Percy acordou com o sol na cara dele. Ele olhou para o relógio e viu que era sete da manhã. Por que ele não fechou as cortinas? Bom, ele não teve muito tempo para pensar nisso. Já que assim que eles estraram no chalé, a esposa o atacou. O filho de Poseidon gemeu e rolou para o lado tentando fugir da claridade. Ele passou o braço ao redor da cintura de Annabeth e afundou o rosto no cabelo dela aspirando o cheiro dos cachos loiros. Annabeth riu baixinho e colocou a dela em cima da dele. Percy aspirou o cheiro do cabelo dela novamente e a apertou mais contra ele, fazendo com que ela risse mais.

– Bom dia. – Annabeth disse se virando para ele ainda abraçada a ele.

– Bom dia. – ele disse beijando a bochecha dela. – Ótimo dia.

– Dormiu bem? – ela perguntou tirando o cabelo da testa dele.

– Dormi. E você? – ele perguntou bocejando.

– Bem. – ela disse e riu quando ele colocou o rosto entre o pescoço e ombros dela. – Com sono?

– Sim. – ele disse rindo. – Devia ter fechando as cortinas.

– Devia mesmo. E acordei seis horas por causa da luz que entrou. – ela disse passando a mão nos cabelos delem, bagunçando ainda mais.

– A culpa foi sua. – ele disse e se afastou um pouco para olhar para ela. – Mal entrei no chalé e você pulou em cima de mim, me atacando. Eu sou homem, não podia deixar uma mulher, minha mulher, me esperando. Afinal, era nossa primeira noite casados.

– Eu sei. Me desculpa por te amar. – ela disse quando ele beijou a bochecha dela. – Dormi mais um pouco.

– Está claro. – ele disse se arrumando para ficar mais perto dela. – Não consigo dormi.

– Quer que eu feche a cortina? – ela perguntou passando a mão nos cabelos dele.

– Não. Fica comigo. – ele disse a apertando mais.

Eles ficaram quietos por alguns minutos. Annabeth se afastou um pouco de Percy e viu que ele estava dormindo. A filha de Atena riu e apertou ele. Ela gostava dele dormi assim. Apesar dele ser pesado, ela gostava. Annabeth passou a mão pelas costas dele e virou um pouco para que Percy se apoiasse no colchão, não nela. Apesar de tudo o que eles tinham passado, finalmente iam ficar juntos. Apesar de ter mais uma guerra pairando na cabeça deles, eles estavam casados. E ficariam juntos, independente do que acontecesse. Percy virou e puxou ela com ele, fazendo com que ela ficasse deitada em cima dele. A filha de Atena suspirou quando sentiu a esquerda dele. Ela se culpava por ele ter perdido parte da perna. Ela podia ter ido ajudar ele, podia estar lá, mas não. Estava no acampamento chorando por ter sido uma idiota. Depois de abraçar ele mais apertado, ela fechou os olhos e deixou seu sono tomar conta dela.

Percy acordou novamente perto do meio dia. Annabeth estava dormindo em cima dele e parecia que tinha sonhos bons. Com cuidado, ele a colocou na cama e se sentou. Sua perna estava no chão ao lado da cama. Ele nem se lembrava que tinha tirado a perna na noite passada. Ele suspirou e colocou a perna. Percy deu um beijo na esposa e foi para o banheiro. O filho de Poseidon entrou em baixo d’água e sentiu seu corpo relaxando. Ele perdeu a noção do tempo. Ele estava tão distraído que se surpreendeu que quando Annabeth o abraçou por trás. Ele sorriu e passou a mão nas mãos dela.

– Você me deixou sozinha. – ela disse encostando a cabeça nas costas dele.

– Desculpa. Mas estava precisando de um banho. Estava todo duro. Principalmente minhas costas. – ele se virou para olhar para ela. – Estou bem tenso.

– Quer uma massagem? – ela perguntou beijando as costas dele.

– Quero. – ele disse rindo. – Mas vamos deixar para depois.

Percy sorriu e a beijou. Annabeth riu no meio do beijo e passou os braços pelo pescoço dele. Percy a prensou na parede e passou a beijar o pescoço dela.

– Percy...

– Eu sei. – ele disse a olhando. – Quer que eu te dou um banho?

– Quero. – ela disso rindo.

Eles derem banho um no outro e depois saíram do chalé. Eles foram até o refeitório. Assim que eles chegaram lá, todos olharam para eles. Annabeth corou e Percy riu, enquanto guiou ela para a mesa de Poseidon. Sendo casados, eles podiam comer junto. Grover veio até eles correndo.

– Bom dia, casal. Ou seria boa tarde? – ele perguntou se sentando ao lado de Annabeth.

– Boa tarde. – Annabeth respondeu pegando um prato de se servindo. – Como vai menino bode?

– Bem. E vocês? Acho que não precisam responder. – ele disse rindo. – Vocês estão com um sorriso bobo no rosto. A noite foi boa. Afinal, já são mais de meio dia, e ainda estavam no chalé.

– Calado. – Annabeth disse corando. – A gente estava dormindo.

– A noite não foi boa, foi ótima. – Percy disse rindo enquanto se levantando, depois de piscar para ele.

Annabeth se levantou e seguiu o marido. Percy jogou uma boa parte de seu almoço no fogo. Ally tinha explicado para a filha de Atena que por causa dos remédios que estava tomando por causa da perna. Ela disse que ele ainda teria que tomar as poções por alguns meses, mas que isso não queria dizer que ele voltaria a comer normalmente. A deusa tinha dito que poderia ficar pior do que já era, ou menor. Mas dificilmente, ele voltaria comer do jeito que comida antes. Eles voltaram para a mesa e comeram em silêncio. Depois de comerem, Percy quis ir para a praia, o que não surpreendeu a esposa.

– Sabidinha? – ele chamou depois de um tempo que eles estavam sentados na praia olhando para o mar.

– Oi?

– Por que você quebrou o nariz do Luke? – ele perguntou apoiando o queixo no ombro dela.

– Por que isso agora? – ela perguntou brincando com os dedos dele.

– Curiosidade. – ele disse dando de ombros.

– Ele me chamou para caminha com ele. – ela disse encostando a cabeça no peito dele. – Eu acetei. A gente fomos para a praia e ficamos um bom tempo em silêncio. Até que ele me perguntou sobre a gente. Como estava nosso relacionamento, se ainda estávamos noivos essas coisas. Eu fiquei com um pé atrás, mas mesmo assim respondi. Disse que apesar de termos discutido, ainda estávamos juntos, que a gente ainda nos amávamos e que eu sabia que você estava ajudando seu pai, que seu pai precisava de você. Ele ficou quieto por um tempo e voltamos para o refeitório. Quando eu me despedi dele e foi em direção ao seu chalé, já que estava dormindo lá. Ele segurou meu braço e me beijou.

Annabeth ficou em silêncio esperando a reação de Percy. Ele não disse nada, mas as ondas do mar aumentaram de tamanho.

– E o que aconteceu depois? – ele perguntou passando a mão no braço dela.

– Eu o empurrei. Perguntei o que estava fazendo. Ele disse que sempre foi apaixonado por mim, e que eu deveria deixar você para ficar com ele – ela disse tensa. – Eu disse que ele estava louco e então ele falou coisas sobre você. Então eu dei um soco nele.

– Eu posso dá outro?

– Não. – ela disse rindo.

– Chata. – ele disse beijando o pescoço dela. – Eu te amo.

– Eu te amo. – ela disse rindo. – E nada de soco nos outros.

– Chata.

Annabeth apenas riu e continuou olhando as ondas se quebrando.