Percy Jackson E A Deusa Dos Opostos escrita por Anieper


Capítulo 21
Capítulo 21




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Com essa rotina um mês se passou. Ally, Poseidon e Tritão fizeram o que puderam para manter as coisas pelo controle. Mas sem Percy, eles estavam fracos. O filho de Poseidon estava quase conseguindo andar sem manca e Ally conseguiu umas poções especiais com Anúbis que acelerava o processo de cicatrização. Ela passava todas as noites e Percy já estava pronto para voltar a luta. Annabeth conseguiu convencer Poseidon a deixar ela ficar e lutar ao lado deles. Ally e ela estavam se dando bem, apesar de as vezes Ally deixar Annabeth falando sozinha. Tritão estava mais calmo e sempre que podia conversava com Percy. Ele finalmente tinha aceitado seu irmão.

– Está pronto? – Ally perguntou parando ao lado de Percy.

Ela tinha ido no quarto dele ver como ele estava, já que finalmente ia voltar para o campo de batalha. Annabeth estava se arrumando no quarto dela, por isso Ally poderia falar com o irmão. Eles não tinham se falado muito, já que ela estava muito ocupada com as lutas.

– Nasci pronto. – ele respondeu colocando a espada na cintura.

– Nervoso? – ela olhou para ele que estava com as mãos tremando um pouco.

– Sim. Da última vez que fui para o campo de batalha voltei sem uma perna.

– Aquilo não foi nada. Você voltou, teve pessoas que não tiveram a mesma sorte. – ela disse mexendo na sua bolsa. – Tome isso, vai te manter calmo.

Percy tomou a poção que a irmã deu. Eles ficaram em silêncio por um tempo. Ally podia senti a tenso no ar. Ela respirou fundo e foi até a janela. Mesmo que a guerra não tivesse chegado ao reino, as coisas estavam feias. Mesmo as lutas acontecendo tão longe dava para ver as explosões. Ally não sabia até quando daria para ficar assim, as barreiras que tinha feito estavam mais fracas. As vezes algum monstro conseguia passa, mas sempre tinha alguém para cuidar dele.

– As coisas estão cada vez piores. – ela disse sem olhar para o irmão. – Eu tive um sonho ontem, Percy.

– Sonho?

– Sim. Nossa guerra está chegando ao fim, mas a guerra dos deuses está longe de acabar. O povo do mar estar fraco, não sei se teremos forças para ajudar os outros deuses quando terminamos aqui. – ela se virou para olhar para ele. – Muitos de nós mal consegue ficar em pé. Muitos estão pedindo para morrer.

– Eu sei que as coisas estão difíceis, que dá um desespero, mas temos que continuar lutando. – ele disse indo para o lado dela.

– Eu tenho medo do futuro. Sua geração viu tanta dor, tanto sofrimento. – ela disse olhando para pequenos bonecos de neve que tinha feito. – Eu não sei se vocês serão capaz de esquecer. Você e Annabeth ainda são atormentados pelo que viram no Tártaro. Não falam com isso com ninguém, nem mesmo um com o outro com medo de trazer antigas dores, mas o que vocês sofreram ficou para sempre gravado em vocês e o que vocês vão ver agora também vai ficar.

Percy olhou para fora, vendo as explosões ao longe. Sempre que alguém comentava sofre o que ele tinha visto no Tártaro, ele se perdia em lembranças. Não que aquilo fosse algo que ele quisesse lembra, ou que se orgulhasse. Não. Ás vezes ele acordava a noite e lembrava das coisas que aconteceram no inferno dos deuses, na prisão dos deuses. Mas geralmente em seus sonhos ele não conseguia sair e via Annabeth morrer de um jeito horrível. Ally sabia disso. Ela já tinha falado com ele sobre as coisas que ele tinha visto e feito lá. Ela disse sobre ele controlar veneno e estava ensinando ele a controlar outras coisas tão perigosas quanto aquilo. Ally tinha feito ele controlar veneno outras vezes e o ensinava a não deixar o poder que o veneno dava para ele, poluir sua mente. Ela também estava ensinando ele a controlar lava, o que Percy achava demais.

– As lutas são necessária, mas isso não as tornam mais fácil. Sempre perdemos pessoas que amamos e isso acaba com a gente. – Percy disse finalmente olhando para ela. Em seus olhos, a mais pura tristeza. – Perdi amigos, pessoas que amava. Pessoas boas. Eu sei que isso é horrível, mas chega uma parte da vida, que não temos mais tempo para chorar pelas pessoas que se foram, pelas pessoas que morreram. Mas temo por Annbeth. Eu não sei se saberia viver em um mundo em que ela não existisse. Eu a amo mais que tudo.

– Dois amantes felizes não têm fim nem morte, nascem e morrem tanta vez enquanto vivem, são eternos como é a natureza. – Ally disse olhando para ele. – Esse poema é de Pablo Neruda. Acho que ele fez pensando em casais como vocês. Nunca vi duas pessoas se amarem tanto assim. Eu sei que uma hora, ou outra vocês terão seu final feliz.

– E você? Terá um final feliz? – ele perguntou olhando para a irmã.

– Eu deixei de acreditar nisso para mim a muito tempo, Percy. Eu já perdi tantas pessoas, vi tanta maldade, mas também tanta bondade. – ela disse fechando os olhos. – O mundo sempre foi o que vemos hoje. Muitas vezes humanos são piores que monstros e monstros piores que deuses. Não vamos falar sobre o que achamos do mundo, mas pelo que sabemos. É difícil falar sobre final feliz, quando não se tem um final. O mundo pode acabar e eu ainda vou estar por ai. Eu sou o tudo e o nada. Não preciso de humanos para viver, não preciso da fé deles. Se tudo acabar, acabarei sozinha. Se as coisas se resolverem, ficarei sozinha. Eu nasci para ser só. Eu amo meu marido, como um irmão. A única vez que nós beijamos foi em nosso casamento. Então, não. Eu não terei um final feliz. Pois, meu maior medo é acabar sozinha.

– E seu pai?

– Caos? Ele nunca foi de ficar com ninguém. Assim como eu, ele nasceu para ser só. Ele e eu nós encontramos de tempos em tempos, mas apenas isso. Eu sei me cuidar, não preciso dele para fazer isso por mim.

– Eu não disse isso.

– Eu sei. Mas a única época que ele realmente ficou comigo, foi quando estava crescendo. O resto do tempo ele cuidava de mim de longe. Assim com os deuses hoje.

Eles ficaram em silêncio. Ally não nada disse apenas olhou para longe e sorriu para a cara confusa do irmão.

– Não precisa se preocupar com isso. Estou bem com meu destino. – ela disse beijando a bochecha dele. – Agora temos que ir. A batalha final se aproxima.


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