Comédia Romântica Qualquer escrita por Thaís Romes


Capítulo 12
A despedida de solteiro, que dá merda.


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povo!
Como prometido, aqui ninguém sofre só. Depois do episódio de ontem, vamos dar uma guinada em nosso humor!
Espero que gostem...



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CAITLIN

Onze meses antes...

Nos dias que se passaram eu não pude deixar de pensar em como Barry Allen esperava me levar para sair na sexta, sem ter meu endereço, ou no mínimo meu telefone. A resposta veio na quarta feira, quando abri meu e-mail assim que cheguei em casa. Já estava quase na hora de conversar com Felicity pelo skype, então apenas passei os olhos por minha caixa de entrada, para ver se havia algo urgente a ser resolvido.

De: Allen, Barry.

Para: Dra. Snow.

Assunto: Constrangedor.

Oi Caitlin,

É vergonhoso mais preciso admitir que entrei no site da Star Labs, li toda a sua biografia (e se nesse momento está pensando em pedir um mandado de medidas preventivas contra mim, lembre-se, eu trabalho para policia), tudo isso por que esqueci o básico, pedir seu telefone, e só o que o site oferece é esse e-mail, nada pessoal. Não encare isso como uma oportunidade para me dispensar, não vai ser assim tão fácil. Mas fico feliz se puder me ajudar a concertar meu erro.

Ps:Adoro quando você sorri e seus olhos se levantam, enrugando um pouquinho dos lados, mas são rugas muito lindas, não rugas ruins. Meu Deus, sou péssimo nisso.

Ps2: Sim, eu tentei encontrar seus dados usando o sistema da policia caso esteja se perguntando. Parabéns pela ficha impecável! Estou sendo assustador, não estou?

XOXO

B.

Não sabia se dava risada ou mudava meu endereço. Mas eu conversei com Allen, e não acho que ele seja um perseguidor, okay, talvez um perseguidor fofo, a quem estou enganando? Eu estava quase forjando um crime em meu apartamento, para o atrair casualmente. Respiro fundo e estalo os dedos, me preparando para digitar a resposta.

De: Dra. Snow.

Para: Allen, Barry.

Assunto: R: Constrangedor.

Caro Barry,

Sim, você está sendo assustador, mas tenho praticado a arte de conceder segundas chances as pessoas. Estudos indicam que pessoas que se relacionam bem, vivem por muito mais tempo. Tudo devido a um nível maior de dopamina em seu organismo, prevenindo a depressão, o que faz com que a pessoa esteja mais disposta para atividades físicas e qualquer outra coisa que ajude em sua saúde. Então por esses motivos, puramente biológicos, segue em anexo meu cartão de visitas.

Ps: Me encontraria com mais facilidade no facebook, só para o caso de referencias futuras.

Caitlin.

Conversei com Felicity e o chefe bonitão dela por pouco mais de vinte minutos, mas antes de dormir resolvi checar mais uma vez minha caixa de entrada. Não sei ao certo o que senti, era como se eu fosse adolescente novamente, apaixonada por um carinha de outra turma no colégio. Não havia nada de novo, e confesso que me senti um tanto decepcionada por isso, mas alguns minutos depois meu celular tocou.

–Oi. –me desespero com o numero desconhecido atendendo no primeiro toque.

‘Caitlin, oi, sou eu. Barry... Allen.’ –se atrapalha um pouco ao dizer.

–Recebi seu e-mail. –droga, claro que ele sabe disso. Faço careta revirando meus olhos.

‘Recebi sua resposta.’ –consigo ouvir o sorriso em sua voz. ‘Em seu cartão havia também seu endereço, então na quinta estarei ai, as cinco, prometo tentar não me atrasar.’

–Tentar?

‘Desculpa, mas é que no meu caso, atraso é quase patológico, não sei explicar.’ –ele dispara falando muito rápido. ‘Mas vou me esforçar para chegar na hora, com você.’

–Por que não fazemos o seguinte. –começo a sugerir me sentando no sofá. –Para mim o horário é as seis, e para você, às cinco. Assim ninguém se atrasa.

‘Gosto do seu jeito de pensar Caitlin.’

Ele estava certo quanto ao atraso, Barry chegou em meu prédio às seis e cinco. Ele conseguiu se atrasar mesmo com a mudança de horário. Quando desço, o encontro esbaforido me olhando com quase desespero, sorrio mais pela cena do que por estar realmente satisfeita com aquilo.

–Oi, desculpa pelo atraso. –sussurra quando me aproximo dele.

–Onde vamos? –pergunto tentando não ceder ao lado negro da força, e voltar mal humorada para minha casa.

–Surpresa, mas acho que vai gostar.

Pegamos um taxi, claro que poderíamos ter ido em meu carro, mas não quis ferir os sentimentos do Allen. –Simpósio de Tecnologia. –sorri contente abrindo a porta do carro para mim. –Meu tipo de encontro!

O simpósio estava acontecendo no museu de Central City, os nomes mais importantes e figuras mais poderosas da cidade estavam no local. Eu aliso a saia de meu vestido preto, agradecendo silenciosamente a Felicity que não me deixou usar jeans. Ao meu lado Barry arruma sua gravata antes de me oferecer o braço.

–Como conseguiu ter seu nome na lista? –sussurro interessada, assim que passamos pela porta.

–Joe. –dá de ombros. –O organizador do evento devia um favor a ele.

–Uau! –exclamo olhando em volta. –Cisco adoraria esse lugar!

–Bem legal não é?

–Fascinante...

Nós caminhamos por alguns minutos, vendo os mais novos avanços do campo cientifico em termos tecnológicos da atualidade. Não consigo dizer qual de nós dois estava mais encantado. Barry era uma companhia incrível, ele com o tempo passou a me fazer sorrir com facilidade. Compramos um podrão na volta e nos sentamos em um banco da praça para comer, antes de ir embora.

–Então, qual a coisa mais estranha que uma pessoa pode dizer a outra em um encontro? –pergunta com a bochecha suja de mostarda, eu estendo minha mão com um guardanapo de papel para limpar, por instinto.

–Hum... –limpo a garganta constrangida, depois do que havia feito. –Não sei, sou casado? –sugiro e ele dá risada.

Precisa levar a sério Caitlin. –me repreende. –Encare como uma pesquisa cientifica, tente entrar na personagem, me convencer de que é verdade o que você está dizendo.

–Tudo bem. –resolvo entrar na brincadeira e me viro de frente para ele. –Pronto?

–Manda seu melhor!

–Barry. –começo a dizer ficando séria. –Existe um motivo para eu ter rejeitado esse primeiro encontro a principio. –ele prende o riso, mas se mantém em silencio. –Estou grávida!

–Não! –finge surpresa. –E quem é o pai?

–Você! –pronto, ele começa a gargalhar, se encostando no banco.

–Como seria eu Caitlin? –pergunta em meio ao riso.

–Não faço idéia, mas não consegui pensar em mais ninguém agora, então... –dou de ombros e Barry sorri para mim de forma doce. –Sua vez.

–Vou arrasar com você e sua história! –ameaça competitivo.

–Anda logo Allen! –corto o olhando séria.

–Sou terrorista, e meu cinto é na verdade uma bomba, ultra sensível que está programada para explodir em dez segundos. –ele fala com seriedade, apontando para o cinto no final.

–Isso, seria assustador. –dou risada. –Mas eu sei o que pode ser mais assustador ainda.

–Mas do que isso? –balanço a cabeça confirmando. –Okay, quero ver sua atuação.

Aceito o desafio me levantando, descarto meu podrão e tiro o dele de sua mão fazendo o mesmo, o que faz surgir uma careta de desagrado em seu rosto. Ofereço minha mão a ele, para que se levante e me aproximo invadindo seu espaço pessoal. Barry ergue uma sobrancelha para mim, me olhando divertido.

–Eu te amo. –falo séria, olhando em seus olhos incrivelmente verdes que perdem o foco por um segundo.

Barry não diz nada, e quando penso que ganhei o jogo ele se aproxima, parando a três centímetros de meus lábios. Respiro fundo o olhando assustada por alguns segundos, antes de cobrir a distancia, e o beijar. Sinto suas mãos em minhas cinturas, as minhas pousam com suavidade em seus ombros e nossas línguas se acariciam, lentamente.

–Eu também. –sussurra com os lábios nos meus, por alguns segundos não houve nada, só o barulho dos carros e das pessoas que passavam pela rua, e então nós dois estávamos gargalhando alto.

FELICITY SMOAK

Dias atuais...

Fomos direto para o hotel onde aconteceria o casamento dos nossos amigos. Não era o Plaza, mas era um bom hotel, e muito bonito. Eu seria madrinha de Caitlin, Loise e Crystal suas primas, seria as damas de honra. Minha amiga me reservou um quarto na cobertura, que ficava entre o dela e o do Barry, já que os dois resolveram aderir a castidade nesses últimos dias antes do casamento. Bom, acho que ela aderiu, e ele ficou sem alternativas, faz mais sentido.

–O que você tanto pensa ultimamente Felicity? –Oliver pergunta se sentando ao meu lado no sofá de nossa suíte.

–Agora eu estava pensando no acordo de castidade do qual estamos incumbidos de os ajudar a manter. –Oliver dá risada.

–Por que aceitou fazer isso?

–Por que ela é minha melhor amiga, e se ela pensa que isso fará com que sua noite de núpcias seja mais especial, então estou aqui para ajudá-la.

–Muito altruísta. –ele se aproxima mais, me dando um beijo rápido nos lábios. E de repente sou invadida mais uma vez pela vontade louca de dizer que o amo, por que isso precisa ser assim tão difícil?

–Oliver... –chamo seu nome tomando coragem, ele se afasta para me olhar nos olhos. –Preciso te falar uma coisa.

–Claro. –concerta sua postura tomando minhas mãos nas suas, ele é sempre tão carinhoso, mesmo nos mínimos gestos... –Eu...

–Felicity! –escutamos meu nome ser berrado, seguido de batidas na porta.

–Guarda seu pensamento. –Sorri e se levantando para atender Caitlin que o abraça animada assim que ele abre a porta para ela.

–É tão bom te ver de novo Oliver! –exclama com sinceridade quando eles se afastam.

–É bom ver você também Cait. –devolve da mesma forma, e ela se esquiva dele correndo em minha direção, e se joga em meus braços, fazendo com que eu caia deitada no sofá.

–Meu Deus Cait! –a abraço quase caindo no chão. –Você vai se casar!

–Eu vou! –fala animada. –E ele é um gato Fel! –damos risada e posso escutar o riso de Oliver que nos observava.

Então passamos o resto da tarde ouvindo sobre a programação do jantar dos três dias, o jantar de ensaio seria essa noite, amanhã a despedida de solteiros e no inicio da tarde de sábado o casamento. E tinha os pais de Caitlin, que ficariam em andares separados, ela estava uma pilha de nervos por causa da distribuição de lugares no jantar de ensaio, para que em momento algum os dois ficassem sozinhos no mesmo local.

Mas por algum milagre divino o Sr e Sra Snow estavam incrivelmente civilizados no jantar. Mas a sensação da noite foi Henry e Joe que nos divertiram com histórias da infância de Barry, histórias muito constrangedoras coitadinho, Barry é uma pessoa azarada. Passamos pelo jantar de ensaio com facilidade, Oliver e eu éramos ótimos “guarda votos”, Caitlin dormiu como uma princesa, nada foi violado. Mas tudo se complicou na despedida de solteiros.

Eu me arrumei no quarto dela, com Crystal e Loise. Caitlin estava linda com um vestido de renda branca, curtinho e rodado. Nós improvisamos para ela um véu também curto, mas acho que se assim minha amiga já está linda, não consigo imaginar quão perfeita ela estará na cerimônia. Eu escolhi um vestido dourado e curto, com uma pequena fenda em minha coxa esquerda, assim que todas estão prontas saímos, nos deparando com os garotos saindo ao mesmo tempo.

–Uau! –Barry exclama olhando Cait com carinha fofa de bobo. –Você está linda. –sua voz sai em um pequeno sussurro e ela sorri com timidez.

–Linda, verdade. –Hal Jordan um amigo de Barry que descobrimos ser amigo também de Oliver, dá um passo à frente. – Não me odeie, mas temos que ir buscar Íris. –fala para Caitlin que assente sem tirar os olhos do noivo.

–Íris está no andar de baixo. –entro no meio a favor de meus amigos. –Vai na frente com Eddie, e dê cinco minutos para os noivos. –sugiro e Barry sorri para mim agradecido.

Íris seria o padrinho de Barry, e apesar de todo o esforço dela para ir com a gente e não com os garotos essa noite, Barry negou. Eddie e Hal eram os outros que fariam par com as primas da Cait, Oliver estava me zoando a semana toda, por meu par ser a Íris, mas eu não me importava, muito menos ela, tenho pena mesmo é de quem for o par do Hal.

–Não sei se aprovo você sair tão bonita assim sem minha presença. –Oliver fala aproveitando o tempo dos noivos para ter um pouco do nosso tempo.

–Vamos estar nesse endereço. –deslizo um bilhete para seu bolso olhando para os lados. –Não espalha, mas se quiser dar um amasso no fim da noite, posso te arrumar alguém. –murmuro para ele em voz baixa, o vendo segurar o riso.

–Felicity Smoak, não consigo entender como consegui sobreviver vinte e sete anos da minha vida sem você. –diz me olhando nos olhos antes de me beijar, era agora, abro a boca, para dizer, mas Oliver é mais rápido. –Tenho que levar o garoto. –aponta para Barry que estava acariciando o rosto de Cait como se ela fosse algo que merecesse ser adorado

–Divirta-se. –falo o empurrando em direção aos dois e o sigo puxando Cait pelas mãos.

–Não se divirta tanto. –pisca para mim levando Barry para a direção contrária.

–Eu amo você. –Barry e Caitlin dizem um ao outro em uníssono. Com tanta facilidade que chega a ser ridículo... Mentira, é lindo, e eles se amam, só não são tão traumatizados como Oliver e eu.

Chegamos em um bar e já havia a mesa reservada para o nosso grupo. Loise e Crystal foram dançar, mas Cait e eu tínhamos um compromisso com a tequila essa noite, e pretendia começa a honrá-lo o quanto antes. Nos sentamos no balcão e fazemos o pedido.

–A seu final feliz. –estendo meu copo em direção ao dela que sorri satisfeita.

–A melhor amiga e madrinha...

–E guarda votos! –interrompo a lembrando.

–E guarda votos, que existe no mundo. –batemos nossos copos um no outro antes de virar tudo deu uma vez só. –Mas desculpe amiga, vai ter trabalho, e muito, depois que eu ficar bêbada. –avisa me olhando de forma sugestiva e eu faço careta para ela.

–O que aconteceu com Ronnie? –pergunto quando o garçom enche nossos copos mais uma vez.

–Ele foi para Gotham, lembra do trabalho que eu te disse que ofereceram a ele? –balanço a cabeça concordando. –Ronnie se foi, seguiu seu caminho, atrasando todo o projeto do acelerador de partículas, sem se importar com ninguém que deixou para trás. Como sempre. –ela não parecia abalada com nada disso, era apenas um fato que aconteceu.

–No fundo, acho que foi melhor assim. –desabafo e Caitlin balança a cabeça concordando. –Ele sabe que você vai se casar?

–Sim.

–Tem certeza que quer se casar? –faço careta ao falar, mas era necessário, eu precisava tirar isso de dentro do meu peito imediatamente.

–O que quer dizer com isso? –seu rosto se fecha no mesmo instante e sinto meu coração se apertar.

–Nada na verdade, só quero ter certeza que você sabe o que está fazendo. –explico com a voz doce, tentando amenizar a situação.

–Felicity, você se preocupou comigo por sua vida toda. E eu só tenho a agradecer, mas amiga, é ele. –Caitlin pega minha mão me olhando nos olhos. –É o Barry. Eu o amo, não como amei Ronnie, por que isso é impossível, não se ama duas pessoas da mesma forma. Por que cada um de nós é diferente, outras qualidades, outros defeitos, mas eu o amo, mais do que minha vida. –Ela leva a mão ao peito. –Vamos cuidar um do outro, e não consigo me ver mais sem ele ao meu lado.

–Okay. –limpo uma lágrima que escorreu por minha face sem permissão. –Me convenceu. –Caitlin dá risada antes de me abraçar.

[...]

Acordo na manhã do dia do casamento, nua em meu quarto de hotel, deitada no sofá. Abro meus olhos com dificuldade e vejo Oliver dormindo todo torto na poltrona a minha frente, ainda com a roupa do dia anterior, mas a camisa faltava alguns botões e estava meio aberta. Tento me lembrar de algo da noite passada, mas é tudo um borrão.

Me levanto vestindo minhas roupas e vou para o banheiro, lavar meu rosto e fazer minha higiene. Não tinha muito tempo para isso, e ainda tinha o voto de Caitlin. Ah meu Deus! Deixei Caitlin quebrar o voto. Corro para seu quarto e bato na porta desesperada.

–Oi... –Hal murmura abrindo a porta com a cara toda amassada assim como o terno que ele usava.

–O que você está fazendo aqui? –grito entrando no quarto, estressada demais para ter paciência ou educação. –Onde está a Caitlin?

–Eu... –escuto uma voz rouca e estranha que vinha do interior do banheiro, Caitlin se arrasta para fora usando um roupão. Depois Íris sai, também usando um roupão.

–Vocês? –faço gestos com a mão como se duas bocas estivesse se engolindo e olho de um para o outro. Ah fala sério!

Que merda aconteceu nesse fim de noite afinal?

Fim da noite...

Já estávamos na sexta garrafa de tequila, provavelmente, nós já havíamos chorado, eu falando sobre meu pai, e Caitlin sobre a família estranha dela, que só se une em casamentos ou enterros. No fim da noite uma mulher morena, bonita, tampa os olhos de Caitlin que a abraça ao se virar. Depois vejo Eddie, Hal que já havia puxado Crystal para algum canto, Barry e Oliver.

–Íris! –exclama Caitlin com a voz arrastada devido ao álcool. –Queria tanto que você tivesse vindo com a gente... Onde está o Barry?

–Quanto ela bebeu? –Íris sussurra para mim que dou de ombros, incapaz de me lembrar.

–Muito? –respondo em duvida.

–Oi baby. –sinto as mãos de Oliver em minha cintura.

–Preciso te falar uma coisa, e preciso dizer agora! –me viro o puxando para dentro do banheiro masculino e nos fecho em uma das cabines.

–Uau! Levou isso de amasso a sério mesmo... –começa a dizer com um sorriso safado se inclinando em minha direção.

–Você não tem permissão para falar! –repreendo o assustando. –Já reparou o quanto você me interrompe? –Oliver abre a boca para responder. –Shiii! Não fala! –antecipo. –Estou tentando te falar isso a semanas, e nunca consigo... Argh! –respiro fundo e o olhar de Oliver passa a ser preocupado. –Eu... Eu amo você! –digo rapidamente olhando para ele, mas sua expressão não muda. –Uau! –estralo o pescoço. –Me sinto muito melhor. –Oliver permanecia imóvel e aquilo já estava começando a me assustar. –Diz alguma coisa! –peço aflita.

–Você me mandou não falar nada! –responde confuso.

–Aquela hora, agora precisa falar alguma coisa! –devolvo indignada.

–Não é a primeira vez que você diz isso. –ele franze o nariz me olhando, como se desabafasse um segredo.

–Como não é a primeira vez?

–Há três meses você disse que me amava enquanto dormia. –assume afastando meus cabelos do rosto. –E eu disse de volta, desde então, quase todas as noites você murmura que me ama, e eu respondo.

–Por que nunca me contou isso? –Oliver sorri.

–Por que ainda esperava ouvir você dizendo acordada. –dá de ombros. –Apesar de que você não está exatamente em seu juízo perfeito nesse momento. –debocha antes de me beijar com carinho. –Eu te amo. –sussurra entre meus lábios.

–Eu te amo! –respondo. –Olha! Acho que fica mais fácil depois de cada vez que a gente fala. –comento o vendo dar risada.

[...]

–Não posso deixar os dois... –falo para Oliver com a voz arrastada, parada na porta do quarto de Cait segurando sua mão. –Sou a guardiã dos votos.

–É verdade. –Caitlin concorda, tão bêbada quanto eu. –Mas eu quero dormir com ele. –aponta para Barry que sorri para ela com carinho.

–Não podemos amor. –diz a ela com toda paciência do mudo.

–Não acredito que deixei Barry me convencer a ir com vocês. –Íris reclama com Eddie. –Eu poderia estar assim agora!

–Vem baby. –Oliver me chama.

–Não... Posso! Eles querem transar! –tento explicar para ele.

–É, eu quero. –confirma Caitlin.

–Okay. –Barry caminha em direção a noiva segurando seu rosto entre as mãos. –Eu também quero amor, pelo resto da nossa vida, mas eu sei como esse trato é importante para você, então eu tenho uma idéia.

–Qual? –eu pergunto entrando no meio da conversa e sinto Oliver me puxando para trás.

–Íris dorme com você em meu quarto, e eu durmo com Hal no seu, eles estão lúcido, vão ser os guardiões do voto só por essa noite. –abro a boca para protestar, mas parecendo prever isso Barry se vira em minha direção. –Você é insubstituível Felicity, fez um trabalho maravilhoso.

–Obrigada Barry. –respondo emocionada.

–Tudo bem. Tudo resolvido. –diz Oliver. –Boa noite para todos.

–Precisam acordar a Caitlin as dez, ou ela vai se atrasar... –digo sendo puxada por Oliver.

–Íris não acorda com facilidade. –entrega Eddie.

–Eu acordo! –escuto Hal dizer. –Passo no quarto das meninas pela manhã e as levo para o quarto de Caitlin.

Entro no meu quarto e começo a tirar meu vestido com alguma dificuldade, então Oliver abre o zíper para ajudar. Ele estava tão lindo em seu terno preto, com camisa branca e gravata verde. Consigo ver seus músculos sem dificuldade sob a roupa. Existe no mundo um homem mais gostoso do que Oliver Queen?

–Como você é lindo. –falo chocada me aproximando para tirar sua gravata.

Oliver tira seu casaco e eu não consigo esperar, abrindo sua blusa de uma vez só, arrancando alguns botões no processo. Me afasto tentando rebolar para ele, enquanto tirava meu sutiã, depois a calcinha. Os olhos de Oliver transbordavam de desejo o que só me deixou mais excitada. O jogo sentado no sofá e me sento em seu colo.

–Espera. –sussurra com a voz rouca em meu ouvido. –Proteção, preciso pegar, no banheiro. Já volto.

Ele me coloca sentada no sofá e minha cabeça começa a girar um pouco, então me deito por um momento esperando melhorar. Mas estava tão gostoso ficar deitada, que resolvi fechar meus olhos. Senti algo me cobrindo, eu estava aquecida e confortável, e tão cansada...


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Notas finais do capítulo

Comentem amores, me digam o que acharam dessa coletânea de loucuras que eu resolvi chamar de capítulo!
Bjs