E se... escrita por DrSpencer


Capítulo 1
Un Petit Français




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“e se...” Duas palavras pequenas, que podem mudar tudo. Como seria se eu tivesse feito aquilo? E se eu tivesse conhecido ele antes? Quem sabe se eu tivesse tido coragem naquela festa?

Palavras que nos remontam a coisas que poderiam ter acontecido no passado. São muito úteis, mas não deveriam existir. Não sei quem foi o idiota que as inventou -tá, tá, eu sei que derivam do latim ou alguma outra língua, mas vocês me entenderam... Se essas palavras não existissem, a nossa vida seria melhor. Não ficaríamos nos remoendo por causa de erros ou coisas não feitas no passado. Ah, o passado...

Minha vida conseguiu tomar um rumo totalmente inesperado. Nunca imaginei que um dia passaria pelo que passei, ou que hoje estaria onde estou. Ainda me surpreendo quando paro para analisar as circunstancias que me levaram a isso. Tudo começou lá em agosto, uns seis meses atrás.

Já passava da metade do ano escolar, e minha vida andava bem comum. E eu estava feliz assim. Sophie Dubois, a primeira da classe, a menina exemplar, quieta e calma, morena de olhos verdes, com um grupo de amigos inseparáveis e uma timidez gigante num corpo pequenino (ou petit, como me chamam. Valeu descendência francesa...).

Eu tinha um grupinho de amigos, como toda adolescente. A mais intima era a Caroline, que é totalmente meu oposto. Extrovertida, nem tão boa aluna assim, a ruiva rebelde da sala que pega uns gatinhos de vez em quando. A Marta era minha confidente. Estudiosa como eu, mas tem seu lado louco, com seu cabelo com cachos volumosos e pele bem morena. E o Gustavo, o palhaço da sala, que mais conversa do que estuda, e que gosta de uma discussão. Ele estava um pouco acima do peso, mas ninguém ligava pra isso.

Nossa escola tinha um programa de extracurriculares, que integrava todas as modalidades oferecidas. Banda, teatro, skate, futsal e outras coisas. Algumas vezes por ano, fazíamos grandes encontros para reunir os participantes das diversas modalidades, e era feito uma confraternização, com algumas horas de formação religiosa. Afinal, era uma escola católica.

Num encontro desses, minha vida começou a mudar. Eu e a Carol participávamos do grupo de teatro, o que já era grande coisa pra mim, que era um poço de timidez. Aconteceria um retiro no sábado, aonde iríamos para um pesque pague, e passaríamos o dia todo lá, para depois voltarmos à cidade e ir á uma missa.

Estávamos muito animadas, por vários motivos:

– O pessoal da banda do terceirão vai estar lá também! Eles são muito gatos!

Era o que ela me lembrava a cada 5 minutos.

O terceirão da nossa escola tinha uma banda, composta pelos meninos mais bonitos e legais da escola. Todas as meninas os adoravam. O Gabriel tocava violão, o Leandro além do violão também cantava, e o Gregori tocava acordeão, algo que não era muito comum em bandas escolares. Mesmo assim, eles arrasavam. Namorar um deles, principalmente o Gabriel, era o sonho de toda menina. Bom, quase toda. Eu não ligava muito pra isso. Achava o José, um menino loiro alto e magro, também no ultimo ano escolar, muito mais o meu tipo.

– Participantes da Ajs, a coordenação comunica que, caso chova, o retiro programado para o sábado acontecerá nas imediações da escola. Para mais informações, procure um coordenador.

Esse foi o aviso que soou antes do sino do recreio pelos alto falantes. Jogou um balde de água fria nos nosso planos. Qual seria a graça de passar um sábado na escola? Era bom não chover. Mas a previsão não estava a nosso favor...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado até agora! Sei que é um capítulo meio curto, mas prometo que virão maiores. É minha primeira história, e quis começar com algo original. Ainda estou aperfeiçoando minha escrita, então peço que deem sua opinião, critiquem se precisarem e saibam que dicas são sempre bem vindas! Dr. Spencer



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