A Peregrina escrita por Bleumer


Capítulo 33
O Telecinético


Notas iniciais do capítulo

Olá, amigo leitor, venha, sente e deixe-me contar uma história...

Hoje a história vai ser um pouco diferente, não vamos acompanhar Bleumer e seu grupo, vamos para Pandora, mais especificamente o Centro. Também vamos voltar no tempo, alguns dias. Esse capítulo segue Erick e o que aconteceu depois que o Anjo passou pelo Portal deixando para trás a Terra-Média.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/586130/chapter/33

*Narrativa em Terceira Pessoa*

Erick entrou no portal dos saltadores e mergulhou no turbilhão de energia que iria conectar a Terra-Média à Pandora, ainda sentindo o doce gosto dos lábios de Bleumer. Talvez aquele não tivesse sido o melhor momento para declarar seu amor à Anja, mas quando seria então? Erick não iria ficar se arrependendo disso. Não combinava com ele agir assim. De qualquer forma, algo muito maior que o pistoleiro e a elementar estava acontecendo em Pandora. Um ataque. Um alerta vermelho.

Enquanto era lançado em todas as direções pelo turbilhão, ele se preparava para o que viria a seguir. Como um híbrido, Erick tanto tinha sua telecinese de Anjo do Destino quanto seu poder de abrir e fechar portais de Alquimista. Então ele podia escolher em que lugar de Pandora iria aterrissar.

Erick sabia que o procedimento padrão naquela situação era aterrissar na ala N1, lá era o lugar para onde todos os Anjos iriam primeiro, para depois entrar no seu respectivo esquadrão e receber as ordens do seu comandante. Mas é lógico que Erick não iria obedecer aquilo. O Anjo decidiu aterrissar próximo do setor N7, o berçário. Ele estava mais do que pronto para destruir quem estivesse fazendo mal às crianças de Pandora.

De repente Erick foi cuspido para fora do portal, já sentindo o costumeiro enjôo que o Portal deixava. Ele tinha voltado ao seu mundo. Olhou em volta e viu onde estava, em um corredor qualquer do sétimo nível do subsolo do Centro. Na mesma hora sentiu um cheiro horrível de algo queimado, além de ouvir rugidos perto dali. Foi mais do que isso, Erick sentiu a profunda maldade entranhada ali. Era como uma nuvem negra e maligna que tornava o ar pesado para respirar.

O Anjo olhou para os lados e viu que estava sozinho no corredor branco, apenas as luzes no teto que piscavam toda hora lhe faziam companhia. Uma companhia agourenta. Ele avançou aos poucos, ouvindo bem antes de dar o próximo passo.

Até que ouviu passos apressados no final do corredor, quando olhou viu quatro Anjos. Aqueles Anjos eram a Guarda de Elite do comandante e no centro do grupo estava o próprio Nabeel.

_Comandante! Qual a situação? - Erick diminuiu a distância entre eles e perguntou.

_Demônios invadiram o Centro, apenas isso. Vá para sua formação e lute. - Nabeel não se deu o trabalho de olhar para o rosto de Erick. Era como se ele falasse com uma mosca insignificante.

_Aonde o senhor vai? Não vai nos liderar?! O seu esquadrão está lá em cima! - O Anjo deu vários passos para acompanhar o ritmo do grupo à sua frente. Já Nabeel não o respondeu, nem parecia interessado em ouvir Erick. Isso endureceu o pistoleiro. - Nabeel! - Erick gritou e tentou puxar o comandante pelo ombro, mas antes que pudesse tocar nele, um par de mãos apareceram e logo o rosto de Erick estava comprimido contra a parede e seu braço torcido para trás.

_Isso não é forma de falar com seu comandante, guerreiro. - Um dos Anjos da Elite rosnou enquanto pressionava mais o rosto de Erick contra a parede fria. Na mesma hora Erick soube quem era... Aquele era Darcos, o pai de Bleumer. E logo ao lado de Nabeel, estava Ferine, a mãe de Bleumer. Os pais dela faziam parte da Guarda de Elite.

Erick podia acabar com aqueles Anjos ali mesmo, bastava liberar a Segunda Origem... Mas não podia fazer isso. Não podia machucar ou matar os pais de Peregrina. Então não restava alternativa senão ser submisso.

_Erick, meu anjo querido, você tem problemas maiores para se preocupar do que o lugar para onde eu vou. Sugiro que você vá ajudar seus companheiros, eles estão morrendo aos montes. - Nabeel finalmente decidiu dar um pouco de atenção a Erick e lhe disse isso enquanto sorria. Um sorriso frio e maldoso. - Agora vamos. - O comandante ordenou e Darcos soltou Erick e voltou ao seu lugar. Logo o grupo estava se afastando.

_Ferine, sua filha, Peregrina, está passando por problemas na missão dela! - Erick não sabia precisar o motivo de ter gritado aquilo, talvez apenas quisesse ver a reação da mãe da mulher que amava.

_Eu apenas cumpri com meu dever e pari Peregrina. Não tenho nenhum laço com ela e se essa garota está com problemas em uma missão significa que é uma inútil. - Ferine olhou para trás enquanto respondia. Sua voz não tinha oscilado nem uma nota e seus olhos verdes não pareciam nada com os de Bleumer. Os olhos de Ferine eram frios e analíticos. Não parecia existir qualquer emoção neles.

Erick viu quando todos viraram em um corredor e sumiram de vista. Aqueles malditos Anjos. Carregado com mais fúria por ter perdido tempo com aqueles seres estúpidos Erick se dirigiu ao berçário. À medida que se aproximava seus sentidos se expandiam e o clima parecia ficar mais carregado. Então Erick ouviu o grito agudo de uma criança, naquele momento o Anjo abandonou toda a prudência que tinha e saiu correndo em disparada até parar na porta do berçário.

E o que viu e ocorreu ali jamais seria esquecido pelo Anjo. No meio da longa sala cheia de camas e berços havia um demônio. Ele era grande, quase quatro metros de altura, sua pele parecia uma couraça feita de fogo, longos chifres nasciam da sua testa e cresciam livremente. Seu rosto era uma pintura do mais alto nível de horror. O pior eram seus olhos... Negros e vazios, como se fosse apenas buracos feitos em seu crânio. Não, o pior era sua boca... Um som de mastigar podia ser ouvido vindo dali, como se a criatura estivesse se alimentando, e de fato estava. Erick viu quando o demônio ergueu sua mão levando a boca o resto de um corpo de uma criança. O Mostro engoliu o que restava daquela menina em apenas uma mordida, espalhando sangue e carne humana para os lados. Aos seus pés, poças de sangue e outras coisas que não eram mais possíveis reconhecer, e talvez fosse melhor assim. Na outra mão do Demônio jazia o corpo destruído de uma Cuidadora. Ela seria próxima a ser devorada.

No fundo da sala várias crianças encolhidas chorando e lamentando pelo terror que tinham que presenciar. Naquela noite muitas crianças de Pandora conheceram o mal e por vê-lo antes da hora, as mais fracas enlouqueceram.

Toda aquela cena era um misto de medo, carnificina e desespero. Um pesadelo. Um pesadelo real.

Erick foi tomado pela fúria assassina. Não era uma fúria cega onde ele só queria destruir e matar tudo a sua volta. Era uma fúria dirigida a somente uma coisa. Um ser. O Anjo liberou sua Segunda Origem enquanto gritava para as crianças.

_Os mais velhos protegem os pequenos! Fujam daqui agora! - Mesmo depois da ordem do Anjo, as crianças não se mexeram. Estavam assustadas demais para fazer isso.

Nessa hora o demônio olhou diretamente para Erick, depois lançou o corpo morto da Cuidadora contra a parede acima de onde as crianças estavam. A força daquele ataque foi tanta que o corpo da humana se despedaçou ao bater contra a parede, assim banhando algumas crianças com sangue e entranhas. Os gritos de pânico que vieram a seguir, perfuraram a alma de Erick.

_Seu maldito!

Então o Anjo avançou de encontro à criatura em uma luta mortal. Agora Erick podia lutar como queria, não precisava se segurar. Ele voou e tentou usar seu poder para desferir um poderoso soco no rosto horrendo daquela criatura. Aquele soco teria arrancado fora a cabeça de um adversário comum, mas mal fez o demônio cambalear. E em uma velocidade surpreendente para uma criatura daquele tamanho, o demônio deu um golpe em Erick, o lançando longe. O Anjo sentiu fundo a dor daquele ataque, suas costelas chiaram, provavelmente quebradas. Não que aquilo fosse parar Erick.

Ao longe ainda podia ouvir o berro e choro incontrolável das crianças.

Erick reequipou suas pistolas e disparou sucessivas vezes contra o Demônio, mas as balas não fizeram efeitos. Só pareceram deixa-lo mais furioso. Então o demônio andou e pegou um menino que estava encolhido perto de uma cama, o ergueu e estava pronto para joga-lo no chão quando Erick reapareceu voando na sua frente. A situação era desesperadora para qualquer um, mas Erick precisava manter o controle. Não permitiria que mais um inocente fosse morto. O Anjo usou sua telecinese para lançar amarras invisíveis envolta do pescoço grotesco do monstro e sufoca-lo até ele soltar o menino. E assim foi feito. O Demônio engasgou e largou a criança de qualquer jeito no chão, Erick desviou brevemente os olhos do Demônio e viu que o menino estava inteiro.

_Se afaste! - Erick ordenou em um berro.

Logo depois aproveitou a aproximação com o Demônio e de novo reequipou uma pistola, apontou para dentro do olho da criatura e deu três tiros seguidos. Com isso deixou o mostro cego de um olho e com um rugido enlouquecido saindo de sua boca pútrida. Mas Erick não teve tempo de se afastar, pois o Demônio agora estava verdadeiramente furioso, pegou Erick pela perna, enquanto esse ainda voava, e em um movimento rápido e maldoso quebrou a perna do Anjo. Um barulho arrepiante e nauseante de osso sendo partido pode ser ouvido e logo depois era Erick quem gritava de dor. E agora o Demônio ria, uma risada alta e estridente, como só os demônios sabiam fazer.

Erick conseguiu se afastar voando de modo um pouco vacilante enquanto sua perna pendia mole e sagrava. E o demônio avançou atacando, mas Erick sempre conseguia desviar por pouco.

Toda aquela luta não tinha durado mais que dez minutos, mas o Anjo perguntava-se quando o reforço iria chegar. Aquela luta precisava acabar logo. Então no meio de toda aquela sala maculada, Erick teve uma ideia que foi como uma Luz. Um ideia perigosa e talvez mortal, mas ele tinha certeza que não morreria e confiava em suas habilidades.

O Anjo tomou a maior distância que podia do Demônio e reequipou sua arma de maior calibre, aquilo seria capaz de abrir um buraco do tamanho de uma bola em alguém.

Respirou fundo.

Concentrou sua energia vital.

E voou em disparada na direção do Demônio.

Enquanto voava na horizontal, Erick puxava sem parar o gatilho de sua arma, assim deferindo uma sucessão de tiros na barriga do monstro. Com isso aos poucos ia abrindo um pequeno rasgo no abdômen da criatura à medida que o Anjo se aproximava rapidamente voando. Então quando já estava perto de colidir em cheio com o Demônio, Erick fez algo que mesmo séculos depois seria contado com admiração para as novas gerações. O Anjo usou seu dom e fez a sua telecinese aumentar o rasgo produzido pelos tiros. Ele sentia como se tivesse que separar uma montanha tamanho o esforço, mas quando estava a centímetros de bater de encontro com o Demônio que estava desnorteado, soltou um profundo grito de desafio que reverberou pelos corredores do setor N7. E com um último esforço rasgou de vez a barriga do demônio e passou entre ela. O perfurando com seu próprio corpo.

Erick tinha transformado seu corpo em uma bala que varou o corpo inimigo. Quando o Anjo saiu pelo o outro lado, o demônio caia de encontro ao chão. Morto. Derrotado.

Erick exausto deixou-se escorregar até o chão sujo e profanado daquele lugar. Ele próprio estava imundo. Coberto com o sangue negro e nojento do Demônio. Com uma perna quebrada, sangrando e inútil, além de talvez algumas costelas quebradas. Ele olhou para as crianças, as que tinham sobrevivido, e gritou para elas.

_Corram! Fujam daqui agora! Eu estou logo atrás de vocês! VÃO! - Um pequeno grupo de meninos e meninas corajosos o suficiente para sair daquele estado de choque e horror, levantou e correu para porta. Alguns carregavam até dois bebês nos braços enquanto incentivavam os outros a se mexerem. Era um grupo de dez crianças no máximo. Erick se permitiu sorrir minimamente por ver como aqueles pequenos estavam tentando ser fortes. Mas seu sorriso deu lugar ao uma máscara de medo com o que viu a seguir.

As poucas crianças que tinham corrido para porta agora estavam mortas.

Pois mais um demônio apareceu no exato momento que elas tentavam sair. Essa criatura apenas ergueu o braço e deu um golpe, a força fora tanta que os pequenos morreram instantaneamente e seus corpos foram lançados longe. Com apenas um braço o demônio tinha matado dez pequenos guerreiros de uma vez. Logo depois o monstro entrou na sala e se dirigiu para o restante dos inocentes.

Erick engoliu seu desespero por aquelas vidas perdidas e obrigou seu corpo machucado a levantar, voar e proteger as crianças. Então aconteceu. O reforço chegou exatos treze minutos depois de Erick. Todos os Anjos e Alquimistas invadiram a sala e se postaram para lutar. Eram doze Anjos, de várias especialidades e poderes, mais quatro Alquimistas. O horror do que tinha acontecido ali tomou o rosto de todos, mas não havia tempo para lamentar. Eles tinham que lutar.

_Erick! - Molly gritou de trás do grupo e ao lado das crianças, já as amparando igual os outros Alquimistas. Erick dirigiu um olhar para ela e acenou com a cabeça. Ele estava aliviado por ver que Molly estava viva.

_Espero que o outro cara com quem lutou esteja em um estado pior que o seu, Erick! - O Anjo virou a cabeça ao som daquela voz e viu Mistry correndo para perto, para lutar ao seu lado.

_Pode ter certeza que está! - Erick ainda conseguiu fazer piada diante de uma luta iminente, mas aquele era seu jeito. O alívio o invadiu de novo ao constatar que Mistry, uma Entonadora e amiga íntima também estava viva. Já a Anja piscou o olho para ele enquanto assumia uma posição de luta. Seu longo e brilhante cabelo vermelho cor de sangue ou rosas, estava preso por um rabo de cavalo firme, sua pele branca estava marcada com alguns hematomas indicando que tinha lutado a pouco tempo e seus olhos violetas brilhavam selvagens.

Em uma sincronia perfeita todos os Anjos e Anjas atacaram aquele Demônio. Os mais variáveis ataques foram vistos ali. Era como se todos fizessem parte de um. Eles lutavam como um. Pois naquele momento a vontade de todos era apenas uma.

A luta seguiu com uma vantagem sofrida para os Guerreiros do Viajante, enquanto isso os Alquimistas liderados naquele momento por Molly tiravam as crianças dali, abrindo portais e as mandando para um outro andar, um outro setor do Centro. Para um lugar seguro.

O demônio estava encurralado agora, quase derrotado. Os guerreiros sabiam disso. O Demônio sabia disso. Então por essa criatura saber que seria destruída decidiu levar todos consigo. Erick percebeu a mudança súbita no monstro e então soube que algo muito ruim iria acontecer. Só teve tempo de proferir uma palavra.

_ABAIXEM.

Então aconteceu. O demônio escolheu destruir a si mesmo para matar todos ali. Ele entrou em combustão espontânea e explodiu em uma onda de fogo, morte e destruição. Erick imediatamente ergueu um escudo com sua telecinese envolta dos seus companheiros que agora estavam abaixados se protegendo e aguentou sozinho a explosão.

Ou tentou aguentar.

Ele já estava muito ferido e exausto. Sua energia estava baixa e pode ouvir o grito de seus amigos ao sentirem a dor do fogo próximo a si. Eles estavam começando a se queimar. Erick não podia sustentar o escudo... Não, aquilo estava errado. Ele podia aguentar se fizesse uma coisa.

Em uma rapidez impressionante começou a conjurar.

Vasculhai os céus e abri-os bem

Pelo brilho de todas as estrelas do céu, faz-te presente em mim

Ó Viajante, escutai-me, eis que sou o regente da luz das estrelas

Mostrai a mim vossa resplandecente forma, dai a mim vossa luz como sinal

Libertai vossa luz do portal da justiça

Ó infinitas estrelas do firmamento libertai vosso ímpeto ao meu chamado e...

Destruam!

Uranometria!

Erick direcionou o poder de Uranometria para seu escudo, assim o reforçando e aguentando a onda de energia maciça que vinha com a explosão. Quando tudo acabou e Erick permanecia em pé... Suado, sujo com tantos sangues diferentes que nem saberia dizer qual era o seu, muito machucado e quase sem energia. Sua respiração era irregular e falha, aos poucos sua visão escureceu então ele caiu.

Erick desmoronou no meio daquela sala carregada pelo mal.

_Erick! - Mistry gritou levantando-se e correndo para seu amigo. Tomou o corpo inconsciente de Erick nos braços e o abraçou. - Acorda! Acorda logo, Erick!

_Ele precisa ir para a enfermaria! Rápido! - Molly ordenou enquanto também se levantava, ela sentiu como se um lado do seu rosto tivesse sido queimado e de fato fora. Ela estava em péssimas condições.

_Você também precisa! – Sallia, uma outra Alquimista, gritou enquanto via o estado da amiga. - Rápido! Abram um portal para a enfermaria!

Rapidamente um portal foi aberto e os Anjos ajudaram a erguer Erick e leva-lo até lá, o mesmo fizeram com Molly e todos os que estavam machucados.

Naquela noite sete demônios invadiram O Centro e mataram cento e setenta e oito Guerreiros do Viajante. Naquela noite todos relembraram o horror dos Dias Escuros. Todos os invasores foram mortos, mas não houve comemoração por isso. Naquele dia e pelos próximos, Pandora mergulhou em um lamento contínuo pelas suas perdas.

E Erick estava lá, dias depois ainda estava na enfermaria se recuperando, ao seu lado estava Molly contando que tinha conseguido mandar uma mensagem para Peregrina. Na sua frente estava Mistry ouvindo tudo com atenção. E do seu outro lado estavam as camas da enfermaria lotadas de Guerreiros feridos.

Um tempo depois Molly retirou-se de lá e a Entonadora aproveitou para falar a sós com Erick. Ela puxou as cortinas do leito que o Anjo estava, dando privacidade aos dois e encantou Erick.

_Você sumiu por cem anos e agora voltou contando uma historinha que estava em uma missão secreta e que não pode falar disso. Eu não acredito em você. Eu sei que você está escondendo algo... Planejando algo... Se você não me contar o que é, eu vou entonar uma canção para que você fale a verdade. - A voz melódica e perfeita de Mistry soou decidida e com notas de irritação. Erick olhou para aqueles olhos violetas que sempre brilhavam de uma forma perigosa e viu que ela não estava brincando. A última coisa que o Anjo queria era que Mistry entonasse uma canção... Sabia que se ela fizesse isso, ele seria o obrigado a contar a verdade sobre qualquer coisa que ela perguntasse.

Uma Entonadora era algo perigoso.

_Porque vocês, Anjas, são tão complicadas e teimosas? - Erick perguntou retoricamente, ele na verdade estava pensando em como Mistry podia ser parecida com Bleumer quando queria. - Não precisa entonar nada. Eu vou lhe contar o que planejo, mas não agora nesse lugar... E espero que você me ajude.

Com aquilo Erick estava conseguindo mais uma aliada para por seu plano em prática e tentar salvar Pandora das garras do mal que morava ali dentro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá, tudo bem? o/

*Vocês gostaram? Lembrem de deixar um comentário com sua opinião!
*Nabeel apareceu de novo... O que será que ele está tramando?
*Agora conhecemos a mãe e o pai de Bleumer. O que acharam deles?
*No lugar de Erick, o que você faria para destruir os demônios?
*Uma nova personagem foi apresentada brevemente, a Mistry! Gostaram dela?

*Chegamos em 14 recomendações! Mais uma e eu posto um conto especial para vocês! Então vamos lá! Ajudem. :3
*Ah, a fic está com um número grande de acompanhamentos, mas poucos favoritos se formos comparar os dois. Então se você ler A Peregrina e gosta, vá lá favoritar. :D

*Imagem meramente ilustrativa e editada pela minha beta.

Até logo! Beijo de Luz do Viajante!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Peregrina" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.