Where The Wild Roses Grow - Emmrose escrita por BabySophiaBR


Capítulo 1
ONE SHOT




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/58545/chapter/1

Were the wild roses grow

They call me The Wild Rose
But my name was Eliza Day
Why they call me it I do not know
For my name was Eliza Day

From the first day I saw her I knew she was the one
As she stared in my eyes and smiled
For her lips were the color of the roses
They grew down the river, all bloody and wild
When he knocked on my door and entered the room
My trembling subsided in his sure embrace
He would be my first man, and with a careful hand
He wiped out the tears that ran down my face

They call me The Wild Rose
But my name was Eliza Day
Why they call me it I do not know
For my name was Eliza Day

On the second day I brought her a flower
She was more beautiful than any woman I'd seen
I said, 'Do you know where the wild roses grow
So sweet and scarlet and free?'
On the second day he came with a single red rose
He said: 'Give me your loss and your sorrow?'
I nodded my head, as I lay on the bed
He said, 'If I show you the roses will you follow?'

They call me The Wild Rose
But my name was Eliza Day
Why they call me that I do not know
For my name was Eliza Day

On the third day he took me to the river
He showed me the roses and we kissed
And the last thing I heard was a muttered word
As he knelt above me with a rock in his fist
On the last day I took her where the wild roses grow
And she lay on the bank, the wind light as a thief
And I kissed her goodbye, I said, 'All beauty must die'
And lent down and planted a rose between her teeth

They call me The Wild Rose
But my name was Elisa Day
Why they call me it I do not know
For my name was Eliza Day
For my name was Eliza Day
For my name was Eliza Day

Onde as rosas selvagens crescem

Eles me chamam de Rosa Selvagem
Mas meu nome era Elisa Day
Porque me chamam assim eu não sei
Pois meu nome era Elisa Day

No primeiro dia que eu a vi
Sabia que ela era aquela
Ela fixava o olhar em meus olhos e sorria
Pois seus lábios eram da cor das rosas
Que cresciam junto ao rio
Todo vermelho e selvagem

Quando ele bateu na minha porta
E entrou no quarto
Minha tremedeira parou em seu abraço seguro
Ele seria o meu primeiro homem
E com uma mão cuidadosa
Ele enxugou as lágrimas que corriam pelo meu rosto

No segundo dia eu comprei flores para ela
Ela era mais bonita
Que qualquer mulher que eu tenha visto
Eu disse
"Você sabe onde as rosas selvagens crescem
Tão docemente, vermelhas e livres?"

No segundo dia
Ele chegou com uma solitária rosa vermelha
Disse:
"Você vai me dar sua desgraça e sua tristeza?"
Eu balancei a cabeça, enquanto deitava na cama
Ele disse: "Se eu lhe mostrar as rosas, você seguirá?"

No terceiro dia ele me levou ao rio
Ele me mostrou as rosas e nos beijamos
E a última coisa que ouvi foi uma palavra sussurrada
Enquanto ele se ajoelhou (sorrindo) em mim
Com uma pedra em seu punho

No último dia
Eu a levei onde as rosas selvagens crescem
E ela se deitou à margem, o vento leve como um ladrão
E eu lhe dei um beijo de despedida, e disse:
"Toda beleza deve morrer"
E descendi e plantei uma rosa
Entre os seus dentes

(pôr a tocar: Green Day – Wake Me Up When September Ends)

-Não fique assim, prometo que volto logo. – Emmett falou segurando Rose pela cintura com uma mão e enxugando suas lágrimas com a outra

-Nós sabemos que isso não vai acontecer. – Chorou escondendo a cara no peito largo dele

-Rose. – Ele repreendeu – Lhe dou minha palavra. Acredite em mim. – Pediu afagando seus cabelos

-Eu quero acreditar. – Fungou

-Por favor. Acredite em meu amor por você. – Falou segurando seu rosto e olhando em seus olhos castanhos

-Nunca duvidei de seu amor.

-Então não duvide de mim. Eu vou voltar. – Garantiu

-Vou esperar. – Falou sem crédito algum

-Hei, Rose. Fazemos assim. Vamos escrever um ao outro, assim vai ter certeza que eu vou voltar. – Falou limpando definitivamente as últimas lágrimas que caiam no rosto de sua amada e em seguida olhou pra trás – Tenho de ir. Me estão chamando. Se cuide ursinha.

-Se cuide ursão. – Falou dando um beijo à esquimó - Te amo.

-Te amo mais. – Falou partindo o abraço e correndo de costas sorrindo pra Rose

~*~

Todos os meses Rose recebia correspondência de seu amado e respondia prontamente. Mas a comunicação se tornou escassa até que cessou. Por três anos Rose se desesperou por notícias de Emmett. Não esperava uma carta dele, apenas que notícias sobre seu estado de saúde e integridade física chegassem. Mas nem isso ela recebia. O estado de guerra estava caótico e muitos soldados estavam nos campos de batalha sem comunicação com o mundo exterior. Existiam muitas baixas e mortes mas ninguém conseguia entrar ou sair daquele campo de batalha.

Rose entrou em depressão pensando na possibilidade de que seu Emmett pudesse estar morto. Se tornou amarga, anti-sociável e sisuda para com os outros. Raramente saia de casa e apenas vestia vestidos pretos.

Cinco anos se passaram desde aquela derradeira despedida e Rosalie começava se conformando com a morte de seu namorado. Decidiu baixar as guardas que havia montado para todos e retomar a vida donde ela fez questão de a parar. Saiu à vila pra comprar verduras. Usava seu vestido mais florido que tinha em homenagem ao homem que um dia foi seu. Por onde passava todos a olhavam com sorrisos aprovatórios e satisfeitos.

-Vejo que recuperou a alegria de viver. – Um homem falou atrás de Rose enquanto ela pegava algumas verduras

Ela tomou um susto mas logo se recompôs ao perceber a beleza do homem que tinha na sua frente. Lhe sorriu educadamente mas não respondeu.

-Perdoe minha intromissão. Meu nome é Royce. Royce King. – Ele falou pegando delicadamente a mão de Rose e beijando o topo dela

-Nunca o vi por aqui. – Ela falou retirando delicadamente sua mão da dele

-Na verdade só moro aqui à pouco mais de um ano. – Ele falou sorrindo

-Um ano? – Questionou admirada – Nossa, nunca o notei por aqui mesmo. Onde mora? – Perguntou curiosa

-Na casa em frente à sua. – Respondeu divertido

-Meu Deus. Que vergonha. Mil perdões por minha falta de hospitalidade. Eu não costumava ser assim mas é que…

-Não precisa se explicar. Eu soube da sua perda. Lamento imenso. – Ele falou com pesar

Rose se sentiu morrer por dentro ao ouvir aquelas palavras. Na mente dela apenas ela achava que Emmett estivesse morto, nunca ouvira outra pessoa achar o mesmo ou sequer confirmar sua dor.

-Me desculpe. – Ele pediu ao ver a alegria sumir do rosto dela

-Não tem mal. Bem, foi um prazer conhecer você Royce. Veja bem minha cabeça. Nem sequer me apresentem. Meu nome é…

-Rose. Rosalie Lilian Hale. – Falou deixando Rose com o pé atrás – Os vizinhos me disseram. – Concluiu para amenizar a situação

Rose sorriu e se retirou voltando para sua casa. Ficou na cozinha pensando em seu novo vizinho, nem tão novo assim. Seu charme era inesquecível e Rose se viu prendida em pensamentos sobre ele. Decidiu corrigir sua atitude nada hospitaleira com Royce e lhe fez uma tarte de espinafres, bróculis e 4 queijos. Parou na porta da casa em frente à sua e se demorou a decidir tocar ou não. Mas nem teve tempo de o fazer pois a porta foi aberta sem ela sequer bater. Rose olhou espantada mas ao mesmo tempo encantada com a presença viril de Royce.

-Entre. – Ele falou dando um sorriso cativante

-N-não é necessário. – Gaguejou – Eu só vim lhe entregar essa tarte pra me desculpar…

-Você acha que eu vou comer essa trate sozinho? Entre. Não me faça essa desfeita.

-Tudo bem. - Assentiu timidamente entrando na casa

Royce indicou-lhe onde era a cozinha e em seguida estavam sentados no sofá da sala, em frente a uma lareira calorosamente acesa, se deliciando com a tarte e um vinho tinto especialmente aberto para a ocasião.

-Você é incrivelmente bela. – Ele falou se aproximando lentamente dela

-Er…acho que está na hora de eu ir. – Falou se levantando do sofá

-Espere. – Ele pediu se levantando também e segurando uma de suas mãos – Fique.

-Não acho uma boa ideia…

-Me dê uma oportunidade. – Falou passando uma mão no rosto dela fazendo ela involuntariamente fechar os olhos

Logo se apercebeu de seu erro e abriu os olhos depressa demais se dirigindo em passos largos até a porta. Royce correu até a porta e se colocou encostado nela impedindo Rose de sair.

-Por favor. Me deixe ir. – Ela falou com a voz trêmula

-Calma Rosalie. Eu não vou fazer mal algum a você. Me deixe apreciá-la. Me deixe conhecê-la. - Falou se aproximando dela e a tomando lentamente em seus braços

-Pare. – Ela pediu o empurrando com força

-Desculpe. Perdoe minha ousadia. Não sei o que deu em mim mas você…você me deixa fora de mim. Tenho ansiado por meses estar com você que agora que estou se torna difícil resistir.

-Meses? – Perguntou assustada

-Sim. Você nunca me notou, mas pra mim era impossível não notar você, sua beleza, seu encanto. Você me enfeitiçou. Me deixe fazer as coisas do jeito certo.

-Há jeito certo pra isso? – Ele perguntou fazendo força pra não sorrir

-Três encontros. Três encontros é tudo o que lhe peço.

-Três encontros?

-Sim.

-Tudo bem. – Falou sorrindo receosamente

-Amanhã. Amanhã levarei você no cinema. Vamos ver um clássico. Pode ser? – Ele perguntou abrindo a porta pra ela

-Acho que sim. - Ela falou saindo de casa

-Então esteja pronta amanhã às 19 horas.

-Estarei. – Falou já entrando em sua casa

(pôr a tocar: Nick Cave & Kylie Minogue – Were the wild roses grow)

1º Encontro:

POV ROYCE

Esta seria a minha primeira noite tão perto dela quanto eu tinha imaginado por meses. Estávamos no escurinho do cinema e eu pouco prestava atenção ao filme. A beleza dela roubava toda a minha atenção da tela de cinema e o sorriso dela preenchia qualquer vazio que meu coração pudesse secretamente ter. Ela era perfeita. A mulher que eu procurava e que todo o homem desejava ter.

POV ROSALIE

Foi uma noite bastante calma e o clima rolava entre nós bem tenso. Seus olhares sobre mim me deixavam atordoada e sem qualquer reação esperada. Nos despedimos na porta de minha casa. Ele não queria me deixar entrar. Sempre que eu dava um passo ele me segurava perto dele. Nos olhávamos intensamente e eu me senti de novo amada como há anos não me sentia. Ninguém ia conseguir ocupar o lugar de Emmett mas eu tinha de seguir com minha vida e Royce parecia ser o homem ideal para estar do meu lado.

2º Encontro:

POV ROYCE

Não tínhamos planos concretos para o dia de hoje. O sol se fazia imponente e quente e então combinamos de ficar apenas em casa dela no jardim jogando conversa fora. Passei por uma florista e comprei um ramo das mais belas rosas que eu tinha visto. Tão belas quanto Rose. Tão selvagens quanto o seu coração. Perguntei à mulher que vendia as flores onde arranjara rosas de tão rara beleza e ela me indicou o lugar onde elas cresciam tão docemente vermelhas e livres. Selvagens.

POV ROSALIE

Ele chegou em minha casa segurando uma linda e solitária rosa vermelha. Parecia ter sido colhida algures num dos vários jardins que a vila tem pois estava coberta de espinhos. A tomei em minhas mãos e me piquei fazendo um pequeno furinho no meu dedo. Royce tomou minha mão e chupou meu dedo me encarando com malícia. Senti meu corpo todo estremecer. Durante a tarde toda ele me falava coisas desconexas como a morte e a tristeza. Falava disso como se falasse de pessoas, como se falasse de mim. Um arrepio me passou pela espinha como um pressentimento. Mas eu tinha de deixar de ser boba. Era só um tema banal. Talvez esse não fosse o melhor programa a se fazer num 2º encontro.

3º Encontro:

POV ROSALIE

Nesse último encontro ele me convidou a ir onde as rosas selvagens cresciam. A viagem foi bastante calma e silenciosa. Mas valera a pena. O local era lindo. As rosas vermelhas cresciam perto de um rio que corria violento mas sonoramente agradável. Eu inspirei o ar fundo fechando meus olhos e ele se aproveitou disso pra me beijar. Foi um beijo quente, condizente com o tempo mas não fez meu coração bater como outrora batera. Não fez minhas pernas tremerem, minha cabeça girar e as borboletas do estômago começarem a dar sinal de si. Talvez isso nunca mais fosse acontecer. Emmett se fora e com ele levou essas sensações maravilhosas que me fazia sentir a cada toque dele. Mesmo assim me deixei levar pelo beijo. Caímos de joelho no gramado alto que se fazia perto do rio e ouvi umas imperceptíveis palavras sussurradas vindas dele. Um sorriso assustador se formou em seu rosto me deixando apavorada.

POV ROYCE

No último encontro a levei onde as malditas rosas bravias cresciam. O vento leve passou por ela fazendo seu perfume tresandar recordações. Me aproximei dela pra depositar o derradeiro beijo. O seu último beijo. O beijo que ela me pedia por meses naquela tristeza em que se ia afundando depois da morte do outro. Sussurrei na boca dela que chegara seu fim e que toda sua beleza deveria morrer com ela e com aquelas rosas, as quais eu queimaria. Lhe dei um último sorriso e preparei uma pedra pra bater na cabeça dela vezes sem conta até ela ficar irreconhecível. E a hora era agora.

~*~

Royce se preparava pra descer aquela enorme pedra na cabeça dela. O sorriso diabólico dele paralisara Rose que tremia de medo do que poderia vir. Mas mesmo assim começava a aceitar a possibilidade de se vir a juntar a Emmett no sono eterno onde nunca mais nada nem ninguém os poderia separar. Fechou os olhos esperando a derradeira hora chegar mas ela não chegou. Ao invés disso um som ensurdecedor tomou o lugar da pedrada que estava por levar. Sentiu o corpo de Royce pender para o lado até cair. Rose abriu os olhos e se deparou com seu quase assassino morto. Levantou o olhar para encontrar seu salvador e explodiu de felicidade quando percebeu ser Emmett.

-Rose. – Ele chamou correndo até ela

-Emmett? – Se questionou debulhando em lágrimas

-Sou eu sim meu amor. Eu voltei, eu voltei. – Ele falou segurando o rosto dela e depositando inúmeros beijos por todo o seu rosto

-Você voltou. – Chorou desesperada por tocá-lo mais firmemente

Passou a mão pelos braços e peito do seu amado apenas pra se certificar que não havia morrido.

-Me perdoe. – Ela pediu em soluços

-Não peça perdão. Eu que devo te pedir perdão por não ter dado mais noticias e te ter feito acreditar que eu tinha morrido. Mas eu voltei. E ninguém nunca mais vai nos separar. Eu vou tomar conta de você ursinha.

-Emmett. – Chorou mais ainda o abraçando com força – Meu Emmett.

-Minha Rosalie. Meu amor. Minha mulher. Casa comigo.

-Eu caso. Eu caso. Mas por favor nunca mais me deixe. Nunca mais. – Falou iniciando o beijo que por tanto tempo almejou e as emoções adormecidas que Rose esperava sentir no beijo com Royce vieram à tona mais fortes e mais delicadas

Emmett era o seu salvador. O homem que ela nunca iria esquecer e pelo qual ela enfrentaria até a morte se fosse preciso apenas pra ficar do seu lado. Eternamente. Onde as rosas selvagens cresciam.

Fim


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que acharam??? espero que tenham gostado
e comentemmmm pliiiixxxx