Luxray conduzir a eletricidade, mas se Cacturne era resistente a eletricidade, a conta era, metade do dano para a eletricidade em situação normal, mas com a água caindo, o dano ficava normalizado. No entanto, estava recuperando um quarto da energia por minuto, era uma desvantagem de um quarto que não parecia ser usada. A identificação do evitar usar a eletricidade para evitar revelar a localização.

– Missel de Espinhos das Sombras! -

Kevin pensou em gritar Proteção, mas pensou melhor e resolveu aguardar. Ele não precisava saber como era o golpe para se defender, mas queria comprovar que o golpe era como ele pensava. Se fosse ele teria uma vantagem assombrosa naquela luta e de fato o que ele decidiu desde que teve o corpo de Maya em seus braços era o que ele tinha que fazer. Caso não fosse, talvez tudo ficasse mais complicado.

Míssel de Espinhos das Sombras era um ataque especial e que Lord Empalador tinha a honra de dizer que não após cinquenta adversários que presenciavam o ataque, apenas um estava vivo. Mas, ele evitava dizer que ele estava vivo apenas por ser seu irmão o Imperador.

O movimento consistia em manipular as sombras, com o Pulsaçã das Sombras, e assim criar os espetos que iam em direção ao adversário a fim de transpassá-lo. Luxray ficaria empalado por espeto de sombras por talvez, quase toda a batalha. Mas, Kevin usou o Clarão e eliminou as sombras do local. Luz faria as sombras ficarem realsadas, mas como o alvo iluminou tudo ao seu redor, não havia como sombras o alcançarem.

– Como sabia sobre o meu ataque? -

Lord Empalador havia perdido a postura confiante e assumido um tom irritado e preocupado. Se o ataque era quase que secreto, como poderia um jovem que nunca havia visto antes e pouco conhecia os Países Livres saber do ataque e de sua principal fraqueza.

– Soco Drenagem! -

Foi de repente, mas o general dos Países Livres explodiu em irritação e seu pokémon o seguiu acertando o pokémon adversário em cheio.

– Contra-ataque com Rabo de Fero! -

O comando de Kevin foi atendido rapidamente e poucos segundos após ter sentido o soco e suas energias esvaindo concentrou suas forças na calda e girou em torno de si mesmo, acertando o adversário que estava próximo, sem se preocupar com os espinhos, já que sua calda estava momentaneamente com a resistencia do metal.

– Golpe Cortante de Folha. -

A lamina de folha era poderosa e naquela distancia era complexo para ser defendido. Luxray sentiu o ataque que pegou em sua parta esquerda. Ele gemeu de dor e Kevin soube, ele havia sido atingido de uma forma perigosa.

– Soco Drenagem! - Comandou Lord Empalador.

– Esse tipo de golpe não funciona duas vezes. Eu enrolo para que você se aproxime e quando não puder mais desviar uso Relâmpago! -

Tudo foi clareado pelo raio que caira sobre Cacturne. Por alguns instantes, outros raios cortaram o céu e todos puderam ver a pata esquerda de Luxray a sangrar e a expressão de dor que ele sentia. No entanto, cacturne parecia ter sido surrado por muito mais tempo que seu treinador imaginava.

Se eu não tivesse dado aqueles dois golpes de drenagem de força eu teria caído. A chuva está o recuperando, mas a velocidade é oequena demais para que ele possa continuar de pé. Apesar da força que possuímos o adversário poderia nos derrubar em instantes.

– Chuva de Espinhos! -

Lord Empalador via que estava perdendo. Havia conseguido uma grande vantagem ferindo a pata esquerda do seu adversário, mas não significava que ganharia apenas por causa disso. Tinha que machucá-lo mais.

– Proteção! - Comandou Kevin.

Kevin já sabia que a vantagem que ele havia conseguido no inicio havia acabado e que algo estava muito errado. Seu adversário parecia ser forte, mas acreditava que mesmo de pé ele teria de estar em condiações piores.

Levamos dois socos drenagem e isso não me parece ser o sucficiente para recuperar tanto dano que acredito que ele levou. Talvez, ele possa não ter levado todo o dano dos golpes anteriores. Mas, agora lembro que Cacturnes tem habilidade de se recuperar em contato com pagua. Uma recuperação lenta, mas que com toda essa chuva pode estar com um intervalo de um minuto. Preciso causar mais dificuldade dele se concentrar e passar a atacar de forma mais estática.

– Planta de Fúria! -

– O que? -

Kevin percebeu que agora ele estava sendo distraído durante a batalha. Enquanto pensava em como lidar com a pata machucada de seu pokémon ele foi atacado com um golpe razoavelmente simples e que pouco exigia do pokémon para que outro golpe fosse preparado. O pior era que Kevin acabara de usar o Proteção e mesmo que tentasse, não conseguiria usar novamente.

– Salte e use Bola das Sombras! -

Kevin tentou o comando, mas a pata machucada diminuiu a velocidade de seu pokemon se mover e com isso foi pego pelas trepadeiras com espinhos que surgiram do chão, antes que pudesse chegar a pouco mais de um metro.

Luxray ficou caído após o término do ataque. Um raio cortou o céu e o cenário era o mais sombrio possível. Luxray sangrava por várias partes do corpo, estava de pé e com os olhos exalando ódio. No entanto, parecia que Cacturne havia recuperado-se, quase que por inteiro.

– Não sei como sabia do meu ataque especial, Míssel de Espinhos das Sombras, mas essa vantagem não adiantou nada. Vou te matar. - Disse Empalador.

– Eletrize seu corpo para podermos ter luz, Luxray. -

Ocorreu um resmungo, que parecia ser um desagrado do pokémon elétrico quanto ao que deveria fazer. Mas, aos poucos uma fraca iluminação surgiu, vinda da eletricidade estática que começou a se manifestar no corpo machucado de Luxray.

Os dois pokémon se encararam e apesar de mais machucado, Luxray parecia ser o mais perigoso. Seu olhar era tão insano que era possível duvidar que ele realmente estivesse machucado ou em desvantagem.

– Seu pokémon é orgulhoso. - Comendou Lord Empalador. - Mesmo nessas condições continua achando que possui alguma chance contra Cacturne. - Um sorriso debochado surgiu. - Todo o dano que causa é parcialmente amenizado com a chuva, além disso possuo golpes para roubar sua energia. - Pousou o olhar em coma do quadrupede adversário. - Enquanto sua velocidade foi cortada por causa de uma pata ferida, quase inutilizada. Está gravemente ferido, mas ainda acha que pode matar. -

Lord e Maerd encararam-se. Kevin ainda emanava o ar frio e assassino o que deixava Lord curioso. Como poderia ele ainda ser tão perigoso?

– Entregue-se e o empalarei agora, sem dor. Pouparei seu pokémon e o farei um dos meus soldados. - Disse Lord Empalador.

–Nunca vi nada selvagem sentir pena de si mesmo. Um passário morrerá de tanto cantar antes de sentir pena de si mesmo! -

Kevin disse aquilo cerrando os punhos. Não havia a menor possibildade dele se render, nem quando tinha doze anos rendeu-se à morte. Mas, a resposta tinha que vir de Luxray. A proposta era para ele, o convite era para ele. De fato, quem estava tendo seu lado selvagem colocado em dúvida era o pokémon elétrico.

– Responda à ele o que você pensa desta proposta, Luxray! -

Lord tirou os olhos de Kevin e olhou para Luxray que havia se mexido um pouco para a direita. Sua pata direita brilhava intensamente e parecia entrar em curto com a água que estava caindo.

– Proteção! -

Berrou Lord Empalador. A barreira verde foi levantada, Mas Luxray nada fez, continuou parado concentrando a energia. Lord Empalador sentiu um calafrio, caiu em uma armadilha.

– A falha de suas batalhas está no tempo. - Começou a dizer Kevin. - O tempo de reação entre você e seu pokémon é muito bom, mas o tempo dele se recuperar dos golpes nem tanto. É faccilitado a recuperação de dano pelos fatores que citou, mas quanto ao estar pronto para lançar um outro golpe energético não é tão bom assim. Eu diria vinte segundos entre um golpe energético e outro, ou seja, vinte segundos entre um movimento Proteção e outro. Você pode começar a se recuperar do dano em um minuto, mas basta que eu possa acabar com você em dezenove segundos. -

Lord Empalador encarou o rapaz a sua frente. Era muito calculo de tempo para fazer em tão pouco tempo e no meio de toda aquela pressão. A única pessoa que ele conhecia com habilidade parafazer aquele tipo de coisa chamava-se Chronos e pelo que ele sabia, não teria ensinado nada a um Maerd. E mesmo que tivesse ensinado, estiveram na escuridão quase que todo o tempo, como ele poderia ver no escuro?

A possibilidade mais remota era que o garoto tivesse se preparado, todo esse tempo, para enfrentar Lord empalador e o exército dos Países Livres. Mas, porque? Por Riley e sua família? Seria ele algum tipo de assassino contrato para eliminar os países Livres e se aproximou dos Mevoj's para colher mais informações e ficar disfarçado? Sem entender o que estava acontecendo, mas de frente com a possibilidade do inimigo da vez ser duas vezes mais perigoso do que jamais viu e só não percebeu isso antes por estar cego de vontade vingar o filho, Lord Empalador olhou seu pokémon com a barreira de proteção levantada ela logo seria desfeita.

– Quem é você? Como sabe tanto sobre mim? - Questionou Lord Empalador a plenos pulmões.

Ele precisava ganhar tempo. Em instantes o movimento Proteção seria desfeito e um novo golpe energético levaria cerca de vinte segundos. Cacturne ia se movimentar, mas um arranhão daquele golpe devastador que era o Garra do Trovão e poderia nunca mais ser o mesmo.

– Meu nome é Kevin Maerd Júnior e apenas sei tudo isso sobre nossa batalha pois não é a primeira vez que ela acontece, mas rezo para que seja a última. -

O General não compreendeu, mas viu o golpe de Luxray ser lançado e segundos depois a barreira ser defeita e Cacturne ser pego em cheio pelo ataque. O clarão do golpe ofuscou tudo.

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Amanhecia e a chuva ainda caia forte. Kevin estava de pé, junto a um ferido e abatido Luxray. O movimento especial, Garra do Trovão era devastador para todos, para quem fosse acertado e para quem o lança-se. Era um movimento que acumulava muito poder em um ponto e depois o pokémon precisava moldar a energia como desejava, garras afiadas.

Era um movimento próprio de Luxray para que ele aprendesse a controlar seus poderes e a si mesmo. O pokémon assassino reconhecia que aceitar Kevin como um humano confiável era realmente vantajoso para ele. Enfrentou pokémon mais poderosos que ele e saiu vitorioso e pode se tornar ainda mais letal do que era quando foi capturado.

Naquela alvorada derrotou um pokémon que era extremamente forte e que reconhecia, sem Kevin jamais venceria-o. Mas, a verdade é que sem Kevin também jamais encontraria aquele tipo de adversário.

Sonhava, ou imagina ser sonhos, de batalhas tão grandes e poderosas como aquela. Algumas muito mais surpreendentes conntra criaturas demôniacas. Talvez, não fosse esses sonhos, não teria se saído tão bem contra os Fantasmas, e talvez não soubesse o que o esperava contra Lord Empalador.

– Por que não me mata? - Lord Emaplador estava amarrado próximo ao corpo fatiado em quatro partes do falecido Cacturne. - Não era isso o que você ia fazer? -

Kevin nada disse, pousou a mão em cima da cabeça de Luxray enquanto a chuva enxarcava-o. Escutou um barulho nos céus, diferente do trovão ou qualquer outro escutado até ali. Deu um sorriso e recolheu o pokémon elétrico, mas antes o abraçou como se aquilo fosse uma despedida.

– Acho que você tem direito a um pedido, né? - Disse Kevin que olhou para cima.. - Tornado vertical! - O grito ecoou pela cidade destruída. - Não morreu ainda porque se encontrarem seu corpo com feridas de um assassinato evidente vão me caçar. Não pretendo sair vivo daqui, então vão caçar meus amigos. Por isso, vai morrer como eu vou morrer, assim como qualquer outro que ainda esteja na cidade. -

– O que? - Lord Empalador tentou se saltar desesperado. - Você é louco? -

– Não vai haver ninguém aqui que vá caçar meus amigos novamente. Todos os Fantasmas estão mortos ou muito feridos para conseguirem fugir a tempo. O mesmo acontece com os soldados do império. Os únicos que sabem da verdade, são aqueles que salvei e que não vão querer se vingar de ninguém, pois não haverá ninguém vivo para se vingar. -

Kevin parou de falar ao ver que Lord Empalador todo o tempo estava tentando se soltar, raspando os fios que o prendia nos espinhos, de parte do corpo, de Cacturne. Ele se levantou e pareceu preparar-se para atacar Kevin, mas olhou para cima percebendo que não mais chovia.

– Vai destruir a ilha toda? -

Lord Empalador via um gigantesco túnel de vento acima da ilha que já sugava os escmbros, água e e carros para dentro dele. No centro de tudo estava a ave de Kevin, criando o maior tornado, em uma inclinação totalmente ológica.

– Pare a ave! -

Gritou Lord Empalador que deu um passo na direção de Kevin, mas parou ao ver os pedaços de Cacturne começarem a ser sugados para o túnel. Correu para um canto na esperança de achar algo a que se prender, mas não teve tempo. Foi erguido e levado para os céus.

Kevin via a cena parado, sem esboçar quase nenhuma reação. Era uma expressão de alivio, mas com um tom triste. Lord Empalador interpretou aquilo como algo algo natural de alguém que venceu tendo várias perdas. Mas, Lord Empalador sendo levado para o gigante tornado de vento o fez sorrir.

– Acho que foi meu rival mais persistente. - Kevin falou para si mesmo. - Quantas vezes será que lutamos? - Kevin suspirou sentindo seus cabelos sendo puxados com força pelo vento e seu corpo começando a ser erguido. - Mostra do que você é feito, Pidgeot! Não deixa sobrar, nada! -

Kevin ergueu os braços enquanto via vários escombros começarem a serem erguidos, junto a correntes de poeira. Sorriu com a cena única, que certamente ninguém que via sobrevivia e, então, fechou os olhos.