A vigarista escrita por Isabella Cullen


Capítulo 14
O que importa




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– Vou ter que comprar aquelas cadeirinhas... – Edward falou vendo que segurava Jonathan firme. Ele estava indo com mais calma, a velocidade parecia estar dentro dos limites permitidos. Não respondi, nem sabia para onde estávamos indo. – Você não comeu nada, isso não pode ser bom para ninguém.

Olhei para ele, mas não respondi. Eu ainda tinha tanto medo dele me tomar Jonathan que isso chegava a ser sufocante.

– Como foi o parto?

– Tranqüilo, ele nasceu as sete da manhã do dia 24 de setembro.

– Perto do seu... aquela era a data do seu aniversário? – me perguntou sem acusações, só com dúvidas mesmo.

– Sim, 13 de setembro.

– É o primeiro natal dele. – Edward falou admirado.

– Sim.

– Vamos para Londres.

– Londres? – perguntei apavorada.

– Sim, minha família é de lá e eu já liguei para um conhecido meu. Ele tem passaporte?

– Claro que não! Jonathan só tem três meses Edward.

– Você vai esperar no jato para que eu consiga resolver isso tudo bem?

Ele estava ansioso, quase deslumbrado, mas eu não queria ir para Londres. Jacob e tudo que aconteceu. Eu poderia ir presa ou algo assim, isso me apavorou.

– Se acalma... Jacob está preso.

– Eu vou presa. – falei desesperada.

– Claro que não, não seja boba, nunca a deixaria ir presa.

– Mas foi em Londres.... Edward não me afaste de Jonathan.

Ele parou o carro e encostou ele na beira da estrada.

– Eu não sou o monstro. – ele falou me olhando nos olhos. – Não vou dizer que está sendo fácil, você me enganou e estou indo contra tudo que queria fazer e planejei. Não foi nem um pouco certo o que fez comigo ou minha família, ou tantas outras. Mas não podemos mais viver desse jeito, ele nasceu, isso muda tudo Isabella. Tudo. Não entende? Não importa mais o que você fez, o que eu planejei, todos nós queríamos. O que importa é ele.

Edward olhou carinhosamente para o filho. Jonathan estava dormindo tranquilamente.

– Ele precisa de você e precisa de mim, agora nem tanto, mas vai precisar. Um menino sem pai, sem família ou referencia logo se perde nesse mundo que oferece tantas coisas. Não fui criado para largar um filho no mundo Isabella ou tirar ele dos braços da mãe, não conseguiria fazer isso nem que me pagassem o dobro do que me roubou. Jonathan é o mais importante agora.

E naquele momento ele se pareceu tanto com o Edward que eu amei e não com o homem amargurado que reencontrei. E me perguntei o que seria de nós.


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