Tritão ainda olhava para a perna decapitada do irmão em choque. Ally estava ajoelhada ao lado do irmão e falava algumas palavras que ele não consegui entender.

– Temos que leva-lo para o palácio. – Ally disse se levantando. – Acorda, Tritão. Temos que tirar ele daqui. Cuida da perna. Dá remédios. Sei que o que fiz foi horrível, mas era o único meio de salva-lo. Temos que leva-lo para lá. Não posso cuida dele aqui.

– Tudo bem. – ele disse ainda em choque, mas se levantou.

Juntos eles pegaram o irmão. Ally assobiou o mais alto que pode. Em pouco tempo Stela estava ao lado deles. Os dois subiram e a dragoa começou a nadar o mais rápido que podia. Eles chegaram ao palácio e correram para o quarto de Percy. Ally deixou os irmãos lá e foi para seu quarto. Pegou tudo o que ia precisar e voltou para o quarto do irmão. Ela se ajoelhou ao lado da cama e cortou a calça de Percy. Ela passou uma poção para conter a hemorragia e começou a limpar a ferida. Ela trabalhava e chorava. Suas mãos tremiam, mas mesmo assim ela continuou o que estava fazendo. Usou magia antiga, magia que ninguém mais lembrava.

– Temos que falar para o papai. – ela disse pegando outra poção. – Ele ainda não sabe.

– Eu vou falar com ele. – Tritão disse indo para porta. – Percy vai vive, não vai?

– Não sei. Precisamos de sangue. – ela disse sem parar de trabalhar.

Tritão saiu e fechou a porta. Ally terminou de limpar a ferida e passar cicatrizantes. Depois se levantou e deu algumas poções para o irmão tomar. Ela estralou os dedos e fez com que as roupas do irmão fossem trocadas por limpas. Assim como as roupas de cama que estava sujas de sangue.

– Como ele está? – Poseidon perguntou entrando no quarto.

– Bem. Ele perdeu muito sangue, mas está bem. Vou dá algumas poções para ele mais tarde e terei que ver de perto a recuperação dele, mas ele vai ficar bem. Ele tem que ficar bem.

– Por que você não vai se trocar? Vai ficar tudo bem. – Poseidon disse colocando a mão no ombro da filha.

Ally concordou com a cabeça e saiu do quarto do irmão. Poseidon se sentou ao lado da cama do filho e pegou a mão do filho antes da porta se fecha. A deusa andava lentamente em direção ao seu quarto. Algumas lágrimas rolavam pelo seu rosto. Percy era tão jovem, tinha uma vida pela frente estava noivo e agora poderia morrer. Como ela pode deixar aquilo acontecer? Ally tinha usado tudo o que podia no momento. Conhecia outros encantamentos, mas estava tão nervosa que estava com medo de trocar alguma palavra na hora de falar, e isso era perigoso. Ela finalmente chegou ao seu quarto. Depois de tomar um banho bem demorado, ela colocou seu pijama e saiu. Ela queria ir para o quarto de Percy, mas queria dá mais tempo para seu pai.

Andando como um zumbi, ela foi até a cozinha. Não estava com fome, mas comeu alguma coisa. Ela estava tão distraída que nem viu o que estava comendo. Depois foi para a sala de planejamento.

– Ally? – ela escutou a voz de Nico atrás de si.

– Oi. – ela disse olhando para ele, Hazel e Bianca que vinham em sua direção.

– É verdade que Percy está gravemente ferido? – Hazel perguntou.

– Um Kraken pegou a perna dele. O veneno estava sendo muito rápido e agressivo. Tive que corta a perna dele. Ele perdeu muito sangue. A essa hora alguma das minhas cervas já devem ter colocado um bolsa de sangue nele. Vamos ter que esperar.

– Ele está muito mal? – Hazel perguntou mordendo os lábios.

– Ele está morrendo. – Nico responde a pergunta da irmã. – Posso senti ele lutando contra a morte. Ele não quer ir, sabe que tem gente que precisa dele. Não quer deixar Annabeth.

– Eu também sinto. – Bianca disse. – Nunca senti algo tão forte.

Eles ficaram em silêncio. Todos ali gostavam de Percy. Ele que os mantilha unidos e lutando. Ele brincava, contava piada sem graça e tira o sarro dos inimigos deles. Ele era a luz deles. Todos no palácio ficavam mais feliz sabendo que ele estava ali. Ele era bom lutando e ajudando a mante a esperança. Mesmo nas piores situações ele estava animado, não para ele, mas para os outros.

– Alguém já avisou a mãe dele? Annabeth? – Hazel perguntou.

– Não. Ainda não falei com meu pai sobre isso.

– Minha senhora? – uma serva disse se aproximando deles.

– Precisam da senhora na sala de reunião. Vosso pai está no quarto do garoto Percy, e disse que não sairá tão cedo. E vosso irmão voltou para o campo de batalha. Precisam de ordens.

– Estou indo. – Ally disse depois de suspirar.

Ela se afastou dos meios-sangues e foi para a sala de reunião. Todos queriam saber o que ia acontecer agora. Eles precisavam de intrusão. Com Percy ferido, quem ficaria no lugar dele. Depois de duas horas conversando com todos, falando quais eram seus planos e o que iriam fazer, Ally foi para as forjas. Tyson não tinha ido lutar hoje para ajudar a fazer armas. Eles estavam com poucas. Ally fez uma anotação para manda pedidos para o acampamento. Quando chegou lá foi atrás do irmão. O encontrou sentado na frente da lanchonete conversando com outros ciclopes.

– Tyson. – ela o chamou se aproximando deles. Estava se odiando por estragar o dia do irmão.

– Irmã. – ele disse animado assim que a viu.

– Oi. Precisamos conversa. – ela disse baixo.

– O que foi? – ele perguntou confuso.

– Vem. – ela disse pegando a mão dele. Ally o fez entra na primeira sala vazia que encontrou. – Eu preciso que você fique calmo está bem? – Tyson concordou com a cabeça. – É o Percy. Ele se machucou hoje. Foi sério. Ele perdeu parte de uma das pernas e está correndo risco de vida. Fiz tudo o que pude. E vou fazer mais. Apenas estou esperando me acalmar mais um pouco para salvar a vida dele. Eu posso fazer isso.

Assim que ela parou de falar, Tyson começou a chorar. Ally fez o que pode para consolar o irmão, mas ela também estava precisando se consolada. Os dois ficaram ali um tempo, chorando juntos até que Tyson disse que tinha que ver o irmão. Os dois andaram em silêncio. Assim que eles chegaram no quarto do irmão abriram a porta. Ally parou assim que a porta se abriu completamente. Ela não podia acreditar no que via. Ali na sua frente estava Poseidon, ainda segurando a mão no filho. Isso seria normal, se ele não estivesse chorando.