Nodame Cantabile - Affettuoso ma non troppo escrita por Lumie Phoenix


Capítulo 6
Lição VI - Segurança


Notas iniciais do capítulo

Eita, desculpa a demora para postar esse capitulo. Faculdade e outros afazeres te tomam o tempo. Maaaaaas .. Férias!



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— Senpai, Nodame quer sair. Nodame não aguenta mais ficar aqui... Presa. - disse fazendo manha, enquanto Chiaki se vestia.

— Nada disso. Você tem que repousar. Irei apenas resolver umas coisas com a orquestra e comprar ingredientes que faltam para o almoço. - responde indiferente ao protesto da moça.

— Mas...

— Não se preocupe, você não ficará sozinha, Mine e os outros estão vindo para fazer companhia. - disse logo depois de ter beijado a testa de Nodame que abriria a boca para contestar mais uma vez.

Antes que jovem pianista pudesse reagir, a campainha tocou. Era eles. Enquanto isso o jovem paparazzo por pouco não foi pego, ele por um instante pensou se seria melhor seguir o Chiaki ou ficar na casa vigiando. Num julgamento rápido de probabilidades, viu que era mais fácil não ser notado seguindo o maestro que permanecer nas redondezas da casa com tanta gente por perto e com o risco dele voltar e dar de cara com ele ali.

Mine inconveniente como sempre pergunta sem delongas ao jovem maestro se ele e a Nodame não andaram fazendo nada que fosse digamos… sexual. - Espero que você esteja comportando-se direitinho, Chiaki. Afinal, sabemos que você é um pervertido enrustido e nem quero saber que atro-ci-da-des você fez com a Nodame durante esses  dias.

Chiaki fica ruborizado e sai da casa sem responder o punk violinista, assim ignorando todos os outros.  O que foi positivo para o Paparazzo que não foi notado pelo maestro que saiu que nem um foguete pegando o carro na garagem e seguindo para onde a orquestra estaria reunida.

O Paparazzo segue o maestro, enquanto os amigos do casal estavam na casa pedindo por detalhes dessa pequena temporada que os dois passaram juntos. Nodame como sempre aumentava as situações; Roubando gargalhadas de todos, até do Oboísta Samurai.  Tanya por sua vez conta como foi a experiência de despistar a pianista chinesa, chamando a atenção de Frank para que ele tivesse cuidado ao falar com a pianista que está sempre esperando uma brecha para atrapalhar o já tão conturbado relacionamento dos dois.

— E-eu não sei a razão da Rui para fazer isso…  - dizia inocentemente.

— Frank, não seja idiota. Ela é apaixonada pelo nosso Chiaki e tem inveja da Nodame. - Respondia, Tanya, sem titubear.

— Inveja? Por...que ela sentiria inveja de mim? - Nodame questionava fazendo aquele famoso biquinho.

— É! Você é uma musicista IN-CRÍ-VEL! Nodame-chan! Apesar da Rui ter uma técnica incomparável. - Disse o jovem do Tímpano.

— Ademais, você toca com o coração. Você ama realmente o que faz e isso as vezes conta mais para música do que a técnica, por isso que ela sente inveja de você. - Completa tranquilamente o oboísta.

— E o que ela sente pelo Chiaki não é amor, é uma obsessão boba, por ele provavelmente ter sido o único rapaz que não se dobrou aos “encantos” dela. - faz as aspas com as mãos. - E como ela é mimada…  - diz reticente a jovem violinista, Miki.

Nodame abre um leve sorriso e se sente aliviada pelos amigos que ela tem. Agora ela havia certeza que Rui não era uma ameaça, nunca foi. No entanto, não era o suficiente para exterminar o medo que era cultivado ao longo desses anos, o dia que talvez surja alguém melhor que ela e Chiaki a troque.  Ah… se ele a pedisse em casamento ou se pelo menos oficializasse o estranho relacionamento que eles mantinham. Ela poderia se sentir tão aliviada!

Kuroki percebe o desconforto de Nodame, porém, em um primeiro instante opta em ficar em silêncio.  Enquanto tivesse tempo, falaria com a pianista na tentativa de acalmar aquele coração.

Chiaki adentra o local que a Orquestra estava o esperando, ele pede desculpas pelo atraso e todos os musicistas presentes não reclamam. Eles haviam sido avisados sobre o ocorrido com Nodame.  O maestro não teve que fazer muito esforço para descobrir que isso era obra de Rui que fazia de tudo para atrapalhar seu relacionamento que está por um triz com Nodame. Ele suspira, pensando nas vezes que ele deixou claro sobre seu coração pertencer à Nodame. Apesar de temer que essa inconstância e outros fatores como o medo, tenham prejudicado seu relacionamento.  Ele lembra também dos conselhos daquele Maestro Tarado, apesar dos pesares, ele sempre teve razão; Teria que separar as coisas e deixá-las claras, um dia poderia tudo estar tão nebuloso que nem um dueto funcionaria para re-harmonizar as coisas; Logo, ou ele gostava dela por causa de sua música ou além da música. Se fosse a primeira opção, seria bastante problemático, caso ela optasse em parar de tocar, sendo a segunda, não importaria o que acontecesse, ele seria apaixonado por ela… para sempre. Então, para isso teria que deixar os fantasmas para atrás e seguir em frente sem o temor de ser abandonado ou dominado emocionalmente por algo, afinal nem tudo é controlável como uma orquestra.

Kuroki aproveitou que todos os outros estavam ocupados demais fazendo bagunça na cozinha, para conversar com Nodame. - Conta-me, Nodame. O que lhe preocupa? Não adianta me dizer que é nada. Imagino que seja algo relacionado ao Chiaki, não? Eu sei como se… sente. Tenho a mesma sensação com a Tanya, apesar de saber que ela me ama, tanto quanto eu a amo… - fica levemente corado. - Sabe, Nodame… Algumas coisas realmente teremos que pagar para ver, assim como na música, as vezes devemos deixar nossa intuição superar a técnica, o que está na partitura… E você, melhor que ninguém, sabe disso. Não irá se limitar agora, não é? Por que não conversa com ele? Acho… que vocês precisam cedo ou mais ter uma conversa sobre isso. Não precisa ser hoje ou amanhã, mas saiba que quanto mais adiar… pior ficará...

O Oboísta beija a mão de Nodame num ato de carinho e se afasta dela, deixando-a sozinha com seus pensamentos, antes que ela pudesse expressar qualquer reação e também sem que a Tanya, reparasse.   Ele sabia que não era apenas ele que tinha suas inseguranças, Tanya, também se sente ameaçada por Nodame, por imaginar que o Oboísta tenha já sentido algo por ela e como todos sabem, coração é terra de ninguém.  


 – Espero que tenham praticado as  peças que iremos apresentar nesta semana.   – diz Chiaki se posicionando para ouvir o quão preparados os musicistas de sua orquestra estavam.

Ouve-se um murmúrio, eles estavam um pouco cansados. Isso porque a temporada estava sendo exaustiva, com pouco tempo para descansar o desgaste era nítido em suas expressões e na forma que tocavam. No entanto, o jovem maestro não podia aliviar… Ele foi rígido como esperado, fez comentários ríspidos, mas de forma alguma abalou o respeito e a cooperação dos musicistas.  
Foram horas e mais horas para compensar alguns dias perdidos de ensaio por causa da internação de Nodame. Nem mesmo Chiaki aguentava mais, cansado, deu o ensaio como encerrado e o resto da semana de folga. Poderia ser arriscado, mas não conseguiria manter uma rotina de ensaios com Nodame em sua casa, ela precisava dele e ele não conseguiria pensar em outra coisa a não ser ela e aquele medo de ocorrer aquilo que Kuroki disse era maior e pairava sua mente, mesmo tendo o apoio deles para que a pianista excêntrica faça nada de errado.

Enquanto isso…

Nodame estava dormindo, cansou de esperar por Chiaki. Mine havia preparado o jantar era um segredo de família, não era a comida do Senpai, mas era comida e boa. Provavelmente era o que Nodame pensou enquanto comia, o restante da turma permaneceu na casa como combinado e conversavam entre si, com cuidado para a pianista não ser acordada.

 – Será que Chiaki… - comenta Tanya

 – Ele as vezes prioriza demais a música…   – diz Mine.

 – Assim como a Nodame!   – Retruca a namorada, todos olham para ela

— Fale baixo sua louca! – disse o jovem do tímpano falando mais alto ainda.

— Masumi, me diga qual é a lógica de pedir alguém falar mais baixo e você falar mais alto que a outra pessoa?! - retruca Mine, falando mais alto que sua namorada e Masumi.

Kuroki  leva uma mão ao rosto e suspira. – Kyora tem razão, ambos priorizam a música e algum momento todos nós já fizemos isso, afinal vivemos disso. – termina falando calmamente e colocando ordem na casa, todos param para continuar ouvindo-o. – Estou errado?

 

Era tarde, Chiaki já deveria ter voltado para casa. O paparazzo estava seguindo-o e registrando tudo com cuidado. O jovem maestro decidiu comprar os doces favoritos de Nodame como um pedido de desculpas, imaginava o pior dos cenários quando chegasse em casa, mas não foi exatamente isso que aconteceu, todos estavam assistindo um filme e fizeram um sinal que a Nodame estava dormindo no quarto.  Ele fez um sinal que todos se quisessem poderiam ficar para o café da manhã, problema seria o espaço.
Subiu as escadas calmamente, entrou no banheiro e foi tomar um banho um pouco demorado, depois entrou no quarto e a pianista dormia tranquilamente, antes de se deitar ele beijou sua testa e deitou-se no lado dela.

Ela não estava dormindo, como ele havia pensado, mas ninguém precisava saber disso, ela deu um leve sorriso e ajeitou na cama.

Amanhã será um novo dia…


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que estejam gostando. Esse capítulo não teve muitas coisas. Os próximos terão as reviravoltas que eu planejo para essa fanfic.



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