A vigarista escrita por Isabella Cullen
Eu dei banho em Jonathan e coloquei uma roupa que Edward separou enquanto me via distraída com meu menino e suas risadas. Ele adorava banho e a água morna ajudava ele a se soltar. Ele adormeceu assim que eu terminei de pentear seus cabelos, admirei meu menino e vi como ele tinha ficado elegante nas roupas novas, era um macacão vermelho com uma blusa cumprida branca macia. A qualidade do tecido mostrava como a roupa era uma peça cara. O tênis vermelho combinava e fazia tudo ainda ficar perfeito.
– A comida está pronta.
Olhei para trás vendo Edward me olhar sério e frio.
– Vou me trocar ainda.
– Não demore. – ele se virou e saiu.
Eu coloquei algumas almofadas ao redor de Jonathan já que ele dormia na cama e fui tomar meu banho. Demorei querendo não encontrar com Edward e sua frieza, coloquei as roupas novas que ele tinha mandando entregar. Escolhi um vestido de mangas compridas, ele era vinho e fez um contraste bonito com minha pele, me lembrou uma época em que eu e Edward éramos felizes e ele me dava tudo. Seu amor, seu corpo e sua devoção. Edward era meu. Sapatilhas confortáveis e práticas e eu saí para enfrentar meu destino.
Edward não me olhou, continuou lendo uma folha com muito cuidado. Me sentei na mesa preparada e fui servida.
– Irina, assim que acabar fique no quarto, vigie Jonathan até Isabella voltar, por favor.
Não me olhou. Nem ao menos desviou os olhos por alguns segundos. Senti o nó se formar em minha garganta e respirei fundo. Eu precisava comer. Uma carne recheada com legumes e ervas foi servida pela aeromoça, depois uma sopa quente e em seguida um mouse. Eu amava mouse, há muitos meses eu não comia um tão delicioso e enquanto comia sorri com algumas lembranças.
– O que é tão engraçado?
Me assustei com a voz de Edward e tirei o sorriso dos lábios.
– Me conte.
– Nada. – disse rápido e temendo um rompante dele.
– Eu quero saber o que colocou um sorriso no seu rosto. – sua voz fria fez aquilo perder completamente o sentido do sorriso.
– Nada demais Edward.
– O que a fez sorrir? – ele insistiu e eu não o encarei, olhei para a janela e vi as nuvens. Deveria ser manhã ou tarde, não importa mais.
– Uma noite eu peguei meu carro e fui em busca de um mouse de chocolate, rodei por três horas até achar uma lanchonete em Seattle aberta. Comi dois pedaços e ainda levei mais dois para casa. – uma pausa longa e eu reprimi a vontade de sorrir. – Comi mouse até o último dia da gravidez, Jonathan parece adorar chocolate.
Edward não disse nada, apenas voltou a ler o papel que estava em suas mãos e eu levantei indo até o quarto. Sequei as lágrimas antes de abrir a porta e ver Jonathan dormindo ainda.
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