PEV - Pokémon Estilo de Vida escrita por Kevin


Capítulo 29
Capítulo 28 – Luz das Batalhas Sábado


Notas iniciais do capítulo

Já deram feliz dia dos pais ao homem que vocês admiram e que aprenderam muito com ele?

Parem a leitura e vão fazê-lo! (Se hoje não for mais domingo... e daí? façam assim mesmo!)

O Capítulo de hoje é um capítulo intereasante... Temos um conflito inesperado e revelações que vão fazer as pessoas pensar!



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Pokémon Estilo de Vida
Saga 02 – Fantasmas do Passado
Etapa 06 – Laços

"Às vezes somos forçados a driblar a verdade,
transformá-la,
porque somos colocados à frente de coisas que não foram criadas por nós.
E às vezes, as coisas simplesmente chegam até nós."

Capítulo 28 – Luz das Batalhas (Sábado)

– Eu queria ter feito mais coisas. -

Maya falava a meia voz. Tentava conter a animação enquanto arrumava a mesa de café da manhã. Muito mais coisa que o necessário e talvez muito mais coisa do que deveria realmente existir.

– Você fica tão bonitinha apaixonada! - Riley não resistiu a rir.

– Não estou apaixonada! - Retrucou a loira a meia voz. - Eu gosto dele de outro jeito. -

– Quer que eu repita todas as suas falas? AI! - Riley tentava provocar a prima enquanto tentou roubar algo da mesa, mas levou um tapa na mão.

– Eu já falei que é uma sensação gostosa que sinto quando estou perto dele e não sei explicar. - Ela apontou para Riley. - E fale baixo que vai acordá-lo. -

– Eu não estou dormindo. -

A voz pegou as duas de surpresa. A sala e a copa eram quase o mesmo ambiente, mas elas acostumaram-se a ver como locais diferentes da casa. Apenas viraram e encontraram Kevin sentado no sofá contrário ao que ele dormia. Ele sorria para elas e parecia estar se divertindo vendo-as discutindo.

– Surpresa! - Maya sorriu indo para perto dele. - Dormiu bem? -

Dormi apenas duas horas essa noite enquanto me dividia em vigiar a casa e esperar Pidgeot voltar sinalizando que seu pai chegou ao continente sem problemas. Pensou na resposta, mas apenas aumentou o sorriso deixando-as pensarem que sim. Mas, se elas fossem espertas teriam feito as contas de que do momento que o Senhor Mevoj saiu para aquele horário, foram apenas quatro horas.

– Quero te pedir algo. - Disse Maya apressada, sentada na frente de Kevin. - Por acaso, aquelas coisas que colocou no currículo são verdades? Se bem, que a única coisa que eu quero saber eu já sei! Você destrói nas batalhas pokémon. -

Maya parecia animada além do que Kevin poderia esperar para um momento como aquele. Estava observando-a alegre e vibrante e sentia-se feliz com aquilo. Ele olhou rapidamente para Riley que estava a menina contida e quase triste de sempre. A morena estava dentro do esperado, já a loira estava totalmente fora.

– Me ensina a lutar com pokémon igual a você e matar qualquer um que... -

– Não. -

Os dois que sorriam perderam o sorriso de imediato. Maya franziu a testa ao ser interrompida.

– Tudo bem! - Maya tentou voltar a sorrir parecendo compreender a situação. - Só temos uma semana, mas eu aprendo rápido e já tenho um talento natural para bater nas pes... -

– Não! -

Maya parou novamente. O sorriso dos lábios de Kevin desapareceram iguais aos do seu. Mas, diferente dela que continuou num tom animado, o tom dele ficou sério e frio. Para Maya, quase autoritário.

– Por que? - Ela levantou-se surpresa. - A guerra está ai! Por que não pode me deixar guerrear ao... -

– Não! - Kevin levantou-se exaltado.

– Mas, eu só quero... - Maya não conseguiu continuar a confrontá-lo e gaguejou.

– Você não vai batalhar como eu. - Disse Kevin que se levantou. Ele parecia sério e irritado. - Não vai guerrear! Não vai lutar de forma alguma! - Os dois se encararam por alguns instantes. - Entendeu? -

– Espero que seja empalado antes do Tio Cody voltar! - Disse Maya que saiu apressada subindo as escadas correndo.

– Maya! - Kevin chamou-a, mas quando deu um passo viu a mesa de café da manhã.

Ele olhou para mesa e depois para Riley. Respirou uma única vez, profundamente. Tentando se acalmar. Via nos olhos de Riley que ele estava alterado. Como não ficar alterado com alguém te pedindo para ensinar a matar? Como não ficar alterado com alguém te pedindo para matar ao seu lado? Por que alguém quereria ter essa vida?

– Ela fez a mesa toda sozinha. -

Riley sem graça ao perceber que ele observava a mesa. Deu alguns passos em direção a escada, mas parou. Virou-se para Kevin um pouco incerta.

– Ela gosta muito de você. - Ela esperou que Kevin que ainda estava parado olhando a mesa olhar para ela. - Ela só quer se sentir segura. Do jeito que ela se sente quando está perto de você. - Na face da morena surgiram covinhas. - Do jeito que eu sinto! - Ela correu enquanto dizia a última frase.

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A noite havia caído tornando tudo mais sombrio. Seu Tiranytar estava começando a se cansar, após 8 pokémon abatidos e um humano abatido, seu último adversário começava a se mostrar altamente capaz. Era difícil para uma campeã pensar que existiam adversários como aqueles que não estavam em competições.

Lubia Mar havia sido encurralada por dois homens quando encaminhava-se para um jato particular. Iria para o famoso evento da Liga das Águas, onde Misty e Ash fariam uma batalha para que a ruiva fosse sagrada Mestra Pokémon das águas e a liga se tornasse parte da Associação de Batalhas.

Começou achando que eram fãs, passou para a ideia de quem treinadores buscando uma chance de cruzar pokebolas, mas quando os dois liberaram pokémon em simultâneos percebeu que se tratavam de criminosos. Demorou cerca de dois pokémon para entender que não se tratavam de ladrões e sim que eram os Fantasmas de Kevin.

Só foi os identificar quando um golpe veio em sua direção, e não parecia ter sido acidental e foi então que sentiu falta dos funcionários do pequeno aeroclube. Com um olhar mais aguçado percebeu que eles estavam mortos. A luta mudou o tom, mas não a velocidade. Cada ataque passou a ter a intenção de derrubar definitivamente o pokémon.

– Agora que estamos no escuro, Bola das Sombras! -

Lubia Mar era uma campeã e não estava tendo dificuldade alguma em enfrentar os dois atacantes. Imaginou que os dois fossem ser apenas os primeiros, mas eram os únicos no local. A ideia era sequestrá-la dentro do avião e levá-la para o esconderijo, mas ela chegou justamente quando estavam se vestindo e não tiveram outra escolha a não ser atacá-la. Afina, quando chegaram ali eram cinco e três havia perdido a vida no confronto contra os funcionários do local.

O pokémon de Lubia errou o ataque. A fadiga começava a aparecer. Preparou-se para uma nova leva de ataques, mas viu um borrão vermelho passar por ele circular o adversário e logo em seguida o humano que o comandava e então gritos e gemidos foram escutados até que tudo ficou em silêmcio.

– Não sabia que a campeã era tão lenta! -

Lubia sorriu ao escutar a voz. Quando viu o borrão até desconfiou do pokémon, mas era difícil acreditar que Marjori estava realmente ali.

Virou-se e realmente a cantora dos cabelos rosados estava se aproximando. Ela vinha vestida com roupas de couro escura o que indicava para a campeã que ela não estava ali por mero acaso. Se aquilo não fosse o suficiente ao lado dela estava Juliana e seus cabelos azuis. As duas se aproximaram e observaram o abatido adversário antes de falar com a campeã que recolhia seu pokémon.

– Ao menos sou campeã! - Lubia disse com um sorriso nos lábios encarando a cantora. - Se vocês estão juntas a coisa é feia mesmo. - Abraçou as duas rapidamente e encarou-as. - Não creio que tenham pego Kevin, então quem foi? -

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O destino original era a sede da Liga Aquática, mas o pequeno jato alugado de Lubia agora iria para outra região. Hoeen seria palco de uma grande batalha, ou ao menos de uma tremenda confusão. Juliana havia ido atrás da única pessoa que acreditava ser capaz de ajudá-la naquele momento, Marjori.

A cantora era famosa pelas brigas que tinha com Kevin, poucos eram os que sabiam que os dois tinham uma amizade, por isso ela era a pessoa perfeita para ajudar a resgatar os demais, além de ninguém esperar que ela fosse ajudar Kevin, ela era fatal. Havia confrontado, por diversas vezes, organizações criminosas e chegou a matar alguns membros sem pensar duas vezes.

Marjori entendeu o problema e acabou sendo convencida por Rainner, seu segurança, de que deveria ir ajudar, enquanto ele garantiria que outros não seriam pegos nessa guerra. Só existia uma coisa que a Estrela dos Palcos precisava antes de se meter com aqueles maníacos, a campeão.

Lúbia também tinha habilidades contra os criminosos. As duas fizeram parte, secretamente, de um grupo treinado para desmantelar a organização criminosa. As duas eram uma ótima dupla e se não podiam contar com a polícia, o melhor era contar com a outra que já estaria envolvida em tudo aquilo.

– Eu falei para ficarem longe de tudo isso. - Disse Lúbia encarando Juliana. - Ainda bem que Are foi esperto o suficiente para se manter afastado. -

Juliana havia narrado para as duas tudo o que aconteceu da saída de Arton até o momento em que foram emboscados pelo Caçador. A Pendraco estava arrasada e sentindo-se culpada, mas tentava manter a calma pois sabia que precisava salvar o grupo que ela metera em confusão. Por isso, evitava responder as broncas que levava das duas mais velhas.

– Seu piloto é de confiança? - Perguntou Lubia a Marjori em meia voz.

– Meu empresário. - Sorriu Marjori. - O que nos deixa preocupadas é que Brad Thorque também foi liberado e acho que ele recebeu missão diferente. Então, é questão de tempo até que eles descubram que Kevin não foi avisado e nós fomos envolvidas. -

“Quanto a isso não se preocupem!”

As três se olharam e Marjori abriu a pequena porta que daria para a cabine do piloto. Olhou rapidamente e viu que seu empresário estava quieto. Ele olhou para trás fez um sinal para ela perguntando se ela queria algo, mas ela apenas balançou a cabeça sem compreender. Fechou a porta e viu que as meninas estavam assustadas e apontaram para os celulares de ambas.

“Se colocarem os três celulares, um ao lado do outro, poderei conversar com mais calma com vocês com mais calma.”

Eram para os celulares estarem desligados. Lubia e Juliana tinham certeza de ter desligado os delas, mas, mesmo assim, a voz continuava vindo dos três celulares, incluindo e de marjori que estava no bolso da jovem. Elas se consultaram com os olhos e Lubia pareceu tomar a iniciativa de colocar o celular no chão, no meio delas. Logo, as outras o fizeram.

Os aparelhos que estavam desligados iluminaram-se um holograma foi formado unindo a luz que saia dos três. Era um rapaz negro de olhos amarelados e aparentemente magrelo.

– Quem é você? - Questionou Marjori.

– Não existe tecnologia para isso. - Disse Lúbia surpresa. - Como fez isso? -

– O que sabe sobre os fantasmas? - Bradou Juliana.

“ Meu nome é Albert Noah, mas peço que me chamem de Luz das Batalhas. Isso porque se os Fantasmas souberem meu verdadeiro nome serei apenas mais um corpo estirado por ter ajudado Kevin Maerd Júnior.”

Lubia piscou algumas vezes aturdida. Lembrava-se daquele nome. Quando dormira com Kevin no alojamento ele comentara do colega que desaparecera deixando um recado secreto para ele, bem como lembrava-se que Kevin falava sobre o rapaz misterioso que se intitulava, Luz das Batalhas.

A campeã sabia o que significava Luz das Batalhas. Era a alcunha do comentarista mais conhecido do passado. Ele foi um dos primeiros a perceber que para realizar um bom comentário das batalhas ele precisava conhecer os golpes, a ciência por trás daquilo, todo o preparo necessário. Era preciso coletar dados de cada competidor e seus pokémon para poder realmente passar ao público a verdadeira noção do que aconteceu em algum momento polêmico. Quando o comentarista ia fazer seu comentário cheio de análise ele dizia que ia dar “Luz as Batalhas”, desta forma o comentarista ficou conhecido como Luz das Batalhas. Quase ninguém sabia disso, pois haviam cem anos que ele havia morrido.

“ A tecnologia disso não existe a venda. É um jogo de luz e sombras apenas. Mas, como podem ver a holografia não é animada. Seus celulares são apenas uma fonte de luz que controlo, pois sou hacker. E nesse momento, acho que começo a responder a terceira pergunta. A três anos atrás Kevin Maerd Júnior envolveu-se com uma liga pokémon clandestina e conseguiu ajudar a polícia a destruí-la.”

Por um instante as três pareceram segurar a surpresa. De certa forma, cada uma já sabia que Kevin havia metido-se com algo muito rum naquele periodo, mas não imaginavam que eram uma liga clandestina.

“Eu era um competidor, mas nunca tive habilidade com pokémon. Meu irmão se meteu com eles e eu simplesmente fui obrigado a ajudá-lo. Eramos órfãos e só existia ele e eu. Enquanto meu irmão batalhava eu recolhia dados e usava da tecnologia para conseguirmos vantagem. Meu irmão foi morto e todas as dívidas dele me foram impostas. Como eu não era bom treinador as coisas foram piorando. Então, Kevin chegou destruiu tudo e eu consegui fugir e voltar a ter uma vida. Até um ano e meio atrás, quando fui abordado pelos Fantasmas atrás de pessoas que eles conheciam e culpariam Kevin pela destruição da Estilo de Poder e da Liga das Sombras.”

As três já haviam sentado. Escutavam aquele rapaz que parecia querer ajudá-las, mas era apenas o que eles acreditavam. O que ele pretendia de verdade, não tinham ideia.

“DJ e Caçador eram supervisores da Estilo de Poder. A missão deles era reconstruir a Estilo de Poder, mas DJ odiava Kevin e o culpava por tudo ter dado errado. Parece que DJ e Kevin tiveram várias batalhas antes do cara entrar para a Estilo de Poder e pelo que entendi DJ dizia que foi ele quem entregou a localização da base secreta para o exército. O Caçador aceitou caçar Kevin, junto a DJ, para que o garoto ajudasse na reconstrução da organização criminosa, além do mais, os pokémon de Kevin seriam de grande utilidade. Enquanto tentavam conseguir recursos conheceram Mutilo, um trapaceiro da Liga das Sombras. Quase se mataram, mas foi quando descobriram que eles tinham um desafeto em comum, Kevin Maerd Júnior. Então Murilo propos ajudá-los, desde que pudesse ficar com uma parte das pilhagens enquanto Kevin não estivesse morto e depois, cada um seguiria seu caminho. O Caçador foi lógico, Murilo era bom de luta, mas infinitamente melhor de lábia e conhecia outras pessoas que como eles odiavam Kevin, ele poderia ser muito útil.”

– Então, Murilo só está caçando Kevin por dinheiro? - Lúbia pareceu aturdida. - Eu deveria ter matado aquele infeliz quando tive a chance. -

– Você sabe quem é esse cara? - Questionou Marjori.

Lubia olhou friamente para a amiga dos cabelos rosas. Ficou claro que não iria haver conversa sobre aquele assunto.

“Eu já li uma entrevista onde alguém dizia que Kevin Maerd Júnior tem o talento do pai e da mãe, com os pokémon, e para arrumar problemas. De fato, nada estaria do jeito que está se Kevin não fosse tão teimoso e perigoso.”

– Perigoso? - Juliana ficou surpresa.

– Os três se uniram e conseguiram algumas pessoas para se juntarem a eles. Dinheiro, pokémon, um trabalho em uma das organizações criminosas mais poderosas do mundo e talvez a oportunidade de reabrir uma liga clandestina encanta-se, por assim dizer, algumas pessoas. Mas, o desejo de vingança sempre fala mais alto do que qualquer tentativa de reabilitação. Kevin negou emprego para alguns deles durante seus shows, como tirou alguns profissionais de seus serviços para trabalhar para ele nos eventos, fez empresas falirem. Até chegou ao ponto de ser o culpado de alguns serem demitidos por não se alinharem ao tipo de evento que a empresa prestaria para Kevin e temiam perder o contrato com ele.”

– O Kevin não é assim! - Disse juliana irritada.

– Na verdade... - Marjori ficou meio pensativa. - Eu mesma demiti alguns no Show que ia fazer com Kevin. Eles não se encaixavam e estavam me irritando, então chutei a bunda deles. -

– Mas, porque culpariam o Kevin? - Questionou Juliana.

– O tal Murilo tem a capacidade de enrolar as pessoas. E como o mundo estava entrando em uma crise econômica, ser demitido significava entrar no desespero. - Dizia Lubia. - Mas, esqueçam de quem é a culpa de odiarem o Kevin. -

“Kevin ainda conseguiu despertar o ódio de treinadores que ele enfrentava usando aquele time Berseker. Ele dizia que era para socializar, mas quem os enfrentava ficavam semanas sem poder usar seus pokémon, sentiam-se humilhados e ainda tinham que ficar vendo Kevin ser chamado de herói na televisão, por seus feitos do passado. Se Kevin não tivesse levado os Berserkers para Sinoh talvez fossem apenas cem a duzentas pessoas na organização Fantasmas, mas ele conseguiu viajar pela região despertando o ódio de muitos que tentavam reerguer suas vidas. Alguns eram antigos membros da Estilo de Poder que estavam tentando se reabilitar em segredo, ou mesmo de outras organizações criminosas que resolveram seguir o lado do bem, mas Kevin foi a tentação deles. Por mais que Kevin seja uma pessoa bacana, ninguém quer ser humilhado e ter suas pequenas esperanças destruídas. O número de no máximo duzentos saltou para novecentos em um ano.”

– Sempre soube que ele era odiado, mas não imaginei que quase mil pessoas iria querer matá-lo. - Marjori sorriu de forma debochosa. - Eles sabem como me sinto em relação a ele. - Ela riu.

– Está dizendo que os Fantasmas só conseguiram tanto poder porque quando Kevin foi a Sinnoh ele usou aqueles pokémon sanguinários? - Juliana pareceu entrar em transe. Ela viajou com Kevin por lá, na verdade, não seria uma jornada para Liga, era apenas uma visita a Choc, mas ela insistiu que o fizessem e ele viu a oportunidade de tentar ensinar aos pokémon pouco sociáveis dele a serem menos agressivos. Ela era culpada. - Mentira!-

– Juliana. - Lubia tocou no ombro dela. - Já disse, não importa o culpado. - A campeã suspirou. - Mas, confesso que o que Luz das Batalhas está dizendo faz total sentido. Quando assisti algumas batalhas eu fiquei receosa de enfrentá-lo e me perguntei, diversas vezes, como me sentiria se meu pokémon fosse abatido por um pokémon de Kevin, ficando meses fora de combate. -

– Mas... - Juliana foi argumentar, mas desistiu.

A Pendraco lembrava-se de um dia em que Kevin enfrentou um rapaz de dezoito anos que havia começado a ser treinador a pouco tempo. Ele estava dando em cima de Amanda, como a Gutmore se esquivou protegendo-se atrás de Kevin, o rapaz o desafiou para mostrar que ele era alguém de valor. Kevin não pegou leve e o rapaz acabou humilhado. Como estavam todos no mesmo Centro Pokémon ainda se cruzaram algumas vezes. Kevin até foi cordial e amigável, oferecendo algumas dicas e ajuda, mas o rapaz parecia ter um misto de desolação, inveja e ódio.

– Eu também concordo que isso possa ter ocorrido por culpa das habilidades de Kevin. - Disse Marjori chamando a atenção de Juliana.

– Anos atrás Kevin e eu conversamos sobre o que faríamos no futuro. - Marjori fechou os olhos relembrando. - Nós dois havíamos passado por coisas que pessoas de nossa idade não deviam passar. Crescemos lutando por nossas vidas e quando as organizações criminosas caíram descobrimos que se o mundo voltasse a ser pacífico, não nos encaixaríamos mais como treinador pokémon. -

– Como assim? - Questionou Lúbia.

– Nossos estilos de luta eram letais para treinadores comuns. Mesmo um mestre pokémon ao lutar conosco percebia que nossos pokémon entravam para matar ou morrer nas batalhas, mesmo as mais simples. Como podíamos continuar sendo treinadores se nossos pokémon só sabiam lutar para machucar e não pelo esporte? - Marjori voltou a abrir os olhos. - O Estilo dele mudou, mas aqueles pokémon que ele usou, tentou ensiná-los a proteger a vida, não aprenderam tão rápido. -

– Se alguém vem para te machucar, dificilmente você vai deixar passar. - Juliana compreendeu que Sinnoh com os Bersekers havia sido um erro.

“Atualmente ainda existem seiscentos Fantasmas. Alguns estão vigiando alguns locais, mas a maioria está se reunindo em Hoeen, local onde estão os prisioneiros que vão tentar resgatar. Eles acham que Kevin saiu de Arton, pois viram Pidgeot o fazê-lo algumas noites atrás, justamente a noite que a contagem regressiva deu início.”

– Então, vamos enfrentar quinhentos e poucos assassinos que esperam que kevin chegue lá na sexta feira e não amanhã? - Marjori sorriu maliciosa.

“ Quase certo que sim. Brad Torque foi atrás de Julia Maerd. É o trato, a irmã de Kevin pela dele, mas não sei muito, pois o Torque segue sem nenhuma tecnologia que eu consiga invadir para saber o que anda acontecendo com ele.”

– Obrigada! - Disse Juliana.

“Devo minha vida a Kevin. Fingi que seria um Fantasma e entrei no curso para vigiá-lo e protegê-lo. Minha surpresa foi que existia outro fazendo o mesmo que eu, vigiando-o para protegê-lo.”

– Como é? - Lúbia pareceu não compreender.

“Eu fui para Khubar com a desculpa de que seguiria meu sonho de medicina pokémon, já que quase ninguém sabia que Kevin o faria. Mas, tentaram me dissuadir pois já havia um Fantasma lá e um que não queria fazer parte. Eles suspeitavam que Kevin iria para lá. O que não quis fazer parte foi John Carther, antigo membro da Estilo de Poder. Quando cheguei lá conversamos e ambos fechamos para proteger a Kevin, tentando fazer ele sair daquela universidade. Mas, ele se manteve.”

– Kevin comentou sobre o John quando passei por lá. - Disse Lúbia. - Mas, quem é o Fantasma que estava por lá? -

“Um idiota! Só conseguiu identificar Kevin quando ficou cara a cara com ele num tornei estudantil. O nome é Rodolfo, se não trocou. Acho que ele foi seu dançarino.”

– Rodolfo? - Marjori ficou branca. - Alto, moreno e de olhos chamativos? -

– Eu vi um rapaz com esse nome e essa descrição. Tentou agarrar uma menina na festa do torneio. - Disse Lúbia. - Ele realmente dançava muito bem. Não sabia que seus dançarinos eram tão jovens. -

– Bem... - Marjori ficou calada durante alguns instantes. - Dançarino com esse nome e essas características só o Rodolfo. Mas, não acho que ele tentaria matar o Kevin. Além disso, ele nunca agarraria uma garota. Ele é gay. -

Lúbia ficou pensativa com aquilo enquanto Juliana se limitava a ouvir. Estava sentindo-se culpada demais por ter convencido Kevin a disputar a liga de Sinnoh quando foram a região.

“Agarrando meninas ou não, ou sendo Gay ou não ele não é problema no momento. Ele ainda está vivo, mas está limitando-se a esperar instruções dos demais Fantasmas. Como Kevin está escondido e não parece que vai se revelar estar em Khubar, todos acham que Kevin saiu em direção a Hoeen.”

– Você disse que finge ajudá-los. - Lúbia olhou para o holograma, mas sabia que não adiantava muito pois ele não parecia poder vê-las. - Mas, fingiu desaparecer? -

“Gosto da minha vida. Simplesmente desapareci. Os Fantasmas acham que Kevin deu um jeito em mim. Estou escondido usando toda a tecnologia de Khubar para monitorar Kevin e o que anda acontecendo. Entrei em contato para dar as coordenadas, contar o que sei e que precisam resolver isso antes de sexta.”

– Prazo que esperam que Kevin chegue. - Disse Juliana entendendo.

“Não! Sexta feira os Países Livres invadiram Arton, se não resolverem o problema com os Fantasmas logo, Kevin vai ter que enfrentar os dois grupos.”

– Como assim? - Marjori não compreendeu. - O que Os Países Livres tem haver com Kevin? -

– Os Países Livres declararam guerra ao assassino misterioso de Razor, sobrinho do Imperador. - Disse Lubia que falava pensativa e de repente arregalou os olhos. - Não! Ele não fez isso, fez? -

“Sim! Não sei o motivo. Só sei que Kevin matou Razor e os Países Livres já sabem que o assassino está em Arton e falta pouco para descobrirem que está em Khubar!”

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– Oitenta e sete! -

A voz saiu um pouco trêmula preenchendo o silêncio do quarto. Maya estava sentada sob uma cama desarrumada, visivelmente emburrada a ponto de ignorar aquela fala. Sabia ser Kevin, mas não queria conversar com ele, nem mesmo para mandá-lo sair do quarto.

A porta estava aberta e Kevin apenas encostou-se no batente da porta. Ele havia trocado de roupa, agora com uma bermuda beje uma camisa amarela. Observou a loira e percebeu que ela não iria dirigir-lhe o olhar.

– Alguns com minhas próprias mãos, alguns através dos meus pokémon. Alguns por serem meus amigos, outros para me darem chance de viver, outros simplesmente porque em algum momento troquei algumas palavras. Mas, se eu não perdi a conta, esse é o número de pessoas que matei. - Kevin permaneceu parado no batente da porta. - Entendo que as coisas pareçam ruins, mas se torar uma pessoa letal só atrai mais violência para você. -

Maya nada disse. Estava sentada de lado e via Kevin apenas perifericamente. Não esboçou nenhuma reação com o dito, apenas passou a mão no rosto na altura dos olhos e deu as costas para Kevin, girando o corpo e sentando-se em outra posição, de forma que ele não pudesse ver seu rosto.

Ela está chorando? Kevin tremeu em seu lugar. Fechou os olhos, decepcionado consigo mesmo e caminhou na direção dela e sentou-se ao lado dela, ele na beirada das costas e ela ao lado, de costas para ele.

– Eu não quero que ninguém seja comigo... - A voz dele falhou. - Não sou boa pessoa ou modelo para alguém seguir. - Ele a puxou num abraço, mesmo ela de costas. - Deixar você se tornar uma assassina se tenho essa opção de não permitir isso é algo que não posso aceitar. -

Maya aceitado o abraço e passado seus braços por cima do dele, enquanto tentava não chorar.

– Eu não tive essa opção. Tentaram me ensinar a me defender, mas sempre fui muito impulsivo como meu pai e o mundo fez todos ficarem me olhando como alguém a se enfrentar, a se desafiar e a se matar. Saber fazer essas coisas chama a atenção de gente ruim. -

– Eu só quero me defender. - Disse Maya chorosa. - Quase nunca me sento protegida. -

– Eu sei! - Ele a apertou ficando calado por algum tempo. Procurando o que dizer, procurando o que fazer. - Gosto muito de você, sabia?. -

– Sabia. - Ela esboçou um sorriso. - Só não entendo o motivo. -

Ela queria ter falado que gostava dele também, mas parecia um bom momento para fazer aquele tipo de pergunta. Ela não sabia dizer porque gostava dele, não conseguia explicar bem o que sentia, mas talvez ele pudesse explicar. Além disso, ele falaria qualquer coisa naquele momento, isso estava claro.

– Bem... - Kevin inclinou-se para trás para pegar algo no bolso de sua bermuda, mas parou ao escutar um gemido de dor e perceber que pressionava um corpo ao fazer aquilo.

Do meio das cobertas Riley apareceu com um sorriso sem graça. Ela estava cansada e deitou-se, tentou falar com Maya que simplesmente jogou as cobertas em cima dela, segundos antes de Kevin entrar no quarto e começar a falar. Achou que deveria ficar quieta e não interromper.

Maya se virou para olhar a amiga e sentiu a mão de Kevin limpar seu rosto das lágrimas que ela havia deixado rolar.

– Regra número um é não tentar usar o que aprendeu para machucar ou matar alguém, nada do que eu te ensinar serve para isso, então vai acabar se machucando ou pior caso tente. -

Kevin disse aquilo levantando-se sem que Maya ou Riley pudessem compreender o que aquilo significava. Ele virou-se de frente para as duas e sorriu.

– Vai me ensinar? - Maya sorriu surpresa. - Mas achei que... -

– Regra número dois e muito mais importante que a primeira, não se luta para vencer ou derrotar e sim incapacitar o adversário a ponto dele fugir de medo ou a ponto de ficar desnorteado tempo o suficiente para você fugir. - Disse Kevin.

– Fugir? -

Maya ainda mais surpresa olhou para Riley que fez sinal de que não diria nada. Maya era uma Neet e não poderia simplesmente ficar fugindo das batalhas depois que começasse-as.

– Se quiser aprender comigo algo nos próximos dias, essas são as regras. - Disse Kevin. - Ensinarei a sobreviver e não a matar. -

Maya levantou-se animada. Não era o que ela queria ou esperava, não era o jeito dela de ver ou fazer as coisas, nem de perto era o jeito que Kevin fazia as coisas, mas era o jeito dele ver e querer fazer e talvez isso significasse algo para ele.

– Combinado! - Disse ela animada. - O que fazemos primeiro? -

– Pokebola do Pidove. - Disse Kevin.

Maya sacudiu a cabeça e foi até sua mochila, próximo a porta, e pegou a pokebola. Trouxe-a a rápido e olhou para Kevin imaginando o que fariam. A regra que combinaram com a saída de Cody Mevoj era não saírem, logo se fossem usar um pokémon iriam fazê-lo dentro de casa, o que parecia ser algo nada aconselhável no caso do desobediente passáro.

– Vai comandar um ataque que ele use o bico para fazê-lo. - Kevin olhou Riley. - Eu usarei Riley como meu pokémon. -

– O que? - A morena que permanecia na cama, deitada, pareceu não compreender. - Você que minha Chickorita? -

– Quero você como pokémon. - Disse Kevin sorrindo.

A morena levantou-se com uma cara de quem não estava gostando muito da ideia enquanto a loira parecia realmente não compreender o que Kevin pretendia. Certamente Pidove machucaria Riley se acertasse o ataque nela. Mas, ambas acabaram seguindo o que Kevin pedia.

Pidove assim que foi liberado olhou em volta um pouco confuso e pousou no chão, entendendo não ser uma batalha ou treinamento. Imaginou que fosse alguma refeição, mas também não identificou nada comestível.

– Riley seus ataques serão Lança Chamas e Beijo Adorável. - Disse Kevin colocando-a a sua frente.

– Não acho que possa fazer uma labareda de chamas. - Ela riu. - Talvez um beijinho no ar cheio de charme. -

– Esse é o espírito! - Ele riu. - Se eu disser Beijo adorável, jogue beijos, se eu disser Lança Chamas levante o braço direito. -

Riley fez que sim com a cabeça e viu que Maya já havia liberado o pokémon. O quarto transformou-se numa arena de batalhas e de repente a morena começou a se perguntar como havia aceitado aquela situação.

– Pidove use o Peck contra a Riley, mas seja gentil. - Disse Maya.

A ave ficou parada olhando Riley que claramente estava nervosa com o momento que a ave faria algo e acertaria o ataque nela.

– Riley use Beijo Adorável. -

– Isso realmente é sério? - Riley virou de costas encarando Kevin que apenas confirmou com a cabeça e um sorriso que já estava ali, como de costume. - Então é sério. -

A jovem Mevoj levou a mão na boca e jogou um beijo para Pidove que não esboçou nenhuma reação.

– Lança Chamas! - Disse Kevin.

A ave de repente saltou para trás ficando na defensiva. Olhava assustado de um lado para o outro. Riley levantou o braço direito por alguns instantes e então abaixou.

– Por que ele está assustado? - Maya percebeu que seu pokémon esperava receber um ataque forte. - Use o Peck, agora! -

Mas, a ave continuou na defensiva.

– Peça para ele fazer ataque de areia. - Disse Kevin que foi até Riley. - Feche os olhos. - Disse a morena.

– Ataque de areia? -

Maya questionou sem entender, mas viu seu pokémon levantar voo com um os olhos vivos e começar a gitar as asas próximo ao chão. Uma nuvem de poeira levantou-se e foi em direção a a Kevin e Riley que começaram a tossir.

– Isso é o Sand-Attack! - Disse Maya espantada.

– Recolhe! - Gritou Kevin ainda levando poeira no rosto junto com Riley.

Maya recolheu o pokémon e viu Kevin e Riley se limpando.

– Eu lavei o cabelo quando levantei. - Riley parecia desanimada. - Você não podia ter escolhido outro golpe? -

– Bem... - Kevin sorriu sem graça e puxou uma cadeira para Riley sentar-se. - Enquanto trato da minha pokémon, entendeu porque Pidove não te obedece? -

Maya levantou a sobrancelha sem conseguir perceber o que deveria ter aprendido ali. Olhou para Riley que deu de ombros e agora tinha Kevin com um pente tirando a poeira do cabelo dela.

– Sand-atack é o nome em inglês para Ataque de Areia. - Começou Kevin. - Um movimento que retira a sujeira do chão em direção ao pokémon para que diminua a precisão dele. Acerta os olhos na maioria dos casos. - Kevin sorriu. - Peck é o nome em inglês para Ataque de Bico ou seu similar, Bicada. -

– Pidove português? - Maya caiu sentada na cama surpresa. - Como assim? -

– Não existem Pidove's em Arton, e o seu parece pronto para evoluir. Imagino que tenha capturado-o próximo ao Centro Pokémon. - Continuou Kevin enquanto tirava a poeira do Cabelo de Riley. - Alguns treinadores têm esse costume, não querem mais um pokémon e o libertam próximo a um centro. Enfim, você deve ter capturado um pokémon abandonado que foi treinado com movimentos em português. -

Maya pareceu pensar sobre aquilo. Ela realmente havia capturado aquela ave na mata próximo ao Centro Pokémon de Khubar. Lembrava-se de ter comando um ou dois golpes que o nome em inglês lembrava o nome em português de algum movimento e ter visto tal movimento ser executado, quase que de imediato.

– Eu acho que estou entendendo. - Disse Maya ainda pensativa. - Pidove tinha um treinador que o ensinou os movimentos em português e por isso ele não me obdece, pois ele não me entende. -

– Isso! - Disse Kevin. - Mais do que isso. O antigo treinador de Pidove ensinou-o a sacudir as asas, próximo ao chão e levantar a sujeira direcionando-a para o adversário para que ele diminuísse a precisão dos ataques adversários. Ai ele disse ao Pidove o seguinte, sempre que eu disser Ataque de Areia sacuda as asas próximo ao chão para levantar a sujeira e direcioná-la ao adversário. -

– Que nem fez comigo? - Perguntou Riley que havia ficado parada na cadeira enquanto Kevin mexia em seus cabelos. - Me ensinou que sempre que quisesse que eu levantasse o braço direito iria dizer Lança Chamas. -

Kevin sorriu massageando, rapidamente, o ombro de Riley.

– Então se o cara tivesse dito a Pidove que em vez de Ataque de Areia ele diria Bolinho de Arros Pidove entenderia que o nome do ataque era Bolinho de Arroz? - Maya surtou com a informação.

– Isso é que se chama treinamento pokémon. Você ensinar o pokémon a fazer algo e em vez de ficar dizendo passo a passo o que ele já aprendeu a fazer, dar um nome a aquela ação. Atualmente as pessoas conseguem fazer isso muito rápido e todos seguem uma convenção de usar os nomes oficiais das técnicas, pois os próprios treinadores podem se perder. - Explicou Kevin. - Mas, nada impede de você treinar um pokémon para usar um choque do trovão ao escutar a palavra chuva. Basicamente, eu ensinei uma série de movimentos ao Luxray e quando quero que ele execute disse que falaria Garras do Trovão. Então o nome do movimento para o pokémon é Garras do Trovão e torna-se oficial por ser um movimento criado por mim e não algo que todo mundo sabe usar. -

Maya parecia surpresa com tudo aquilo. Riley também estava impressionada. Nunca haviam olhado a questão de ensinar um golpe o nome do golpe do pokémon como algo complexo, achavam ser algo mais mecânico, mas realmente era difícil que um pokémon nascesse sabendo o que era um jato de água. Aprenderia a usar, pois seria de sua natureza, mas jamais entenderia que aquilo era jato de água ou Water Gun dependendo da língua.

A loira encarou o rapaz que penteava, com cuidado, os cabelos da prima. Ele realmente era muito mais do que aquele mero currículo dizia. Mesmo seu pai, Conde Veneno de Cobra, não parecia ter uma visão tão completa sobre movimentos pokémon e sua forma de ensinar e usar. De todas as vezes, naqueles poucos dias, que comparou aquele jovem universitário ao General de Guerra que logo estaria ali para enfrentar o jovem, nunca viu o jovem o superando, mesmo desejando muito que aquilo acontecesse. Mas, pela primeira vez tinha a impressão de que o nível de habilidades de Kevin era muito maior do que ela via e melhores do que as do general.

– Então, devo aprender os golpes dos Pidove's em português para poder usá-lo! - Disse Maya Levantando-se da cama mais animada pela constatação sobre Kevin do que pelo aprendizado, propriamente dito. - Vou pegar o tablet que deixei lá embaixo. -

– Assim que eu terminar aqui vou tomar aquele café que fez. -

Kevin ao dizer aquilo viu a menina corar e sair do quarto.

– Obrigado pela ajuda Riley, desculpa te sujar. -

– Riley, Riley! - Riu a menina. - Riley, Riley, Riiiiley! -

Kevin não conseguiu segurar a gargalhada da menina que a poucos instantes estava irritada com o acontecido e agora estava se divertindo bancando o pokémon. Ele já estava quase terminando co o cabelo, no final ele morou com três mulheres e aquela era uma as atarefas que acabava não tendo como fugir, ajudar a pentear as longas madeixas delas.

– Pronto! -

Kevin sorriu e viu que Riley levantou-se rápido e foi ao espelho percebendo que realmente o cabelo estava sem a poeira e penteado como antes. Olhou para Kevin incrédula e ficou observando-o durante um tempo.

– O que foi? Penteei errado? -

– Não. Ficou igual ao que estava antes. - Ela omitiu o fato de que teria que lavar de qualquer jeito, mas definitivamente parecia quase sem poeira. - É que... você parece um bom professor. -

Kevin sorriu passando por ela e indo em direção a porta tomar o café da manhã.

– Você poderia me ensinar algo? - Pediu Riley antes que ele saísse do quarto.

– Claro! - Ele virou-se sorridente, já no corredor, esperando que ela disse o que ela queria aprender. Mas, percebeu que ela estava com as covinhas aparecendo e um certo bico. Estava envergonhada e não iria dizer. - Se eu souber posso te ensinar. O que gostaria de aprender? -

– Dançar. -


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Notas finais do capítulo

Devem ter reparado que o cap deu uma reduzida. A ideia, desde o inicio, era que os caps tivessem esse tamanho. Mas, alguns estavam excedendo.

Mas... Vamos falar sobre a teoria apresentada por Luz das Batalhas. O que acham? Kevin virou assassino pelos motivos apresentados, ou outra coisa? :) Adoraria a opinião de vocês!!!



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