PEV - Pokémon Estilo de Vida escrita por Kevin


Capítulo 2
Capitulo 01 – Marcado por menosprezo


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a todos que leram o prólogo e voltaram para ler o primeiro capítulo. Especialmente aos leitores que me deram meus 8 primeiro comentários :)
Espero que gostem deste capítulo, mais do que do outro.

P.S.: Nas notas finais teremos uma surpresa!



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Pokémon Estilo de Vida
Saga 01 - Estilo de Arton
Etapa 01 – Aquele que marca



Você já se perguntou o que marca o nosso tempo aqui?
Se uma vida pode realmente ter um impacto no mundo?
Ou se as escolhas que fazemos importam?
Eu acredito que sim e acredito que um homem pode mudar muitas vidas
para o melhor, ou para o pior.”
(Anônimo)

Capitulo 01 – Marcado por menosprezo



A dor aumentava a cada segundo. Não sabia como iria fazer para ela parar. Olhava em volta e via apenas árvores, matos, arbustos, o chão quase coberto com folhas secas e uma menina dos cabelos e olhos de tom azulado que insistia em persegui-lo. Não fosse por ela sua aterrissagem teria sido perfeita e não estaria sentindo dor. Não fosse por ela, mesmo que a aterrissagem não tivesse sido perfeita, ele ainda estaria em movimento, estaria em fuga. Mas, ela tinha que vir atrás dele.



– Sei que está aqui em algum lugar. -



O dia havia começado relativamente bem. Depois de duas semanas brincando de esconde-esconde com a tripulação de um navio de cruzeiro, finalmente estavam chegando a Imus em Sinnoh. A viagem havia sido difícil, mas se levado em conta que era clandestino, estava no lucro de não ter passado fome. Na última noite até conseguiu uma cabine para dormir, após ver que seu dono passou mal no jantar e iria ficar na enfermaria até chegarem à terra firme.

Uma cama depois do chão frio da casa de maquinas ou dos botes salva vidas, onde se escondia sempre que preciso, foi muito chamativo. Acordou zonzo, mas com o café posto em sua porta. Provavelmente o camareiro não havia recebido a noticia de que o dono da cabine estava na enfermaria e atendeu prontamente o pedido de café no quarto que havia sido feito por telefone. Apressou-se em comer e logo depois escutou a voz do capitão, pelo sistema de sonorização, anunciando a chegada em poucos minutos. Cama confortável, comida fácil e o fim da viagem. Um ótimo começo de dia. A multidão começou a sair para ver a aproximação do porto e pensou ser uma boa hora para misturar-se à multidão e desembarcar sem ser percebido.

O erro foi achar que não seria percebido. Cinco dias atrás já havia sido identificado e suas descrições divulgadas para aqueles que trabalhavam. Ficou dois dias escondido na lixeira e metade de um no frigorifico.

Enquanto estava no parapeito misturado à multidão foi abordado por um marinheiro. Ele não hesitou em sair correndo e acabou dando inicio a uma perseguição que ele não esperava. Se soubesse que o marinheiro apenas iria oferecer binóculos, talvez saísse do navio sem ser notado. Mas, estava acostumado a fugas e a não confiar na bondade dos outros.

“Peguem ele!” era escutado enquanto ele corria. “Parem-no!” o eco pelos corredores fazia-o confundir-se sobre qual direção deveria continuar seguindo. “Detenham o clandestino!” aquele era o grito que mais o assustava.

Quando se viu encurralado tomou uma decisão rápida. Foi em direção ao parapeito, pegando impulso usando o pé direito, e saltou para fora do navio. Os marinheiros ficaram olhando assustados, não acreditando na coragem do jovem. Imaginavam que louco pulava de vinte cinco metros para terra, mas pelos gritos que o jovem deu ao começar a cair perceberam ele achava que fosse cair na água.

Um ser humano pode pular de uma altura de 10 a 15 metros sem se machucar se cair da forma correta. Flexionar as pernas e apoiar as mãos no chão. Uma sincronia perfeita e eficiente. Mesmo assustado em pleno ar, considerava as ações simples. Já havia feito aquilo em alturas menores. Sempre havia a primeira vez para aumentar os riscos, em especial quando já estava em queda livre. Não temeu o perigo e concentrou-se. Caiu e logo rolou pelo chão, sentindo o tornozelo latejar e o corpo bater contra o concreto do chão do porto e em algo mais macio. A aterrisagem não havia sido perfeita, mas aparentemente não havia sido tão desastrosa.

Infelizmente o algo macio era uma garota de cabelos e olhos azulados que começou a gritar com ele do nada. Levantou-se rápido, não sem antes dar uma boa olhada na menina e tentar tocá-la. Mas, sabia que não era hora para aquilo. Afastou-se da menina em um salto assim que viu a mão dela zunir em direção a seu rosto.

Tentou correr e quase foi ao chão, sentindo seu tornozelo que havia latejado. Agora doía fortemente. Enquanto equilibrou-se viu os marinheiros aos gritos preparando-se para descer. Ele esforçou-se e saiu do porto mancando e indo para a floresta próxima, acreditando que desistiriam de segui-lo, mas a surpresa era que a menina veio atrás dele como um raio.



– Estou te vendo nesse galho de árvore. -



A voz da menina o irritava tanto que ele poderia jurar que nasceu para matá-la. Pensou em descer, se deixar capturar e na primeira oportunidade torcer seu pescoço. Mas, era mais a dor no tornozelo que estava incomodando. Era estranho que ela não estava gritando, apenas falava e as vezes até muito baixo.



– Bom dia senhorita! Sou Roger. - Ele sorriu descaradamente. - Não sei quem está procurando, mas passei a noite aqui nesse galho. - Mentiu. - Acho que a pessoa que você procura passou correndo por aqui há uns dois minutos. Ou tentando correr, já que mancava. - Ele apontou uma direção para a menina, tomando o cuidado de mostrar uma direção oposta a que pretendia pegar e não a mesma pela qual eles vieram. - Gemia um pouco. Foi assim que acabou me acordando. -



A menina estava olhando para cima onde Roger havia se refugiado na fuga, ao perceber que ela estava o alcançando. A menina era boa em perseguição, isso o jovem admitia. Quando perdeu a trilha simplesmente parou e começou a analisar a possibilidade dele ter aumentado à velocidade e supôs que ele ainda estava na área, já que realmente lembrava-se do mancar que a pessoa apresentava.

Roger a viu balançar a cabeça como quem parecia entender o que havia sido falado. Sua expressão levava a crer que ela havia acredito. Roger teve alguns segundos para observar novamente a menina que certamente era maior e mais velha que ele.

Um metro e sessenta e cinco de altura com corpo aparentemente magro. Seu cabelo longo tinha um tom azul escuro que se assemelhava muito com os seus olhos. Dificilmente via-se alguém com olhos de um azul escuro como aquele, ainda mais que se notavam uns traços diferentes em meio ao azul. Certamente era o que mais chamava a atenção nela.

De corpo desenvolvido a menina parecia querer passar despercebida, ou ao menos não ser reconhecida. Usava uma calça jeans batida e folgada com tênis preto sem nenhum detalhe em especial. Sua blusa cinza tinha um tom escuro. Apenas seu casaco cinza, com capuz, poderia ser chamado de diferente, já que era bem grosso e tinha alguns detalhes diferentes como zíper grosso e muitos bolsos. Sua pele branca estava bem escondida. Ninguém que olhasse para ela poderia dizer algo que realmente pudesse distingui-la de outras pessoas se ela mudasse de roupa, exceto pelos olhos.

A menina estava de costas e parecia que já ia embora. No entanto, ela levou à mão a cintura e pegou algo. Roger teve dificuldades de identificar no inicio, devido a uma série de fatores. Era uma esfera minúscula demais para se identificar naquela distancia, mas depois que o objeto ampliou-se em uma grande bola metade vermelha e metade branca, viu perfeitamente que se tratava de uma pokebola.

As famosas esferas de captura, armazenamento e transporte de pokémon. Uma tecnologia entendida por poucos e utilizada por todos. E ninguém precisava entender realmente o que permitia que tudo aquilo fosse feito, bastava que soubessem como usar e que ela realmente funcionasse.

A pokebola sempre liberaria o pokémon por fortes luzes brancas que aos poucos tomaria o formato da criatura que nela estava guardada. No caso em questão estava um pokémon do tipo água, de corpo coberto de escamas azuladas e flexíveis, com cinquenta centímetros de tamanho. Chamava a atenção por ser quadrupede e andar livremente por terra. Possuía uma grande barbatana no topo de sua cabeça e um rabo também no formato de barbatana de um azul mais claro que o seu corpo. Nas bochechas parecia possuir barbatanas em forma de tridentes, que pareciam ser bigodes bem endurecidos.



– Mudkip! Water Gun naquele cretino. -



A garota apontou para o garoto em cima do galho com tanta velocidade quanto a que liberou a o pokémon de sua pokebola. Mudkip não quis saber o motivo daquele estranho comando e simplesmente executou-o na direção apontada. Um movimento do tipo água. Jato de Água, Jato D'água, Arma de Água, ou qualquer outra variação que ocorria conforme a língua ou região. O pokémon inflava a boca, normalmente, e esguichava água com uma forte pressão na direção que escolhesse.

Roger foi acertado em cheio no rosto e desequilibrou-se caindo sentado do galho da árvore.



– Sua louca! - Ele gritou. - Além de mandar seu pokémon me atacar tenta me matar derrubando-me da árvore? - Ele parecia revoltado. - E se eu tivesse me machucado? -



A menina nada disse. Colocou o dedo nos lábios fazendo um pequeno bico, como quem pedia silêncio de uma forma calma. Caminhou na direção dele e abaixou-se a pouco mais de dois metros, pegando um objeto que se misturou as folhas do local. Parecia um pequeno aparelho eletrônico fino e de menos de 20 centímetros de comprimento. De cor rosa bebe metálico com detalhes prateados, possuía alguns botões quase que imperceptíveis por também serem prateados. A menina apertou um botão.



Pokeagenda configurada para Juliana...”



A menina nem esperou que a voz eletrônica que saia do aparelho terminasse. Simplesmente colocou o objeto no bolso de sua blusa cinza e encarou o jovem.



– Cabelos escuros roxeados, olheiras, jaqueta e calça de couro preto e uma estranha faixa negra passada no pescoço. A pele branca suja, o pé direito um pouco inchado que se machucou. - Amenina zombou dele. - Seu ladrãozinho de merda. Você deveria começar a prestar atenção nas coisas que faz. Achou que ao tentar passar a mão em mim eu não percebi que havia roubado minha pokeagenda? -



Ela o viu por poucos segundos, mas havia conseguido gravá-lo bem. A descrição estava quase perfeita, faltava apenas dizer que ele era mais baixo que ela. A perplexidade de Roger só não foi maior por Juliana ter chutado um grupo de folhas para cima do rapaz e virou as costas para ele.



– Você sabe que cada vez que menosprezamos alguém essa pessoa fica mais forte? - Roger disse aquilo ficando de pé, como se o pé machucado não fosse nada. Levou a mão ao cinto e retirou uma pokebola e a ampliou. - Você veio correndo atrás de mim sem saber o perigo que correria por causa de uma coisa que acha que eu roubei? -



– Entendi. - A menina não se intimidou com a fala, continuando andando para junto de seu pokémon. Sua voz tinha um pouco de desdém. - Então você se chama Juliana. - A menina riu por alguns instantes, mas percebeu que seu pokémon, Mudkip, estava encarando o rapaz atentamente.



Girou o corpo rápido olhando para cima e depois para o garoto. Viu-o encarando-a com um sorriso um tanto malvado. Ele estava pronto para fazer algo contra ela e por algum motivo ela sabia, não seriam apenas algumas ofensas. Olhou em volta e viu apenas floresta. As pessoas do porto não a seguiram na caçada. Ela precisava vir atrás do ladrão, ou ficaria sem sua pokeagenda.

O aparelho era uma pokeagenda exclusiva que tinha muito mais valor sentimental que financeiro. Deixar alguém levar aquilo era uma ofensa a quem lhe deu. Além disso, suas licenças de treinadora e coordenadora estavam armazenadas ali, seria complicado viajar sem elas.



– Você por acaso é retardado? - Questionou Juliana. - Você tem o que? 12 anos? Não creio que seja tão novo para não perceber no que está se metendo. - Juliana o encarou tentando intimidá-lo. - Guarde a pokebola e vá embora. -



Uma gargalhada como resposta. Uma gargalhada fria e totalmente maldosa. Roger parecia divertir-se com o falado. Jogou a pokebola para o alto e as luzes começaram a materializar uma pequena raposa com várias caldas, pelos marrons avermelhados e uma cara de sono.



Mudkip ficou em modo de ataque e começou a rosnar. Ele podia sentir o clima tenso que ia se formando e via nos olhos do jovem Roger que ele era perigoso. Temeu pela luta, mesmo diante de um adversário como Vupix, um pokémon de fogo. Sua melhor técnica nesse confronto seria a Water Gun, mas desconfiava que sua treinadora não seria tola de iniciar a batalha.



– Assim que você der o primeiro ataque eu vencerei e irei embora. - Disse Juliana olhando-o fixamente. - Se você acha que aguenta a pressão, vá em frente. -



– Farei você sofrer garota! - Disse Roger. - Vai se arrepender me menosprezar. - Ele olhou para Vupix. - Ember. -



Ember. Alguns conheciam aquele movimento como Brasas, mas pouco importava. O efeito era sempre o mesmo, caso o pokémon entendesse e soubesse o comando. O pokémom iria disparar de sua boca, normalmente, pedras flamejantes, em direção ao adversário. As variações aconteciam conforme o pokémon e seu nível.

Vulpix tinha boas habilidades, mas inclinava a cabeça para cima para usar o ataque. O Ember primeiro ia para o alto e depois descia como um cometa para cima do adversário. Era coisa que todos os Vulpix faziam e Juliana sabia disso.

O Ember subiu e acertou um galho de árvore. Roger fez uma cara feia com o resultado, mas não conseguiu esboçar uma reação a mais. Juliana recolhia Mudkip apressadamente e corria na direção do porto.



– Então vai fugir? - Roger gritou seu questionou enquanto a via desaparecer pela mata. - Covardona. Sua...-



Roger parou seus berros sentindo Vulpix puxando a barra de sua calça. Deu um chute de lado para afastá-lo, queria ofender um pouco mais a menina. Mas, se arrependeu amargamente, pois acabou sacudindo fortemente o tornozelo no movimento. Caiu no chão praguejando e foi quando escutou um zumbido. Alto e espalhando-se pelo local.



– É sacanagem! -



Juliana estava certa em correr e ele sabia, não havia mais jeito dele fugir. Todo o momento a menina sabia e tentou ajuda-lo e alertá-lo. Quando chegou ao local já havia notado e não evadiu imediatamente para não deixá-lo sozinho naquele lugar. Chamava-o de forma contida e às vezes por murmúrios para não serem percebidos como ameaças. Resolveu derrubá-lo para que ele se afastasse do perigo, mas Roger em nenhum momento entendeu aquilo e enquanto a menina mantinha um tom de voz baixo e calmo ele engrossava a voz e o tom. Juliana insistiu para não batalharem, mas ele atacou.

O galho acertado pelo Ember era a morada de uma espécie de pokémon não muito amistosa que sozinho não apresentava grande perigo, mas em grupo representava risco de vida para qualquer ser vivo.

Asas velozes, batendo e criando um zumbido irritante. Corpo amarelo e preto com ferrão nas mãos e no lugar do rabo. Era um enxame de Beedrills enfurecidas. Por um instante Roger até se perguntou por que não atacaram durante toda a gritaria, mas talvez estivessem muito acostumados com as pessoas passando e só atacassem quando se sentissem ameaçadas.



– Aquela v... - Roger interrompia o praguejar contra Juliana. Havia sido acertado pelo primeiro ferrão. - Me deixou para morrer! -



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“Ao final daquele dia o trio havia decidido rumar para Sinnoh. O jovem loiro para ajudar um antigo amigo em algo que ele não tinha certeza do que era. Já as duas jovens seguiriam para tentar a sorte na Liga Pokémon de Sinnoh, apesar de não admitirem que na verdade tentariam, mais uma vez, conquistar o coração do jovem loiro.”



Amanda parou de digitar por alguns instantes, sorrindo com o que acabava de escrever. Relembrar todos aqueles acontecimentos era algo que ela gostava e a inspirava ainda mais a continuar no seu caminho.



– Introduzindo-se ao mundo de aventuras. -



A voz assustou a jovem que se virou e deu de cara com um rapaz parado atrás dela. Ela levantou-se o empurrando, irritada, sem dizer nada. Não iria repetir para ele, pela milésima vez, que antes de entrar no quarto de outra pessoa, especialmente o dela, deveria pedir permissão ou ao menos anunciar-se da porta.



– Acho o título um pouco fraco. Parece autoajuda ou guia para treinadores iniciantes. Sem contar que acho que o português está errado. - O rapaz comentou rindo e tentando defender-se dos empurrões, que após o comentário, tornaram-se socos quase violentos. - Tudo bem maninha! Tudo bem! É brincadeira! -



Os dois irmãos realmente tinham suas semelhanças quando se analisava bem. Os cabelos castanhos da mesma coloração, os olhos da mesma cor e formato. Altura parecida que se aproximava de um metro e setenta e cinco. No entanto, a pele dele era mais escura naturalmente, e ficava cada vez mais devido ao sol que pegava em suas jornadas. Enquanto a pele dela era mais clara e delicada. Enquanto ele tinha músculos bem definidos e ficavam evidentes com as roupas justas que usava, ela pouco deixava as curvas de seu corpo ou o volume de algumas partes de seu corpo ser notados ao usar roupas mais largas.



– Então agora resolveu virar escritora e abandonou a brilhante ideia de se tornar analista de batalhas. - O rapaz deu alguns passos para trás evitando-a de vez ao conseguir colocar entre eles uma cadeira, a mesma na qual ela estava sentada anteriormente. - Eu sei que você tem apenas 18 anos e é normal que não saiba o que quer fazer da vida, mas poderia escolher profissões mais normais para se iludir, não acha? -



– A forma como você fala comigo é como se estivesse debochando. - Amanda fez uma cara irritada. - Você deveria ser um irmão mais legal e apoiar-me, assim como Kevin e Julia fazem um com o outro. - Ela bufou. - Você sabe muito bem que a ideia do livro é para que as pessoas conheçam meu nome e o que já fiz. -



– Sou um bom irmão. Protetor, carinhoso, prestativo e generoso. - Ele cruzou os braços mostrando não ter gostado da menção dele não ser legal com ela. - E não estou debochando. -



– Acha que não tenho capacidade para ser analista. Está me menosprezando. - Disse a menina. - Deveria me incentivar. -



– Tem razão. - Ele suspirou desviando o olhar da irmã. Como era difícil entender que ela tinha 18 anos e já não podia protegê-la como antes. - Apenas estou preocupado com essa ideia de analista de batalhas. Não funciona em regiões como as nossas, você teria de ir para o outro lado do mundo para que pudesse ser valorizada e ainda assim não teria as credenciais necessárias. - Ele sorriu. - Dizer que é irmã do Mestre Pokémon de Jotho, Trevor Gutmore não vai abrir todas as portas. -



Analista de batalhas é uma profissão bem diferente das habituais de Jotho e redondezas. Um profissional na arte de observar os pokémon em ação e dizer o que poderia ser feito para melhorar sua performance, fosse qual fosse o tipo de competição. Precisava de conhecimento dos mais variados movimentos. Dos movimentos e seus funcionamentos, confiança do treinador pokémon e da sua própria, além da habilidade de ver nos movimentos onde estava o ponto a ser melhorado.

Era uma profissão que exigia muito da pessoa, mas tinha um grande reconhecimento e diversas vezes eram chamados para participarem da narração de eventos esportivos que envolvessem pokémon. No entanto, a atuação mais famosa era com competidores de elite que possuíam diversos profissionais os apoiando. Para as regiões que tinham tais analistas, Jotho e outras eram consideradas apenas celeiros de batalhas que ainda não haviam levado a sério as competições com pokémon.

Amanda realizou uma jornada por Sinnoh, no ano anterior, onde não apenas participou da liga pokémon, mas também do grande festival. O processo exaustivo de ser treinadora e coordenara lhe permitiu descobrir algo que antes ela não notava, tinha uma memória fotográfica para os movimentos dos pokémon. Um movimento feito diante seus olhos ficava em sua mente por longos períodos.

Para a sua carreira de treinadora aquilo não era muito útil, chegando a ser deprimente relembrar várias vezes como um ataque, que se tornava bobo após tantas repetições em sua mente, decretou sua derrota. Mas, pra sua carreira de coordenadora aquilo era algo fabuloso. Observava as apresentações e podia dizer onde estava o erro, como imitá-la ou mesmo superá-la. O único problema era que não se sentia empolgada com os palcos.

Ajudando Kevin e Juliana nos treinos, amigos da jornada por Sinnoh, ela descobriu que poderia ajudar as pessoas a aprimorar seus movimentos de concursos e batalhas com essa habilidade. Ela podia ajudar os treinadores a aperfeiçoarem suas performances uma vez que ela enxergava o que os outros não viam.

Kevin descobriu sobre os analistas de batalhas e acabou empolgando-a com a ideia. Apesar de não haver um curso para ensiná-la como ser analista ela conseguiu descobrir no que eles mais atuavam e montou seu próprio caminho até a nova profissão. Já estava cursando jornalismo, com o intuito de aprender as técnicas sobre os comentários esportivos além de como realizar pesquisas dessa área. Isso ia permitir que ela pudesse ser uma comentarista ou narradora, além de mostrá-la como eram as coletas de dados. Faria curso de gestão de pessoas, para conseguir não apenas lidar bem com seus futuros clientes, mas saber como tirar o melhor deles com o que eles tivessem. Continuaria atuando como treinadora para que pudesse sempre estar atualizando-se nas competições. Apenas um detalhe estava fora de seu alcance, um nome de renome.

A maioria dos analistas de batalhas eram antigos competidores de elite. O nome vitorioso abria portas para que esses aposentados fossem aceitos prestando consultoria e analise aos jovens. Ela não era uma treinadora ou coordenadora de elite, sequer era vista como uma jovem de potencial no mundo pokémon. Quando se falava de Amanda Gutmore o nome de seu irmão sempre aparecia junto. Trevor Gutmore, o Mestre Pokémon e herói mais famoso da atualidade da região de Jotho.

Precisava mostrar ao mundo que ela tinha experiência, suficiente, para ser analista de batalhas. Precisava fazer as pessoas conhecerem seu nome e ligar Amanda Gutmore a uma conhecedora do mundo pokémon e não a irmã caçula de um mestre pokémon. Por isso estava a escrever o livro que contava sobre sua jornada a Sinnoh, na qual também relembraria um pouco de sua jornada por Jotho. Pretendia nele detalhar técnicas e suas observações, dando ao mundo a prova de que ela sabia analisar uma batalha. Mas, ela admitia, o livro poderia não funcionar.

Trevor não estava errado em achar que a irmã estava querendo algo complicado e que poderia não dar em nada, assim como Amanda estava certa em achar que ele a estava menosprezando. Ela já estava decidida e empenhada e não iria parar logo nas primeiras barreiras e quedas. Mas, para Trevor aquilo não passava de uma perda de tempo. Se ele Mestre Pokémon, nunca precisou de um analista e já havia derrotado pessoas que usavam, por que iria dar crédito a eles?

Trevor ia além. Acreditava que analistas eram pessoas que foram superadas e sem conseguir recuperar o prestigio resolviam viver da glória dos outros treinadores mais fortes. Temia que sua irmã fosse abrir uma nova visão dessa profissão, onde quem não sabe batalhar, ensina. Mas, ele nada dizia sobre essas coisas a irmã. Ela própria falou sobre isso com ele quando lhe contou o que queria fazer.

Talvez todo o problema para Trevor não gostar daquela ideia fosse que ela estava sendo incentivada por Kevin. Sua opinião era desconsiderada pela irmã frente à opinião de Kevin para muitas coisas. Não importava o que fosse dito, se Kevin acreditava que era possível Amanda acreditava também.

Trevor menosprezava a profissão. Trevor não menosprezava os esforços da irmã, mas sim a convicção dela por saber que ela tinha uma queda por Kevin e talvez não tivesse percebido o quanto isso poderia atrapalhar a vida dela.



– Trevor Gutmore! Você é um mestre pokémon completamente idiota. - Amanda revoltou-se com o fato dele achar que ela não era capaz e precisaria usar o nome dele para abrir portas. - Por isso que as pessoas dizem que você tem sorte de ser talentoso com os pokémon, pois é completamente sem jeito quando se trata de pessoas. -



– Até onde sei sou considerado herói e recebo carta de pessoas pedindo para serem meus discípulos, todos os dias. - Trevor não era realmente convencido, mas não conseguia entender como a irmã podia estar tão determinada em tentar algo que ela nunca nem viu alguém fazer. Mas, agradecia, em silêncio, por ela fazer a faculdade de jornalismo. Caso tudo falhasse, ela tinha uma carreira para qual fugir. - Falando em carta, chegou uma para você. -



Amanda olhou para a cama e viu a carta. Perguntou-se quanto tempo ele ficou parado atrás dela, enquanto ela digitava em seu comutador e se ela havia feito algo vergonhoso que ele mais tarde pudesse usar para chateá-la. Quando foi olhá-lo para brigar mais uma vez com ele, ele já havia saído deixando a porta aberta.



– Preciso arrumar uma namorada para ele. - Resmungou pegando a carta na cama e indo até porta fechá-la, tendo o cuidado desta vez de passar a chave. - Na casa dos Maerds eu não tinha esse problema. Vou falar com papai assim que ele chegar do trabalho. -



Ela lidava bem com as provocações do irmão. Gostava muito dele, apesar de sempre estar menosprezando-a. Achando que ela seria a princesinha que precisa sempre de proteção e orientação. Ela não admitia, mas queria muito conseguir tornar-se uma analista de sucesso para esfregar isso na cara do irmão.

Amanda olhou seu nome escrito no envelope com o endereço de sua casa, mas não havia remetente e isso a deixou intrigada por alguns instantes. Foi ao computador desligá-lo e logo depois deitou-se na cama observando o envelope. Não parecia perigoso, mas nunca recebia cartas, normalmente recebia e-mails. Resolveu abrir de uma vez. Havia uma pagina manuscrita dentro dela e nada mais. Ela abriu um sorriso ao passar o olho pela carta, reconheceria aquela letra com facilidade.



Querida Amanda,



Imagino que tenha ficado um tempo olhando para o envelope sem que o abrisse. Do jeito que as coisas andam perigosas, uma carta anônima parece mais ameaçadora do que a pessoa estar na sua frente com uma arma. Mas, é menos perigoso que enviar um e-mail e correr o risco que eu possa ser rastreado, né?

Se ainda não sabe quem sou significa que me esqueceu. Uma pena pois não a esqueci! Agora imagino sua cara de irritada só por eu mencionar que não saberia quem mandou a carta.

Sinta-se privilegiada, pois além de minha irmã é a única que está recebendo noticias minhas. Nossa outra amiga está viajando, pelo que vi em um noticiário, então não valia a pena arriscar.

Escrevo para dizer que estou bem. Aqui é muito legal e aposto que iria adorar a viagem. Ganhei um companheiro de quarto muito divertido, Gengar e eu damos muitas risadas com ele, ou deveria dizer dele? Enfim, acredite ou não ele me acordou no meio da noite para reclamar de roncos.

Eu estava dormindo e de repente ele começou a me sacudir dizendo “É a terceira noite seguida que está roncando e não me deixa dormir. Qual é?”. Confesso que demorei um pouco para acordar e ainda mais para entender o que ele estava dizendo, já que tenho dormido com os fones justamente por causa dos roncos que vem do quarto ao lado do nosso. Já estou a duas semanas no quarto e os roncos começaram bem depois, mas ele não se ligou disso. Quando ele percebeu que os roncos permaneciam mesmo depois que eu estava acordado, foi ao quarto ao lado reclamar. Digamos que ele os vizinhos deram um jeito dele dormir sem ser incomodado pelos roncos. Voltou apenas quando amanheceu e estava bastante surrado.

Meu colega de quarto é um idiota. Mas, apesar de sua personalidade um pouco antissocial ele é muito esforçado e estudioso.

Estou quase adaptado, bem como meus pokémon. O problema é a comida que está muito cara. Mas, não posso circular muito por ai, ainda.

Outro motivo para escrever é por saber que em breve momentos difíceis surgirão e queria que soubesse que agradeço pelo que fez a fará por mim. Não se arrisque demais!

Sinto sua falta!

Beijos!”



Era difícil para Amanda não sorrir com aquela carta. Ele anda preocupava-se em manter contato com ela diante de tudo que estava acontecendo. Talvez ela pudesse ter algumas esperanças no futuro. Talvez ele fosse a influencia mais importante que ela já teve na vida, mesmo que muitos não concordassem.



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– Não vou ser brinquedo! -



O grito ecoou pela noite chamando a atenção das criaturas em volta, mas de nenhum humano. Roger ofegava e estava com o rosto pálido e assustado. Olhou em volta e viu um ambiente bem inóspito e quase acreditou estar ainda sonhando, não fosse a dor no corpo indicando que estava acordado.

O pesadelo havia sido tão real que na tentativa de se convencer que tudo não passava de um sonho quase se esquecia de que ele realmente aconteceu tempos atrás. Era terrível relembrar as vozes chamando-o de brinquedinho. Era duro admitir que tudo aquilo havia marcado sua vida.



– E você inútil? -



O local estava bem queimado e cheio de cinzas. Era como se aquele pedaço da mata tivesse passado por um incêndio. Havia um foco de fogo próximo a ele, mas foi fácil para ele identificar que havia sido preparada uma fogueira. Deitado entre ele e a fogueira estava um sonolento Vulpix, que não aparentava estar ferido, apenas cansado.

Roger sabia, seu pokémon não era capaz de ter incendiado a área. Mesmo que conseguisse era impossível que ambos saíssem ilesos. Provocou Vulpix para tentar tirar dele alguma informação, o pokémon nem deu bola.

Tentou se mover e sentiu a dor no braço aumentar, além do corpo ficar bem mole. Parou sentindo que o tornozelo havia parado de doer como quando enfrentava Juliana e resolveu olhá-lo.

Talvez, desde que acorda, soubesse que não estava calçado e que estava com o tornozelo machucado enfaixado. Mas, foi necessário ver para realmente entender que alguém havia cuidado do seu ferimento.



– Olá? -



Ele gritou. E esperou, escutando seus ecos pela noite, repetidas vezes pela mata, agora parte queimada, parte viva e sombria. Não havia sinal de quem havia o ajudado. Fechou os olhos tentando lembrar-se do que havia acontecido. Não acreditava que tivesse sido Juliana, mas mesmo que tivesse feito, porque o deixaria sozinho na mata? Ela no final estava ou não o menosprezando?



– O que aconteceu aqui? -



Vulpix acordou assustado. Sentiu uma mão envolver seu pescoço puxando para alguma direção. Tentou soltar-se, usando um Flametower, mas não conseguiu mirar. O ar começou a faltar e pode ver o rosto de Roger encarando-o com os olhos gelados. Era apenas uma mão e temia que seu mestre colocasse a outra.



– Lembre-se de quem é seu mestre da próxima vez. -



Roger arremessou o pokémon contra a fogueira fazendo soltar um ganido de dor e tristeza, enquanto as chamas da pequena fogueira desapareciam em fagulhas pelo ar, torno o lugar ainda mais escuro.

Vulpix ficou de cabeça baixa sem coragem de olhar na direção de Roger. O menino sentou-se e parecia conferir se nada lhe faltava, mas suas quatro pokebolas estavam ali. Ao lado estavam os calçados com papel embaixo dele.

Pegou o papel examinando-o. Existiam alguns garranchos escritos que ele mal conseguia entender. Quase duvidou que estivesse numa língua conhecida, mas no final conseguiu entender.



“Você tem um pokémon bem esperto. Ele tentou afastar as Beedrills colocando fogo em torno da área onde estavam. Isso chamou minha atenção para a direção de vocês.

Desculpe-me não esperar que acordasse. Não posso perder o navio desta noite. A picada que levou vai deixá-lo um pouco grogue por algumas horas, mas acredito que pela manhã o veneno perderá o efeito e o tornozelo estará bom para uma caminhada leve.

Descansem por essa noite, se me permite uma sugestão. Estarão bem pela manhã.

A.H.”



Roger respirou fundo. Então após não conseguir fugir do enxame, devido ao tornozelo, foi picado no braço e provável o veneno causou o desmaio. Vulpix sem conseguir lutar contra todos colocou fogo na área em volta e por sorte, alguém veio e ajudou aos dois.

Os pensamentos de Roger eram rápidos. Sua feição ia ficando cada vez mais séria enquanto os punhos iam fechando cada vez mais apertados. Sua vida foi posta em risco por um pokémon que deveria protegê-lo e foi salvo por uma pessoa desconhecida. Não poderia parecer mais patético diante do mundo. Não poderia sentir mais humilhado e menosprezado do que recebendo ajuda de um estranho que nem sequer esperou por um agradecimento.



– Odeio pokémon. - Disse ele voltando à atenção a Vulpix. - Mais do que odeio treinadores. - Vulpix deu alguns passos para trás, mas sentiu o raio vermelho da pokebola o recolhê-lo. - Vai aprender a não me fazer passar vergonha. -



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Estava tudo escuro e seu corpo queixava-se da dor dilacerante que estava sentido. Já não sabia se o local era só escuridão ou os olhos é que teimavam em permanecer fechados. Mas, não importava uma vez que estava sendo carregada. Tremia de medo e dor. Talvez mais dor do que medo. A pessoa que a carregava transmitia uma sensação diferente de qualquer coisa que já sentira. Uma sensação que a confortava, apesar de tudo.

“Poderia ter sido diferente!”

Olhou na direção da voz e por um instante teve certeza, tudo era escuridão, mas pode ver com perfeição o revolver apontado na sua direção e o gatilho sendo puxado fazendo o estampido do tiro ecoar.



– Não! -



O grito saiu forte, mas quase engasgado. Lívia chegou a saltar da cama, passando a mão pelo seu corpo, por cima da blusa do pijama, a fim de confirmar que realmente o tiro não a acertara e tudo não passava de um pesadelo.

Na semana passada também tive esse sonho. Lívia respirava profundamente, tentando acalmar-se. Sentia como se a bala a tivesse atravessado e isso dificultava esquecer o sonho. A pele clara, quase rosada, estava quase pálida e sentia que suava frio.

O quarto já estava claro, as cortinas dormiram abertas. Perder a hora no primeiro dia de aula não era uma boa opção para universitários de seu curso, especialmente por ela ser uma Landsteiner. Estava quase se acalmando, certa de que era apenas um pesadelo devido aos filmes que andava assistindo, quando um grito do corredor fez seu coração disparar novamente.



– Lívia! -



Mesmo identificando a voz da irmã, demorou em conseguir acalmar-se. Mexeu as pernas, tentando libertar-se dos lençóis quando a irmã gritou.



– Ele está lá fora de novo! -


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Notas finais do capítulo

Promoção 01 - Suas palavras revelam os personagens da PET!

Pokémon Estilo de Treinador acabou, mas alguns personagens ganharam um novo estilo de vida em PEV.

Para aquele leitor que deseja saber como os outros personagens estão e para aqueles que desejam conhecer outros personagens que marcaram a vida de Kevin, Juliana e Are, trago para vocês a promoção "Suas palavras revelam os personagens da PET!" onde a cada determinada quantidade de palavras dos leitores irei mostrar no capítulo um personagem do passado desses três. Da mesma forma que aconteceu agora com Amanda Gutmore.


O funcionamento é simples. Ao receber:

0001 Recomendação - Um personagem da vida deles que será mostrado a sua escolha.
0010 Comentários em um capítulo - Um personagem da vida deles que será mostrado a escolha do autor.
0100 Comentários na fic - Um personagem da vida deles que será mostrado a escolha do autor.
1000 Comentários na fic - Uma enquete será feita e um personagem da vida deles ganhará participação na PEV (por algum tempo)

Obs.: Pode ser qualquer personagem da vida deles (OU seja, personagem da fic PET) até mesmo aqueles que já morreram (nesse caso vai mostrar o passado e não como eles estariam).


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Dúvidas possíveis:

01) Fiz o décimo comentário, posso escolher o personagem que aparecerá?
R: Não. Você só escolhe o personagem quando Recomenda a fic.

02) Como será a aparição desses personagens?
R: Será como a cena de Amanda no começo do Capítulo 01, tanto em estilo quanto em tamanho.

03) Como assim a cada 0010 Comentários em um capítulo?
R: Imagine que o capitulo 00 teve 21 comentários, então dois personagens antigos serão mostrados. Se por ventura mais a frente novos 9 comentários forem realizados no capítulo 00 (completando 30) então um novo personagem será mostrado.

04) Quando os personagens serão mostrados?
R: Até 21 dias (três postagens) depois de se alcançar a marca.

05) Quem controlará as quantidades?
R: Todos nós! Estarei sempre fazendo a contabilização, mas vocês também podem ir fazendo-o.

06) Como você vai mostrar um personagem que já morreu? Vai ter Sessão Espirita?
R: Não se preocupe que ele aparecerá nem que for como um zumbi. rsrs

07) Um personagem poderá aparecer mais de uma vez?
R: Sim! Se hoje eu mostrar X e alguém que recomendou a fic escolher novamente o X, ou no voto de a cada 1000 der X de novo, ele aparecerá de novo!

08) Se a enquete dos 1000 der empate, como vai ser o desempate?
R: Escolherei o ainda não mostrado para fazer parte ou, caso ambos tenham sido mostrado, meu voto será o de minerva.

09) Fiz uma recomendação, como te informo qual o personagem quero?
R: Logo após fazer a recomendação, envie um MP informando. Afinal, os outros leitores podem gostar de surpresas, né?

10) Fiz uma recomendação e pedi personagem A, mas acabou de ser postado um capítulo com o personagem A, posso trocar?
R: Nos casos onde o personagem já apareceu e quer pedir um que ainda não apareceu PODE, mas em outros casos não!

11) Sou leitor novo e não sei o nome, ou conheço, nenhum personagem. Como posso Pedir um personagem?
R: Você perceberá referencia das pessoas sendo citadas (ou algo desse gênero), por ai poderá pedir coisas do genero (ME MOSTRA COM QUEM FOI O PRIMEIRO BEIJO DE X) ou ( ME MOSTRA COM QUEM FOI A PRIMEIRA LUTA DE Y) ou ainda (ME MOSTRA Z ASSASSINOU)

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Essa é uma promoção para atender duas necessidades:

1) Atender aos anseios de alguns leitores quanto ao paradeiro de alguns personagens da antiga fic
2) Presentear os leitores que estão se dispondo a ler essa nova obra (você).


A promoção é simples e fácil.
Comente que você verá como está algum personagem da antiga vida de Are, Juliana e Kevin!
Recomende que você escolherá qual personagem da antiga vida de Are, Juliana e Kevin!
Caso queira opinar sobre um personagem para ganhar uma participação maior, divulgue a fic! Quanto mais leitores comentando mais rápido pode-se chegar aos 1000 comentários!

Então não se esqueçam: "Suas palavras revelam os personagens da PET".