Identical Love escrita por Mille Bonnie


Capítulo 11
Arthur Menezes


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei, mas as meninas do grupo sabem os motivos (então se não faz parte do grupo, faça o favor de mandar seu number e o ddd por mensagem, pra participar do maravilhoso grupo de Identical Love). Meu primo faleceu, fiquei meio desanimada e sem tempo pra postar. Mas agora estou aqui com um capítulo novinho pra vocês! Andy, muito obrigada pela recomendação! O capítulo de hoje está enorme e eu quero muiiiiiiiiiiiiiitos comentários. Então vamos lá e ponham esses dedos pra funcionarem! Vejo você nos reviews.



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–Sofi, Sofi? –me cutucaram.

Meus olhos pareciam grudados, abri com muito esforço e vi a Jenni na minha frente.

–Onde eu tô? –perguntei coçando meus olhos.

–Na minha casa. –ela colocou a franja atrás da orelha.

–Por quê? Cadê o Tadeu? –perguntei me sentando e minha cabeça doeu. –Ai. –franzi a testa

–Tá com dor de cabeça? –ela perguntou e eu assenti. –Também depois de todas aquelas bebidas.

–Bebidas? –franzi a testa novamente.

–Vodka, tequila e por ai vai. –ela sentou.

–Mas o que? Eu nunca bebi. –eu a olhei.

–Nunca bebeu até ontem. –ela disse. –Ontem você encheu a cara.

Olhei e tentei lembrar de ontem, mas a minha cabeça doeu e eu gemi.

–Eu não me lembro de nada. –eu a olhei.

–Não estou surpresa. –ela riu.

–Cadê o Tadeu? E por que não estou em casa? –perguntei novamente.

–Tadeu foi pra casa pra sua mãe não suspeitar de nada e você não está em casa porque estava altamente bêbada ontem e se chegasse lá assim acho que não estaria viva hoje.

–Ah droga. –deitei novamente. –Sabe por que eu bebi tanto? –perguntei.

–Eu não entendi direito, mas parece que foi o seu namorado que te embebedou. –ela deitou do meu lado.

Pietro me embebedou? Que história era aquela?

–Hã? –perguntei.

–Pelo o que o Tadeu me disse antes de ir embora, você estava sentada no bar bebendo e o Pietro estava contigo te dando bebidas. –ela me olhou. –Depois disso só rolou os fight.

–Que? –eu arregalei os olhos.

–Depois da dança, você encontrou o Pietro e foi pra algum lugar com ele, Tadeu e eu continuamos dançando. –ela suspirou sorrindo. –Acho que tinha se passado algumas horas, a maioria dos meus convidados já tinha ido embora, Tadeu, Markus e eu estávamos conversando, foi quando ouvimos gritos, o Tadeu saiu correndo e eu fui atrás, chegando à confusão, vimos Pietro e o Arthur discutindo e você sentada com bebendo. –ela franziu a testa. –Eles estavam quase se matando, o Tadeu e o Markus foram separa-los e o Tadeu perguntou o motivo da briga, o Arthur gritou que o Pietro estava te embebedando.

–Mas o que?

–Me deixa terminar. –ela me olhou feio. –Você estava lá com um copo na mão e rindo que nem uma boboca feliz, Tadeu perguntou se você estava bem e você riu e bebeu mais, Tadeu ficou muito puto com o Pietro e partiu pra cima dele também, Markus e eu tentamos separar e o Markus levou um soco. –ela riu. –Foi bem engraçado, até você começar a vomitar e cair em cima do próprio vomito. –ela fez cara de nojo. –Você nem vai acreditar em que te tirou da poça de vomito. –ela me olhou.

–O Pietro? –eu franzi a testa.

–Ai, não. –ela disse. –Ele estava apanhando do meu amor. –ela fez cara de apaixonada e eu revirei os olhos. –Foi o Arthur que tirou você da poça do vomito e gritou dizendo que você tinha desmaiado, o Tadeu parou de brigar com o Pietro e te pegou no colo, nunca o vi tão desesperado, tadinho do meu amore. Fomos correndo para o banheiro e antes de ir o Tadeu disse pro Pietro que se algo acontecesse com você ele ia acabar com a vida dele.

–Eu não acredito que isso realmente aconteceu. –eu disse.

–Pois acredite amiga. –ela levantou.

–Preciso falar com o Pietro. –eu também me levantei e minha cabeça explodiu. –Mas será que antes você poderia me dar um remédio?

–Eu dou o remédio. –ela pegou um copo com água e um comprimido. –Mas acho melhor você falar com o Tadeu primeiro, ele tá lá na sala te esperando.

–Tem jeito de eu fugir?

–Não. –ela me jogou um vestido. –Veste isso que eu te espero lá na sala. –ela saiu.

Tirei a roupa que eu estava vestindo e fui tomar banho, minha cabeça estava girando e girando. Será que o Pietro tinha mesmo me embebedado de proposito ou eu pedira? E por que o Arthur brigou com ele? Será que foi por causa disso? Por minha causa? Ai que droga, por que eu não me lembro de nada?

Arthur’s POV

Meu nome é Arthur Menezes, eu tenho dezessete anos, tenho um irmão gêmeo idêntico e uma irmã de dez anos de idade, tenho dois pais amorosos e apaixonados um pelo outro, tenho tias e tios bem legais. Lembro quando a minha mãe chegou dizendo que íamos nos mudar pra São Paulo, eu fiquei muito bravo com ela. Eu não queria deixar minha vida. Eu não podia deixar a minha vida.

–E como fica minha vida aqui? –eu gritei.

–Thur... Sei que é difícil, mas não podemos fazer nada. –ela alisou os cabelos. –Seu pai precisa abrir a filial lá.

–Eu sei mãe, mas eu tenho uma vida aqui! Amigos, escola e a Maju. –eu a olhei.

–Eu sei que tem a Maju, ela é uma garota maravilhosa, vai entender. –minha mãe foi até a porta e sorriu. –Juro pra você que em todas as férias e feriados que tiver eu mando você pra cá.

–Isso não me compra. –eu bufei.

–Eu sei, mas você vai entender. –ela sorriu novamente.

–Como sabe disso?

–Porque você sempre entende e é por isso que você é meu favorito. –ela me jogou um beijo no ar e saiu.

Droga! Eu não queria e nem podia me mudar, tenho amigos, tenho vida, tenho escola e tenho a Maju. Demorei anos pra conseguir me declarar pra ela e finalmente a pedir em namoro e agora isso acontece. Peguei o telefone e liguei pra ela.

–Thur! –ela atendeu sorridente.

–Linda, será que podemos nos encontrar na pracinha daqui vinte minutos?

–Claro, aconteceu algo? Sua voz tá estranha.

–Aconteceu, mas eu falo na pracinha. –eu disse.

–Thur... É algo ruim? –ela perguntou. É ruim sim minha linda. É péssimo!

–Linda, eu falo na pracinha okay? –eu respondi e ouvi-a bufar.

–Tá, a gente se vê lá, te amo príncipe. –ela disse.

–Te amo mais linda. –eu sorri e desliguei o telefone.

Sai do meu quarto e fui até o da Mille, ela estava encolhida no canto da cama e chorando, Mille era uma garota pequena e frágil.

–Mimi? –eu a chamei, ela levantou os olhos cheio de lágrimas. –Mamãe já te contou né?

–Sim, por que temos que ir embora Thur? –ela perguntou. Fui até ela e a coloquei no meu colo.

–O papai precisa da gente com ele. –eu limpei suas lágrimas.

–E-eu sei. –ela soluçou. –Será que vou conseguir amigas na nova casa?

Mille tinha um problema pra conseguir amigas, a única que ela tinha era a prima da Maju e foi com muito esforço que conseguimos fazer isso.

–Claro que vai! –eu a olhei.

–Promete?

–Prometo. –eu beijei sua cabeça.

Depois que eu acalmei a Mille eu finalmente fui pra pracinha, a Maju já estava lá e quando me viu veio correndo até mim. Maria Julia ou Maju pros íntimos era a garota mais linda que eu já tinha conhecido, seus cabelos eram pretos e bem curtos, ela tinha olhos verdes e o sorriso mais alegre do mundo.

–Amor? Aconteceu alguma coisa grave? –ela perguntou me abraçando, ela tinha quase minha altura, uns cinco centímetros menor que eu. Cheirei seus cabelos, cara como eu ia sentir falta disso, olhei e seus olhos estavam cheios de preocupação, a beijei.

–Linda... –eu a beijei mais. –Vou me mudar.

–Que? –ela se soltou de mim. –Como assim?

Expliquei tudo pra ela.

–Thur... O que vai ser da gente agora? –ela perguntou.

–Não sei linda, mas a gente pode namorar a distancia. –eu tentei sorrir. –minha mãe disse que eu posso vir pra cá todos os feriados e férias, eu não vou terminar com você Maju. Eu não consigo! Te amo, te amo demais.

–Eu também. –ela me abraçou forte.

Ficamos horas lá na pracinha, quando deixei a Maju em casa e voltei pra minha vi que o Pietro estava com alguma menina no seu quarto. A garota estava gemendo e gritando.

–Cacete! –eu reclamei. Fui ao quarto da Mille e ela estava olhando intrigada pra parede.

–O que eles estão fazendo? –ela perguntou.

–Eles... Eles estão... Estão brincando. –eu respondi coçando a cabeça.

–Brincando de que? –ela perguntou. Eu me esqueci de como a Mille é curiosa.

–Brincando de... De guerra de travesseiros.

–Legal! –ela sorriu. –Será que podemos ir brincar com eles?

–NÃO! –eu gritei.

–Por que não?

–Porque não é uma brincadeira muito divertida.

–Por quê?

–Mille, por que você não vai pra casa da Lili?

–Boa ideia. –ela sorriu. –Vou lá. –ela saiu correndo. A casa da Lili era do lado da nossa.

Esperei o Pietro terminar o que ele estava fazendo, e demorou séculos, diga-se de passagem. Uma garota ruiva saiu de lá de dentro toda sorridente e o Pietro estava na soleira da porta de cueca.

–Tchau gata. –ele deu tchau pra garota que saiu sorrindo.

–Você é um escroto. –eu o olhei.

–Sério? Eu não me importo. –ele me olhou e entrou dentro do quarto.

–O que custa você respeitar a nossa irmã? Ela estava aqui ouvindo tudo. –eu reclamei.

–Para de ser careta. Ela vai fazer isso um dia. –ele olhou pras unhas.

Eu o empurrei na parede, aquele idiota. Ele sempre foi tão escroto, nojento.

–Olha aqui seu babaca de merda. –eu rosnei o empurrando mais ainda na parede. –Eu acho muito bom você não trazer mais nenhuma das suas putinhas aqui enquanto a Camille estiver em casa ou...

–Ou o que? –ele me provocou.

–Ou eu vou acabar com a sua raça. –eu respondi.

–Como se eu tivesse medo de você. –ele se soltou. –Saia do meu quarto, você está deixando ele com um ar péssimo.

Pietro é meu irmão gêmeo, podemos ter a mesma cara, mesma altura, mesmo tipo sanguíneo, mas não somos nada iguais. Ele já deixou claro que me odeia e eu não me importo nada com a presença dele, mamãe já fez de tudo nos entendamos, mas isso é impossível. Pietro é o maior cretino que já conheci, ele só magoa as garotas, ele as seduz com sua cara bonita, leva-as pra cama e depois as humilha como se elas fossem lixo. Já perdi as contas de quantas garotas eu já vi chorando por ele.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Hoje é nosso penúltimo dia no Rio, fui buscar a Mille no último dia dela no ballet, achei estranho a Maju não estar lá hoje, ela era monitora da turma da Mille. Mille chorou horrores e pra compensar eu disse que iria fazer brigadeiro pra ela. Chegamos em casa e assim que entramos ouvimos os gemidos vindo do quarto do Pietro e meu sangue ferveu.

–Você vai lá na cozinha e separa as coisas e eu vou ali em cima, okay?

–Tá. –ela correu pra cozinha. Eu subi as escadas bufando de raiva e abri a porta do quarto do Pietro com tudo e vi a cena que nunca imaginei que veria. Maju na cama com o Pietro, nua e gemendo.

–QUE PORRA É ESSA? –eu gritei.

Eles pararam de fazer o que estavam fazendo e me olharam surpresos.

–A-Arthur? –Maju me olhou.

–Minha avó que não é. –eu estava tremendo. –Será que você pode me explicar o que é isso?

–I-Isso... Isso não é nada do que você está pensando. –ela se enrolou no lençol e veio até mim, seu pescoço estava com manchas vermelhas e o seu cabelo estava bagunçado.

–E O QUE EU ESTOU PENSANDO? QUE PORRA EU TÔ PENSANDO MARIA JULIA? –eu gritei. –EU NÃO ACREDITO QUE ESTOU VENDO VOCÊ NA CAMA DO MEU IRMÃO!

–Arthur eu posso explicar. –ela veio andando até mim, tentando me tocar.

–NÃO ENCOSTA EM MIM, NÃO COLOQUE ESSA MÃO NOJENTA EM MIM! –eu me afastei. –HÁ QUANTO TEMPO VOCÊS ESTÃO ME ENGANANDO?

–Thur... Eu não estou te enganando.

–NÃO? E DO QUE CHAMA ISSO? –apontei pros dois.

–Um deslize. –ela olhou pro Pietro.

–Um deslize bem gostoso. –Pietro riu.

Aquele puto fez de proposito. Eu quero enforca-lo, quero soca-lo, quero enterrar a cabeça dele no chão.

–Arthur você tem que me escutar. –ela pediu.

–Maria Julia vai embora agora. –eu disse.

–Arthur vamos conversar, por favor. –ela implorou.

–VAI EMBORA DAQUI AGORA CACETE! –eu gritei e ela vestiu a roupa que estava usando.

–Promete que vai me deixar explicar? –ela pediu.

–Eu juro que se você aparecer na minha frente mais uma vez eu não vou me responsabilizar pelos meus atos. –eu disse. –Nunca mais quero te ver na minha frente.

–Mas...

–Saia. Agora. –eu disse e ela saiu correndo.

–Sua namoradinha até que é bem gostosa sabe? –Pietro disse vestindo uma samba-canção.

Meu queixo estava tremendo de raiva, eu vou mata-lo.

–P-Por que fez isso? –perguntei.

–Fiz isso porque eu quis. –ele disse presunçoso. –Pra te mostrar que até sua namorada não resiste a mim.

Eu não sei bem o que deu em mim, mas eu pulei nele.

–EU TE ODEIO. –eu gritei socando a cara dele.

–COMO SE EU TE AMASSE. –ele me chutou.

–SEU PUTO, POR QUE A MARIA JULIA?

–PORQUE ELA É UMA VADIA QUE SEMPRE DEU MOLE PRA MIM. –ele respondeu me chutando na barriga. –ELA NUNCA GOSTOU DE VOCÊ SEU IDIOTA! SEMPRE QUIS DAR PRA MIM, SEMPRE, SEMPRE E SEMPRE.

Aquilo me acertou em cheio, bem no fundo do meu coração. Ele me deu um soco e eu senti o liquido quente descer do meu nariz.

–MAMÃE OS MENINOS ESTÃO SE MATANDO. –Mille gritou.

–MAS O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO? –minha mãe gritou. –PAREM COM ISSO AGORA!

Eu chutei a barriga do Pietro e ele gemeu, minha mãe entrou no meio da briga tentando nos separar, foi em vão. Ela era relativamente pequena perto dos seus filhos de dezessete anos.

–MERDA! PEDRO VEM CÁ, SEUS FILHOS ESTÃO SE MATANDO. –ela gritou.

–EU VOU MATAR VOCÊ, SEU MERDINHA. –eu gritei o empurrando na parede.

–MENINOS. –meu pai chegou e segurou o Pietro pelas costas e a minha mãe ficou na minha frente. –O QUE RAIOS ACONTECEU AQUI?

–Pietro... Pietro estava aqui com a Maria Julia. –eu respondi.

–Fazendo? –minha mãe perguntou.

–COMENDO ELA. ERA ISSO QUE ELE ESTAVA FAZENDO! –gritei tentando ir pra cima dele novamente, mas a minha mãe impediu.

–Isso é verdade? –meu pai perguntou.

–Claro que é. –eu respondi.

–Por que fez isso, Pietro? –minha mãe perguntou.

–Ela sempre quis me dar. –ele respondeu. –Só dei o que ela sempre quis.

–SEU FILHO DA...

–Sem palavrões. –minha mãe brigou comigo.

–Clarice, leva o Arthur pra longe daqui. –meu pai pediu. –Vou conversar com o Pietro a sós.

Minha mãe saiu me arrastando pra fora do quarto.

–Thur, fica calmo.

–Não consigo. –eu respondi. –Por que ela fez isso comigo? –comecei a chorar.

–Eu não sei filho. –ela me abraçou. –Quem saiu perdendo foi ela. Você é um garoto maravilhoso!

Depois daquele dia eu nunca mais vi a Maria Julia e nem falo mais com o Pietro, na verdade a nossa convivência ficou ainda pior depois daquele dia, eu o odiava, era péssimo odiar meu irmão, mas eu o odiava com todas as minhas forças e a Maria Julia também. Já estávamos na casa nova, daqui a pouco vamos pra escola nova.

–Esse colégio é o melhor da cidade. –minha mãe sorriu no carro. –Tenho certeza de que vão adorar.

Saímos do carro, Pietro foi para um lado e eu para outro, como sempre fazíamos. O colégio era enorme e eu tinha que ir à secretaria ver em qual turma eu estava e os meus horários. Eu estava totalmente perdido, o sinal tocou e eu comecei a correr, eu acabei derrubando uma pessoa no chão. Olhei e vi que era uma menina, ela me olhou.

–Desculpa ai, mas também você vem que nem uma zumbi nem olha quem vem na sua frente. – eu me desculpei ajudando ela a se levantar e pegando seus livros do chão.

–Claro a culpa é minha agora? Você vem correndo que nem um mongol pela escola e a culpa é minha? – ela respondeu muito brava. Ela era muito baixinha e tinha um cabelo enorme e castanho, seus olhos eram bem pretos. Ela era bonita, mas era muito mal educada.

–Ei guria, cadê sua educação? –eu perguntei franzindo a testa.

–Sumiu quando você me derrubou no chão. – respondeu sarcástica.

–Pera ai que eu vou procurar ela. – me agachei no chão fingindo procurar algo.

–Idiota. – ela ralhou.

–Grossa. – rebati e ela saiu me deixando falando sozinho. Garota maluca! Finalmente consegui encontrar a secretaria e o Pietro já estava lá, infelizmente ficaríamos na mesma turma, a coordenadora nos levou pra sala.

–Alunos. –coordenadora falou e todos olharam pra ela. –Esses são os novos alunos: Pietro e Arthur Menezes. – ela apontou pra nos dois. –Eles são gêmeos.

Alguém murmurou algo e uma garota sorriu, olhei e vi que era menina mal educada que derrubei de minutos antes.

–Algum problema Srta. Sofia Mendes? –coordenadora olhou feio pra ela. Todos da sala olharam pra ela e seu rosto ficou vermelho. Ela era bem branquinha, então a combinação ficou muito fofa.

–Nenhum. –ela sorriu sem graça.

–Bom, voltando... Pietro e Arthur vão estudar na sala de vocês e espero que sejam muito cordiais com eles. – ela sorriu pra gente. –Estão entregues rapazes. – ela saiu.

–Tive uma ideia! –a professora sorriu. –Vamos mudar os lugares pros novos alunos se enturmarem.

Ela refez todos os lugares e eu acabei sentando do lado da Sofia, ela pelo jeito não gostou muito. Já estávamos quase no final do bimestre e as provas estavam chegando, Sofia caiu de amores pelo Pietro, eu tinha certeza de que aquele puto ia desgraçar o coração dela. Não sei por que, mas eu não queria que ele fizesse isso com ela. Eu realmente estava gostando de morar aqui, eu comecei a dar aula de reforço pros alunos do fundamental, conheci a Jennifer a melhor amiga da Sofia, ela é uma garota sensacional, também virei amigo do Markus, o melhor amigo da Sofia, ele é bem legal, eu também me tornei amigo do irmão dela, o cara é simplesmente demais, mas a única pessoa de quem não me tornei amigo foi da Sofia, ela não conseguia gostar de mim e eu confesso que eu adorava provoca-la, ela ficava muito bonitinha brava.

Hoje é aniversário da Jennifer e vai ter uma festa, a Jennifer praticamente me intimou a ir, e eu não perderia a oportunidade de ver a Sofia, não sei por que, mas eu queria sempre vê-la. Cheguei à festa, e vi a Sofia, ela estava linda com aquele vestido branco! Ela parecia procurar alguém, deve ser o idiota do meu irmão.

–Perdida docinho? –perguntei e ela me olhou.

–Ah você... –ela me olhou. –Viu o Pietro?

–Não. –eu olhei pras pernas dela.

–Vou procura-lo. –ela saiu. –Obrigada por nada.

–Se precisar, estou aqui meu doce. –eu gritei.

Ela virou e me deu o dedo do meio

–Adoro uma garota revoltada. –eu mordi os lábios. –É mais excitante.

Adorava provocar a Sofia! No meio da festa o Tadeu se declarou pra Jenni e eu percebi que isso tinha dedo da Sofia. Achei legal da parte dela. Mais tarde a vi dançando com o Pietro e depois que a festa começou a esvaziar eu o vi dando bebidas pra ela. Muitas bebidas, e ela estava bêbada demais. Fiquei puto, muito puto.

–O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? –gritei.

–Dando bebidas pra ela. –ele me olhou.

–Não pode fazer isso!

–E por que não? Ela é minha namorada.

–Você não pode embebeda-la.

Começamos a discutir e em algum momento começamos a nos estapear. Tadeu chegou e perguntou o motivo da briga, eu respondi e ele pulou no Pietro. O Markus foi tentar separar e levou um soco, vi que a Sofia vomitou e caiu no próprio vomito. A peguei no colo, e o Tadeu soltou o Pietro, mas antes disso o ameaçou.

–Se você magoar a Sofia. –eu o empurrei na parede assim que chegamos em casa. –Eu. Juro. Que. Mato. Você.

–Como se eu tivesse medo de você. –ele se soltou e foi pro quarto.

Jurei pra mim mesmo que não deixaria que ele a machucasse. Sofia não ia ser mais uma da sua lista. Não enquanto eu me chamasse Arthur Menezes.


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