The world has turned and left me here. escrita por MollyRouge


Capítulo 28
Congratulate you on your stupidity, my friend.




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Era um dia frio e chuvoso, podemos ver os céus escuros em uma manhã de domingo, as gotas de água caim sobre uma pequena lapide, podemos ver claramente o nome ``Archie´´ gravado na pedra. Não muito distante da mesma, sob um guarda-chuva, vemos a Sra. Cole e uma outra mulher do orfanato.

 

—Que tragédia.-Cole comenta.-Ele era tão jovem.

 

—É mas ninguém pode prever um ataque do coração. O médico que o analisou disse isto, não foi?

 

—Sim,sim,de acordo com ele,o menino morreu enquanto dormia. Eu mesmo o encontrei em sua cama.

 

Não muito longe, no portão, Jenny observava com os braços cruzados. Ela sabia que não havia sido um simples ataque do coração, sua inteligência não pode ser insultada.

 

—Foi ele.-Billy colocou a mão no ombro dela. - Foi o Riddle.

 

—E como pode ter certeza?-A outra empurrou a mão dele para longe.

 

—E você duvida?

 

A castanha não respondeu, apenas se prontificou a passar por ele mas Billy agarrou seu pulso chamando a atenção.

 

—Eu vi uma luz verde, ontem a noite, vinda do quarto de Riddle.

 

Jenny franziu a testa:

 

—Estava espionando?

 

—Estive observando,é completamente diferente.

 

—Tanto faz, isso não devia ser da sua conta.

 

—Tudo o que tem relação com você é da minha conta.- Ele se aproximou.-Eu não sei o que fez aberração, mas não consigo tirar você da minha cabeça.-Passou a mão no rosto dela.

 

Jenny engoliu a seco, por essa ela não esperava, mas tinha de se manifestar:

 

—Está assinando sua sentença de morte com Tom Riddle.

 

—Eu não me importo mais.-E a beijou.

 

Pierce arregalou os olhos e só não deu-lhe um soco porque alguém os interrompeu:

 

—Mas o que isso significa?-Sra.Cole repreendeu.-Afaste-se dela Sr. Stubbs.

 

Billy zombou:

 

—Estraga prazeres como sempre.

 

—Respeite-me mocinho.

 

Revirando os olhos, Stubbs piscou para Pierce e seguiu seu caminho.

 

—Bom, eu vou voltar para o orfanato.-Pierce suspirou limpando os lábios.

 

—Sim, seria bom, mas eu ainda preciso ficar alguns minutos, pode ir sozinha?

 

—Não tem problema, eu vou ficar bem.-Pierce se virou e seguiu andando com a varinha levemente escondida em sua manga.

 

Por sorte não encontrou nenhum problema pelo caminho, mas viu algo interessante na caixa de correio.

☆☆☆

Tom Riddle estava sentado na escadaria do orfanato temendo a própria sorte. Ele esperava escapar dessa ileso, mas sabia que não ia acontecer. Quando ouviu a porta da frente abrir seus cabelos se eriçaram. Jenny veio andando olhando para o envelope que coletou poucos segundos atrás e assim que virou-se para subir os degraus empoeirados viu-se face a face com garoto dos seus pesadelos. Riddle recusou-se a olhar diretamente para ela.

 

—Então foi você.- A castanha cruzou os braços, não era uma pergunta, era uma afirmação.

 

—Eu o que?-A voz dele era de indiferença, mas havia um certo tom de nervosismo.

 

—Por que fez isso?

 

Após alguns segundos de silêncio, Pierce suspirou e fez seu caminho passando por ele. O rapaz, no entanto, não mediu esforços para ir atrás dela poucos segundos depois e uma vez que pisaram no quarto, ele abriu a boca:

 

—Ele tinha me visto com a varinha.

 

Jenny olhou pra ele:

 

—E não podia simplesmente ter apagado a memória dele como qualquer pessoa normal?

 

O moreno engasgou:

 

—Precisamos conversar sobre o seu conceito de normalidade.

 

—Que seja, mas antes você vai ter que conversar com o ministério. -E entregou o a carta de outrora.

 

—O que?-Tom olhou para o papel em suas mãos.

 

—Quebrou uma lei,não espera que eles vão te deixar impune, espera? Violou duas regras, matou e ainda foi visto.

 

—Mas por quem?-O pavor tomava conta do outro.

 

—Ironia da vida, Billy ``bobão´´ Stubbs.- Pierce virou-se e foi até a janela.-Mas sei que não preciso ler essa carta para saber que você não vai para Azkaban,só não sei quanto continuar na escola…

 

A respiração de Riddle ficou irregular, sua visão turva, sua pele, incrivelmente, pálida e gélida. O medo se instalava nele como um câncer impossível de localizar e que o atacava por completo. Quando ele caiu de joelhos,a atenção de Pierce foi tomada:

 

—Mas o que diabos?!-A mesma perguntou.

 

—Eu não posso...-A voz dele falhava.-Eu não quero ficar aqui!-Ele olhou para a namorada e coreu até ela se ajoelhando e tomando-lhe as mãos de forma desesperada.-Interceda por mim! Não me deixe perecer nesse mundo trouxa! Eu quero ir para Hogwarts novamente, por favor!

 

—O que?!

 

— Você é a herdeira da coroa, isso deve valer alguma coisa, não me abandone agora!

Ver alguém como Tom Riddle implorando, quase a beira de lágrimas era um fenômeno não natural. Demorou alguns segundos para Jenny Pierce se recompor:

 

—Eu...-Ela olhou para os olhos escuros suplicantes.-Solte minha mão Riddle, preciso escrever uma carta.

 

Tom se levantou em um pulo tomando-lhe os lábios de forma bruta e rápida,tanto que a menina tombou um pouco:

 

—Obrigado, obrigado, obrigado!-O vocabulário dele se reduziu a uma única palavra.-Obrigado.

 

—Não me agradeça ainda.- O empurrou para fora do caminho e foi caçar papel.

 

—E pra quem você vai escrever? Para o departamento ou para o próprio ministro?

 

—Para o professor Dumbledore.

 

—O QUE?!

☆☆☆

A noite veio, estava fria e agoniante.

 

—Tom...-Jenny entrou no quarto.-O jantar está pronto.

 

—Eu não estou com fome.- O mesmo estava enrolado em um bolo de cobertas.

 

A castanha suspirou e sentou-se do lado dele:

 

—As refeições aqui são bem reguladas, eu não dispensaria o jantar.

 

—Outra coisa que eu vou sentir falta em Hogwarts.-O moreno gemeu.

 

—Rainha do Drama.- Depois dessa, Tom virou-se dando-lhe um olhar de morte.- O que? Estou mentindo?

 

—Por Merlim, Pierce!

 

—Olha,não é porque não obtemos nenhuma resposta ainda que o mundo vai acabar.

 

Revirando os olhos, o outro se rendeu:

 

—Vamos descer.

 

O jantar foi bem simples, uma sopa de carne com batatas,mas para Riddle,era como se estivesse engolindo pedras ásperas. Pierce observou com certo interesse e preocupação. Parando para analisar,o rosto do garoto estava bem corado,os olhos meio caídos e agora, essa dificuldade em se alimentar.

 

—É uma piada?-A castanha perguntou retoricamente deixando-o confuso.-Tom...-Ela colocou a mão sobre a testa dele.- Você está...doente.-E com isso,o outro gemeu.-Não acredito que você ficou doente de preocupação.

 

—Cala a boca.- Riddle suspirou baixinho afundando a face nas mãos.

 

—Que remédio...-Pierce coçou a nuca e se aproximou dele..-Eu vou te ajudar a ir pro quarto.

 

—Não!-O menino se levantou em um pulo.-Eu posso ir soz...-E tombou para o lado, sorte que Jenny tem reflexos rápidos.

 

— Você pode ir sozinho,mas não vai.-A mesma rebateu.

☆☆☆

Os dias se passaram, Dumbledore ainda não havia enviado nenhuma carta e o retorno das aulas se aproximava cada vez mais. Jenny já estava se preparando, mas com o pé atrás, afinal, Tom passou a maior parte do tempo deitado na cama `` definhando´´. Quando o dia de regressar a Hogwarts finalmente chegou, Pierce engoliu a seco, ela tinha de se despedir do namorado.

 

—Por favor, poupe sua saliva.-Tom disse assim que ouviu a porta do quarto abrir.

 

—Não me faça sentir culpa.-A garota entrou e fechou a porta atrás de si.

 

Tom sorriu de lado de forma sarcástica e sentou-se sem sair das cobertas:

 

—Pierce,Pierce,quem me dera se eu pudesse realmente te culpar, mas...-Suspirou.-Esqueça, você vai se atrasar para pegar o trem.

 

—E você também.-A porta se abriu e Dumbledore os surpreendeu.

 

—Professor?-Os outros dois olharam surpresos.

 

—Eu vim conduzi-los para a plataforma, mas vejo que o senhor Riddle ainda não está pronto, o que é uma pena. -O mais velho falou.

 

—Espera, espera,eu não fui expulso?-Tom questionou.

 

—Que tolice, por acaso não leu minha carta?

 

—Não recebemos carta nenhuma.-Jenny se manifestou.

 

—Oh, então a coruja se perdeu, um erro técnico, eu suponho.

 

—Isso quer dizer que eu vou para Hogwarts?-O garoto se animou.

 

—Não se não arrumar suas coisas em ,no máximo, dez minutos. -O professor saiu.

 

Riddle pulou das cobertas com fervor e empurrou Jenny para fora do quarto.

 

—Hey!-Ela reclamou.

 

—Eu tenho que me arrumar Pierce,não atrapalha!-E fechou a porta na cara da mesma.

 

Jenny suspirou enquanto ouvia barulhos constantes do quarto,algo sendo arrastado,algo sendo aberto,etc...Ela olhou na direção do corredor e viu o professor Dumbledore sorrindo de forma marota. A castanha revirou os olhos e foi até ele, ambos esperando Riddle.Pierce não entendia como se livraram dessa confusão, mas ela tinha o pressentimento que ,mais tarde, o homem ao seu lado iria lhe explicar tudo.

 

—Estou pronto.-Tom saiu do quarto com as malas,um tanto gordas,provavelmente devia estar uma bagunça dentro delas ,por assim dizer,se bem que ele também estava uma bagunça,cabelo desgrenhado, roupas amarrotadas, e claramente ele não tomou banho.

 

—Tem certeza?-Jenny segurou o riso.

 

—Há,há.Quer me ajudar aqui?

 

—Na verdade não quero não.

 

Dumbledore riu, internamente, da cena.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora.



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