Confusões do Amor. escrita por My other side


Capítulo 16
16 - O fim é só o começo.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, pois é, chegou ao fim. Estou triste e muito feliz ao mesmo tempo e quero que amem ler esse capítulo assim como eu amei escreve-lo. Boa leitura.



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POV Clary

Lá pelas dez da noite Jace foi para casa, meus pais chegaram e eu e meu irmão agimos como se não houvesse acontecido nada. As onze eu fui dormir, meu quarto ainda estava bagunçado, mas a arrumação do Jace deu uma boa adiantada na bagunça, acho que posso deixar o resto para amanhã. Tomei um longo banho frio, vesti meu pijama e fui dormir. O sono logo veio, acompanhado de muitos sonhos, mas não eram como eu imaginei, eram sonhos felizes, somente Jace e eu.

Na manhã seguinte acordei com um barulho de risadas vindo da cozinha, me levantei, fui para o banheiro e tomei um longo e delicioso banho frio, vesti um vestido preto de estampa floral, saltos negros e fiz uma maquiagem bem marcada. Penteei meus cabelos e os deixei soltos(http://www.polyvore.com/s4/set?id=148393054), desci as escadas e vi minha mãe e meu irmão rindo como loucos de alguma coisa que tinha acontecido.

O que aconteceu com vocês dois? – Perguntei me sentando a mesa. – Bom dia.

– Bom dia maninha. – Sebastian depositou um beijo em minha testa. – Não é nada, só a mamãe me contando sobre o papai e sua guerra contra a tecnologia.

– Bom dia filha. – Minha mãe se sentou ao meu lado. – Seu irmão tem razão, seu pai está pensando em declarar guerra contra a tecnologia.

– Eu ouvi isso. – Meu pai disse aparecendo na cozinha vestido com seu característico terno preto. – Bom dia.

– Bom dia pai. – Eu e meu irmão dissemos juntos, minha mãe deu-lhe um beijo estalado e voltou a rir novamente.

Vamos Sebbys? – Perguntei e meu irmão arqueou a sobrancelha.

Achei que não iria para a escola hoje. – Lhe lancei um olhar de “Depois te conto” e ele entendeu. – Vamos sim, tchau pai, tchau mãe.

– Tchau crianças, boa aula. – Meu pai disse, apenas lhes lancei um sorriso e segui meu irmão até o carro.

No meio do caminho para a escola ele pareceu lembrar da pergunta que me fez mais cedo, por que ele quase nos matou freando o carro sem dó nem piedade no meio da avenida, eu quase tive um treco, estava tentando recuperar o folego para começar a gritar com ele.

Sebastian Fairchild Morgenstern, você está maluco? Quer nos matar? – Eu gritei dando um tapa na cabeça dele.

Ai Clary! – Ele recamou passando a mão na cabeça. – Desculpa, mas me lembrei que você não me respondeu à pergunta que te fiz.

– Preciso enfrentar meus medos, não vou poder fugir para sempre.

– Vou estar com você, não se preocupe. – Ele afagou meus cabelos voltando a dirigir.

Cinco minutos depois nós estávamos no estacionamento, assim que meu irmão saiu do carro vários olhares se voltaram quando ele abriu a porta para mim, fiquei um tempo dentro do carro, respirei fundo e olhei para o meu irmão, que estava meio apreensivo e preocupado, forcei um sorriso e sai do carro. Enquanto passava por aqueles corredores, senti vários olhares em mim e estremeci, as vezes ouvia “Se faz de santa”, “Vadia ruiva”, “O Herondale não deve mais nem querer vê-la”. Cheguei mais perto do meu irmão e ele passou o braço ao redor dos meus ombros de forma protetora. Sebastian me deixou na porta da minha sala. Respirei fundo e entrei, algumas garotas me encaravam com sorrisinhos metidos e venenosos no rosto. Pensei em sair da sala e me mudar de escola, mas quem eu seria se fizesse isso? Eu sou uma Morgenstern, e nenhum membro dessa família deixa que outras pessoas nos intimidem. Coloquei minha melhor expressão no rosto e atravessei aquela sala com confiança e de cabeça erguida. Me sentei na mesma mesa de sempre, minutos depois Jace entrou na sala com aquele lindo sorriso capaz de descongelar um iceberg.

Estava te procurando. – Ele disse antes de me beijar, ouvi murmúrios pela sala e sorri. – Está muito bonita.

– Obrigado. Nem preciso dizer o mesmo para você, sei que já sabe. – Ele sorriu e me deu mais um beijo antes do professor entrar na sala.

As aulas em si foram calmas, algumas garotas tentaram me perturbar com piadinhas, mas eu simplesmente as ignorava ou respondia com um tom seco e grosso para que elas entendessem que eu não queria papo. Jace sempre sorria e piscava para mim quando isso acontecia. Alguns garotos também tentaram me zoar ou passar a mão em mim, mas um deles está com o nariz quebrado agora, graças ao Jace, então acho que eles não vão perturbar por um bom tempo. A sorte do Jace foi que o professor não viu e ninguém se atreveu a dedurar o Jace acho que ele tem uma fama aqui nessa escola.

Assim que o sinal soou para irmos almoçar, tive um pressentimento ruim, senti meus pelos se ouriçarem e estremeci, Jace percebeu isso e passou a mão em minha cintura, me fazendo ficar colada a ele. Fechei meus olhos por alguns segundos antes de tomar coragem para continuar o caminho para o refeitório. No caminho algumas pessoas evitavam de nos olhar, provavelmente com medo de Jace, pois a carranca que ele estava fazendo já estava dando medo até em mim. Assim que as portas daquele refeitório se abriram algumas garotas me lançaram olhares venenosos, enquanto alguns garotos mantinham sorrisinhos maliciosos estampados no rosto. Outras pessoas me olhavam com pena e algumas até viravam o rosto, evitando alguma troca de olhares.

Na nossa mesa Magnus estava sentado ao lado de Alec e da Izzy, que tinha ao seu lado o Simon, que descobri que agora eles namoravam, Sebastian estava na ponta da mesa comendo um doce que parecia estar muito gostoso, me sentei ao lado dele de frente para Magnus e Jace se sentou ao meu lado, trazendo um suco de laranja e um bolinho para mim, que sinceramente não lembrava de ter pedido, mas fazer o que? Tenho o namorado mais perfeito do mundo. Todos já sabiam do acontecido, mas ninguém fez questão de tocar no assunto, o clima na mesa estava ótimo até a chegada de alguém indesejável, muito indesejável.

POV Aline

Assim que eu vi aquele cabelo ruivo sentado ao lado do gato loiro, que devia estar comigo a essa hora meu sangue ferveu, não pensei duas vezes antes de ir até lá. Clary estava de costas para mim, assim como Jace, mas Magnus e Isabelle me viram primeiro, ignorei o olhar de “Mantem distancia” da Isabelle e continuei com meu olhar focado na criatura ruiva. Cutuquei seu ombro com a maior força que consegui e ela se virou para mim, e por incrível que pareça a expressão dela era divertida, como seu eu fosse uma palhaça contratada para diverti-la.

– Sua vadia ruiva, o que faz aqui? Não foi o bastante o showzinho que seu namoradinho fez aqui ontem? – Comecei a gritar e todos do refeitório pararam para ver.

Lá vem você com esses apelidos. Só te respondo uma das suas perguntas. Dilan não é meu namorado.

– Você deveria estar morta, não serve nem para isso. – Rebati e vi sua expressão mudar, agora ela estava com raiva.

Escute aqui vadia, saia daqui. Não mexa com quem está quieta, que outro banho como da última vez? – Ela se levantou apontando o dedo na minha cara.

Por que ficou tão bravinha? É verdade, nem pra se matar você serve. – Senti algo estalar no meu rosto e vi que ela tinha me dado um tapa, avancei nela, mas me senti sendo puxada.

Sebastian estava me segurando enquanto Jace tentava acalmar a vadia ruiva dele. Senti meus olhos queimarem, mas não por causa de lágrimas, mas sim de raiva, ele nunca se importou comigo como se importa com ela, dá para ver na testa dele que ele a ama. Me debati no aperto de Sebastian tentando me soltar, mas foi inútil.

Chega Aline! A única vadia que tem aqui é você. – Ela gritou se soltando do Jace. – Cale a boca. Nunca mais repita isso.

– Quem vai me impedir? Você? – Gritei de volta. – Você só está assim por que nenhum deles sabe que você tentou se matar!

– Cale a boca Aline! – Sebastian gritou no meu ouvido. – Não bato em mulher, mas se abrir a boca para ofender minha irmã de novo eu mato você.

– Okay. Me solte, já resolvi o que tinha que fazer aqui. – Disse olhando para o Jace, que estava encarando a Clary com um olhar magoado. – Até mais ruiva. – Disse antes de me virar e sair daquela escola. Sair para nunca mais voltar.

POV Jace

Depois que Aline saiu batendo os pés, Clary simplesmente se sentou e voltou a comer. Izzy a olhava interrogativa e o Magnus principalmente. Sebastian também voltou a se sentar ao lado da irmã, de vez em quando trocando olhares com ela. Me sentei ao seu lado e fiquei em silencio tentando assimilar tudo o que tinha acabado de acontecer. Quer dizer que ela tentou se matar por causa dele, mas não acho que o que ele fez tenha sido motivo suficiente. E por que ela não me contou? Fui tirado dos meus pensamentos pelo surto da Izzy.

O que? Vão apenas sentar e fingir que nada aconteceu? Eu quero saber que cena foi aquela. – Izzy disse nenhum pouco sutil.

Nada Isabelle. – Simon respondeu.

Você sabe o que é? Qual é gente, estamos em família aqui.

– Isso ai, também estou curioso para saber. – Respondi.

Querem mesmo saber? – Clary perguntou nos encarando. Concordamos com a cabeça.

Clary não. – Sebastian pediu, mas ela fez que sim com a cabeça.

Depois que eu e Dilan... vocês sabem. E ele fez aquilo comigo, eu bem, pensei que estivesse gravida, peguei o carro e fui dirigir, mas eu não tinha carteira, então eu acabei capotando algumas vezes, acordei três dias no hospital.

– Você estava gravida? – Eu engasguei com o ar, só podia sem mentira aquilo.

Não. Pensei que estivesse, mas não. Graças ao anjo que não. – Ela respondeu sem me olhar.

Isso foi bem ruim. – Magnus disse. – Mas você pegou o carro por que queria se matar?

– Sim. – Ela serrou os punhos. – Eu só queria morrer. Acabar com tudo isso. – Ela se levantou abruptamente. – Eu só... – Disse e saiu.

Clary! – Sebastian tentou chamar mas ela já tinha ido.

Eu vou falar com ela. – Disse me levantando e indo atrás dela.

Eu não sabia exatamente onde ela estava, mas alguma coisa dentro de mim me levava para a quadra de basquete. Ninguém tinha coragem de me olhar, afinal eu sempre vou ser o Jace Herondale que brigava a torto e a direita com todos que me encaravam. Eu não tinha muito o que fazer, mas com o tempo eu acho que eles vão acostumar com o meu novo jeito, o jeito que estou aprendendo por causa da Clary.

Assim que cheguei na quadra vi cabelos cor de fogo esparramados pelo chão e a voz dela cantarolando uma música. Clary estava deitada no chão, sem se importar se o vestido ficaria sujo ou amassado depois. E essa é mais uma das qualidades que eu amo nela, esse jeito lindo que ela tem, sabe que não são roupas ou maquiagem que a deixaria linda. Me sentei ao seu lado e nossos olhares se encontraram, sorri para ela e acariciei seus cabelos.

Sabe que eu te amo né? – Perguntei.

Eu te amo também. Me perdoa por não te contar?

– Só me prometa que não vai tentar isso de novo.

– Já disse, não vou te deixar. – Selei nossos lábios em um beijo apaixonado e terno.

Isso é bom. Vamos voltar? – Perguntei sorrindo.

Que tal fazermos uma coisa melhor? – Eu arqueei as sobrancelhas e ela sorriu. – Chame os outros. Quero leva-los até aquele lugar que fomos, lembra?

– Claro que lembro, volto em dez minutos. – Dei-lhe mais um beijo e voltei até o refeitório.

Izzy e Magnus foram o primeiro a me ver como sempre, Sebastian me olhou interrogativo quando me aproximei.

Vamos. Clary quer fugir um pouco e quer levar vocês juntos.

– Ela está bem? – Sebastian perguntou.

Está. Vamos?

– Com certeza. – Izzy e Magnus disseram juntos.

Em dez minutos eu já estava de volta na quadra, Clary já estava de pé e o vestido impecável. Segurei sua mão e fomos até o muro que pulamos da outra vez. Sebastian e Alec foram primeiro, depois Simon, Magnus e Izzy. Eu ajudei a Clary a subir e a descer, pegamos dois taxis e em pouco tempo estávamos no Central Park.

Central Park? – Izzy perguntou. – Sério?

– Calma Isabelle. – Clary disse sorrindo. – Vamos.

Clary nos guiou até o nosso pequeno esconderijo, que estava ainda mais lindo do que a última vez, as flores pareciam resplandecer com os raios do sol e a grama estava muito verde, e brilhava.

Uau, isso é lindo! – Sebastian disse. – Como encontrou isso aqui?

– Lembra que me perdi uma vez aqui? – Ela perguntou e o irmão assentiu. – Encontrei esse lugar por acaso.

– É realmente lindo aqui Clary. – Izzy disse se sentando na grama, eu a olhei assustado e ela deu de ombros. Izzy nunca sentaria na grama assim.

Todos nós nos sentamos em uma pequena rodinha no meio daquela grama verde e ficamos conversando por um bom tempo, Clary estava sentada entre as minhas pernas enquanto eu estava com os braços em volta de sua cintura brincando com seus dedos. Izzy e Simon estavam de mãos dadas assim como Magnus e Alec. Sebastian nos olhava curioso e sorria as vezes, minutos depois uma garota apareceu, era morena, de cabelos cacheados e olhos castanhos, Sebastian sorriu ao vê-la e pude ver um sorriso se formar no rosto da Clary.

Que bom que veio Sarah. – Clary disse.

Claro que vim. Oi pessoas. Oi Sebbys. – Sebastian sorria como um bobo. A garota se sentou ao lado dele e os dois entraram em uma conversa muito animada.

Das únicas coisas que eu tenho certeza nessa vida, essa amizade que construímos um com o outro e o amor que mantemos por aquelas pessoas que estão a nossa volta, eu posso sentir que será para sempre. Que o fim é só o começo para uma nova jornada.


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Notas finais do capítulo

Então? Espero que tenham gostado. Obrigado por terem acompanhado e comentado essa fic, nesse curto periodo. Mas leiam as minhas outras fics.